O ACESSO DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE AOS JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS

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1 O ACESSO DAS MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE AOS JUIZADOS ESPECIAIS ESTADUAIS Armindo de Castro Júnior 1 Marco Antonio Lorga 2 INTRODUÇÃO As Microempresas e Empresas de Pequeno Porte contribuem de forma efetiva para o desenvolvimento da economia mundial desde a Revolução Industrial e mostram ao mundo a necessidade cada vez maior de estimular o seu desenvolvimento sustentável, em prol da função social que exercem na sociedade. É fato comprovado que as Microempresas (ME) e Empresas de Pequeno Porte (EPP) são magníficas oportunidades para os países constituírem a própria estabilidade econômica, social e política, através da capacidade de geração de empregos, renda e movimentação de riquezas. Os países em desenvolvimento necessitam de certa informalidade para que os pequenos empresários tenham facilidade no atendimento a exigências legais, como tributárias e trabalhistas, que normalmente emperram o cotidiano de suas empresas. Este caminho tem sido trilhado por diversos países mais adiantados, que livram as pequenas empresas da sobrecarga burocrática e fiscal. No Brasil, este segmento tem um papel importantíssimo como fonte geradora de empregos, absorvendo grande parte da mão-de-obra vinda de demissões em massa de grandes empresas, oriundas das políticas de desestatização e globalização. A título de ilustração, as pequenas empresas representam um segmento econômico que congrega 99,2% de todas as empresas do país, quase 60% dos empregos e 20% do Produto Interno Bruto Nacional. Este segmento é, portanto, um pequeno gigante dentro do nosso sistema econômico-social. 1 Professor da Unic; mestre em Ciências Jurídico-empresariais pela Universidade de Coimbra (Portugal); especialista em Didática Geral; autor da obra Títulos de Crédito. 3. ed. Carlini & Caniato, Bacharel em Direito do 10º semestre de Direito da Universidade de Cuiabá Unic 2008/2.

2 10 O Acesso das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte aos Juizados Especiais Estaduais Não basta, contudo, a simplificação de cobrança de tributos e débitos trabalhistas para que as ME e EPP possam ser competitivas no mercado. Existe, pois, a necessidade de se garantir o acesso de tais empresas ao Judiciário, como forma de se atingir a tutela jurisdicional desejada, no menor prazo possível e ao menor custo. Esse é o objetivo do presente artigo. EVOLUÇÃO HISTÓRICA DA LEGISLAÇÃO A Constituição Federal de 1988 estabeleceu, em seus artigos 170, IX, e 179, que os entes federativos têm a obrigação de conferir, às microempresas e empresas de pequeno porte, um tratamento jurídico diferenciado: Artigo 170. A ordem econômica, fundada na valorização do trabalho humano e na livre iniciativa, tem por fim assegurar a todos existência digna, conforme os ditames da justiça social, observados os seguintes princípios: [...] IX - tratamento favorecido para as empresas de pequeno porte constituídas sob as leis brasileiras e que tenham sua sede e administração. [...] Artigo 179. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios dispensarão às microempresas e às empresas de pequeno porte, assim definidas em lei, tratamento jurídico diferenciado, visando a incentiválas pela simplificação de suas obrigações administrativas, tributárias, previdenciárias e creditícias, ou pela eliminação ou redução destas por meio de lei. 3 Com a entrada em vigor da Constituição, surgiram várias leis de estímulo às microempresas e empresas de pequeno porte, produzidas principalmente pelos Estados, que começaram a sofrer pressão das entidades representativas do segmento das ME e EPP para o cumprimento do mandamento constitucional. 3 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: < Acesso em: 02 jan

3 Armindo de Castro Júnior / Marco Antonio Lorga 11 Somente em 1996, oito anos após a promulgação da Carta Magna, foi editada a Lei nº 9.317/96 4, instituindo o SIMPLES, que nada mais era que um sistema simplificado de recolhimento de tributos e contribuições federais. Uma ação muito tímida, por se tratar de um segmento tão importante, social e economicamente para o país. Os Estados e municípios poderiam, mediante um simples convênio, aderir ao SIMPLES, que abrangeria os tributos devidos aos Estados e aos Municípios, o que de fato não ocorreu. Justificou-se a não-adesão por receio de demora na redistribuição dos recursos pela União e, até mesmo, a possibilidade de compensação das dívidas dos Estados e municípios para com a União. A situação acabou gerando 28 tratamentos tributários diferenciados em todo o país. Pouquíssimos municípios aderiam ao SIMPLES da União, e a grande maioria não ofereceu qualquer benefício para as microempresas e empresas de pequeno porte. No dia 5 de outubro de 1999, foi sancionada a Lei nº , que instituiu o Estatuto das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, cumprindo, em parte, o comando constitucional de promover um tratamento diferenciado nas áreas das obrigações de natureza administrativa, tributária, previdenciária, trabalhista, creditícia e desenvolvimento empresarial. Mais uma vez, porém, não aconteceu o sucesso da adesão dos Estados e municípios, pelas razões já apresentadas. Com a criação do Fórum Permanente das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte, em 19 de maio de 2000, pelo Decreto nº , foram estimulados, de forma sistematizada, os debates sobre questões de interesse do segmento. No ano de 2003, com o apoio de instituições de representação dos pequenos empresários, iniciou-se um movimento para uniformização sistemática das normas e a ampliação dos benefícios. 4 BRASIL. Lei nº 9.317/96. Dispõe sobre o regime tributário das microempresas e das empresas de pequeno porte, institui o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de pequeno Porte - SIMPLES e dá outras providências. Disponível em: < Acesso em: 02 jan BRASIL. Lei nº 9.841/99. Institui o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, dispondo sobre o tratamento jurídico diferenciado, simplificado e favorecido previsto nos arts. 170 e 179 da Constituição Federal. Disponível em: < Acesso em: 02 jan BRASIL. Decreto nº 3.474/2000. Regulamenta a Lei nº 9.841, de 5 de outubro de 1999, que institui o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, e dá outras providências. Disponível em: < Acesso em: 02 jan

4 12 O Acesso das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte aos Juizados Especiais Estaduais O movimento culminou, em 19 de dezembro de 2003, com a edição da Emenda Constitucional nº 42, que alterou o artigo 146 da Constituição Federal, passando a ficar com a seguinte redação: Artigo 146. Cabe à lei complementar: [...] III estabelecer normas gerais em matéria de legislação tributária, especialmente sobre: [...] d) definição de tratamento diferenciado e favorecido para as microempresas e para as empresas de pequeno porte, inclusive regimes especiais ou simplificados no caso do imposto previsto no art. 155, II, das contribuições previstas no art. 195, I e 12 e 13, e da contribuição a que se refere o art Parágrafo único. A lei complementar de que trata o inciso III, d, também poderá instituir um regime único de arrecadação dos impostos e contribuições da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, observado que: I Será opcional para o contribuinte; II Poderão ser estabelecidas por Estado; III O recolhimento será unificado e centralizado e a distribuição da parcela de recursos pertencentes aos respectivos entes federados será imediata, vedada qualquer retenção ou condicionamento; IV A arrecadação, a fiscalização e a cobrança poderão ser compartilhadas pelos entes federados, adotado cadastro nacional único de contribuintes. 7 A Emenda Constitucional nº 42/2003 trouxe grandes avanços, podendo ser considerada um marco no processo evolutivo da legislação para as Microempresas e Empresas de Pequeno Porte do país. Em 2006, seguindo o mandamento constitucional, foi aprovada, no dia 12 de setembro de 2006, a Lei Complementar nº 123 8, conhecida como Nova Lei Geral da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte. 7 BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Op. cit. 8 BRASIL. Lei Complementar nº 123/2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis nº e nº 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, da Lei nº , de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e nº 9.841, de 5 de outubro de Disponível em: < Acesso em: 02 jan

5 Armindo de Castro Júnior / Marco Antonio Lorga 13 DEFINIÇÃO DE MICROEMPRESA E EMPRESA DE PEQUENO PORTE A Lei Complementar nº 123/2006 define, em seu Capítulo II, o que são microempresas e empresas de pequeno porte: Art. 3º. Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário a que se refere o art. 966 da Lei nº , de 10 de janeiro de 2002, devidamente registrados no Registro de Empresas Mercantis ou no Registro Civil de Pessoas Jurídicas, conforme o caso, desde que: I no caso das microempresas, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta igual ou inferior a R$ ,00 (duzentos e quarenta mil reais); II no caso das empresas de pequeno porte, o empresário, a pessoa jurídica, ou a ela equiparada, aufira, em cada ano-calendário, receita bruta superior a R$ ,00 (duzentos e quarenta mil reais) e igual ou inferior a R$ ,00 (dois milhões e quatrocentos mil reais). 9 Como se depreende do texto legal, estão enquadrados no conceito de microempresa e de empresa de pequeno porte tanto os empresários individuais (pessoas físicas), como as sociedades simples e empresárias (pessoas jurídicas), não havendo, portanto, qualquer divergência de tratamento entre tais pessoas. ACESSO À JUSTIÇA CONSTITUIÇÃO FEDERAL A Constituição Federal de 1998 estabeleceu a criação dos Juizados Especiais, com o objetivo de tornar a Justiça brasileira mais célere. Vejamos: Art. 98. A União, no Distrito Federal e nos Territórios, e os Estados criarão: I - juizados especiais, providos por juízes togados, ou togados e leigos, competentes para a conciliação, o julgamento e a execução de causas 9 BRASIL. Lei Complementar nº 123/2006. Op. cit.

6 14 O Acesso das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte aos Juizados Especiais Estaduais cíveis de menor complexidade e infrações penais de menor potencial ofensivo, mediante os procedimentos oral e sumaríssimo, permitidos, nas hipóteses previstas em lei, a transação e o julgamento de recursos por turmas de juízes de primeiro grau. 10 LEI Nº 9.099/1995 Em obediência ao comando constitucional, os Juizados Especiais Cíveis e Criminais foram criados pela Lei nº 9.099/1995 (LJE), tendo como objetivo a conciliação, o processo e o julgamento de causas cíveis de menor complexidade. A lei excluiu do polo ativo dos Juizados Especiais as pessoas jurídicas, bem como seus cessionários: Art. 8º. [...] 1º - Somente as pessoas físicas capazes serão admitidas a propor ação perante o Juizado Especial, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas. 11 A possibilidade de o empresário individual propor ação nos Juizados Especiais foi questão que causou grande divergência jurisprudencial. Por exemplo, no Primeiro Encontro de Juízes de Juizados Especiais Cíveis da Capital e da Grande São Paulo, foi aprovado o seguinte enunciado, publicado no DOE-SP em 21 de dezembro de 1998: 10. Firma individual não pode figurar no polo ativo dos feitos perante o Juizado Especial Cível. Inteligência do art. 9º, 4º, da Lei 9.099/95. Aprovado por maioria. 12 A posição dos juízes paulistas foi totalmente equivocada. Não existe qualquer empecilho na LJE que impeça ao empresário individual o acesso aos benefícios dos juizados, na medida em que é pessoa física capaz, conforme dispõe o art. 8º da Lei. 10 BRASIL. Constituição Federal do Brasil. Op. cit. 11 BRASIL. Lei nº 9.099/1995. Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências. Disponível em: < Acesso em 03 nov ESTADO DE SÃO PAULO. Enunciados do Juizado Especial Cível de São Paulo. Disponível em: < Acesso em: 03 nov

7 Armindo de Castro Júnior / Marco Antonio Lorga 15 Sobre a personalidade do empresário individual, Gladston Mamede ensina que: [...] a figura do empresário, também chamado de empresa unipessoal, empresa individual e, mesmo, de firma individual, ou seja, a pessoa natural (pessoa física) que exerce profissionalmente a atividade econômica organizada [...] 13 No mesmo sentido, está a lição de Fábio Ulhoa Coelho, ao explicar que o empresário pode ser pessoa física ou jurídica. No primeiro caso, denomina-se empresário individual; no segundo, sociedade empresária. 14 Não é diferente o pensamento de Marcelo Bertoldi: O empresário pode apresentar-se por meio de uma sociedade, se exercida por uma pessoa jurídica (reunião de diversas outras pessoas), ou então pode surgir mediante o exercício empresarial desempenhado por uma única pessoa natural o empresário individual. 15 Na verdade, o empresário individual é uma pessoa física que tem tratamento tributário de pessoa jurídica, não podendo ser confundido com esta. Sobre o tema, Rubens Requião é bastante preciso: O Tribunal de Justiça de Santa Catarina explicou muito bem que o comerciante singular, vale dizer, o empresário individual, é própria pessoa física ou natural, respondendo os seus bens pelas obrigações que assumiu, quer sejam civis, quer comerciais. A transformação de firma individual em pessoa jurídica é uma ficção do direito tributário, somente para o efeito de imposto de renda (Ap. cív. Nº Lajes, in Bol. Jur. ADCOAS Nº /73). 16 O entendimento dos juízes paulistas está pautado no art. 9º da LJE, que assim dispõe: 13 MAMEDE, Gladston. Manual de direito empresarial. 3. ed. São Paulo: Atlas, p COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial. 20. ed. São Paulo: Saraiva, p BERTOLDI, Marcelo M.; RIBEIRO, Marcia Carla Pereira Ribeiro. Curso avançado de direito comercial. 5. ed. São Paulo: Revista dos Tribunais, p REQUIÃO, Rubens. Curso de direito comercial. 27.ed. v. 1. São Paulo: Saraiva, p. 78.

8 16 O Acesso das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte aos Juizados Especiais Estaduais 4º - O réu, sendo pessoa jurídica ou titular de firma individual, poderá ser representado por preposto credenciado. 17 O próprio legislador reconheceu a existência da firma individual e a diferenciou da pessoa jurídica, seguindo a doutrina pacificada. Se quisesse excluir o empresário individual do polo ativo dos juizados, o legislador o teria feito quando da redação do art. 8º e não o fez. Comentando o art. 8º, 1º, da LJE, Cândido Rangel Dinamarco igualmente postula pela possibilidade de o empresário individual demandar nos juizados especiais: A lei não faz menção às firmas individuais, seja para incluí-las, seja para excluí-las. Mas a firma individual é outra coisa senão o empresário em nome individual, que como tal é tratado pelo fisco mas nem por isso deixa de ser uma pura e simples pessoa física.[...] Elas são portanto admitidas aos juizados cíveis, quer no polo ativo ou no passivo do processo; seria uma injusta incoerência admitir as microempresas, que são pessoa jurídica, e não admitir as firmas individuais, que sequer pessoa jurídica são. 18 Conclui-se, portanto, que os empresários individuais podem postular no polo ativo dos juizados especiais, independentemente do porte de sua empresa. LEI Nº 9.841/1999 Posteriormente, em 1999, a Lei nº permitiu às microempresas a propositura de ações nos juizados especiais às microempresas: Art. 38. Aplica-se às microempresas o disposto no 1º do art. 8º da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, passando essas empresas, assim como as pessoas físicas capazes, a serem admitidas a proporem ação perante o Juizado Especial, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas BRASIL. Lei nº 9.099/1995. Op. cit. 18 DINAMARCO, Cândido Rangel. Manual dos Juizados Especiais Cíveis. 2.ed. São Paulo: Malheiros, p BRASIL. Lei nº 9.841/1999. Op. cit.

9 Armindo de Castro Júnior / Marco Antonio Lorga 17 Obviamente, pelo já exposto, a inovação trazida pela Lei nº 9.841/1999 foi a possibilidade de que pessoas jurídicas pudessem demandar nos juizados, desde que se qualificassem como microempresas. LEI Nº /2001 Em 2001, a Lei nº , que criou os Juizados Especiais Federais, deu legitimidade ativa às empresas de pequeno porte na esfera federal: Art. 6º. Podem ser partes no Juizado Especial Federal Cível I como autores, as pessoas físicas e as microempresas e empresas de pequeno porte, assim definidas na Lei no 9.317, de 5 de dezembro de LEI COMPLEMENTAR Nº 123/2006 O acesso das empresas de pequeno porte aos benefícios dos juizados estaduais somente se deu em 2006, com a edição do novo Estatuto da ME/EPP, que assim dispõe: Art. 74. Aplica-se às microempresas e às empresas de pequeno porte de que trata esta Lei Complementar o disposto no 1º do art. 8º da Lei nº 9.099, de 26 de setembro de 1995, e no inciso I do caput do art. 6º da Lei no , de 12 de julho de 2001, as quais, assim como as pessoas físicas capazes, passam a ser admitidas como proponentes de ação perante o Juizado Especial, excluídos os cessionários de direito de pessoas jurídicas. 21 Pelo novo Estatuto da ME/EPP, portanto, as pessoas jurídicas podem demandar nos juizados especiais, desde que estejam enquadradas como microempresas ou empresas de pequeno porte. No tocante ao cessionário de direito de pessoas jurídicas, o objetivo da LJE, ao excluí-los, está em evitar fraude à gratuidade dos juizados, causada pela cessão de direitos de uma pessoa jurídica, que não poderia se 20 BRASIL. Lei nº /2001. Dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça Federal. Disponível em: < Acesso em: 7 jan BRASIL. Lei Complementar nº 123/2006. Op. cit.

10 18 O Acesso das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte aos Juizados Especiais Estaduais beneficiar dos juizados, a outra pessoa que tem capacidade postulatória. Dessa forma, deve-se levar em conta, também, a qualidade do cedente: se a pessoa jurídica for microempresa ou empresa de pequeno porte, o cessionário deve ser admitido a demandar nos juizados porque tal pessoa jurídica poderia fazê-lo. Vale, portanto, a máxima de quem pode o mais, pode o menos. Causa estranheza a interpretação restritiva dada ao art. 74 do Estatuto da ME/EPP por alguns juízes, que somente vêm admitindo os empresários individuais aos benefícios dos juizados especiais, excluindo, pois, as pessoas jurídicas enquadradas pelo estatuto. Em recente julgado, a juíza Vera Lúcia Calviño, da 2ª Vara do Juizado Especial Cível de Guarulhos, extinguiu processo promovido por pessoa jurídica microempresária sob o argumento de que o Estatuto das ME/EPP não havia alterado a redação do art. 8º, 1º, da LJE. 22 A interpretação da juíza paulista está totalmente equivocada. Pelo já exposto, qualquer empresário individual pode demandar nos juizados, independentemente de ser enquadrado como ME ou EPP. O já citado art. 3º do Estatuto das ME/EPP é suficientemente claro e não admite a interpretação restritiva dada pela juíza: Para os efeitos desta Lei Complementar, consideram-se microempresas ou empresas de pequeno porte a sociedade empresária, a sociedade simples e o empresário [...]. CONCLUSÃO As ME e EPP compõem uma importante fonte geradora de empregos e tributos. Para que possam cumprir sua função social é necessário, contudo, proteger os pequenos empreendedores, no início de suas atividades, simplificando a cobrança de tributos e encargos trabalhistas. Além disso, o acesso à justiça gratuita faz-se necessário, para que os pequenos empresários possam cobrar seus créditos, de pequena monta na maior parte das vezes. Em alguns estados da federação, as custas processuais chegam a ser superiores aos créditos a serem cobrados, sem prejuízo dos honorários advocatícios, fato que acaba inviabilizando, por completo, o acesso à justiça comum dos pequenos empreendedores. 22 MATSURA, Lilian. Micro e pequenas não podem recorrer a Juizados. Disponível em: < Acesso em: 13 maio 2009.

11 Armindo de Castro Júnior / Marco Antonio Lorga 19 A evolução da legislação brasileira garante, desde a edição da Lei nº 9.099/1995, o acesso dos empresários individuais, qualquer que seja seu porte, aos benefícios dos juizados especiais. Com a edição dos Estatutos das ME e EPP, tal benefício foi estendido às pessoas jurídicas, desde que se enquadrem como microempresários ou empresários de pequeno porte. Compete ao Judiciário aparelhar-se para cumprir a legislação que garante às ME e EPP o acesso à justiça especial, evitando interpretações restritivas para impedir o que a lei expressamente dispõe. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS BERTOLDI, Marcelo M.; RIBEIRO, Marcia Carla Pereira Ribeiro. Curso avançado de direito comercial. 5 ed. São Paulo: RT, p. 54. BRASIL. Constituição da República Federativa do Brasil. Disponível em: < Acesso em: 02 jan Decreto nº 3.474/2000. Regulamenta a Lei nº 9.841, de 5 de outubro de 1999, que institui o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, e dá outras providências. Disponível em: < Acesso em: 02 jan Lei Complementar nº 123/2006. Institui o Estatuto Nacional da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte; altera dispositivos das Leis nº e nº 8.213, ambas de 24 de julho de 1991, da Consolidação das Leis do Trabalho CLT, aprovada pelo Decreto-Lei nº 5.452, de 1º de maio de 1943, da Lei nº , de 14 de fevereiro de 2001, da Lei Complementar nº 63, de 11 de janeiro de 1990; e revoga as Leis nº 9.317, de 5 de dezembro de 1996, e nº 9.841, de 5 de outubro de Disponível em: < Acesso em: 02 jan Lei nº 9.099/1995. Dispõe sobre os Juizados Especiais Cíveis e Criminais e dá outras providências. Disponível em: < Acesso em: 03 nov Lei nº 9.317/96. Dispõe sobre o regime tributário das microempresas e das empresas de pequeno porte, institui o Sistema Integrado de Pagamento de Impostos e Contribuições das Microempresas e das Empresas de pequeno Porte - SIMPLES e dá outras providências. Disponível em: < br/legislacao/>. Acesso em: 02 jan

12 20 O Acesso das Microempresas e Empresas de Pequeno Porte aos Juizados Especiais Estaduais. Lei nº 9.841/99. Institui o Estatuto da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, dispondo sobre o tratamento jurídico diferenciado, simplificado e favorecido previsto nos arts. 170 e 179 da Constituição Federal. Disponível em: < Acesso em: 02 jan Lei nº /2001. Dispõe sobre a instituição dos Juizados Especiais Cíveis e Criminais no âmbito da Justiça Federal. Disponível em: < Acesso em: 07.jan COELHO, Fábio Ulhoa. Manual de direito comercial. 20. ed. São Paulo: Saraiva, p. 19. DINAMARCO, Cândido Rangel. Manual dos Juizados Especiais Cíveis. 2. ed. São Paulo: Malheiros, p ESTADO DE SÃO PAULO. Enunciados do Juizado Especial Cível de São Paulo. Disponível em: < Acesso em: 03 nov MAMEDE, Gladston. Manual de direito empresarial. 3. ed. São Paulo: Atlas, p. 12. MATSUURA, Lilian. Micro e pequenas não podem recorrer a Juizados. Disponível em < Acesso em: 13 maio REQUIÃO, Rubens. Curso de direito comercial. 27. ed. São Paulo: Saraiva, v. 1, p. 78.

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