Aprendizagem: Linguagem Comportamento e Cognição

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Aprendizagem: Linguagem Comportamento e Cognição"

Transcrição

1 Aprendizagem: Linguagem Comportamento e Cognição De A. Charles Catania Um resumo de Tiago Martins Speckart Referência: Aprendizagem: Comportamento, Linguagem e Cognição de A. Charles Catania. Trad. Deisy das Graças de Souza (et. al.). 4a ed - Porto Alegre: Artes Médicas Sul, Título original: Learning

2 Índice Parte 1 - Introdução Capítulo 1 Aprendizagem e Comportamento Página 4 Capítulo 2 Uma taxonomia do Comportamento Página 7 Parte 2 Comportamento sem Aprendizagem Capítulo 3 Evolução e Comporamento Página 9 Capítulo 4 Comportamento Eliciado e Comprtamento Emitido Página 11 Parte 3 Aprendizagem sem Palavras Capítulo 5 As Consequências do Responder: Reforço Página 15 Capítulo 6 As Consequências do Responder: Controle Aversivo Página 21 Capítulo 7 Operantes: A Seleção do Comportamento Página 28 Capítulo 8 Operantes Discriminados: Controle de Estímulo Página 32 Capítulo 9 Discriminação Condicional e Classes de Ordem Superior Página 38 Capítulo 10 Esquemas de Reforço Página 44 Capítulo 11 Combiações de Esquemas: Síntese Comportamental Página 48 Capítulo 12 Comportamento Respondente: Condicionamento Página 53 2

3 Capítulo 13 Aprendizagem Social Página 59 Parte 4 Aprendizagem com Palavras Capítulo 14 Comportameto Verbal: A Função da Linguagem Página 63 Capítulo 15 Comportamento Verbal e Comportamento Não-Verbal Página 72 Capítulo 16 Psicolinguística: A Estrutura da Linguagem Página 79 Capítulo 17 Aprendizagem Verbal e Transferência Página 85 Capítulo 18 As Funções do Lembrar Página 87 Capítulo 19 A Estrutura do Lembrar Página 91 Capítulo 20 Cognição e Resolução de Problemas Página 93 Parte 5 Conclusão Capítulo 21 Estrutura e Função na Aprendizagem Página 95 3

4 Parte I - Introdução 1 - Aprendizagem e Comportamento Quais as propostas do livro? Tentar responder as questões: (a) qual a natureza dos eventos a que nos referimos como aprendizagem? (b) qual a melhor forma de falar deles? O que é comportamento? Tudo que um organismo faz Não sei o porque de o autor não ter utilizado uma definição mais conteporânea de comportamento, já que tal definição tudo que um organismo faz é pouco esclarecedora, e o autor posteriormente participou na elaboração de um conceito mais útil para o que é o comportamento. Eu utilizarei como definição de comportamento uma mais atualizada, e que inclui os vários fenômenos abordados ao longo do livro. Tal definição é a que se segue: Comportamento é um sistema 1 de interações 2 entre valores 3 de variáveis de estímulos antecedentes 4 que pertencem à uma mesma classe 5, valores de variáveis de respostas de um organismo que pertencem à uma mesma classe e valores de variáveis de estímulos consequentes 4 que pertencem à uma mesma classe. 1 : Sistema aqui é entendido como um conjunto de conjuntos. Neste caso, um conjunto de conjuntos de interações. Isto fica melhor representado na figura abaixo. 4

5 2 : Interação nesta definição serve para mostrar que as mudanças não são unidirecionais, mas que o que modifica também é modificado, e vice-versa. 3 : Valores de variáveis. Variável neste caso vem à substituir a palavra propriedade, muito utilizada neste texto. Propriedade não está errado, o que acontece é que a noção de variável mostra claramente que não estamos lidando com propriedades constantes, mas sim com variáveis que variam (pode parecer redundante, mas é um conceito fundamental para mostrar a dinamicidade das interações comportamentais). 4 : Antecedentes/Consequentes nesta definição serve para especificar melhor o meio em que a resposta está inserida. Há um meio antes da resposta e um meio após a resposta. Assim fica claro que a resposta modifica o meio, e é modificado pelo meio. 5 : Respostas/Estímulos pertencentes à uma mesma classe é diferente de falarmos de classes de respostas/estímulos. O problema consiste que as interações comportamentais não ocorrem entre classes : são antes de mais nada com os (valores de) estímulos e (valores de) respostas, que podem pertencer ou não a uma classe. Uma classe é um conjunto, e as interações não são entre os conjuntos, mas sim entre o que está contido (estímulos e respostas) nos conjuntos (classes). 5

6 O que é aprendizagem? Usualmente, é o processo no qual um comportamento é adicionado ao repertório do organismo. Aprendizagem não tem uma definição satisfatória. Se estuda como os organismos se comportam de maneiras diferentes. Aprendizagem significa coisas diferentes em diferentes momentos para diferentes pessoas. O autor tenta não definir restritamente a definição de aprendizagem para tentar ser o mais inclusivo possível. O que ocorre, como pode ser visto no final do resumo, é que os fenômenos da aprendizagem e os procedimentos em que eles ocorrem não são abarcados pela palavra aprendizagem. Faríamos melhor, ao nos referirmos a um fenômeno de aprendizagem, realizar uma descrição exaustiva do fenômeno e o procedimento que o faz possível de acontecer. Olhar página 95 do resumo. Quais são as diferenças entre a linguagem comportamental e da linguagem cognitiva? São dois modos diferentes de se falar de eventos psicológicos. A linguagem Comportamental, por exemplo, nega explicações internas, como a mente. A linguagem Cognitiva aceita explicações internas. As duas lidam com questões diferentes: a primeira com a função, a segunda com a estrutura. Estrutura: aspectos do estímulo. Função: a grosso modo, interações entre estímulos antecedentes, respostas e estímulos consequentes. (ver o que é comportamento) Estímulos são eventos no mundo, que assumem alguma função para alguma resposta. Respostas são instâncias (uma parte) do comportamento. A resposta é definida por seu efeito no ambiente. 6

7 2 - Uma Taxonomia do Comportamento O que é taxonomia do comportamento? Taxonomia é um sistema de classificação. Taxonomia Comportamental é um vocabulário que permite organizar os vários procedimentos e fenômenos do comportamento. O que é e quais são procedimentos comportamentais? Procedimento comportamental é uma operação experimental; uma intervenção (alteração de variáveis ambientais). Operações comportamentais (a) Observação do comportamento. (b) Operação de apresentação de estímulo. (c) Operação consequencial. (d) Operação sinalizadora ou de controle de estímulos: superposta à apresentação de estímulo. (e) Operação sinalizadora ou de controle de estímulo: superposta às consequências. (f) Operação estabelecedora. Descrição das operações (a) Nenhuma intervenção (b) O estímulo A é apresentado (c) A resposta B tem a consequência C (p.e. um estímulo é produzido ou é terminado) (d) O estímulo D sinaliza a apresentação do estímulo E. (e) O estímulo F sinaliza que a resposta B terá a consequência H. (f) É estabelecida a efetividade de uma consequência I como um reforçador ou como um punidor. No que implica observar o comportamento? A observação por si só raramente identifica as fontes do comportamento e raramente resolve questões. Em qualquer estudo comportamental, apresentar variáveis é inevitável, logo não há observação pura. É necessário levar em consideração o efeito da observação no controle do comportamento do sujeito ao observá-lo. Qual a função de Estímulos e Consequências numa operação comportamental? Deve-se manipular estímulos para identificar quais são os mais determinantes. Também devese alterar as consequências para avaliar se houve aprendizado. 7

8 O que é processo de sinalização? Que relações ela pode ter? Operações sinalizadoras = operações de controle de estímulos. Estímulos podem sinalizar tanto outros estímulos quanto consequências. Sinalização de estímulos: reflexos condicionados. Sinalização de consequências: treino discriminativo. (a) quando um estímulo é o determinante fundamental de uma resposta, dizemos que o estímulo elicia a resposta ou que a resposta é eliciada. (b) quando uma resposta ocorre em presença de um estímulo, porque o estímulo sinaliza alguma consequência do responder, dizemos que o estímulo ocasiona a resposta e que a resposta é emitida. Uma discriminação onde há (ou não) apenas um estímulo discriminativo se chama sucessiva ou vai-não-vai Aquela em que dois ou mais Sd estão presentes e em que cada um está correlacionado a uma R diferente é denominada discriminação simultânea. O que são Operações Estabelecedoras? Operações estabelecedoras alteram o valor das consequências. O comportamento decorrente de uma OE se chama evocado. OEs aumentam ou diminuem a probabilidade de resposta. Deve-se ter cuidado para analisar o que é OE e o que é Sd. O responder evocado por tais operações ocorre em um ambiente relativamente constante. Sd evoca R OE ocasiona R R ocasionados e/ou evocados são emitidos. OEs não fornecem aprendizagens, mas contextos para que esta possa acontecer. Exemplo de diferença entre Sd e OE: João está com sede, aumentando a probabilidade de que comportamentos que comportamentos que levem a saciação sejam ocasionados. Ao avistar uma máquina de refrigerante (Sd para o saciar a sede) o valor reforçador de achar uma moeda é elevado (o comportamento de achar uma moeda é portanto ocasionado). 8

9 Parte II - Comportamento Sem Aprendizagem 3 - Evolução e Comportamento Contextualização de evolução. Todos os organismos hoje são parentes sobreviventes. Evolução não é uma teoria, é um nome para certos tipos de mudanças que ocorrem com populações biológicas a que denominamos espécie. A seleção natural decorre de variação e seleção. As teorias paralelas à seleção natural foram o (a) lamarckismo, a (b) ortogênese preformacionista e a (c) combinação genética mendeliana com mutação genética. Descrição das teorias: (a) características aprendidas na ontogênese passariam adiante (o que não acontecia, como exemplo mutilações que não eram transmitidas). Porém com o conhecimento provido pela epigenética é possível que algumas alterações ontogenéticas podem afetar em algum grau DNA e ser transmitido a descendentes. (b) evolução ditada por forças internas, sem relação com o ambiente. (c) o modelo mendeliano não explica a variação genética, por isso a junção com a teoria da mutação, mas este modelo de mutação era muito radical. O que é receita e fotocópia? O que isso tem a ver com evolução? Uma receita é uma sequência de procedimentos ou instruções. Ela descreve como criar o produto, mas não incorpora, necessariamente, uma descrição do produto. É pouco provável que contenha informação sobre sua origem. Uma fotocópia geralmente não mostra como construir a estrutura que ela mostra. É uma representação ou cópia, mas a receita não o é. As explicações (a) e (b) tratavam o material genético mais como fotocópias do que como receitas. A biologia moderna encara genes como receitas para o desenvolvimento. São receitas para formação de proteínas, e contém pouca informação sobre seu passado. (c) contribuiu com a seleção natural pela teoria da mutação, que contribui com a variabilidade necessária para as mudanças. Porém hoje sabe-se que mutações ocorrem numa escala bem menor e em maiores períodos de tempo (entretanto mudanças drásticas em um ambiente podem selecionar mutações mais drásticas). Seleção, variação e evolução. Seleção filogenética Variação de comportamentos abaixo ou acima da média são selecionados pela probabilidade de tal aspecto aumentar a probabilidade de sobrevivência da espécie. A seleção é feita pelo 9

10 ambiente, e ela cria e mantém características (órgãos, sistemas, partes) do organismo. A evolução pode ocorrer gradualmente em relação à uma media da população ou após eventos pontuais que produziram grandes mudanças ambientais. A seleção não substitui mecanismos existentes com outros que realizariam a mesma função. Sistemas de respostas se desenvolveram antes de sistemas sensoriais. Responder diferencialmente foi a base para a seleção de sistemas sensoriais (em ambientes estáveis). Mas nem todos os ambientes são estáveis. Deve ter sido um passo evolutivo importante quando tais padrões de comportamento tornaram-se modificáveis (em outras palavras, tornaram-se capazes de aprender). Contingências evolucionárias selecionaram diferentes tipos de aprendizagem. Algumas permanentes, outras reversíveis; outras somente em situações específicas, outras em situações diversas; algumas possíveis apenas em certos momentos da vida do organismo, outras possíveis ao longo de sua vida. Seleção ontogenética (explorada mais tarde) Sinônimo de seleção por consequências (do organismo). Respostas são selecionadas pelo ambiente, de acordo com as consequências. Seleção cultural (explorada mais tarde) Práticas são passadas para outros sujeitos (por imitação, verbalmente, etc.). Os comportamentos sobrevivem os indivíduos. O comportamento é em que medida filogenético e ontogenético? Em que medida o comportamento advém da filogenia ou da ontogenia (aprendizagem)? Ele é produto de ambas, agora o quanto cada nível de seleção determina o comportamento é outro problema. Temos sempre que considerar as bases filogenéticas do comportamento. O comportamento já começa no embrião. 10

11 4 - Comportamento Eliciado e Comportamento Emitido. O que é Reflexo? Um tipo de relação entre evento ambiental (estímulo) e uma mudança resultante no comportamento (resposta). Arco reflexo: rota fisiológica do reflexo (receptores, sistema nervoso central, respostas glandulares, musculares, etc.) Diz-se que um estímulo elicia uma resposta. O estímulo assim é chamado de estímulo eliciador e a resposta de resposta eliciada. A relação entre estímulo e resposta neste caso é chamado de reflexo. Reflexo é um subconjunto de relações possíveis no comportamento (neste caso, entre estímulos antecedentes e respostas). Quais as características do comportamento eliciado? Estímulos precisam atingir um limiar para eliciar a resposta. O limiar é estabelecido por certos valores particulares do estímulo. O tempo transcorrido entre o estímulo e a resposta se chama latência de resposta. Respostas ocorrem com alguma magnitude e tem alguma duração. Como estas três variáveis podem covariar elas têm recebido, as vezes, o nome de força do reflexo. Força fraca = limiar alto, latência alta, magnitude baixa e duração baixa. Força forte = limiar baixo, latência baixa, magnitude alta e duração alta. No reflexo, S forte = força de R forte e S fraco = força de R fraca. O que são probabilidades ou frequências relativas e probabilidades condicionais? Probabilidade ou frequência relativa As relações S-R podem ser expressas em probabilidade ou frequências relativas. Então é possível definir os efeitos do estímulo comparando a probabilidade de uma resposta quando o estímulo está presente ou quando o estímulo está ausente. Uma probabilidade ou frequência relativa é uma proporção ou razão: o número de vezes em que o evento ocorre, comparado com o número de vezes em que ele poderia ter ocorrido. p(r1)=1,0 -> 100% de emissão de R ao apresentar S p(r2)=0,6 -> 60% p(r3)=0,0 -> 0% Probabilidade Condicional Como medir o reflexo quando a resposta ocorre com alta frequência (sem a presença do estímulo a ser estudado?) exemplo: piscar o olho (resposta) com e sem presença de um sopro 11

12 no olho (com ou sem estímulo). Deve-se então comparar probabilidades de resposta com o estímulo e sem o estímulo. p(r/s)=1,0 p(r/nãos)=0,6 Probabilidade Condicional é a probabilidade em que seu valor é especificado em termos de presença ou ausência de um evento. p(a/b)=probabilidade de A, dado B; ou a probabilidade de A a condição que B esteja presente. Quais os tipos de relações estímulo - resposta? Uma resposta que ocorra sem ser eliciada é emitida. Se uma resposta segue um estímulo, deve-se saber se um estímulo determinou de fato a resposta. As classes de relações (a) S-R. S aumenta a probabilidade de R. p(r/s)=0,75 e p(r/nãos)=0,5 (b) R emitido, sem relação com S. p(r/s)=0,25 e p(r/nãos)=0,25 (c) S-R. S diminui a probabilidade de R. p(r/s)=0,1 e p(r/nãos)=0,9 (d) S-R chamado de reflexo. p(r/s)=1,0 e p(r/nãos)=0,1. Em termos de probabilidades o que é e o que não é reflexo torna-se mais arbitrário. Excitação de Resposta: Estímulo aumenta p da resposta Inibição de Resposta: Estímulo diminui p de resposta Sistemas explicativos baseados somente somente no reflexo são portanto incompletos. R emitidas eram chamadas de Comportamento Instrumental ou Operante, pois eram instrumentos para mudar o ambiente ou como operavam no ambiente. R eliciado era denominado Comportamento Reflexo. Voluntário ou Involuntário? Comportamento Operante e Comportamento Reflexo tem ambos exemplos de serem voluntários e involuntários e tal distinção não é útil. Nem é útil diferenciar a resposta pela fisiologia da resposta (se é R esquelético-operante ou se é R autônomo-reflexo). O que ocorre após eliciações sucessivas? Duas apresentações diferentes de um mesmo estímulo podem ter efeitos diferentes. O responder eliciado frequentemente depende do número de apresentações do estímulo e de seu espaçamento no tempo. 12

13 Habituação ou Adaptação É um decréscimo no responder pela repetição constante de estímulo. É uma característica do responder eliciado, podendo ser produzida por uma variedade de estímulos. Pode ser um componente importante no comportamento emocional. Potenciação ou Facilitação É um acréscimo no responder com estimulações repetidas. É mais provável com estímulos aversivos do que com neutros e reforçadores. Não confundir com sensibilização, onde os efeitos eliciadores de um estímulo aumentam como resultado de apresentação de algum outro estímulo (um S aumenta o efeito eliciador de S ). O método de apresentação de S pode determinar se ocorrerá habituação ou potenciação. Efeitos do Tempo desde o último S Eliciador Se o estímulo deixa de ser apresentado por um tempo depois da habituação ou potenciação, a probabilidade de o responder ser eliciado poderá retornar a valores prévios. As mudanças no responder, chamadas de adaptação ou potenciação, não são permanentes* e, à medida que o tempo passa, ocorre um retorno para níveis prévios. *Porém pode ser que casos de potenciação permanente explicariam um responder violento, por parte do sistema imunológico, nas chamadas alergias. O que é padrão temporal do comportamento? A apresentação de um estímulo pode determinar a sequência de respostas que ocorrem ao longo de um período extenso de tempo. O responder que depende de outro responder é chamado de comportamento adjuntivo. Uma resposta acompanha de modo regular outra resposta. Exemplo: após comer, o rato regularmente bebe se possível. Qual o papel do exercício? Antes de se saber sobre o efeito do efeito das consequências sobre o responder, acreditava-se que a repetição do responder mantinha o comportamento, mesmo na ausência do estímulo eliciador. Baseado nisso, pode-se concluir que a eliciação repetida de uma resposta aumenta a probabilidade de que a resposta seja emitida. O papel da lei do exercício na Psicologia da Aprendizagem foi deixado de lado com a escassez de dados, e com o advento das operações cosequenciadoras. O responder pelas consequêcias fica mais forte assim que o responder se torna independente de estímulos eliciadores. Esta seria uma interpretação possível da lei do exercício. 13

14 Como funciona a estampagem? Estampagem é relação resultante de apresentações de estímulos. Na estampagem, os efeitos de apresentação inicial do estímulo a ser estampado não são as mudanças nas probabilidades do responder. Antes, são as Operações Estabelecedoras. Elas mudam a importância do estímulo. O S estampado adquire sua importância para o organismo simplesmente por ter sido apresentado sob circunstâncias adequadas. Exemplo clássico: estampagem com patos filhotes, onde um estímulo grande que se move (uma mãe pata ou uma caixa sobre rodas) terá seu valor alterado drasticamente por ter sido apresentado sob circunstâncias adequadas (neste caso, o início da vida do patinho). Qual a relação entre operações estabelecedoras e a importância de estímulos? As mudanças na importância dos estímulos que ocorrem com as operações estabelecedoras são discutidas em termos de impulso e motivação. Estudos fisiológicos de motivação normalmente estão relacionados nas relações entre os fatores orgânicos e a importância de estímulos. Ex: hormônios e comportamento sexual. A motivação logo não é uma força ou impulso a ser localizada dentro do organismo; antes, é um termo aplicado a muitas variáveis orgânicas e ambientais, que tornam vários estímulos importantes para um organismo. 14

15 Parte III - Aprendizagem Sem Palavras 5 - As consequências do Responder: Reforço Reforço e Extinção Labirintos, curvas de aprendizagem, câmaras experimentais e registros cumulativos. O decréscimo gradual do tempo gasto na realização de uma tarefa veio a se chamar aprendizagem por tentativa e erro. Acreditava-se que a inteligência de espécies poderia ser medida pelo tempo de resolução de caixas-problema, labirintos (como os de Thorndike) e outros aparatos. Na época se perguntava se a aprendizagem ocorria por saltos discretos ou eram na base do tudo-ou-nada (insights). Os organismos nestas tarefas aprendiam movimentos ou propriedades dos ambientes? De qualquer forma, os experimentos indicavam que o responder se tornava mais provável após certas consequências. Curvas de aprendizagem são gráficos que mostram como o comportamento muda durante o experimento. Medir tempo de desempenho não especificava o que os organismos estavam realmente fazendo durante o tempo. Ocorreram duas inovações na pesquisa experimental: -Um aparelho construído de tal modo que o organismo podia emitir rapidamente, sem a intervenção do experimentador, uma resposta facilmente especificada; diferente de labirintos e caixa-problemas. -Um método de registro, baseado diretamente na taxa ou frequência de respostas, em contraposição às medidas indiretas derivadas de sequências de respostas ou de grupos de organismos (médias de curvas de aprendizagem de vários organismos). Inovações pensadas para reduzir a manipulação do organismo, simplificando o trabalho do experimentador. Caixa experimental = Caixa de Skinner. Algumas características de registros cumulativos: Quanto a textura ou granulação: Registro em degraus - surtos de respostas. 15

16 Registro liso - respostas constantes Quanto à aceleração: Positiva - poucas respostas no início com um aumento no final Negativa - muitas respostas no início com um decréscimo no final Para outras características, olhar página 89 O que é reforço? Terminologia do reforço. Esta terminologia é adequada se, e somente se, estiverem presentes as seguintes 3 condições: (1) uma resposta produz alguma consequêcia, (2) a resposta ocorre com mais frequência do que quando não produz consequências e (3) o aumento das respostas ocorre porque a resposta tem aquela consequência. 16

17 Termo Restrições Exemplos Reforçador (substantivo) Um estímulo. Pelotas de alimento foram empregadas como reforçadores para as pressões à barra por ratos. Reforçador (adjetivo) Uma propriedade de um estímulo. O estímulo reforçador era produzido mais frequentemente do que outros estímulos não reforçadores. Reforço (substantivo) Reforçar (verbo) Como uma Operação, apresentar consequências quando uma resposta ocorre. Como um Processo, o aumento nas respostas que resultam do reforço. Como uma Operação, apresentar consequências quando uma resposta ocorre; respostas são reforçadas, não organismos. Como um Processo, aumentar o responder mediante a operação de reforço. O esquema de reforço em razão fixa programava a apresentação de alimento a cada 10 respostas de bicar. O experimento com macacos demonstrou reforço produzido por consequências sociais. Quando um período de recreio foi usado para reforçar o cumprimento de uma tarefa escolar, as notas da criança aumentaram. O experimento foi planejado para verificar se estrelas douradas reforçariam jogos de cooperação em alunos de 1a série. Princípio do reforço: o responder aumenta quando produz reforçadores. Problema lógico: quando uma resposta se torna mais provável porque produziu um S, dizemos que a R foi reforçada e que S é reforçador. Se os perguntam como sabemos que S é reforçador, podemos dizer que a R foi reforçada. Logo começamos a nos repetir. Uma solução seria reconhecer que o termo reforço é descritivo, não explicativo. Ele nomeia uma relação entre uma classe de respostas e uma classe de estímulos. A relação é composta pelas 3 condições da terminologia do reforço: (1) uma resposta produz alguma consequêcia, (2) a resposta ocorre com mais frequência do que quando não produz consequências e (3) o aumento das respostas ocorre porque a resposta tem aquela consequência. Caso o R aumente, é precipitado dizer que R foi reforçado antes de avaliar que outras relações podem ter ocorrido (R pode ter sido eliciado em algum grau p. e.). A eficácia de reforçadores é variável e consequências podem reforçar certas classes de respostas e não reforçar outras. (ver relatividade de reforço). O reforço não é uma explicação da aprendizagem: antes, faz parte da descrição do que é aprendido. Os organismos aprendem as consequências de seu próprio comportamento. O que é extinção? O responder volta aos níveis anteriores tão logo o reforço seja suspenso. Operação: Extinção. Resultado da operação: responder extinto. Os efeitos do reforço são temporários. 17

18 A redução no responder durante a extinção não é um processo especial que requeira um tratamento separado, é uma das propriedades do reforço. Termo em desuso: resistência à extinção. Problema: qual critério para observar a resistência à extinção? Tempo sem respostas?l ou total de respostas acumuladas? Em contrapartida a resistência a mudança é uma importante propriedade do comportamento. Comportamentos resistentes a mudança são os que após reforços e repetidas práticas são executados com grande exatidão e latência curta, se tornando fluentes. Quando fluentes, é improvável que sejam perturbados por mudanças no ambiente ou por outras distrações. Qual a diferença entre extinção e inibição? Se não ocorresse a extinção, os efeitos do reforçamento seriam permanentes. Por muito tempo se supôs que a extinção suprimia ativamente o responder. Afirmava-se que a extinção tinha efeitos inibitórios, ao contrário dos efeitos excitatórios supostos para o reforço. Por isto reforço e extinção eram tratados diferencialmente, quando hoje sabe-se que são dois aspectos do mesmo fenômeno. Um exemplo de recuperação do responder (previamente extinto) é a regressão (ou ressurgimento), onde um responder extinto tem maior probabilidade de emissão devido a extinção de um responder atual. O que são contingências resposta-reforço e apresentações do reforçador? Descontinuar o reforço tem dois efeitos: (1) eliminar a contingência entre as R e os reforçadores, de modo que (2) os reforçadores não mais ocorrem. Neste contexto, contingência 18

19 descreve as consequências do responder; aqui ele indica o efeito de uma resposta sobre a probabilidade de um estímulo. O procedimento padrão de extinção envolve a (1) suspensão da contingência e (2) das apresentações do estímulo. Porém suspender a contingência e manter a apresentação de estímulos tem consequências diferentes da suspensão total de (1) e (2). Em ambos os casos o responder reforçado diminui. Mas descontinuar (2) altera outra faixa de respostas. Tomando o rato como exemplo, ao suspender a apresentação de estímulo certas respostas tornam-se mais prováveis, como comportamentos agressivos, defecar e urinar. Estes efeitos (colaterais) não são decorrentes da suspensão da contingência, mas sim da apresentação do estímulo. As operações comportamentais, tem, em geral, mais de um efeito. O que extinção tem a ver com superstição? A suspensão das contingências sem a suspensão da apresentação de estímulo não se tornou a operação usual para se estudar a extinção por poder ocasionar o processo de superstição. Superstição neste caso ocorre pela sucessão acidental de respostas e reforçadores, pois R não gera S (R não é contingente à S), mas o organismo se comporta como se fosse. O responder supersticioso é um problema na análise do comportamento, pois tais comportamentos podem ocorrer quer os reforçadores sejam consequências das respostas ou não. As consequências podem reforçar diferentes propriedades das respostas. Os reforçadores com oportunidades para o comportamento O que é relatividade de reforço? Coloquialmente chama-se reforçadores de recompensas, mas isto é um equívoco. Os reforçadores não funcionam porque fazem o organismo se sentir bem. Nossa linguagem cotidiana não captura as propriedades essenciais dos reforçadores. Alguns eventos que, superficialmente, parecem recompensadores podem não funcionar como reforçadores; o contrário também é válido. Um exemplo são quedas livres em brinquedos de parques de diversão, não recompensadores, mas muito provavelmente reforçadores. A efetividade de um reforçador depende da sua relação com as respostas que o produzem. Reforçadores não podem ser definidos independentemente das respostas que reforçam. Reforçadores são relativos e suas propriedades importantes são baseadas nas respostas às quais eles criam oportunidade de ocorrência. A privação (e alguns tipos de OEs) torna os reforçadores mais efetivos, porque a probabilidade de uma resposta em geral aumenta quando a oportunidade de se engajar nela fica restrita. 19

20 O reforço é uma relação, que envolve o responder, suas consequências e a mudança no comportamento que se segue. Como um comportamento é adquirido? Como um organismo pode adquirir respostas por meio do reforço? Reforço não produz aprendizado, produz comportamento. Ao observar se o rato pressiona a barra quando a contingência de reforço está em operação e não na sua ausência estamos simplesmente interessados em até que ponto o rato aprendeu as consequências de sua ação de pressionar a barra. As consequências do responder são críticas para a aprendizagem não porque a aprendizagem ocorra a partir delas, mas porque elas são o que é aprendido. Certas contingências envolvem o modo pelo qual o ambiente é afetado pelo comportamento, sendo, portanto, características importantes do ambiente a serem aprendidas pelos organismos. O que é aprendizagem latente? Experimentos (em labirintos) sobre aprendizagem latente mostravam que a aprendizagem poderia ocorrer sem reforço. Porém se contra-argumentou que outros reforços não planejados estavam atuando, como os reforços sensório-motores, o acesso para a caixa com alimento e água, etc. A aprendizagem latente portanto deixou de ser uma questão teórica crítica, pelo argumento que sempre há uma consequência a resposta, e são estas consequências que o organismo aprende. Chamá-las de reforçadores é uma questão de preferência. O que é aprendizagem sensório-motora? A interação dos processos sensoriais com o comportamento tem sido uma fonte de controvérsias na Psicologia da Aprendizagem. A aprendizagem é motora ou sensorial? Os organismos aprendem respostas ou relações entre estímulos? Aprendem associações resposta-estímulo ou não associações estímulo-estímulo? Os processos sensoriais são comportamentais como relações entre classes de estímulos e classes de respostas. Olhar aumenta a probabilidade de ver, e desta forma o olhar é mantido por suas consequências. Sons, luzes e outros eventos básicos tem sido descritos como estímulos neutros, mas este rótulo, embora conveniente, é um nome enganoso. Os eventos não podem ser verdadeiramente neutros se forem consequências do comportamento. Após experimentos o fenômeno chamado reforço sensorial foi estabelecido, podendo-se discutir com mais clareza a curiosidade e o comportamento exploratório (podendo o reforço sensorial ser uma possível consequência determinante de tais comportamentos). 6 - As consequências do Responder: Controle Aversivo 20

21 Controle aversivo = punição + reforço negativo O que é punição? Terminologia da punição. Esta terminologia é adequada se, e somente se, estiverem presentes as seguintes 3 condições: (1) uma resposta produz alguma consequêcia, (2) a resposta ocorre com menos frequência do que quando não produz consequências e (3) a diminuição das respostas ocorre porque a resposta tem aquela consequência. Termo Restrições Exemplos Punidor (substantivo) Um estímulo. Choques foram empregados como punidores para as pressões à barra por ratos. Punitivo (adjetivo) Uma propriedade de um estímulo. O estímulo punitivo era produzido menos frequentemente do que outros estímulos não punitivos. Punição (substantivo) Como uma Operação, apresentar consequências quando uma resposta ocorre. Como um Processo, a diminuição nas respostas que resultam da punição. Punir (verbo) Como uma Operação, apresentar consequências quando uma resposta ocorre; respostas são punidas, não organismos. Como um Processo, diminuir o responder mediante a operação de punição. O esquema de punição emparelhada com um esquema de reforço de razão fixa 10 programava a apresentação de choques e alimento a cada 10 bicadas. O experimento com macacos demonstrou punição produzido por consequências sociais. Quando um castigo foi usado para punir o cumprimento de uma tarefa escolar, as notas da criança diminuiram. O experimento foi planejado para verificar se broncas puniriam jogos de cooperação em alunos de 1a série. Punição pode se referir a processos e operações. Operação: apresentar consequência punitiva. Processo: a redução do responder. É mais adequado usar punição como operação, e se referir ao processo pelos efeitos diretos no responder. Como no reforço, são as respostas que são punidas, não organismos. 21

22 Comparando Reforço e Punição O efeito da punição é o contrário do reforço. Extinção: suspensão do reforço e diminuição do responder até a linha de base. Recuperação: suspensão da punição e aumento do responder até a linha de base. Punição é inadequado no controle do comportamento não por ser temporário, já que segundo este critério o reforço também seria inadequado, já que ambos são temporários. Ver ética do controle aversivo. Como estudar punição se não há mais o responder? O que acontece se a recuperação ultrapassar a vida de um organismo? Os efeitos da punição devem ser estudados, pois é uma forma de controle presente e atuante. Como o reforço, o efeito da punição deve depender da relação entre as respostas e os estímulos punitivos (contingências) e não simplesmente da aplicação de punidores. Ver relatividade da punição. O termo punição se aplica à relação entre o responder e a consequência. A questão é, principalmente, saber quando a aplicação do termo é apropriada. Ambas as operações tem efeitos temporários; quando interrompidas, o responder retorna a níveis prévios. Como Punição é relativa? Experimentos com punição costumam usar choques como estímulos por sua relação fidedigna sobre uma variedade de respostas, porém este é um exemplo extremo de punidor. Esguichos de água podem punir efetivamente comportamentos autolesivos fortes, sendo que um estímulo inofensivo pode atuar como punidor. Da mesma forma que reforçadores, punidores não podem ser especificados em termos absolutos, nem em termos de variáveis em comum. Eles devem ser avaliados com base na relação entre as respostas punidas e as respostas ocasionadas pelo estímulo punitivo. Os estímulos e as respostas em experimentos típicos de reforço e punição têm sido escolhidos de modo a fazer com que estes experimentos funcionem. Eles obscurecem, assim, a reversibilidade potencial das consequências como reforçadoras ou punitivas. O responder pode ser aumentado ou reduzido pela mudança de suas consequências, e esses efeitos são determinados pelas propriedades comportamentais, e não pelas propriedades físicas, das consequências. Quais são os efeitos eliciadores dos estímulos punitivos? Estímulos punitivos podem ter efeitos independentes de sua relação de contingência com as respostas. A dificuldade em estudar a punição é distinguir os diferentes efeitos da punição que não tem relação com a contingência. 22

23 Devemos distinguir os diferentes efeitos da aplicação de estímulos contingentes a resposta das aplicações não contingentes a resposta. É importante reconhecer os efeitos separados de contingências resposta-estímulo e das apresentações de estímulo As vezes é mais apropriado comparar o choque produzido pela resposta com o choque produzido independentemente da resposta do que com uma situação sem choques. O choque, por exemplo, elicia respostas manipulativas (pressionar a barra) em macacos. Estes efeitos foram observados em Intervalo Fixo 5 minutos, onde o responder se manteve alto. Porém comparando com outras contingências outros resultados surgiram. O responder foi menor em IF 2m, mostrando que o responder aumentava com menos estímulos por resposta. E em esquemas onde a punição era aplicada a cada resposta o responder ficou bastante reduzido. Em cotrapartida, o responder do macaco era menor sem punições do que no esquema de IF 4m. Esses efeitos eliciadores do choque podem ser fortes o suficiente para anular seus efeitos punitivos, de modo que pressionar a barra ocorre a despeito de, e não por causa, da contingência punitiva. Quais são os efeitos discriminativos dos estímulos aversivos? Outro efeito colateral da punição pode ocorrer, porque os estímulos punitivos podem adquirir propriedades discriminativas, como quando uma resposta é reforçada apenas quando é também punida. Uma analogia humana seria a de uma criança que apanha pode provocar o pai a ponto de ser surrada, porque a surra geralmente é seguida por uma quantidade de atenção do pai arrependido que é maior do que a atenção em outros contextos. A atenção pode ser um reforçador poderoso e superar consequências que, de outra forma, serviriam de estímulos punitivos. O que é reforço negativo? Definição antiga: Quando uma resposta termina ou evita um estímulo aversivo e, assim, torna-se mais provável, o estímulo é denominado reforçador negativo e a operação de reforço negativo. A distinção entre reforço positivo e negativo depende se uma resposta produz ou remove um estímulo Definição conteporânea: 1. O reforço faz a resposta reforçada aumentar. 2. A punição faz a resposta punida diminuir. 3. O adjetivo positivo significa que a consequência do responder é a adição de um estímulo ao ambiente do organismo. 4. O adjetivo negativo signiica que a consequência do responder é a subtração de um estímulo ao ambiente do organismo. 5. Os reforçadores e punidores são estímulos e a não ausência de estímulos (supondo que seja possível fazer uma distinção clara). 23

24 O que caracteriza a fuga? Procedimento simples de fuga: a resposta de um organismo suspende um estímulo aversivo. A terminologia da fuga e da esquiva (ver esquiva) é consistente com o uso cotidiano. A pesquisa em reforço negativo é dominada por procedimentos mais complexos, como a esquiva. Qual a relação entre o responder eliciado e a fuga? O motivo da relativa negligência em se pesquisar a fuga é que geralmente é fácil aumentar a probabilidade de respostas utilizando o reforçamento positivo, mas, às vezes, é difícil fazer isso, utilizando o reforçamento negativo em procedimentos de fuga. Parte da dificuldade ocorre, em parte, porque a relação temporal entre as respostas reforçadas e as respostas produzidas por um reforçador difere, no reforço positivo, daquela produzida no reforço negativo. Também no reforço negativo o estímulo está presente antes que a resposta a ser reforçada possa ser emitida. E o estímulo aversivo aumenta a probabilidade de outras resposas concorrentes com a resposta a ser reforçada sejam emitidas, diminuindo a probabilidade de que a resposta a ser reforçada seja emitida. 24

25 Exemplo: Para fugir de uma luz intensa o rato pode fechar os olhos e se encolher em um canto, sendo que qualquer comportamento que seja emitido será punido pela luz intensa (enquanto que se o rato apertasse a barra a luz cessaria). Sobre a ambiguidade da distinção entre reforço positivo e reforço negativo. Se os estímulos são apresentados ou removidos, isso pode ser um critério menos importante na distinção entre reforço positivo e reforço negativo do que se as respostas geradas pelo reforçador ocorrem em momentos em que elas podem competir com a resposta reforçada. Podemos considerar as mudanças no ambiente do organismo que produzem um contínuo de efeitos, que variam entre aqueles em que outras respostas têm alta probabilidade de preceder e competir com a resposta reforçada, até aqueles em que elas não fazem ou talvez até mesmo contribuam para um aumento na probabilidade de ocorrência da resposta reforçada. O que caracteriza a esquiva? Na esquiva, o estímulo aversivo não está presente quando a resposta reforçada ocorre. O procedimento simples de esquiva: a resposta evita ou atrasa um estímulo aversivo. As duas principais variantes da esquiva são denominadas cancelamento e adiamento. Analogia para cancelamento: matar um pernilongo antes que ele pique você. Analogia para evitação: colocar fichas em um telefone público para manter a ligação. O comportamento de esquiva costuma ser persistente e sua extinção lenta. A consequência de uma resposta de esquiva é que nada acontece. Embora seja fácil manter a persistência do comportamento de esquiva, é difícil instalar este comportamento. Isto explica porque medidas preventivas são difíceis de modelar e manter: elas não tem consequência aparente. O que são reações de defesa específicas da espécie? Uma vantagem dos procedimentos de esquiva sobre os de fuga é que a resposta reforçada ocorre na ausência do estímulo aversivo. Assim, outras respostas geradas pelo estímulo aversivo não compete continuamente com a resposta de esquiva. Também certas respostas funcionam melhor sob fuga, outras melhor sob esquiva. Tem se argumentado que as diferenças surgem porque os organismos são equipados de maneira variada, com respostas de defesa que são específicas da espécie. Sendo assim, o sucesso com procedimentos de esquiva dependerá de o experimentador escolher respostas que o organismo puder emitir. Certos comportamentos de esquiva podem ter tido grande valor de sobrevivência no passado, e por isso, foram selecionados filogeneticamente. Comportamentos específicos da espécie limitam o que pode ser aprendido. Saber se o responder de esquiva se mantém por prevenir a consequência aversiva, ou por uma resposta da espécie, é uma questão experimental. Algumas diferenças podem também depender dos determinantes específicos da espécie para o que é aversivo, p.e. o barulho de correnteza de água como estímulo aversivo para castores, sendo este estímulo um possível determinante para a construção de diques em rios. 25

26 Qual é a natureza do reforçador na esquiva? Outra questão é especificar o que reforça o responder na esquiva. Por a esquiva bem sucedida não gerar consequências, como pode a ausência de evento reforçar o comportamento? Uma teoria foi formulada a partir de experimentos que envolviam a sinalização do estímulo aversivo, sendo que tal estímulo sinalizador adquiriria propriedades aversivas ao ser consistentemente emparelhado com o estímulo aversivo. O término do estímulo sinalizador reforçaria negativamente a resposta evasiva. Tal concepção foi denominada teoria dos dois processos de esquiva. Mas o efeito do reforço voltou ao debate depois que Sidman realizou seus experimentos com esquiva não sinalizada. Também outro problema surgiu com experimentos onde a esquiva diminuía a taxa total de estímulos aversivos, mas não completamente. (ver páginas para maiores detalhes). Orientações molar e molecular em Análise do Comportamento. Molecular: lida com o comportamento em termos de sequências de eventos, momento a momento, em um dado contexto. Molar: lida com propriedades que podem ser medidas ao longo de extensos períodos de tempo. Abordagem molecular da esquiva examina os intervalos de tempo individuais que separam respostas particulares de choques individuais. Abordagem molar da esquiva examina a relação mais geral entre taxas de resposta e as taxas de choque ao longo de uma amostra grande de respostas. As propriedades molares e moleculares do comportamento podem ser importantes em contextos diferentes. É razoável supor que a evolução equipou os organismos com a capacidade de responder, diferencialmente, a muitas propriedades das situações que se encontram. A questão é decidir qual abordagem é mais apropriada à análise de uma dada situação. Qual a relação entre extinção, fuga, esquiva e reforço negativo? Os efeitos da extinção também são temporários. Os efeitos de eliminar contingências devem ser distinguidos das de eliminar estímulos aversivos. Em fuga, o responder cessa pois não há mais ocasião para responder. No entanto, em esquiva, desligar a fonte do choque é, às vezes, considerado uma operação de extinção. Se o responder da esquiva for mantido por raros estímulos aversivos, o responder continuará por um longo tempo. Por essas razões a esquiva em sido considerada relevante para casos de comportamento humano, como compulsões. Suspender as apresentações do estímulo aversivo tem sido o procedimento de extinção mais comum em esquiva, mas apresentar o estímulo aversivo enquanto interrompe-se as contingências do responder é um paralelo mais próximo da extinção após reforço negativo. 26

27 Sobre punição positiva e punição negativa. Também é possível distinguir entre punição positiva e negativa (embora aqui também sejam possíveis casos ambíguos). É difícil estudar a punição negativa experimentalmente retirando-se o reforço positivo; o que se tem feito é a remoção de um estímulo na presença do qual as respostas são reforçadas, o que é um paralelo da ênfase na esquiva e não na fuga, em estudos de reforço negativo. Tais períodos sem estímulos sinalizadores que ocasionam reforço da resposta são chamados de suspensão discriminada das contingências de reforço, às vezes, de punição por timeout de reforço positivo. Os procedimentos que sinalizam punição negativa têm sido chamados de treino de omissão. Assim como qualquer forma de punição, a função principal da punição negativa é reduzir certos comportamentos, mas ela é frequentemente aplicada sem uma atenção para os comportamentos alternativos que poderiam ser reforçados. A utilização do timeout sem a compreensão de suas bases comportamentais pode ser contraproducente. Sobre a linguagem e a ética do controle aversivo. Ao falarmos de estímulos punitivos, reforçadores negativos e estímulos aversivos, temos que lembrar que cada um é apropriado em contextos diferentes. Estímulos aversivos foram apresentados com fenômenos de eliciação, os estímulos punitivos foram apresentados durante a discussão de consequências que reduzem o responder e os reforçadores negativos foram incluídos como classes de consequências que aumentam a probabilidade de resposta. Seria conveniente se pudéssemos supor que cada termo identifica diferentes aspectos de uma categoria única de eventos. Para muitos estímulos, na maior parte do tempo, tal premissa é possivelmente correta. Mas devemos lembrar das diferentes probabilidades de resposta e da relatividade de reforçadores e punidores. Tal premissa não é garantida. As propriedades comportamentais do controle aversivo têm implicações que são consistentes com os argumentos éticos contra o controle aversivo. A punição só é justificável em casos extremos, como comportamentos autolesivos (a punição pode prevenir danos permanentes). Porém a punição permanece como uma prática recorrente de controle alheio, por sua imediaticidade da diminuição do responder; o reforço positivo é mais complexo de ser aplicado e tem consequências atrasadas. É necessário estudar os mecanismos do comportamento para prevenir seus maus usos. 27

28 7 - Operantes: A Seleção do Comportamento O que é modelagem? Modelagem é o reforçamento de respostas que se aproximem de uma resposta alvo. Modelar implica em um meio termo entre os extremos da apresentação frequente e não frequente de reforço. Reforçar demais sacia e pode fortalecer respostas não planejadas. Reforçar pouco leva a extinção. A modelagem também pode ocorrer como um resultado de contingências naturais e também pode gerar mudanças qualitativas abruptas, ao invés de lentas aproximações de propriedades de uma classe de respostas (exemplos destes processos na página 131). A modelagem é baseada no reforço diferencial: em estágios sucessivos, algumas respostas são reforçadas e outras não. À medida que o responder se altera, os critérios para o reforço diferencial também mudam. A propriedade do comportamento que torna a modelagem efetiva é a variabilidade do comportamento. O paradoxo (antigo) da modelagem é que não aumentamos a probabilidade de uma mesma resposta ocorrer porque nunca uma resposta é igual a outra. Mas não se lidam com respostas singulares, mas sim com diferentes respostas que pertencem a uma mesma classe. O que são classes de respostas e classes operantes? Não podemos discutir o comportamento apenas em termos de respostas isoladas. As respostas individuais são instâncias do comportamento, e cada uma pode ocorrer apenas uma única vez; as respostas podem ter propriedades em comum, mas não podem ser idênticas em todos os aspectos. Assim temos que respostas reforçadas produzem outras respostas que não a mesma resposta, mas não podemos agrupar respostas sem distinção, porque ficaríamos sem nada a falar a não ser do comportamento em geral. Um nível intermediário de análise, que não são respostas individuais nem o comportamento em geral, mas sim classes de respostas definidas por propriedades em comum. Se as consequências modificam a probabilidade de respostas de uma classe ela é denominada classe operante. Conceitos antigos relacionados a classe operante: instrumental, voluntário. Comportamentos autônomos podem ser operantes (ver exemplo na página 133). 28

29 Essa definição de classes de respostas depende de propriedades comportamentais do responder e não de propriedades fisiológicas, como a distinção somática-autonômica. As propriedades comportamentais de classes operantes são baseadas na operação denominada reforço diferencial (o reforço de apenas algumas respostas de uma classe de respostas). Esta operação torna o responder subsequente cada vez mais estreitamente ajustado às propriedades definidoras da classe. A característica essencial de um operante é a correspondência entre uma classe de respostas definida por suas consequências e o espectro de respostas geradas por essas consequências. O que é diferenciação e indução? Indução: extensão do efeito do reforço a outras respostas não incluídas na classe reforçadora. Sinônimo ocasional: generalização de respostas. Diferenciação: processo de distribuição de respostas emitidas que passa a se circunscrever estreitamente aos limites da classe de respostas reforçadas. O responder estabelecido desta maneira é denominado diferenciado. Quais as diferenças entre topografia e função na classe operante? Vimos como classes de comportamentos podem ser criadas por meio de reforço diferencial. Mas elas não são definidas por sua topografia, mas sim por sua função comum. Topografia: pisar na barra, morder a barra para baixo, sentar na barra, pressionar a barra com a pata esquerda, direita ou ambas. Função comum: todas produzem as mesmas consequências. Os operantes são definidos por suas funções e não por suas formas. Respostas com topografias similares, mas funções diferentes, serão agrupadas em diferentes classes. Reforço diferencial da organização temporal. As propriedades temporais do responder incluem a latência, a duração e o ritmo. Quaisquer dessas propriedades podem servir de base para o reforço diferencial. Reforço diferencial de baixas taxas - DRH (Differential reinforcement of low response rate). Exemplo: DRL10" = um rato é reforçado pela primeira resposta depois de 10s, mas se o rato responder antes que 10s não haverá reforço e o rato terá que esperar 10 segundos a partir da última resposta. Reforço diferencial de altas taxas - DRH (Differential reinforcement of high rate). Muitas R em pouco t para receber reforço. 29

30 Exemplo: DRH10"/15 responses = um rato deve apertar a barra 15 vezes dentro de 10 segundos para receber reforço. A taxa de resposta não é uma medida fundamental do reforço, mas é apenas uma propriedade do comportamento que pode ser diferenciada. O responder sob DRL ocorre a uma baixa taxa, mas é facilmente estabelecida e sustentada. O responder sob DRH ocorre a uma taxa alta, mas é difícil de se estabelecer e é frágil quando estabelecido. Outras classes de reforço diferencial: Reforço diferencial de responder espaçado: estabelece limites tanto inferiores quanto superiores para os IRT (tempo entre respostas) que precedem uma resposta reforçada e que tende a manter uma taxa de respostas razoavelmente constante. Reforço diferencial de outro comportamento (DRO): apresenta um reforçador na condição que ocorra um tempo definido sem a resposta especificada. Este é o nome técnico para o procedimento geralmente usado para programar reforço para comportamentos alternativos. A estrutura do operante Noção de comportamento complexo em labirintos. Além de respostas discretas, sequências complexas de respostas também podem ser tratadas como classes operantes. Exemplo: o percurso por um labirinto pode ser considerado uma resposta única, mas complexa. Escolher os caminhos certos pode ser reforçado diferencialmente. O responder em um labirinto não é fruto de tentativas e erros, nem de hipóteses que o organismo formula, são antes alterações consistentes no responder integrado de um organismo. Sequências de respostas: qual a diferença entre encadeamento e unidades temporalmente extendidas? Quebrar uma sequência comportamental pode mostrar uma sucessão de operantes. Este tipo de sequência é denominado cadeia de respostas, onde as respostas tem funções duplas: elas reforçam a resposta anterior (ver reforço condicionado) e servem de ocasião para a próxima resposta. Alguns componentes de certas cadeias são independentes entre si, mas algumas sequências apresentam outros problemas: as respostas são sequências específicas de respostas encadeadas ou unidades temporalmente extendidas, não redutíveis a tais sequências? Esta é 30

31 uma questão experimental, onde ambos os processos podem ocorrer. O desafio é saber qual sequência está em vigor. Classes operantes e comportamento novo. As classes operantes podem ter propriedades mais complexas, como nos casos de reforço diferencial, labirintos e sequências de respostas interligadas. O nosso interesse principal está nas dimensões ao longo das quais o responder se conforma à classe de respostas que é reforçada. A estrutura do comportamento é tal que nem sempre podemos definir tais dimensões independentemente das contingências de reforço. Tomando o exemplo do treino de golfinhos para diferenciar respostas novas. Como definir tal classe operante sem ser pelo critério de reforço? O fato de que temos dificuldade em medir a originalidade ou outras dimensões complexas do comportamento não as elimina como propriedades que possam definir as classes operantes. Mesmo a variabilidade do responder pode ser tomada como base para o reforço diferencial. Isto mostra que organismos são sensíveis a populações de respostas e consequências ao longo de extensos períodos de tempo, e não meramente a sequências individuais respostaestímulo (ver análises molares x moleculares). 31

32 8 - Operantes Discriminados: Controle de Estímulo O que são operantes discriminados? O reforço diferencial também pode ocorrer com base nas dimensões em cuja presença as respostas ocorrem. Quando o responder é reforçado apenas na presença de alguns estímulos, dizemos que o reforço é correlacionado com aquele estímulo. Uma classe de respostas criada por este reforço diferencial em relação às propriedades do estímulo é chamada de operante discriminado. É bem possível que não exista uma classe operante sem estímulos discriminativos. Mesmo o ambiente constante de um organismo atua controlando seu comportamento. S D s estabelecem a ocasião em que as respostas têm consequencias, e diz-se que eles ocasionam respostas. Notação científica usual: S D : estímulo discriminativo (ou) S + : estímulo positivo S Δ : estímulo correlacionado com o não reforço (ou) S - : estímulo negativo (o mais apropriado seria S 0, pois nada é removido em presença deste estímulo). A dispersão do efeito do reforço na presença de um estímulo para outros estímulos não correlacionados com o reforço é denominada generalização. Discriminação: processo no qual estímulos que ocasionam o responder vieram a conformar-se estreitamente com a classe de estímulos correlacionada com o reforço. O responder sob tal controle de estímulo é denominado de comportamento discriminado. Devemos reconhecer duas classes de estímulos: 1. Uma classe correlacionada com a contingência de reforço. 2. Uma classe onde o responder ocorre. O interesse está na correspondência entre estas 2 classes. Os estímulos estabelecem a ocasião para as respostas pois quando uma classe de respostas é definida pela presença de um estímulo, as respostas nesta classe não podem ocorrer quando o estímulo está ausente. Quando falamos de diferenciação e indução ou de discriminação e generalização, a operação subjacente em cada caso é o reforço diferencial. Tanto a diferenciação quanto a discriminação envolvem correspondências entre as dimensões sobre as quais o reforço diferencial é aplicado e as dimensões do comportamento resultante. Porque atentar para as propriedades de estímulo? 32

33 Ao discutir a correspondência entre os estímulos com os quais as contingências de reforço estão correlacionadas e os estímulos os quais o organismo responde, fala-se a partir de um valor de estímulo específico. Os estímulos são variáveis e não há garantias que o organismo responda a apenas um grupo de variáveis específicas. As variáveis de estímulo às quais um organismo tende a responder discriminativamente são, às vezes, denominadas salientes. Mas saliência não é uma variável de um estímulo, mas sim uma propriedade do comportamento do organismo com relação à aquele estímulo. O conceito de atenção é essencial em um tratamento dos operantes discriminados, porque os organismos tendem a responder a algumas variáveis de estímulos, e não a outras. Na medida em que atentar para, ou prestar atenção a uma variável ou a outra, é algo que os organismos fazem, podemos tratá-lo como um tipo de comportamento (ver capítulo 20). Uma razão importante para tratar a atenção desta maneira é que o atentar (para) pode ter consequencias. Aprendizagem de lugar x Aprendizagem de resposta. A questão é se os organismos aprendem dimensões das respostas (uma sequência específica em um labirinto, por exemplo) ou aprendem dimensões do estímulo (se movimentar em direção a um local particular, se movimentando em um labirinto em direção à uma janela, p.e.). As propriedades espaciais do ambiente são particularmente importantes, mas, em circunstâncias apropriadas, um rato pode aprender propriedades do ambiente. Gradientes de controle de estímulo Em um procedimento de diferenciação, o organismo determina a ordem das respostas, mas em um procedimento de discriminação o experimentador deve decidir a ordem em que os estímulos são apresentados. Um experimentador que esteja interessado em algum contínuo de estímulo (isto é, alguma dimensão ao longo da qual os estímulos podem variar, como a intensidade ou a posição de uma luz) deve preocupar-se com quantos estímulos apresentar, por quanto tempo de que forma os estímulos deveriam ser correlacionados com o reforço e com o não reforço, para mencionar algumas das possibilidades mais importantes. A seguir, alguns exemplos de possíveis gradientes de controle de estímulo. Gradientes de Generalização Se uma resposta é reforçada durante um estímulo, e alguma propriedade daquele estímulo então é variada, o responder pode depender de quanto o estímulo mudou. 33

34 Os efeitos do reforço na presença do vermelho estenderam-se para outras cores. O gradiente de generalização pode ser afetado por outras variáveis, como a privação e diferentes esquemas de reforços. Gradientes de Pós-discriminação Os gradientes de controle de estímulos podem ser obtidos após uma discriminação entre dois ou mais estímulos ao longo de uma dimensão. Em um treino de discriminação, onde S D é reforçado e S Δ é extinto, as respostas tendem a serem mais frequentes em valores de estímulos distantes de S Δ. Um pombo treinado com S D =550 milimicrons (um comprimento de onda, neste caso de luz) e com S Δ =570 milimicrons responde majoritariamente em 540 milimicrons, distante de S Δ. Este deslocamento visto num gráfico de respostas é denominado deslocamento de pico. Gradientes de Inibição Aqui os gradientes são para avaliar em que medida um estímulo não-correlacionado com S D inibe altera o responder. Em tais gradientes, o responder aumenta quanto mais os valores do estímulo correlacionado com a extinção se afastam da característica negativa (valor de estímulo correlacionado com a extinção). É mais fácil treinar características positivas (valores de estímulos correlacionados com o reforço) do que características negativas. O que é esvanecimento (fading)? Do mesmo modo que as propriedades de resposta que definem uma classe operante podem ser gradualmente modificados por meio de procedimentos de modelagem, as propriedades de estímulo que definem uma classe operante discriminada podem ser gradualmente alterados por procedimentos análogos de esvanecimento ou esmaecimento. 34

BEHAVIORISMO: PRESSUPOSTOS TEÓRICOS

BEHAVIORISMO: PRESSUPOSTOS TEÓRICOS Comportamentalismo BEHAVIORISMO: PRESSUPOSTOS TEÓRICOS O comportamento resulta de um processo de APRENDIZAGEM. Todo comportamento pode ser condicionado, por meio do controle e manipulação das variáveis

Leia mais

BURRHUS FREDERIC SKINNER BEHAVIORISMO. Prof. Fracasso

BURRHUS FREDERIC SKINNER BEHAVIORISMO. Prof. Fracasso BURRHUS FREDERIC SKINNER BEHAVIORISMO Prof. Fracasso FONTE: BOCK, A.M.B.; FURTADO, O., TEIXEIRA, M.L.T. PSICOLOGIAS. Uma introdução ao estudo da psicologia. São Paulo : Saraiva, 2002. O TERMO BEHAVIORISMO

Leia mais

REFORÇAMENTO INTRÍNSECO E EXTRÍNSECO 1 PUC-SP

REFORÇAMENTO INTRÍNSECO E EXTRÍNSECO 1 PUC-SP REFORÇAMENTO INTRÍNSECO E EXTRÍNSECO 1 MARIA AMALIA ANDERY E TEREZA MARIA SÉRIO 2 PUC-SP Vimos, até aqui, que comportamento operante descreve uma relação sujeito-ambiente (resposta-estímulo) específica.

Leia mais

A Psicologia de hoje e a psicologia de ontem. Profª Bianca Werner Psicologia

A Psicologia de hoje e a psicologia de ontem. Profª Bianca Werner Psicologia A Psicologia de hoje e a psicologia de ontem Profª Bianca Werner Psicologia Dois Modelos de Homem Dois modelos de homem foram amplamente discutidos por filósofos e psicólogos: Orientação Comportamentalista

Leia mais

OS FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO HUMANO

OS FATORES QUE INFLUENCIAM O DESENVOLVIMENTO HUMANO 1 A PSICOLOGIA DO DESENVOLVIMENTO A psicologia do desenvolvimento estuda o desenvolvimento do ser humano em todos os seus aspectos: Físico-motor, intelectual, afetivo, emocional e social, ou seja, desde

Leia mais

Plano de Ensino PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA APLICADA À ENGENHARIA - CCE0292

Plano de Ensino PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA APLICADA À ENGENHARIA - CCE0292 Plano de Ensino PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA APLICADA À ENGENHARIA - CCE0292 Título PROBABILIDADE E ESTATÍSTICA APLICADA À ENGENHARIA Código da disciplina SIA CCE0292 16 Número de semanas de aula 4 Número

Leia mais

Medidas e Escalas: Escalas não Comparativas

Medidas e Escalas: Escalas não Comparativas Medidas e Escalas: Escalas não Comparativas 1-1 Sumário do Capítulo 1) Escalas não comparativas 2) Escalas de rácios contínuos 3) Escalas de Itens i. Escala de Likert ii. iii. Escala de Diferencial semântico

Leia mais

O QUE É AMOSTRAGEM? PARTE I

O QUE É AMOSTRAGEM? PARTE I O QUE É AMOSTRAGEM? PARTE I! Teoria da amostragem! População x Amostra! O problema do censo! Amostragem probabilística e não probabilística Francisco Cavalcante(f_c_a@uol.com.br) Administrador de Empresas

Leia mais

Unidade 10 Análise combinatória. Introdução Princípio Fundamental da contagem Fatorial

Unidade 10 Análise combinatória. Introdução Princípio Fundamental da contagem Fatorial Unidade 10 Análise combinatória Introdução Princípio Fundamental da contagem Fatorial Introdução A escolha do presente que você deseja ganhar em seu aniversário, a decisão de uma grande empresa quando

Leia mais

Boas situações de Aprendizagens. Atividades. Livro Didático. Currículo oficial de São Paulo

Boas situações de Aprendizagens. Atividades. Livro Didático. Currículo oficial de São Paulo Atividades Boas situações de Aprendizagens Livro Didático Currículo oficial de São Paulo LÓGICA NUMA CONCEPÇÃO QUE SE APOIA EXCLUSIVAMENTE EM CONTEÚDOS E ATIVIDADES Enfoque fragmentado, centrado na transmissão

Leia mais

ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO E SIGNIFICADOS

ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO E SIGNIFICADOS ADIÇÃO, SUBTRAÇÃO E SIGNIFICADOS CÉLIA MARIA CAROLINO PIRES Introdução: Fazendo uma breve retrospectiva O ensino das chamadas quatro operações sempre teve grande destaque no trabalho desenvolvido nas séries

Leia mais

Seminário 2: Análise de livros didáticos de Física para o Ensino Médio

Seminário 2: Análise de livros didáticos de Física para o Ensino Médio Propostas e Projetos para o Ensino de Física Prof. Anne L. Scarinci Seminário 2: Análise de livros didáticos de Física para o Ensino Médio Henrique Gallo Jairo Mendes Marcos Teruo Ronaldo Belizário 2001

Leia mais

Aula 25 Teorias da evolução

Aula 25 Teorias da evolução Aula 25 Teorias da evolução A grande variabilidade dos seres vivos e o grande número de espécies atuais, segundo a teoria evolucionista, originaram-se de espécies preexistentes mais simples, que evoluíram,

Leia mais

alocação de custo têm que ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como o aluguel, a supervisão, as chefias, etc.

alocação de custo têm que ser feita de maneira estimada e muitas vezes arbitrária (como o aluguel, a supervisão, as chefias, etc. Professor José Alves Aula pocii Aula 3,4 Custeio por Absorção Custeio significa apropriação de custos. Métodos de Custeio é a forma como são apropriados os custos aos produtos. Assim, existe Custeio por

Leia mais

Menino ou menina? Exercício 1 Vamos lembrar então o que são genes e cromossomos. Volte à Aula 20 e dê as definições: a) Gene... b) Cromossomo...

Menino ou menina? Exercício 1 Vamos lembrar então o que são genes e cromossomos. Volte à Aula 20 e dê as definições: a) Gene... b) Cromossomo... A UU L AL A Menino ou menina? Quando um casal descobre que vai ter um filho, a primeira curiosidade é saber se nascerá um menino ou uma menina. Mas será que os futuros pais, ou mesmo as pessoas que não

Leia mais

Qualidade de Produto. Maria Cláudia F. P. Emer

Qualidade de Produto. Maria Cláudia F. P. Emer Qualidade de Produto Maria Cláudia F. P. Emer Introdução Qualidade diretamente ligada ao produto final Controle de qualidade Adequação do produto nas fases finais no processo de produção Software Atividades

Leia mais

O QUESTIONÁRIO NA PESQUISA CIENTÍFICA Anivaldo Tadeu Roston Chagas Mestre em Administração pela USP e professor da Universidade Católica de Campinas

O QUESTIONÁRIO NA PESQUISA CIENTÍFICA Anivaldo Tadeu Roston Chagas Mestre em Administração pela USP e professor da Universidade Católica de Campinas O QUESTIONÁRIO NA PESQUISA CIENTÍFICA Anivaldo Tadeu Roston Chagas Mestre em Administração pela USP e professor da Universidade Católica de Campinas 1 INTRODUÇÃO Segundo Parasuraman (1991), um questionário

Leia mais

Introdução. Qualidade de Produto. Introdução. Introdução ISO/IEC 9126. Normas

Introdução. Qualidade de Produto. Introdução. Introdução ISO/IEC 9126. Normas Qualidade de Produto Maria Cláudia F.P. Emer Introdução z Qualidade diretamente ligada ao produto final z Controle de qualidade Adequação do produto nas fases finais no processo de produção z Software

Leia mais

1. A IMPORTÂNCIA DOS OBJETIVOS EDUCACIONAIS.

1. A IMPORTÂNCIA DOS OBJETIVOS EDUCACIONAIS. Formulação de Objetivos Educacionais 1. A IMPORTÂNCIA DOS OBJETIVOS EDUCACIONAIS. A prática educativa atua no desenvolvimento individual e social dos indivíduos, proporcionando-lhes os meios de apropriação

Leia mais

Estatística. Conjunto de métodos e processos quantitativos que serve para estudar e medir os fenômenos coletivos ou de massa.

Estatística. Conjunto de métodos e processos quantitativos que serve para estudar e medir os fenômenos coletivos ou de massa. Faculdade de Tecnologia Senac Pelotas Curso Superior de Tecnologia em Análise e Desenvolvimento de Sistemas Matemática Aplicada Prof. Edécio Fernando Iepsen Estatística Variáveis Qualitativas, Quantitativas

Leia mais

Profa. Luciana Rosa de Souza

Profa. Luciana Rosa de Souza Profa. Luciana Rosa de Souza o Curto prazo e Longo prazo No estudo da produção, é importante que se diferencie o curto prazo do longo prazo. Curto Prazo: refere-se ao período de tempo no qual um ou mais

Leia mais

Matemática Aplicada às Ciências Sociais

Matemática Aplicada às Ciências Sociais ESCOLA SECUNDÁRIA DE AMORA PLANIFICAÇÃO ANUAL Matemática Aplicada às Ciências Sociais Ensino Regular Curso Geral de Ciências Sociais e Humanas 11º ANO Ano Letivo 2014 / 2015 PLANIFICAÇÃO A LONGO PRAZO

Leia mais

GESTÃO DA MANUTENÇÃO

GESTÃO DA MANUTENÇÃO Classificação Nível de Criticidade para Equipamentos S Q W Itens para avaliação Segurança cliente interno cliente externo meio-ambiente Qualidade Condição de trabalho Status Equipamento A B D P M Perdas

Leia mais

1 Introdução. 1.1 Importância da Utilização da Amostragem

1 Introdução. 1.1 Importância da Utilização da Amostragem 1 Introdução Um dos principais objetivos da maioria dos estudos, análises ou pesquisas estatísticas é fazer generalizações seguras com base em amostras, sobre as populações das quais as amostras foram

Leia mais

Engenharia de Software

Engenharia de Software Engenharia de Software - 2ª Lista de Exercícios - Questões Discursivas Questão 1) O que você entende por processo de software e qual a sua importância para a qualidade dos produtos de software? Qual a

Leia mais

DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA DE VARIÁVEIS QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS DISCRETAS (TABELAS E GRÁFICOS)

DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA DE VARIÁVEIS QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS DISCRETAS (TABELAS E GRÁFICOS) DISTRIBUIÇÃO DE FREQUÊNCIA DE VARIÁVEIS QUALITATIVAS E QUANTITATIVAS DISCRETAS (TABELAS E GRÁFICOS) O QUE É ESTATÍSTICA Estatística é a ciência de obter conclusões a partir de dados. Envolve métodos para

Leia mais

AULA 11 Experimentos Multinomiais e Tabelas de Contingência

AULA 11 Experimentos Multinomiais e Tabelas de Contingência 1 AULA 11 Experimentos Multinomiais e Tabelas de Contingência Ernesto F. L. Amaral 24 de setembro de 2012 Faculdade de Filosofia e Ciências Humanas (FAFICH) Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG)

Leia mais

Classificação da Pesquisa:

Classificação da Pesquisa: Classificação da Pesquisa: Do ponto de vista da sua natureza, ou seja, aquilo que compõe a substância do ser ou essência da pesquisa. Pesquisa Pura: Pesquisa Aplicada: Objetiva gerar conhecimentos novos

Leia mais

Glossário de Aprendizagem Motora

Glossário de Aprendizagem Motora Glossário de Aprendizagem Motora Prof. Dr. Luciano Basso Lacom_EEFE 1. Ação: a descrição da ação é feita com base na intenção e no objetivo que se pretende alcançar. Ela é identificada pela meta à qual

Leia mais

GEOGRAFIA. PRINCIPAIS CONCEITOS: espaço geográfico, território, paisagem e lugar.

GEOGRAFIA. PRINCIPAIS CONCEITOS: espaço geográfico, território, paisagem e lugar. GEOGRAFIA { PRINCIPAIS CONCEITOS: espaço geográfico, território, paisagem e lugar. A importância dos conceitos da geografia para a aprendizagem de conteúdos geográficos escolares Os conceitos são fundamentais

Leia mais

Informações sobre Serviços de Investimento. Perfis

Informações sobre Serviços de Investimento. Perfis Informações sobre Serviços de Investimento Perfis Introdução Nas Informações sobre Serviços de Investimento, a DEGIRO fornece uma descrição detalhada dos acordos contratuais que celebrou consigo no Contrato

Leia mais

13/09/2011. Atividades. Aula 5: REDE PERT/CPM PRINCÍPIOS DO PERT-CPM

13/09/2011. Atividades. Aula 5: REDE PERT/CPM PRINCÍPIOS DO PERT-CPM Tecnologia em Logística e Transportes Métodos Quantitativos de Gestão PRINCÍPIOS DO PERT-CPM Prof. Msc. João Gilberto Mendes dos Reis Aula 5: REDE PERT/CPM Segundo Monks (1985), o método do caminho crítico

Leia mais

Orientações gerais. Apresentação

Orientações gerais. Apresentação Apresentação O professor no Ensino Fundamental anos iniciais é um profissional polivalente e portanto seu campo de atuação é amplo. Seu dever é aproximar o aluno das quatro áreas do conhecimento: Linguagem

Leia mais

Aparelhos de Laboratório de Electrónica

Aparelhos de Laboratório de Electrónica Aparelhos de Laboratório de Electrónica Este texto pretende fazer uma introdução sucinta às características fundamentais dos aparelhos utilizados no laboratório. As funcionalidades descritas são as existentes

Leia mais

Variáveis e Escalas (Parte II)

Variáveis e Escalas (Parte II) Variáveis e Escalas (Parte II) Métodos de Pesquisa Experimental em Engenharia de Software 1 Significado das Relações Simétrica Nenhuma das variáveis exerce efeito, influência ou ação sobre a outra Recíproca

Leia mais

AULA 03 As Ciências Humanas

AULA 03 As Ciências Humanas 1 AULA 03 As Ciências Humanas Ernesto F. L. Amaral 11 de março de 2010 Metodologia (DCP 033) Fonte: Aranha, Maria Lúcia de Arruda; Martins, Maria Helena Pires. 2003. Filosofando: introdução à filosofia.

Leia mais

Proporcionar a modelagem de sistemas utilizando todos os conceitos da orientação a objeto;

Proporcionar a modelagem de sistemas utilizando todos os conceitos da orientação a objeto; Módulo 7 UML Na disciplina de Estrutura de Sistemas de Informação, fizemos uma rápida passagem sobre a UML onde falamos da sua importância na modelagem dos sistemas de informação. Neste capítulo, nos aprofundaremos

Leia mais

Faculdade de Odontologia Mestrado em Odontologia - Ortodontia. Projeto de Pesquisa. Titulo. Pesquisador:

Faculdade de Odontologia Mestrado em Odontologia - Ortodontia. Projeto de Pesquisa. Titulo. Pesquisador: Faculdade de Odontologia Mestrado em Odontologia - Ortodontia Projeto de Pesquisa Titulo Pesquisador: Niterói 2014 1 PROJETO DE PESQUISA 1-Titulo: 2- Resumo Objetivos: Aquilo que se quer descobrir com

Leia mais

A forma geral de uma equação de estado é: p = f ( T,

A forma geral de uma equação de estado é: p = f ( T, Aula: 01 Temática: O Gás Ideal Em nossa primeira aula, estudaremos o estado mais simples da matéria, o gás, que é capaz de encher qualquer recipiente que o contenha. Iniciaremos por uma descrição idealizada

Leia mais

Razões, proporções e taxas. Medidas de frequência.

Razões, proporções e taxas. Medidas de frequência. Razões, proporções e taxas. Medidas de frequência. Para examinar a transmissão de uma doença em populações humanas, precisamos claramente de poder medir a frequência não só da ocorrência da doença como

Leia mais

O 31/08/2010 2001). É

O 31/08/2010 2001). É Encontro de Análise do Comportamento do Vale do São Francisco UNIVASF A formação do terapeuta analíticocomportamental Ana Lúcia A. O. Ulian UFBA Ago 2010 1 2 Como é que se faz? Simples de dizer É necessário

Leia mais

3º Ano do Ensino Médio. Aula nº09 Prof. Paulo Henrique

3º Ano do Ensino Médio. Aula nº09 Prof. Paulo Henrique Nome: Ano: º Ano do E.M. Escola: Data: / / 3º Ano do Ensino Médio Aula nº09 Prof. Paulo Henrique Assunto: Funções do Segundo Grau 1. Conceitos básicos Definição: É uma função que segue a lei: onde, Tipos

Leia mais

Projetos CUSTOS. Prof. Anderson Valadares

Projetos CUSTOS. Prof. Anderson Valadares Projetos CUSTOS Prof. Anderson Valadares Gerenciamento de custo O gerenciamento de custos visa essencialmente assegurar aos patrocinadores que o projeto será concluído dentro do orçamento aprovado. Gerenciamento

Leia mais

Manual do Processo de Planejamento da UFSC. Departamento de Planejamento SEPLAN/UFSC

Manual do Processo de Planejamento da UFSC. Departamento de Planejamento SEPLAN/UFSC Manual do Processo de Planejamento da UFSC 2010 Departamento de Planejamento SEPLAN/UFSC Apresentação Este documento descreve o processo de planejamento que vem sendo implantado na Universidade Federal

Leia mais

Silogística Aristotélica

Silogística Aristotélica Silogística Aristotélica Prof. Paulo Margutti Com base na possibilidade de padronizar todas as sentenças de conformidade com os tipos A, E, I e O, Aristóteles considerava que todos os argumentos poderiam

Leia mais

Jornada do CFO 2015 A caminho da transparência

Jornada do CFO 2015 A caminho da transparência Jornada do CFO 2015 A caminho da transparência Camila Araújo, sócia de Gestão de Riscos Empresariais e responsável do Centro de Governança Corporativa da Deloitte A pauta da ética e da transparência nunca

Leia mais

Avaliação e Desempenho Aula 1 - Simulação

Avaliação e Desempenho Aula 1 - Simulação Avaliação e Desempenho Aula 1 - Simulação Introdução à simulação Geração de números aleatórios Lei dos grandes números Geração de variáveis aleatórias O Ciclo de Modelagem Sistema real Criação do Modelo

Leia mais

Reforço em Matemática. Professora Daniela Eliza Freitas. Disciplina: Matemática

Reforço em Matemática. Professora Daniela Eliza Freitas. Disciplina: Matemática Reforço em Matemática Professora Daniela Eliza Freitas Disciplina: Matemática PROPOSTA PEDAGÓGICA Justificativa: Existe um grande número de alunos que chegam no ensino médio sem saberem a matemática básica

Leia mais

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA DISCIPLINA - EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS 2006

UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA DISCIPLINA - EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS 2006 1 UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO FACULDADE DE SAÚDE PÚBLICA DEPARTAMENTO DE EPIDEMIOLOGIA DISCIPLINA - EPIDEMIOLOGIA DAS DOENÇAS INFECCIOSAS 2006 Avaliando a Validade do Diagnóstico e de Testes de triagem Introdução

Leia mais

SISTEMÁTICA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO

SISTEMÁTICA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO SISTEMÁTICA DE ACOMPANHAMENTO E AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO JÚLIO MÜLLER DA UNIVERSIDADE FEDERAL DO MATO GROSSO OUTUBRO DE 2013 SUMÁRIO MONITORAMENTO E AVALIAÇÃO... 1 1. Núcleo de Informações

Leia mais

Notas de Orientação da Corporação Financeira Internacional: Padrões de Desempenho sobre Sustentabilidade Socioambiental

Notas de Orientação da Corporação Financeira Internacional: Padrões de Desempenho sobre Sustentabilidade Socioambiental Notas de da Corporação Financeira Internacional: Padrões de Desempenho sobre Sustentabilidade Socioambiental SUMÁRIO Introdução às Notas de i Atualizações das Notas de de 2007 Modificar Matriz ii Nota

Leia mais

MAE116 - Noções de Estatística

MAE116 - Noções de Estatística MAE116 - Noções de Estatística Grupo A - 1 semestre de 2015 Gabarito da Lista de exercícios 10 - Introdução à Estatística Descritiva - CASA Exercício 1. (2 pontos) Sabe-se que, historicamente, 18% dos

Leia mais

Noções de Microeconomia

Noções de Microeconomia Noções de Microeconomia Demanda, Oferta e Equilíbrio de Mercado: A Demanda e a Lei da Demanda; A Curva da Demanda; A Oferta e a Lei da Oferta; A Curva da Oferta; Equilíbrio de Mercado; Elasticidades. Introdução

Leia mais

A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas teóricos ou práticos com o emprego de processos científicos.

A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas teóricos ou práticos com o emprego de processos científicos. PESQUISA CONCEITOS E DEFINIÇÕES A pesquisa é uma atividade voltada para a solução de problemas teóricos ou práticos com o emprego de processos científicos. A pesquisa parte, então, de uma dúvida ou problema

Leia mais

CIRCULAR TÉCNICA N o 171 NOVEMBRO 1989 TABELAS PARA CLASSIFICAÇÃO DO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO

CIRCULAR TÉCNICA N o 171 NOVEMBRO 1989 TABELAS PARA CLASSIFICAÇÃO DO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO IPEF: FILOSOFIA DE TRABALHO DE UMA ELITE DE EMPRESAS FLORESTAIS BRASILEIRAS ISSN 0100-3453 CIRCULAR TÉCNICA N o 171 NOVEMBRO 1989 TABELAS PARA CLASSIFICAÇÃO DO COEFICIENTE DE VARIAÇÃO INTRODUÇAO Carlos

Leia mais

Estatística AMOSTRAGEM

Estatística AMOSTRAGEM Estatística AMOSTRAGEM Estatística: É a ciência que se preocupa com a coleta, a organização, descrição (apresentação), análise e interpretação de dados experimentais e tem como objetivo fundamental o estudo

Leia mais

Auto estima e sua relação com a aprendizagem

Auto estima e sua relação com a aprendizagem Auto estima e sua relação com a aprendizagem Fonte: shutterstock.com O mundo é dos vencedores Só se dá bem quem vence Pode mais quem tem mais O que desejamos para o futuro dos nossos alunos? Aspirações

Leia mais

Aula 01 Introdução Custo de um algoritmo, Funções de complexidad e Recursão

Aula 01 Introdução Custo de um algoritmo, Funções de complexidad e Recursão MC3305 Algoritmos e Estruturas de Dados II Aula 01 Introdução Custo de um algoritmo, Funções de complexidad e Recursão Prof. Jesús P. Mena-Chalco jesus.mena@ufabc.edu.br 2Q-2015 1 Custo de um algoritmo

Leia mais

VERSÃO DE TRABALHO. Prova Escrita de Economia A. 11.º Ano de Escolaridade. Prova 712/1.ª Fase. Critérios de Classificação

VERSÃO DE TRABALHO. Prova Escrita de Economia A. 11.º Ano de Escolaridade. Prova 712/1.ª Fase. Critérios de Classificação EXAME FINAL NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO Prova Escrita de Economia A 11.º Ano de Escolaridade Decreto-Lei n.º 19/2012, de 5 de julho Prova 712/1.ª Fase Critérios de Classificação 11 Páginas 2016 Prova

Leia mais

ALFABETIZAÇÃO. Joselaine S. de Castro

ALFABETIZAÇÃO. Joselaine S. de Castro ALFABETIZAÇÃO Joselaine S. de Castro Pressuposto n Preciso conhecer/compreender o fenômeno para poder intervir eficazmente nele. LINGUAGEM Quatro habilidades: Ouvir Falar Ler Escrever n Recebemos: Ouvir

Leia mais

Erros e Incertezas. Rafael Alves Batista Instituto de Física Gleb Wataghin Universidade Estadual de Campinas (Dated: 10 de Julho de 2011.

Erros e Incertezas. Rafael Alves Batista Instituto de Física Gleb Wataghin Universidade Estadual de Campinas (Dated: 10 de Julho de 2011. Rafael Alves Batista Instituto de Física Gleb Wataghin Universidade Estadual de Campinas (Dated: 10 de Julho de 2011.) I. INTRODUÇÃO Quando se faz um experimento, deseja-se comparar o resultado obtido

Leia mais

Agenda. O que é Testar? Por que testar? Quando testar? Processo de teste Níveis de teste Tipos de teste Classificação dos testes.

Agenda. O que é Testar? Por que testar? Quando testar? Processo de teste Níveis de teste Tipos de teste Classificação dos testes. Agenda O que é Testar? Conceitos Por que testar? Quando testar? Custo do defeito Processo de teste Níveis de teste Tipos de teste Classificação dos testes Entendendo o que é TESTAR Testar é analisar um

Leia mais

Contribuir para a evolução do conhecimento humano em todos os setores. Deve seguir normas metodológicas consagradas

Contribuir para a evolução do conhecimento humano em todos os setores. Deve seguir normas metodológicas consagradas TID TRABALHO INTERDISCIPLINAR DIRIGIDO Pesquisa Científica Objetivo principal Contribuir para a evolução do conhecimento humano em todos os setores Deve seguir normas metodológicas consagradas pela Ciência

Leia mais

Pernambuco. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de Pernambuco (1991, 2000 e 2010)

Pernambuco. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado de Pernambuco (1991, 2000 e 2010) Pernambuco Em, no estado de Pernambuco (PE), moravam 8,8 milhões de pessoas, onde parcela relevante (7,4%; 648,7 mil habitantes) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 185 municípios,

Leia mais

Modelando sistemas em UML - Casos de uso.

Modelando sistemas em UML - Casos de uso. Modelando sistemas em UML - Casos de uso. Neste artigo vou falar um pouco sobre modelagem de sistemas usando UML focando exclusivamente os diagramas de casos de uso. A primeira coisa que devemos ter em

Leia mais

PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM

PSICOLOGIA SOCIAL PSICOLOGIA DA PERSONALIDADE PSICOLOGIA DA APRENDIZAGEM Mestrado: 2º Ciclo em Ensino de Educação Física nos Ensinos Básico e Secundário Disciplina: Psicologia Educacional Docente: Professor Doutor Nuno Corte Real Discente: Sandra Barbosa Tema: Teorias BEHAVIORISMO

Leia mais

O USO DE MATERIAIS DIDÁTICOS DE MANIPULAÇÃO NO ENSINO DE TRIGONOMETRIA NO ENSINO MÉDIO

O USO DE MATERIAIS DIDÁTICOS DE MANIPULAÇÃO NO ENSINO DE TRIGONOMETRIA NO ENSINO MÉDIO 1 O USO DE MATERIAIS DIDÁTICOS DE MANIPULAÇÃO NO ENSINO DE TRIGONOMETRIA NO ENSINO MÉDIO Ayze Jammylle Batista Ferreira¹ ayzeifpb@gmail.com Leonardo Lira de Brito² leonardoliradebrito@gmail.com Maria José

Leia mais

Quanto aos objetivos TIPO DE PESQUISA

Quanto aos objetivos TIPO DE PESQUISA TIPO DE PESQUISA Quanto aos objetivos Segundo Gil (2002), uma pesquisa, tendo em vista seus objetivos, pode ser classificada da seguinte forma: a) Pesquisa exploratória: Esta pesquisa tem como objetivo

Leia mais

Unidade II Atividades em PDS: Testes. Unidade III Suporte e Manutenção. Processo Desenvolvimento Software

Unidade II Atividades em PDS: Testes. Unidade III Suporte e Manutenção. Processo Desenvolvimento Software Unidade II Atividades em PDS: Testes Unidade III Suporte e Manutenção Atividades Básicas em um PDS Definição / Especificação: (o quê?) Análise econômica Análise de requisitos Especificação de requisitos

Leia mais

FLIP FLOPS. EXPERIMENTS MANUAL Manual de Experimentos Manual de Experimentos M-1113A

FLIP FLOPS. EXPERIMENTS MANUAL Manual de Experimentos Manual de Experimentos M-1113A FLIP FLOPS M-1113A *Only illustrative image./imagen meramente ilustrativa./ Imagem meramente ilustrativa. EXPERIMENTS MANUAL Manual de Experimentos Manual de Experimentos Conteúdo 1. Objetivos... 2 2.

Leia mais

Ferramentas para a Qualidade

Ferramentas para a Qualidade Diagrama de processo: seu objetivo é a listagem de todas as fases do processo de forma simples e de rápida visualização e entendimento. Quando há decisões envolvidas pode-se representar o diagrama de processo

Leia mais

Árvores de Decisão Matemática Discreta

Árvores de Decisão Matemática Discreta Bruno Duarte Eduardo Germano Isolino Ferreira Vagner Gon Árvores de Decisão Matemática Discreta 28/04/2011 Serra IFES Definição de Árvores de Decisão: Arvore de Decisão é uma árvore em que seus nós internos

Leia mais

Acre. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1 o e 3 o quartis nos municípios do estado do Acre (1991, 2000 e 2010)

Acre. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1 o e 3 o quartis nos municípios do estado do Acre (1991, 2000 e 2010) Acre Em, no estado do Acre (AC) moravam 734 mil pessoas, e uma parcela ainda pequena dessa população, 4,3% (32 mil) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 22 municípios, dos quais sete

Leia mais

1ª Acção. Reflectir. Sete acções para fortalecer famílias vulneráveis e profissionais. Comum: agir e reagir, sem reflectir

1ª Acção. Reflectir. Sete acções para fortalecer famílias vulneráveis e profissionais. Comum: agir e reagir, sem reflectir Sete acções para fortalecer famílias vulneráveis e profissionais Liliana Sousa Universidade de Aveiro Apoio comum responde às necessidades básicas Mas: Raramente lhes assegura autonomia e desenvolvimento;

Leia mais

Oficina de formação Tema: Avaliação da aprendizagem: qualidade de instrumentos de análise

Oficina de formação Tema: Avaliação da aprendizagem: qualidade de instrumentos de análise Oficina de formação Tema: Avaliação da aprendizagem: qualidade de instrumentos de análise Dr. Maria Isabel da Cunha Unisinos QUALIDADE DOS INSTRUMENTOS DE AVALIAÇÃO Princípios: O êxito do aluno depende

Leia mais

Para que se usa: para apresentação do encadeamento lógico de causas de problemas. Como se monta um Diagrama de Arvore

Para que se usa: para apresentação do encadeamento lógico de causas de problemas. Como se monta um Diagrama de Arvore Mais ferramentas... Diagrama de árvore Outros nomes: diagrama de hierarquia, ou diagrama sistemático Para que se usa: para apresentação do encadeamento lógico de causas de problemas Gerência da Qualidade

Leia mais

Modelos de Ciclo de Vida de Software

Modelos de Ciclo de Vida de Software Análise 1 Modelos de Ciclo de Vida de Software Um ciclo de vida do software é um período aproximado do desenvolvimento de software, com capacidade de entrega específica e marcos dentro de cada fase. Um

Leia mais

Qual é o estoque mínimo que irá garantir o nível de serviço ao cliente desejado pela empresa?

Qual é o estoque mínimo que irá garantir o nível de serviço ao cliente desejado pela empresa? O estoque de segurança remete a erros de previsão de demanda; Falta de confiança nas entregas devido a atrasos no ressuprimento de materiais; Rendimento da produção abaixo do esperado. Qual é o estoque

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO GERAL MUDANÇA ORGANIZACIONAL

ADMINISTRAÇÃO GERAL MUDANÇA ORGANIZACIONAL ADMINISTRAÇÃO GERAL MUDANÇA ORGANIZACIONAL Atualizado em 09/11/2015 MUDANÇA ORGANIZACIONAL Mudança organizacional é qualquer alteração significativa, planejada e operacionalizada por pessoal interno ou

Leia mais

ANÁLISE EXPLORATÓRIA DE DADOS

ANÁLISE EXPLORATÓRIA DE DADOS ANÁLISE EXPLORATÓRIA DE DADOS 1.0 Conceitos A estatística descritiva tem o objetivo de organizar, resumir e apresentar de forma adequada os dados, para que estes se tornem informativos. A análise exploratória

Leia mais

Métodos Formais. Agenda. Relações Binárias Relações e Banco de Dados Operações nas Relações Resumo Relações Funções. Relações e Funções

Métodos Formais. Agenda. Relações Binárias Relações e Banco de Dados Operações nas Relações Resumo Relações Funções. Relações e Funções Métodos Formais Relações e Funções por Mauro Silva Agenda Relações Binárias Relações e Banco de Dados Operações nas Relações Resumo Relações Funções MF - Relações e Funções 2 1 Relações Binárias Definição

Leia mais

MAPAS CONCEITUAIS COMO FERRAMENTA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES

MAPAS CONCEITUAIS COMO FERRAMENTA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES MAPAS CONCEITUAIS COMO FERRAMENTA NA FORMAÇÃO INICIAL DE PROFESSORES Hellen Braga Serpeloni 1 Este artigo analisa os mapas conceituais na formação inicial de professores como métodos eficazes para armazenar

Leia mais

INSTRUMENTOS DE GESTÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Prof. Eline Alcoforado Maranhão de Sá

INSTRUMENTOS DE GESTÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL. Prof. Eline Alcoforado Maranhão de Sá INSTRUMENTOS DE GESTÃO DA POLÍTICA DE ASSISTÊNCIA SOCIAL Prof. Eline Alcoforado Maranhão de Sá 1 A Norma Operacional NOB/SUAS 2005, da Política Nacional de Assistência Social consagra os eixos estruturantes

Leia mais

1. Noção de algoritmo

1. Noção de algoritmo 1. Noção de algoritmo Em português, a palavra algoritmo quer dizer operação ou processo de cálculo, entre outras definições possíveis (Dicionário Brasileiro de Língua Portuguesa, Mirador Internacional,

Leia mais

ESTATÍSTICA PARTE 1 OBJETIVO DA DISCIPLINA

ESTATÍSTICA PARTE 1 OBJETIVO DA DISCIPLINA ESTATÍSTICA PARTE 1 OBJETIVO DA DISCIPLINA Apresentar a Estatística no contexto do dia-a-dia e fazendo uso da planilha Excel. Espera-se que o estudante ao término do curso esteja apto a usar a planilha

Leia mais

PERSISTÊNCIA DO PODER POLÍTICO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: O CASO DA TRANSIÇÃO DE REGIME NO BRASIL

PERSISTÊNCIA DO PODER POLÍTICO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: O CASO DA TRANSIÇÃO DE REGIME NO BRASIL PERSISTÊNCIA DO PODER POLÍTICO E DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO: O CASO DA TRANSIÇÃO DE REGIME NO BRASIL Aluno: Rafael Campos de Mattos Orientador: Claudio Ferraz Introdução Nas últimas décadas, observou-se

Leia mais

Introdução à Volumetria. Profa. Lilian Lúcia Rocha e Silva

Introdução à Volumetria. Profa. Lilian Lúcia Rocha e Silva Introdução à Volumetria Profa. Lilian Lúcia Rocha e Silva INTRODUÇÃO À VOLUMETRIA TITULAÇÃO Processo no qual uma solução padrão ou solução de referência é adicionada a uma solução que contém um soluto

Leia mais

Universidade Federal do ABC Disciplina: Natureza da Informação Lista de Exercícios 02 Códigos e conversão A/D Prof. João Henrique Kleinschmidt

Universidade Federal do ABC Disciplina: Natureza da Informação Lista de Exercícios 02 Códigos e conversão A/D Prof. João Henrique Kleinschmidt Universidade Federal do ABC Disciplina: Natureza da Informação Lista de Exercícios 02 Códigos e conversão A/D Prof. João Henrique Kleinschmidt A lista é individual e deve ser escrita à mão. 1) Uma importante

Leia mais

FICHA DE TRABALHO DE BIOLOGIA 12º ANO Hereditariedade Humana

FICHA DE TRABALHO DE BIOLOGIA 12º ANO Hereditariedade Humana FICHA DE TRABALHO DE BIOLOGIA 12º ANO Hereditariedade Humana Exercício 1 O Sr. José da Silva, um pequeno criador de porcos do Alentejo, desejando melhorar a qualidade de sua criação, comprou um porco de

Leia mais

DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO DECRESCENTE SIGNIFICA POLÍTICA FISCAL SOB CONTROLE?

DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO DECRESCENTE SIGNIFICA POLÍTICA FISCAL SOB CONTROLE? DÍVIDA LÍQUIDA DO SETOR PÚBLICO DECRESCENTE SIGNIFICA POLÍTICA FISCAL SOB CONTROLE? Josué A. Pellegrini 1 A dívida líquida do setor público (DLSP) como proporção do PIB prossegue em sua longa trajetória

Leia mais

CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE FÍSICO-QUÍMICA

CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE FÍSICO-QUÍMICA CRITÉRIOS ESPECÍFICOS DE FÍSICO-QUÍMICA 3º Ciclo 7º, 8º e 9º Anos ANO LETIVO 2014/15 1- Domínios Domínios Saber e Saber Fazer Saber ser/ estar Parâmetros a avaliar - Revelar conhecimentos. - Compreensão/interpretação

Leia mais

MODELO PRÉ-PROJETO TCC DIREITO 2011.2

MODELO PRÉ-PROJETO TCC DIREITO 2011.2 MODELO PRÉ-PROJETO TCC DIREITO 2011.2 Margem superior 3 cm NOME DO ACADÊMICO (Times 12, sem negrito, maiúsculo, centralizado) Margem Esquerda 3 cm Margem Direita 2 cm TEMA (Times 12, em negrito, maiúsculo,

Leia mais

CAP. II RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES

CAP. II RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES CAP. II RESOLUÇÃO NUMÉRICA DE EQUAÇÕES NÃO LINEARES Vamos estudar alguns métodos numéricos para resolver: Equações algébricas (polinómios) não lineares; Equações transcendentais equações que envolvem funções

Leia mais

Determinantes. Matemática Prof. Mauricio José

Determinantes. Matemática Prof. Mauricio José Determinantes Matemática Prof. Mauricio José Determinantes Definição e Conceito Matriz de ordem 1 Dizemos que um determinante é um resultado (numérico) de operações que são realizadas em uma matriz quadrada.

Leia mais

FUNÇÃO DESENVOLVER PESSOAS:

FUNÇÃO DESENVOLVER PESSOAS: FUNÇÃO DESENVOLVER PESSOAS: Treinamento É o conjunto de métodos usados para transmitir aos funcionários novos e antigos as habilidades necessárias para o desempenho do trabalho. Treinamento Custo ou investimento?

Leia mais

Lição 5 Medidas Descritivas Medidas de Dispersão

Lição 5 Medidas Descritivas Medidas de Dispersão 99 Lição 5 Medidas Descritivas Medidas de Dispersão Após concluir o estudo desta lição, esperamos que você possa: identifi car o objetivo das medidas de dispersão; identifi car o conceito de variância;

Leia mais

Medida Provisória editada pelo Governo para a nova carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho (MP 301) Perguntas e resposta.

Medida Provisória editada pelo Governo para a nova carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho (MP 301) Perguntas e resposta. Medida Provisória editada pelo Governo para a nova carreira da Previdência, da Saúde e do Trabalho (MP 301) Perguntas e resposta. JULHO DE 2006 Medida Provisória editada pelo Governo para a nova carreira

Leia mais

Informação/Exame de Equivalência à Frequência. Ano letivo de 2012/2013

Informação/Exame de Equivalência à Frequência. Ano letivo de 2012/2013 ESCOLA MARTIM DE FREITAS AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MARTIM DE FREITA Informação/Exame de Equivalência à Frequência Ano letivo de 2012/2013 Disciplina: Ciências da Natureza 2º Ciclo do Ensino Básico 1.-

Leia mais

Maranhão. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Maranhão (1991, 2000 e 2010)

Maranhão. Tabela 1: Indicadores selecionados: mediana, 1º e 3º quartis nos municípios do estado do Maranhão (1991, 2000 e 2010) Maranhão Em, no estado do Maranhão (MA), moravam 6,6 milhões de pessoas, onde parcela considerável (6,%, 396, mil) tinha 65 ou mais anos de idade. O estado era composto de 217 municípios, dos quais um

Leia mais