ANOTAÇÕES SOBRE AS ÚLTIMAS REFORMAS DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL EM TERMOS DE RECURSOS

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "ANOTAÇÕES SOBRE AS ÚLTIMAS REFORMAS DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL EM TERMOS DE RECURSOS"

Transcrição

1 ANOTAÇÕES SOBRE AS ÚLTIMAS REFORMAS DO CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL EM TERMOS DE RECURSOS ALUISIO GONÇALVES DE CASTRO MENDES Juiz Federal Convocado do TRF-2ª Região Professor-Doutor da UERJ e UNESA Membro do Instituto Brasileiro de Direito Processual, do Instituto Ibero-americano de Direito Processual e da Associação Internacional de Direito Processual Coordenador da Comissão de Processo Civil da AJUFE (Associação dos Juízes Federais) Sumário: I Breves palavras em homenagem à Professora Teresa Arruda Alvim Wambier; II Conceito de sentença e recurso de apelação; III A aplicação do art. 285-A no âmbito dos tribunais; IV Disposições gerais do título dos recursos (segundo o Código); V Apelação; VI Agravo; VII Embargos infringentes; VIII - Bibliografia

2 I Breves palavras em homenagem à Professora Teresa Arruda Alvim Wambier É com grande satisfação que ofereço o singelo texto em homenagem à Professora TERESA ARRUDA ALVIM WAMBIER, dínamo de mulher e jurista, que, não obstante a sua jovialidade, enorme e variada contribuição vem propiciando ao Direito Processual, seja à frente da Revista de Processo, das inúmeras coletâneas que organizou, da contínua atividade acadêmica, desenvolvida em sintonia com o alto padrão de advocacia, esbanjando simpatia, equilíbrio, firmeza, ponderação e rigor científico. II Conceito de sentença e recurso de apelação: Art (...). 1º. Sentença é o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei. Art Extingue-se o processo, sem resolução do mérito: (...). Art Haverá resolução de mérito: (...). A definição de sentença, que é fundamental para a verificação do cabimento do recurso de apelação, no Código de Processo Civil de 1973, possuía claro caráter topográfico, na medida que a redação do art. 162, 1º, a caracterizava como o ato pelo qual o juiz põe termo ao processo, decidindo ou não o mérito da causa. A doutrina sempre complementou, esclarecendo que a sentença extinguiria o procedimento no primeiro grau de jurisdição, considerando-se que o processo poderia continuar tendo tramitação perante os tribunais ou turmas recursais. Na nova redação, a sentença passou a ser o ato do juiz que implica alguma das situações previstas nos arts. 267 e 269 desta Lei, ou seja, do próprio Código de Processo Civil. Por sua vez, o art. 267 continuou fazendo menção à extinção do processo, enquanto que o art. 269 passou a dispor, no caput, que haverá resolução de mérito nas hipóteses descritas nos seus respectivos incisos. Como a execução dos títulos judiciais, e não apenas da sentença de primeiro grau, ocorrerá no mesmo processo, naturalmente não se pode falar mais em sentença como o pronunciamento que extingue o processo no primeiro grau de jurisdição. A nova tentativa de definição legal não resolve totalmente o problema, pois apenas remete aos artigos 267 e 269, embora o Código de Processo Civil contenha, também no art. 794 c/c o art. 795, hipótese diversa de sentença. Parece que a idéia de extinção do processo deve ser tão-somente substituída pelas respectivas fases de conhecimento e de execução, além do processo cautelar. Assim sendo, havendo a extinção do processo ou das fases de conhecimento ou de execução, estar-se-á diante de uma sentença, que continuará sendo impugnável mediante apelação.

3 Consentâneo com a idéia de que a prolação da sentença não encerra o ofício jurisdicional, que continuará ocorrendo por força de eventual juízo de admissibilidade de recurso ou mesmo de realização da fase executiva, determinou o legislador também a alteração do caput do art. 463 do Código de Processo Civil, que passou a enumerar apenas as hipóteses possíveis de alteração da sentença, pelo juiz, após a sua publicação. A correta qualificação do pronunciamento judicial possui grande relevância em relação à interposição do recurso apropriado e para a decisão do julgador quanto ao recebimento ou não do recurso, tendo em vista que a apelação e o agravo possuem prazos diferenciados. Por conseguinte, a interposição da apelação, ao invés do agravo, é, de plano, inadmissível, se, considerando-se o prazo para o segundo, for interposto intempestivamente. Contudo, a utilização imprópria, embora possa ser considerada como um erro, bem como a qualificação de sentença, não deve ser considerada grosseira quando o próprio magistrado enquadrou o seu ato como sendo o previsto no parágrafo primeiro, do artigo 162, do Código de Processo Civil. Recebese, assim, o recurso como agravo, aplicando-se o princípio da fungibilidade, desde que interposto dentro do decêndio legal. III A aplicação do art. 285-A no âmbito dos tribunais: Art. 285-A. Quando a matéria controvertida for unicamente de direito e no juízo já houver sido proferida sentença de total improcedência em outros casos idênticos, poderá ser dispensada a citação e proferida sentença, reproduzindo-se o teor da anteriormente prolatada. 1º. Se o autor apelar, é facultado ao juiz decidir, no prazo de 5 (cinco) dias, não manter a sentença e determinar o prosseguimento da ação. 2º. Caso seja mantida a sentença, será ordenada a citação do réu para responder ao recurso. Não se pretende discorrer sobre a inovação trazida pelo novo dispositivo inserido no Código de Processo Civil em termos de aplicação no primeiro grau de jurisdição, mas basicamente da possibilidade da sua incidência pelos tribunais, em termos de competência originária e principalmente em sede recursal e de remessa necessária. É de se salientar, todavia, que o legislador, nas últimas reformas, parece ter continuado a priorizar o enfrentamento do problema do assoberbamento do Poder Judiciário e do número elevado de processos, decorrentes de conflitos de massa e em escala, utilizando a instrumentalização paliativa do processo civil individual, para que, mediante a sumarização do procedimento, se pudesse suportar a carga excessiva de trabalho e os casos repetitivos, relacionados a direitos individuais homogêneos. Na opinião do autor destas linhas, a solução apresentada, embora possa oferecer resultados imediatos, deve ser principalmente enfrentada

4 com o aprimoramento do Direito Processual Coletivo, pois os problemas coletivos precisam e somente podem ser efetivamente resolvidos, em larga escala, com a eficiência do sistema de tutela coletiva. Retornando ao objetivo almejado neste trabalho, pode-se dividir, portanto, inicialmente o problema em duas esferas para a aplicação do art. 285-A no âmbito dos tribunais, em termos de: a) competência originária; e b) competência recursal; c) duplo grau obrigatório de jurisdição. Em sede de competência originária, como em mandados de segurança e de ações rescisórias, embora o artigo pertinente faça menção à expressão sentença, denotando a sua utilidade e aplicabilidade central para os processos submetidos ao juízo singular, não parece haver qualquer óbice para a sua efetivação também no âmbito das demandas ajuizadas perante os tribunais, para se alcançar a economia desejada, desde que a questão a ser decidida seja apenas de direito e for comum com outras causas já resolvidas pela respectiva Corte. No caso, não há qualquer regra restritiva, como, por exemplo, a prevista no art. 97 da Constituição da República, que exija dos tribunais procedimento especial, por se tratar de órgão colegiado, a exigir o exaurimento da cognição. Naturalmente, nos termos do art A, a questão deverá ser de direito e poderá ser, portanto, uma questão constitucional. Mas, nesta hipótese, para a aplicação do dispositivo sob comento, a questão já terá sido decidida anteriormente pelo Tribunal, não se exigindo, portanto, que a questão seja necessariamente enfrentada pelo Plenário ou pelo Órgão Especial, se suscitada a inconstitucionalidade já decidida previamente pela Corte 1. Por outro lado, a aplicação estaria consentânea com o que o Código de Processo Civil vem estabelecendo de modo amplo para os tribunais, em termos de sumarização dos procedimentos, tanto em sede de recursos como na resolução de conflitos de competência, conforme previsto respectivamente nos artigos 557 e 120, parágrafo único. Do mesmo modo, os tribunais, nos respectivos regimentos internos, já têm dado o mesmo poder para os relatores, em casos como o de manifesta improcedência do pedido ou expressão semelhante 2. No caso do art. 285-A, o poder atribuído ao relator ficará até aquém do conferido para os casos de manifesta improcedência, porque estará baseado em precedentes do próprio órgão judicial colegiado competente, sendo, no caso, razoável a medida de economia que evite a realização de inúmeros atos processuais desnecessários, dentre os quais a própria citação, porque a improcedência estará obviamente beneficiando o demandado. Em termos recursais, a aplicabilidade do art. 285-A pode advir da incidência da inovação 3 trazida pelo parágrafo 3º do art. 515 do Código de Processo Civil. Como analisado oportunamente neste texto, o denominado julgamento per saltum do tribunal pressupõe, como anotado pacificamente pela doutrina, que a causa esteja madura para o julgamento, ou seja, que tenha ocorrido a citação, eventuais audiências e provas, contraditório etc. Embora não se pretenda discordar da voz corrente da doutrina e da jurisprudência, a cassação da sentença meramente terminativa ou a anulação do julgamento de primeiro grau 4 poderão ser sucedidos, 1 Nesse sentido, RTJ 173/944 e RDA 202/ Pode-se conferir, v. g., os artigos 43, 1º, II, e 186 do Regimento Interno do TRF-2ª Região. Na mesma direção, art. 34, inciso XVIII, do Regimento Interno do Superior Tribunal de Justiça. 3 Examinada abaixo, no item IV deste trabalho. 4 Esta hipótese, embora não prevista expressamente, também, por analogia, merece ser abrangida pelo disposto no art. 515, 3º, do CPC, como visto oportunamente, no item IV, do presente texto.

5 independentemente da própria citação válida do réu e, conseqüentemente, da maturação da causa, se a questão controvertida for apenas de direito e o órgão colegiado já tiver proferido acórdãos julgando totalmente improcedente(s) o(s) pedido(s) em outros casos idênticos. Parece que aqui o escopo seria o mesmo almejado para o juízo de primeiro grau, pressupondo-se, ainda, que, por serem julgamentos da instância revisora, sejam factíveis de maior sustentabilidade e segurança. Não haveria razão para se estabelecer e aceitar um julgamento com base em precedentes apenas para o juízo de primeiro grau e não para o tribunal, se já aceito e introduzido no sistema o julgamento per saltum, nos termos do art. 515, parágrafo 3º, do Estatuto Processual. Por fim, de modo idêntico e pelas mesmas razões aduzidas no parágrafo anterior, o art. 285-A merece ser aplicado sempre que, em remessa necessária, for anulada a sentença e os atos processuais anteriores, inclusive a própria citação, e, em casos anteriores idênticos, o tribunal tiver julgado totalmente improcedente(s) o(s) pedido(s). Nesse caso, aplicar-se-á, também, como exposto no parágrafo anterior, em conjunto os arts. 285-A e 515, 3º, do Código de Processo Civil. IV - Disposições gerais do título dos recursos (segundo o Código): Art Quando o dispositivo do acórdão contiver julgamento por maioria de votos e julgamento unânime, e forem interpostos embargos infringentes, o prazo para recurso extraordinário ou recurso especial, relativamente ao julgamento unânime, ficará sobrestado até a intimação da decisão nos embargos. Parágrafo único. Quando não forem interpostos embargos infringentes, o prazo relativo à parte unânime da decisão terá como dia de início aquele em que transitar em julgado a decisão por maioria de votos. A única modificação trazida na última etapa da reforma do Código de Processo Civil em relação às disposições gerais, no Título X, Dos Recursos, do Livro I, do Estatuto Processual, mas que na verdade é específica, diz respeito ao artigo 498, que trata do modo de se proceder para a interposição do recurso extraordinário e/ou especial diante de pronunciamento judicial em parte unânime e, em outra parte, tomado pela maioria, e que pudesse ser impugnado mediante a interposição de embargos infringentes. Trata-se, portanto, de acórdão proferido, por maioria, em julgamento de apelação, com a reforma da sentença de mérito ou de ação rescisória, com o acolhimento do pedido, nos termos do artigo 530 do Código de Processo Civil 5. A Lei n /01 estabeleceu a quarta redação para o artigo 498. A redação originária do Código previa: Ficará sobrestado o recurso extraordinário até o 5 Houve, também, modificação em relação ao cabimento dos embargos infringentes, em razão da nova redação dada ao artigo 530, como se verá em seguida.

6 julgamento dos embargos infringentes, no caso de serem estes cabíveis, por ter o acórdão parte unânime e parte embargável. Em seguida, ainda no ano de 1973, a Lei n fixou o seguinte texto para o artigo em comento: Quando o dispositivo do acórdão contiver julgamento unânime e julgamento por maioria de votos e forem interpostos simultaneamente embargos infringentes e recurso extraordinário, ficará este sobrestado até o julgamento daquele. A denominada Lei dos Recursos, n , em 1990, procedeu à nova alteração, basicamente para fazer constar que o procedimento aplicar-se-ia, também, para o recém-criado recurso especial 6. Finalmente, a modificação introduzida pela a lei de 26 de dezembro de 2001, que entrou em vigor no dia 27 de março de 2002, três meses depois da sua publicação, foi a que trouxe, de fato, mudança substancial para o artigo, que passou a contar, também, com um parágrafo único. O acórdão, embora único, é, como qualquer decisão judicial, suscetível de conter vários capítulos, que, naturalmente, são colocados em votação e decididos em separado, ensejando, assim, a possibilidade de serem tomadas as atinentes decisões por unanimidade ou por maioria. Nos acórdãos proferidos em apelação e ação rescisória, os capítulos decididos com divergência de voto podem estar sujeitos ao recurso de embargos infringentes, enquanto que contra as partes decididas de modo unânime pode eventualmente ser cabível o recurso especial ou extraordinário. Havendo, assim, uma parte do julgado suscetível de ser impugnada mediante a interposição de embargos infringentes, não será, ainda, admissível, a interposição, quanto a este capítulo, do recurso extraordinário ou especial, na medida que estes são cabíveis em relação às decisões proferidas em única ou última instância, nos termos dos artigos 102, III, e 105, III, da Constituição da República 7. A redação anterior determinava que a parte deveria interpor, após a publicação do acórdão, simultaneamente, os respectivos embargos infringentes acompanhados do recurso extraordinário ou especial, embora estes ficassem sobrestados até o julgamento daquele. E, após o julgamento dos embargos infringentes, oportunidade se abria para a interposição de outro recurso extraordinário ou especial, diante da nova decisão proferida em sede dos embargos infringentes. Mas, se não era oferecido o recurso extraordinário ou especial juntamente com os embargos infringentes, transitava em julgado a parte unânime do acórdão 8. 6 Quando o dispositivo do acórdão contiver julgamento por maioria de votos e julgamento unânime e forem interpostos simultaneamente embargos infringentes e recurso extraordinário ou recurso especial, ficarão estes sobrestados até o julgamento daquele. 7 Nesse sentido, o verbete n. 207 da Súmula do STJ: É inadmissível recurso especial quando cabíveis embargos infringentes contra acórdão proferido no tribunal de origem. 8 A redação anterior do artigo 498 do Código de Processo Civil ensejou os enunciados 354 ( Em caso de embargos infringentes parciais, é definitiva a parte da decisão embargada em que não houve divergência na votação ) e 355 ( Em caso de embargos infringentes parciais, é tardio o recurso extraordinário interposto após o julgamento dos embargos, quanto à parte da decisão embargada que não fora por eles abrangida ). Registre-se, aqui, que os embargos infringentes não eram parciais quando atacavam toda a parte do acórdão que fora decidida por maioria, pois a análise da abrangência do recurso, em termos de totalidade ou parcialidade, deve ser feita tendo em vista o que pode ser atacado pelo recurso e não o espectro da decisão como um todo. Com a nova redação do artigo 498, encontra-se, naturalmente, prejudicado o verbete n. 355 da súmula do STF.

7 A nova sistemática adotada procura evitar a abertura, em diferentes momentos, de prazo para a interposição dos recursos extraordinário e especial, ou seja, antes e depois de julgados os embargos infringentes. Pretendeu, assim, o legislador oportunizar, numa primeira fase, a interposição dos embargos infringentes, para, somente depois, com ou sem a interposição deste recurso, iniciar o prazo para o oferecimento dos recursos extraordinário e especial. Para tanto, o caput e o parágrafo único, do artigo 498 do Código de Processo Civil, adotaram respectivamente o início do prazo, para a interposição dos recursos extraordinário e especial, levando em consideração se houve efetivamente ou não o oferecimento dos embargos infringentes. É de se consignar que apenas a redação originária do Código fazia menção à possibilidade de cabimento dos embargos infringentes, para que houvesse o sobrestamento do recurso extraordinário (o único então previsto) até o julgamento dos embargos. Todas as demais redações mencionaram tão somente a hipótese de acórdão contendo julgamento por maioria de votos como se apenas a falta de unanimidade ensejasse o cabimento dos embargos infringentes. Na verdade, embora a admissibilidade dos embargos infringentes pressuponha a existência de voto divergente, o julgamento por maioria não encerra a hipótese de cabimento, que anteriormente já era delimitada e, agora, com a nova redação do artigo 530, tornou-se ainda mais restrita 9. O cabimento, enquanto requisito intrínseco de admissibilidade do recurso, será relevante, na espécie, para o início do prazo para a interposição do recurso extraordinário ou especial, nos termos do parágrafo único do artigo 498. Isso porque, em relação ao caput, o legislador tomou como parâmetro, tão-somente, a existência de acórdão contendo julgamento por maioria de votos ao lado de decisão unânime, bem como de embargos infringentes interpostos. Conseqüentemente, o prazo para recurso extraordinário ou especial ficará sobrestado até a intimação da decisão nos embargos, ainda que esta seja no sentido de não admitir o recurso 10, não sendo relevante, também, nesta hipótese, se a causa do não recebimento era ou não originária, desde que os embargos tenham sido interpostos tempestivamente. Assim sendo, apenas o requisito da tempestividade será relevante para o sobrestamento do prazo. Isso porque o dispositivo menciona expressamente que a interposição dos embargos sobrestará o prazo para o recurso extraordinário ou especial. Mas, se o prazo já se encontra esgotado, sem a interposição dos embargos, deve incidir, na espécie, o disposto no parágrafo único do artigo 498, que trata especificamente da hipótese de não serem interpostos os embargos infringentes, dando-se por equivalentes, no caso, as situações de não interposição e de apresentação 9 Vide, nesse sentido, abaixo, as observações pertinentes às modificações introduzidas especificamente em relação aos embargos infringentes. 10 Em conformidade com o ensinamento de José Carlos Barbosa Moreira, Comentários ao Código de Processo Civil, vol. V, p. 288.

8 intempestiva. Do contrário, o oferecimento de embargos, a qualquer tempo 11, depois de decorrido o prazo para a interposição dos mesmos, poderia fazer renascer a possibilidade de apresentação do recurso extraordinário ou especial, o que seria uma completa aberração. O prazo para a interposição do recurso extraordinário ou especial em relação à parte unânime do acórdão começa a correr, assim, a partir do trânsito em julgado da decisão por maioria de votos. Como na contagem de prazos, exclui-se o dies a quo e inclui-se o dies ad quem. Logo, o termo final do prazo para a apresentação dos embargos infringentes será, também, o inicial para o do recurso extraordinário ou especial, que não será, todavia, contado 12. Em termos de aplicação da nova lei no tempo, esta não terá o condão de fazer desaparecer as preclusões temporais ou consumativas já operadas, ou seja, se já decorrido o prazo, para a interposição do recurso extraordinário ou especial, sob o manto do texto revogado. Assim sendo, o eventual recurso interposto em relação à parte unânime deve ficar sobrestado se também tiverem sido oferecidos os embargos infringentes. Mas, do contrário, se decorrido in albis o prazo, a nova disposição, notadamente mais benéfica para a parte vencida, não incidirá, em razão da irretroatividade das leis. V Apelação: Art (...). 1º (...). 2º (...). 3º Nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito (art. 267), o tribunal pode julgar desde logo a lide, se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. O caput e os dois primeiros parágrafos do artigo 515 do Código de Processo Civil conservam a redação originária de Por certo, uma das maiores inovações trazidas pela Lei n /01 foi a introdução do parágrafo 3º, rompendo com antiga tradição relacionada com o princípio do duplo grau de jurisdição, à medida que, se provida apelação contra sentença meramente terminativa, a decisão do órgão ad quem limitava-se a desconstituir o encerramento do processo, determinando-se o retorno dos autos para que o julgador de primeiro grau desse prosseguimento ao processo, prolatando nova sentença. Não se admitia, por conseguinte, a supressão de instância, ou seja, que o tribunal apreciasse o mérito, sem que o órgão judicial de primeiro grau não o tivesse feito. Da mesma forma, o conhecimento do tribunal ficava 11 Imagine-se a interposição de embargos infringentes um ano depois do prazo, quando a decisão já tivesse transitado em julgado. 12 Como leciona Cândido Rangel Dinamarco, A reforma da reforma, p. 212.

9 limitado ao objeto da impugnação: tantum devolutum quantum appellatum. conseguinte, não se admitia, também, a reformatio in peius. Por A extinção do processo sem o julgamento é situação anômala, que deve ocorrer, apenas, quando não se fazem presentes os pressupostos processuais e as condições da ação. A sentença meramente terminativa quando indevidamente lançada acaba protraindo a resolução da lide, à medida que esta será solucionada apenas após o provimento de apelação interposta ou mesmo com a instauração de novo processo. Na primeira hipótese, em que a parte autora não se conformava com a sentença meramente terminativa e interpunha apelação, o caminho podia ser tortuoso, passando pela interposição do recurso, recebimento, encaminhamento ao tribunal, para receber um julgamento que, na melhor das hipóteses, determinaria o retorno dos autos para que o processo retomasse o seu curso no primeiro grau, perante, muitas vezes, o mesmo julgador que havia anteriormente proferido a sentença extintiva. Proferia-se, assim, novo pronunciamento na primeira instância e o procedimento recursal podia tomar mais uma vez curso. Com a inovação 13, consagrou-se a possibilidade do juízo per saltum, desde que o encerramento do processo tenha sido indevido e esteja a causa em condições de ser julgada no mérito. O dispositivo enuncia a possibilidade nos casos de extinção do processo sem julgamento do mérito, fazendo menção expressa ao artigo 267. De fato, o mencionado artigo dispõe, nos seus incisos, sobre as hipóteses de sentença meramente terminativa, remetendo, por último, aos demais casos previstos no Código. A possibilidade do julgamento per saltum diz respeito, portanto, a priori, à apelação contra sentença meramente terminativa. É de se questionar, se a sistemática não poderia ser adotada, também, diante de sentença de mérito, quando o tribunal houvesse de anular o pronunciamento final, sem que o vício comprometesse o desenvolvimento anterior do processo. É o que poderia ocorrer, por exemplo, quando o juiz proferisse uma sentença extra petita. O pronunciamento seria inválido, na medida que decidiu coisa diversa da que fora pedida. A situação, antes da reforma, ensejava solução idêntica tanto para esta hipótese quanto para a sentença terminativa: o tribunal determinaria o retorno dos autos para que nova sentença fosse proferida. A validade ou não da sentença não parece ser causa determinante para distinguir as situações. Importante, na espécie, seria, sim, a validade dos atos processuais que antecederam a sentença, para que esta possa refletir o desenvolvimento de um devido processo legal. Pertinente é a discussão sobre o cabimento da inovação prevista no 3º, do artigo 515, do Código de Processo Civil, para os recursos substitutivos da apelação 13 José Rogério Cruz e Tucci, na obra Lineamentos da nova reforma do CPC, p , critica a inovação, invocando que a mesma vulnerou dois importantes postulados da dogmática processual: o duplo grau de jurisdição e o princípio do contraditório.

10 (ou que fazem as vezes desta), embora tenham outra denominação e algumas especificidades, mas que, no geral, seguem as normas previstas para a apelação. Encontram-se nesta situação, por exemplo, o recurso inominado contra as sentenças proferidas nos Juizados Especiais, nos termos do artigo 41 da Lei n , e o recurso ordinário, em matéria cível, contra decisões denegatórias em mandado de segurança, habeas data e mandado de injunção, para o Supremo Tribunal Federal, nos termos do artigo 102, inciso II, a, da Constituição da República; e contra decisões denegatórias em mandado de segurança e nas causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País, conforme previsto no artigo 105, inciso II, b e c, da Carta Magna. No caso dos Juizados Especiais, o recurso inominado segue, em geral, as normas da apelação, sendo cabível contra sentenças em geral proferidas, sejam ou não de mérito. No âmbito dos Juizados Especiais Federais, é bem verdade, o legislador estabeleceu, no artigo 5º, da Lei n /01, redação que poderia ensejar aplicação restritiva em relação ao julgamento per saltum, ao prever que somente será admitido recurso de sentença definitiva. Todavia, a doutrina e a jurisprudência vêm entendendo que a restrição diz respeito às decisões interlocutórias, que seriam irrecorríveis no âmbito dos Juizados Especiais Federais, salvo quando pertinentes às medidas cautelares ou de antecipação de tutela. Destarte, contra as sentenças meramente terminativas, proferidas nos Juizados Especiais Estaduais e Federais, caberia a interposição de recurso inominado, sendo plenamente aplicável o disposto no artigo 515, 3º, do Código de Processo Civil. A Primeira Turma do Superior Tribunal de Justiça entendeu que, em relação ao recurso ordinário, não se aplicaria a inovação prevista no 3º, do artigo 515, do Estatuto Processual Civil. Fundamentou-se, para tanto, no argumento de que o recurso ordinário só é cabível nos casos de denegação da segurança 14. Há que se observar, contudo, em primeiro lugar, que o recurso ordinário não se presta apenas para a impugnação de decisões denegatórias em mandado de segurança. Como se pode observar, na alínea c, do inciso II, do artigo 105, da Constituição da República, o recurso ordinário também é cabível nas causas em que forem partes Estado estrangeiro ou organismo internacional, de um lado, e, do outro, Município ou pessoa residente ou domiciliada no País. Nesta hipótese, o recurso ordinário será cabível independentemente do teor da sentença: seja meramente terminativa ou que tenha julgado procedente ou improcedente o pedido. Sendo da primeira espécie, ou seja, apenas extintiva, enquadra-se plenamente dentro dos contornos da inovação do julgamento per saltum. 14 Constou expressamente na ementa: II PROCESSUAL RECURSO ORDINÁRIO EM MANDADO DE SEGURANÇA PROVIMENTO - JULGAMENTO IMEDIATO DO MÉRITO (CPC, ART. 515, 3º). - O novíssimo 3º do Art. 515 do Código de Processo Civil, não se aplica no julgamento de recurso ordinário em Mandado de Segurança. É que, neste tipo de apelo, a competência do Tribunal ad quem manifesta-se secundum eventus litis: somente acontece, quando se denega a Ordem Constitucional, RMS SC, Rel. Min. Humberto Gomes de Barros, j , DJU

11 Mas, também nas hipóteses de denegação, tanto em relação ao mandado de segurança quanto ao mandado de injunção e ao habeas data, pois, como já decidiu o Supremo Tribunal Federal 15 : A locução constitucional quando denegatória a decisão tem sentido amplo, pois não só compreende as decisões dos tribunais que, apreciando o meritum causae, indeferem o pedido de mandado de segurança, como também abrange aquelas que, sem julgamento do mérito, operam a extinção do processo. Portanto, a nova regra do 3º, do artigo 515, encontra aplicação sempre que a denegação representar, na verdade, mera extinção do processo sem o julgamento do mérito, em razão da falta de um dos pressupostos processuais ou das condições da ação, o que é naturalmente passível de ocorrer, ainda que em sede de ação originária perante tribunal, ensejando, assim, que o Superior Tribunal de Justiça ou o Supremo Tribunal Federal, após dar provimento ao recurso ordinário contra o acórdão meramente extintivo lavrado pelo órgão a quo, profiram julgamento de mérito. Invoca-se 16, ainda, que o julgamento per saltum poderia ser aplicado em sede de agravo de instrumento: Situação muito análoga a essa é a do acórdão que dá provimento a um agravo de instrumento, deixando a causa em condições de receber julgamento de mérito. Revel o réu, que não respondeu à inicial, erroneamente o juiz entendeu que no caso não se aplicaria o efeito da revelia (art. 319) e por isso determinou a realização de cara e demorada perícia. O autor agravou e o tribunal entendeu que se aplica, sim, o efeito da revelia e que, portanto, o mérito deveria ter sido julgado (art. 330, inc. II). Esse julgamento não foi feito em uma apelação, nem era sentença o ato apelado (nem de mérito nem terminativa). A situação criada é no entanto a mesmíssima que a prevista no art. 515, 3º, do Código de Processo Civil. É lícito julgar diretamente o meritum causæ também nessa situação, sem devolver o processo ao juiz inferior? A resposta afirmativa parece estar autorizada não só pela intensa analogia entre a situação prevista em lei e essa assim figurada, como também pelo espírito agilizador da Reforma, na qual já ficou claro que não é conveniente nem necessário levar tão longe o dogma do duplo grau de jurisdição. 15 RTJ 132/ Cândido Rangel Dinamarco, A reforma da reforma, p. 152.

12 A utilização no âmbito do agravo de instrumento esbarraria, talvez, em problema mais de ordem prática, na medida que este recurso, como o próprio nome indica, não é acompanhado dos autos principais do processo, mas, sim, normalmente das peças indicada no inciso I, do artigo 525, do Código de Processo Civil, que não seriam suficientes para possibilitar o julgamento do mérito. Entretanto, nada impediria que o agravante se utilizasse da faculdade prevista no inciso II, do referido artigo 525, para formar o instrumento do agravo com todas as peças dos processo, de modo a permitir, em situações excepcionais, como a apontada acima, a apreciação do mérito pelo tribunal. Ultrapassada a discussão relacionada com o âmbito de aplicação do disposto no 3º, do artigo 515, em termos de recursos, há que se perquirir, ainda, quanto à delimitação contida na parte final do dispositivo, dando incidência apenas se a causa versar questão exclusivamente de direito e estiver em condições de imediato julgamento. O primeiro pressuposto supramencionado, que restringe a inovação para as causas que versarem questão exclusivamente de direito, é extremamente restritiva, a ponto de tornar insignificante o seu campo de atuação se interpretado literalmente. Por esta razão, vem se dando ênfase absoluta, em contrapartida, para a exigência de que a causa esteja em condições de imediato julgamento, sendo suficiente, assim, que esteja madura para ser decidida. Para tanto, o processo já teria ultrapassado todas as suas fases, não havendo, em especial, mais provas a serem produzidas, mas, tão-somente, a aplicação do direito à espécie, raciocínio este a contemplar a primeira exigência, na medida que restariam pendentes, para apreciação, apenas as questões de direito 17. A construção, sob o prisma literal, é tortuosa e pouco convincente. Forte, no entanto, parece ser a finalidade perseguida pelo legislador, tendo a reforma do Código se inspirado na busca da celeridade no processamento e julgamento da apelação, a instigar dogmas como do próprio duplo grau de jurisdição, não se coadunando com resultados pífios que seriam alcançados se a inovação atingisse apenas causas versando somente questões de direito. Esta parece ser a interpretação mais pragmática e consentânea com as necessidades da realidade forense. A causa encontra-se em condições de ser julgada quando o réu foi devidamente citado, sendo-lhe concedida a oportunidade de se defender, tendo sido produzidas as provas cabíveis para o esclarecimento dos fatos, com a ciência e possibilidade de manifestação sobre as mesmas, em conformidade com o contraditório e a ampla defesa. Não tendo sido realizada a citação, a produção das provas necessárias e manifestação das partes sobre as mesmas ou o desenvolvimento válido do processo não estará a causa preparada para o julgamento, não sendo aplicável o disposto no novel 3º, do artigo 515, do Código de Processo Civil. 17 Cândido Rangel Dinamarco, A reforma da reforma, p. 155 e 156.

13 Por fim, cabe o cotejo do julgamento per saltum com o princípio da proibição da reformatio in peius no âmbito recursal. Como leciona José Carlos Barbosa Moreira 18, há reformatio in peius quando o órgão ad quem, no julgamento de um recurso, profere decisão mais desfavorável ao recorrente, sob o ponto de vista prático, do que aquela contra a qual se interpôs o recurso. Verifica-se, assim, que a inovação trazida pelo 3º, do artigo 515, do Código de Processo Civil, representa, portanto, uma mudança de postura não apenas em relação ao princípio do duplo grau, mas, também, quanto à proibição de que o julgamento do recurso conduza a uma situação prática mais desvantajosa do que a anterior. Isso porque a sentença atacada representava, tão-somente, a inadmissibilidade do julgamento do mérito, não significando qualquer resultado negativo sob o prisma do direito material, salvo eventual transcurso de prescrição, diante de lapso temporal não interrompido. A parte autora, portanto, ficava livre para a reiteração da demanda, que poderia, em tese, levar ao julgamento de procedência do pedido. Na sistemática anterior, todavia, o recurso interposto contra a sentença meramente terminativa também ensejaria, em caso de provimento, o julgamento do pedido e, portanto, um resultado que poderia acarretar, para o apelante vitorioso, uma situação mais vantajosa (a procedência do pedido) ou não (a improcedência do pedido). Não podia a parte apelante, por conseguinte, diante de uma sentença somente extintiva, sob o prisma prático, consagrar uma situação igual ou mais vantajosa que a anterior, na medida que o julgador estaria livre para apreciar o pedido em conformidade com a sua convicção. Não há, a rigor, modificação substancial na nova sistemática, salvo quanto ao órgão que dará prosseguimento ao processo, efetuando o julgamento do mérito, que, a partir de agora, será o órgão ad quem e não o juízo a quo. Conseqüentemente, não haverá violação substancial da proibição de reformatio in peius, mas, sim, supressão de instância, com rompimento do tradicional dogma do duplo grau de jurisdição. Pressupondo-se a constitucionalidade da inovação trazida pelo 3º, do artigo 515, do Código de Processo Civil, e, portanto, que não há direito adquirido ou garantia ao duplo grau de jurisdição, aplicável o disposto no artigo do Código de Processo Civil, no sentido de que as novas normas aplicar-se-ão desde logo aos processos pendentes. Assim sendo, é aplicável, nos julgamentos realizados a partir do dia 27 de março de 2002, data em que entrou em vigor a Lei n /01, pelos tribunais e turmas recursais dos juizados especiais, o julgamento per saltum, ainda quando os recursos tenham sido interpostos ao tempo da lei antiga, na medida que o que se teria, em caso de não provimento ou de provimento dos recursos, seria uma situação análoga à hoje existente 19. A única alteração seria, como supramencionado, em relação ao órgão que estaria autorizado a proceder ao novo julgamento. Art (...). 18 Comentários ao Código de Processo Civil, vol. V, p Contra, defendendo que a inovação seja aplicada apenas aos recursos interpostos após a entrada em vigor da Lei n , Cândido Rangel Dinamarco, A reforma da reforma, p. 163 e 164.

14 1º O juiz não receberá o recurso de apelação quando a sentença estiver em conformidade com súmula do Superior Tribunal de Justiça ou do Supremo Tribunal Federal. 2º Apresentada a resposta, é facultado ao juiz, em cinco dias, o reexame dos pressupostos de admissibilidade do recurso. Como se sabe, a Emenda Constitucional n. 45/2004 introduziu, no ordenamento brasileiro, a denominada súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal. No bojo deste movimento de Reforma do Poder Judiciário, vinha se falando, também, da chamada súmula impeditiva de recursos do Superior Tribunal de Justiça, consubstanciada na Proposta de Emenda Constitucional n Ocorre que a Lei n /2006 acabou se antecipando à pretendida alteração constitucional e, mediante modificação na legislação infraconstitucional, operando alteração a propiciar o efeito pretendido. Deu-se prosseguimento, assim, à caminhada empreendida pelo sistema jurídico brasileiro no sentido de fortalecimento dos precedentes. Assim, o poder para inadmitir o recurso, que já havia sido conferido ao relator, mediante decisão monocrática, passa a poder e dever ser exercido pelo próprio juízo a quo. Pretende-se, deste modo, o contingenciamento dos recursos na esfera da primeira instância. O não recebimento do recurso poderá ocorrer in limine, nos termos do parágrafo 1º do art. 518, ou depois de oferecida a resposta pelo recorrido, em conformidade com o parágrafo 2º do mencionado dispositivo. Art (...) VII confirmar a antecipação dos efeitos da tutela. Introduzida a antecipação dos efeitos da tutela pela Lei n , em 1994, houve, desde então, o descuido do legislador em relação à atualização do artigo 520, para que houvesse, igualmente, de modo expresso, a atribuição de efeito suspensivo para a sentença que confirmasse a antecipação anteriormente concedida, com fulcro no artigo 273, do Código de Processo Civil. A inexistência, no caso, do efeito suspensivo para a apelação contra a sentença que confirma a antecipação é a única perspectiva lógica e consentânea com o sistema da tutela de urgência, seja em sede de processo cautelar ou nos termos do artigo 273 do Estatuto Processual Civil. Tanto numa como na outra espécie é absurda e incoerente a possibilidade de se conceder algo que seja imperioso, numa análise preliminar, em razão de uma probabilidade ou verossimilhança do direito invocado e do risco na demora na prestação jurisdicional, ou ainda diante do abuso de direito de defesa ou do manifesto propósito protelatório do réu, e, depois, advindo a

15 confirmação, na sentença, do que fora concedido liminarmente, haja a suspensão da medida ou dos efeitos. Não por outro motivo, em sede de processo cautelar, a apelação em relação à sentença proferida sempre esteve no rol do artigo 520 do Código de Processo Civil, com a manutenção dos efeitos após o recebimento do recurso. Não é pacífica na doutrina a natureza da tutela antecipada, havendo autores que defendem a natureza cautelar do instituto 20, embora a maioria 21 procure consignar traços distintivos, acentuando-se principalmente a ausência de satisfatividade nas medidas e processos cautelares em sentido estrito. A diferenciação, bem como a fungibilidade, em relação aos dois institutos, entretanto, parece ter sido agasalhada pelo legislador, não apenas em razão do tratamento diferenciado, até mesmo sob o ponto de vista topográfico, desde a introdução da antecipação da tutela em 1994, mas reafirmada agora com o novo 7º, do artigo 273, introduzido pela Lei n /02. De qualquer modo, a permanência dos efeitos após o recebimento de recurso contra sentença confirmatória da antecipação concedida era interpretação teleológica e sistemática que se impunha desde a reforma de 1994, tendo sido agasalhada pelos tribunais 22 e pela doutrina. Nesse sentido, leciona José Roberto dos Santos Bedaque 23 : Admitida a natureza cautelar da tutela antecipada, o problema se resolve com certa facilidade, pois o respectivo capítulo da sentença não será atingido pela suspensividade inerente à apelação (CPC, art. 520, IV). Mas, ainda que se entenda de maneira diversa, outra não pode ser a conclusão. Embora a situação não esteja prevista no art. 520 do Código de processo Civil, evidentemente deve ser incluída entre aquelas em que inexiste esse efeito. Se assim não se entender, restariam completamente frustrados os objetivos do novo instituto. A inovação, trazida pela Lei n /01, com a previsão agora expressa, em relação à falta de efeito suspensivo para a apelação interposta contra sentença confirmatória da antecipação dos efeitos da tutela, dissolve, assim, qualquer 20 Nesse sentido, José Roberto dos Santos Bedaque, Tutela cautelar e tutela antecipada: tutelas sumárias e de urgência (tentativa de sistematização), p. 297 a 304, e Flávio Yarshell, Tutela jurisdicional específica, p Humberto Theodoro Júnior, Curso de Direito Processual Civil, vol. I, p. 44, Luiz Guilherme Marinoni, A antecipação da tutela na reforma do processo civil, p.45 e 46, Ada Pellegrini Grinover, Tutela jurisdicional nas obrigações de fazer e não fazer, p. 71, e João Batista Lopes, Tutela antecipada no processo civil brasileiro, p. 39 a Vide, nesse sentido, o Ag. n PR, do TRF-4ª R., Primeira Turma, Rel. Amir Sarti, com a seguinte ementa: APELAÇÃO. EFEITO. ANTECIPAÇÃO DE TUTELA. A sentença que concede antecipação de tutela está sujeita apenas a recurso com efeito devolutivo, julgado em , DJU Tutela cautelar e tutela antecipada: tutelas sumárias e de urgência (tentativa de sistematização), p. 371.

16 dúvida que ainda pudesse restar quanto à manutenção dos efeitos antecipados após o recebimento do recurso de apelação. A antecipação dos efeitos da tutela pode ser concedida total ou parcialmente, como previsto no caput do artigo 273, do Código de Processo Civil, bem como quando um ou mais dos pedidos cumulados, ou parcela deles, mostrar-se incontroverso, tal qual estabelecido no novel 6º. Assim sendo, havendo capítulos na sentença que tiveram os seus efeitos antecipados, enquanto outros não, questão que se coloca é quanto aos efeitos em que se deve receber a apelação. Sobre o assunto, esclarece José Carlos Barbosa Moreira 24, discorrendo sobre situações análogas, mas que encerram a mesma questão de fundo e que já atormentavam os operadores do direito: Desde a vigência do Código de 1939 sob o qual se punha em termos iguais o problema -, o efeito suspensivo da apelação, em tais hipóteses, se estenderia, ao ver de uma corrente doutrinária e jurisprudencial, à(s) parte(s) da sentença a ele imune(s) em julgamento separado. No plano dos princípios, contudo, a mera circunstância de proferir-se uma decisão ao mesmo tempo que outra de maneira alguma autoriza a adoção de regime diverso do previsto em lei para a eficácia da apelação, com referência a qualquer delas É impertinente o argumento em contrário que se quer tirar da relação de dependência lógica entre as decisões, o qual concerne apenas ao teor do julgamento em grau de recurso, não aos efeitos do recurso contra a sentença. Tratando-se, portanto, de antecipação parcial dos efeitos da tutela, apenas quanto a esta parte incidirá o disposto no inciso VII, do artigo 520 do Código de Processo Civil, sendo a apelação recebida no efeito suspensivo quanto aos capítulos não antecipados, salvo se aplicável na espécie outra causa excludente da suspensividade, tendo em vista os demais incisos do artigo supramencionado. Quanto ao direito intertemporal, tem-se que a regra da não incidência do efeito suspensivo já pertencia à essência do sistema da antecipação dos efeitos da tutela, razão pela qual o novo inciso do artigo 520 veio no sentido de dar interpretação autêntica, não sendo, por conseguinte, inovação efetiva no ordenamento jurídico. Eventuais equívocos anteriormente cometidos, no sentido de se atribuir efeitos suspensivos à hipótese, devem ser corrigidos, quando ainda pendentes de apreciação os referidos recursos 25. VI Agravo: 24 Comentários ao Código de Processo Civil, vol. V, p Nesse sentido, Cândido Rangel Dinamarco, A reforma da reforma, p. 149.

17 Art Das decisões interlocutórias caberá agravo, no prazo de 10 (dez) dias, na forma retida, salvo quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação, bem como nos casos de inadmissão da apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, quando será admitida a sua interposição por instrumento. Art (...). 1º (...). 2º Interposto o agravo, e ouvido o agravado no prazo de 10 (dez) dias, o juiz poderá reformar sua decisão. 3º Das decisões interlocutórias proferidas na audiência de instrução e julgamento caberá agravo na forma retida, devendo ser interposto oral e imediatamente, bem como constar do respectivo termo (art. 457), nele expostas sucintamente as razões do agravante. 4º (Revogado). As significativas modificações relacionadas com o recurso de agravo aconteceram, nestes trinta anos de Código de Processo Civil, principalmente pela Lei n , no final do ano de Os defeitos da antiga sistemática para a impugnação das decisões interlocutórias eram gritantes, a começar pela tortuosa e demorada formação do instrumento, que se operava no primeiro grau de jurisdição, havendo prejuízo para a marcha do processo na primeira instância e, também, apreciação tardia do recurso por parte do órgão ad quem. O próprio capítulo III, do Título X, do Livro I, do Código, recebia denominação Do agravo de instrumento, quando, na verdade, cuidava do recurso de agravo, nas suas duas modalidades, ou seja, por instrumento e retido. A primeira reforma, assim, modificou principalmente o processamento do agravo de instrumento, prevendo a sua interposição diretamente perante o tribunal, tornando-o mais ágil e consentâneo com os seus objetivos. As mudanças advindas da Lei n /01 e da Lei n /05 não são, por conseguinte, significativas e, em geral, podem ser consideradas como demarcatórias de pequenas correções de rumo ou de interpretação diante das imperfeições e/ou dúvidas decorrentes do texto anterior. A antiga redação do 2º, do artigo 523, do Código de Processo Civil, previa que, interposto o agravo retido, o juiz poderia reformar sua decisão, após ouvida a parte contrária, em cinco (5) dias. Estabeleceu-se controvérsia, agora sanada com o novo texto, no sentido de se saber se o prazo mencionado, de cinco dias, referia-se à

18 manifestação do agravado ou ao juízo de retratação, tendo entendido a doutrina 26, majoritariamente, que a menção era destinada ao juiz. Por conseguinte, o prazo para o agravado também seria de cinco dias, em razão do disposto no artigo 185, do Estatuto Processual. Houve, portanto, agora, alteração, prevendo o prazo de dez dias para que o agravado possa apresentar as contra-razões, seguindo-se a conclusão dos autos ao juiz, para que possa manter ou reformar a sua própria decisão, devendo fazê-lo dentro de um decêndio, por força da regra geral insculpida no artigo 189, inciso II, do Estatuto Processual Civil. O antigo 4º, do artigo 523, previa que seria sempre retido o agravo das decisões posteriores à sentença, salvo caso de inadmissão da apelação. Por sua vez, o artigo 280, inciso III, previa que, no procedimento sumário, o agravo seria sempre retido, em relação às decisões sobre matéria probatória ou proferidas em audiência. A Lei n /02 suprimiu o referido inciso, assim como os demais, do artigo 280, optando por um tratamento geral, disciplinado agora no caput e no 3º, do artigo 523, para as decisões proferidas em audiência. A retenção para os agravos das decisões posteriores à sentença, por sua vez, sofreu justa relativização, permitindo-se, assim, a interposição perante o tribunal, mediante a modalidade por instrumento, nos casos de inadmissão de apelação e nos relativos aos efeitos em que a apelação é recebida, além da exceção genérica traduzida pela fórmula quando se tratar de decisão suscetível de causar à parte lesão grave e de difícil reparação. A doutrina 27 já vinha apontando que, em relação aos efeitos em que se recebia a apelação, o agravo retido não seria capaz de resolver, a contento, os problemas decorrentes da errônea atribuição, pois o que deveria produzir efeitos ficaria tolhido, se recebido no chamado duplo efeito, e efeitos seriam produzidos, quando na verdade não deveriam, se houvesse omissão na indicação da suspensividade. Deverse-ia, portanto, como agora corrigido, excepcionar, também, da retenção obrigatória, a decisão quanto aos efeitos atribuídos ao recebimento da apelação. Foi-se, corretamente, além, para que se deixassem em aberto, também, outras possibilidades de interposição do agravo de instrumento, ao invés do retido, de decisões posteriores à sentença, na medida que a vida será sempre mais rica do que a imaginação dos legisladores, em criar situações que, se enclausuradas sempre no âmbito da retenção do agrado, poderiam acabar por gerar injustiças. Nesse sentido, as ricas palavras de Athos Gusmão Carneiro 28, proferidas antes da última inovação: 26 José Carlos Barbosa Moreira, Comentários ao Código de Processo Civil, vol. V, p , Cândido Rangel Dinamarco, A reforma da reforma, p Vide Athos Gusmão Carneiro, O novo recurso de agravo e outros estudos, p. 28 e O novo recurso de agravo e outros estudos, p. 28.

19 O rigor da lei poderá, no entanto, ser afastado, em homenagem ao princípio básico da eficiência no processo, se no caso concreto o agravo pela forma retida não se apresentar, de forma alguma, como capaz de impedir o dano processual grave que a parte fundadamente alegue lhe haver sido imposto pela decisão interlocutória, ou que desta decorra. Consagrou-se, assim, certa dose de discricionariedade para que se possa, diante da possibilidade de lesão grave e de difícil reparação, interpor e admitir o agravo de instrumento de decisão posterior à sentença. Embora o dispositivo utilize-se do conectivo e, deve-se interpretar, em conformidade com previsão análoga, contida no artigo 527, inciso II, como sendo alternativa a situação de dificuldade e a de incerteza em relação à reparação. Em termos de direito intertemporal, o 2º altera prazo para apresentação de contra-razões. Expirado o prazo, antes da entrada em vigor da nova lei, esta não há que retroagir, ocorrendo preclusão temporal. Todavia, diante da aplicação imediata aos atos processuais, determinada pelo artigo 1.211, e sendo lei mais benéfica em termos de prazo, o agravado poderá utilizar-se do lapso de dez dias, se o prazo ainda não tiver começado ou ainda esteja em curso, ou seja, dentro dos cinco dias previstos na lei então vigente. Quanto ao disposto no 4º, posteriormente com deslocamento para o caput e o 3º do art. 523, aplicar-se-á, naturalmente, a lei vigente ao tempo da realização da audiência de instrução e julgamento, com a exigência de agravo retido no procedimento sumário e, também, no procedimento ordinário, depois da entrada em vigor da Lei n /05. Quanto às situações que poderiam ensejar dano de difícil ou incerta reparação, a possibilidade de utilização do agravo de instrumento, em caráter excepcional, deveria ser admitida ainda antes da modificação ocorrida nesta segunda etapa da reforma processual, tendo em vista o princípio da razoabilidade e da inafastabilidade da prestação jurisdicional. Art (...). Parágrafo único. O não cumprimento do disposto neste artigo, desde que argüido e provado pelo agravado, importa inadmissibilidade do agravo. Dentro da sistemática adotada a partir da primeira reforma do CPC, estabeleceu-se, no caput do artigo 526, norma no sentido de que o agravante procedesse ao requerimento de juntada, aos autos do processo, de cópia da petição do agravo de instrumento e do comprovante de sua interposição, assim como da relação dos documentos que instruíram o recurso. Não se previu, todavia, de modo claro, qual

20 seria a sanção para o descumprimento da referida determinação. Eclodiu, por conseguinte, acentuada divergência na doutrina e nos tribunais, havendo, em suma, uma corrente 29 que defendia a inadmissibilidade do agravo como conseqüência, podendo o próprio relator negar seguimento ao mesmo, e outra 30 no sentido de que haveria, tão-somente, a falta de comunicação ao juízo a quo e, por conseguinte, o ensejo de retratação. No âmbito do Superior Tribunal de Justiça, a Corte Especial acabou consagrando a segunda corrente 31, em julgado com a seguinte ementa: PROCESSO CIVIL. CPC, ART INTERPRETAÇÃO. RECURSO CONHECIDO PELO DISSÍDIO MAS DESPROVIDO. RESSALVA DO PONTO DE VISTA DO RELATOR. - Segundo passou a entender o Tribunal o descumprimento da norma do art. 526, CPC, não impede o conhecimento do agravo. O parágrafo único introduzido no artigo 526 supriu, assim, a lacuna existente, prevendo expressamente a sanção reclamada pela primeira corrente doutrinária acima mencionada, condicionando, no entanto, a inadmissibilidade à argüição e comprovação quanto à providência estabelecida no caput. Não se pode admitir, contudo, que o agravado possa, a qualquer tempo, argüir a falta do agravante. A oportunidade que se abre, para o agravado manifestar-se no agravo de instrumento, é a prevista no artigo 527, inciso V, do Código de Processo Civil, ou seja, no momento da resposta ao agravo, em que poderá, por expressa determinação, juntar cópias das peças que entender convenientes, no caso certidão expedida pela secretaria ou cartório do juízo recorrido. Em sede de direito intertemporal, deve incidir, em termos de requisito de admissibilidade de recurso, tendo em vista, também, o estabelecimento de sanção expressa mais gravosa, a lei vigente ao tempo da publicação do pronunciamento judicial recorrido 32. Art Recebido o agravo de instrumento no tribunal, e distribuído incontinenti, o relator: I negar-lhe-á seguimento, liminarmente, nos casos do art. 557; 29 J. E. Carreira Alvim, Novo agravo, p. 103 a 105, e Athos Gusmão Carneiro, O novo recurso de agravo e outros estudos, p. 50, dentre outros. 30 José Carlos Barbosa Moreira, Comentários ao Código de Processo Civil, vol. V, p. 506 a 508, Cândido Rangel Dinamarco, A reforma da reforma, p Teresa Arruda Alvim Wambier, O novo regime do agravo, p. 160, defende de lege ferenda a sanção proposta pela primeira corrente, mas, na ausência de norma expressa, acaba por concordar com o entendimento menos gravoso para a parte apelante. 31 Resp n RS, DJU Nesse sentido, já decidiu o Superior Tribunal de Justiça: Segundo princípio de direito intertemporal, salvo alteração constitucional, o recurso próprio é o existente à data em que publicada a decisão, 2ª Seção, Rel. Min. Sálvio de Figueiredo, CC RS, DJU

AULA 8 31/03/11 O RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL

AULA 8 31/03/11 O RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL AULA 8 31/03/11 O RECURSO ORDINÁRIO CONSTITUCIONAL 1 O CONCEITO Alcunha-se de ordinário todo e qualquer recurso que se processa nas vias ordinárias, que são, senão, aquelas que excetuam o Supremo Tribunal

Leia mais

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA OFICINA DO NOVO CPC AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL E EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO E EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA OFICINA DO NOVO CPC AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL E EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO E EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA OFICINA DO NOVO CPC AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL E EM RECURSO EXTRAORDINÁRIO E EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA A palavra agravo significa prejuízo; dano sofrido; ofensa que se faz a alguém; afronta. O termo agravo

Leia mais

Cabe contra decisões dos juízos de primeira instância e também dos de segunda instância.

Cabe contra decisões dos juízos de primeira instância e também dos de segunda instância. 2. AGRAVO 2.1. Conceito É o recurso cabível contra decisões interlocutórias, isto é, aquelas que têm conteúdo decisório, porém não implicam em qualquer situação prevista nos artigos 267 ou 269 do CPC.

Leia mais

SEÇÃO II Do Recurso Ordinário em Mandado de Segurança

SEÇÃO II Do Recurso Ordinário em Mandado de Segurança Art. 242. Dirigida ao Presidente, será a petição distribuída, quando possível, a um relator que não haja participado do julgamento objeto da revisão. 1º O relator poderá determinar que se apensem os autos

Leia mais

RECURSO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EMBARGOS - AÇÃO (Embargos à Execução ou Embargos de Terceiros)

RECURSO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. EMBARGOS - AÇÃO (Embargos à Execução ou Embargos de Terceiros) RECURSO DE EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EMBARGOS - AÇÃO (Embargos à Execução ou Embargos de Terceiros) - RECURSO (Embargos Infringentes, Embargos de Declaração ou Embargos de Divergência). No atual sistema recursal

Leia mais

EXERCÍCIO. PRÁTICO 1 Valor: 2,5 pontos. Aula expositiva dialogada. Aula expositiva dialogada. Aula expositiva dialogada. Aula expositiva dialogada

EXERCÍCIO. PRÁTICO 1 Valor: 2,5 pontos. Aula expositiva dialogada. Aula expositiva dialogada. Aula expositiva dialogada. Aula expositiva dialogada Este Plano de Curso poderá sofrer alterações a critério do professor e/ou da Coordenação. PLANO DE CURSO 2014/01 DISCIPLINA: DIREITO PROCESSUAL CIVIL III PROFESSOR: MARCELO ZENKNER TURMA: 5º AM (TERÇAS

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 700.228 RIO GRANDE DO SUL RELATOR : MIN. LUIZ FUX RECTE.(S) : ALDAIR SCHINDLER E OUTRO(A/S) ADV.(A/S) :TATIANA MEZZOMO CASTELI RECDO.(A/S) :ESTADO DO RIO GRANDE DO SUL

Leia mais

A QUESTÃO DA INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI NO RECURSO ESPECIAL

A QUESTÃO DA INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI NO RECURSO ESPECIAL A QUESTÃO DA INCONSTITUCIONALIDADE DA LEI NO RECURSO ESPECIAL HUGO DE BRITO MACHADO Advogado, Professor Titular de Direito Tributário da Universidade Federal do Ceará e Desembargador Federal do Tribunal

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL PROCURADORIA-GERAL DA REPÚBLICA Nº 794/2013 - PGGB MANDADO DE SEGURANÇA Nº 31706/DF IMPTE : M. ALMEIDA XAVIER MATERIAL DE CONSTRUÇÃO EM GERAL IMPDO : PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE

Leia mais

SUMÁRIO CAPÍTULO I CONSIDERAÇÕES INICIAIS...

SUMÁRIO CAPÍTULO I CONSIDERAÇÕES INICIAIS... SUMÁRIO CAPÍTULO I CONSIDERAÇÕES INICIAIS... 13 Processo X procedimento... 13 Ritos no processo de cognição... 13 Procedimento comum... 14 Procedimento especial... 14 Atividade jurisdicional estrutura...

Leia mais

DO PROCESSO E PROCEDIMENTO

DO PROCESSO E PROCEDIMENTO DO PROCESSO E PROCEDIMENTO PROCESSO Para solucionar os litígios, o Estado põe à disposição das partes três espécies de tutela jurisdicional: a cognição, a execução e a cautela. O que as distingue são os

Leia mais

: RENATA COSTA BOMFIM E OUTRO(A/S)

: RENATA COSTA BOMFIM E OUTRO(A/S) RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 702.642 SÃO PAULO RELATOR : MIN. DIAS TOFFOLI RECTE.(S) :ASSOCIAÇÃO BENEFICENTE DOS HOSPITAIS SOROCABANA ADV.(A/S) :JOSÉ MARCELO BRAGA NASCIMENTO E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S)

Leia mais

NOVO CPC: A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO CONSENSUAL

NOVO CPC: A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO CONSENSUAL NOVO CPC: A HOMOLOGAÇÃO DE SENTENÇA ESTRANGEIRA DE DIVÓRCIO CONSENSUAL Gracielle Veloso Advogada. Consultora Notarial, Registral e Imobiliária A eficácia da sentença estrangeira no Brasil depende de prévia

Leia mais

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA PROJETO DE LEI N o 3.743, DE 2008 Acrescenta parágrafo único ao art. 201 da Lei n.º 5.869, de 11 de janeiro de 1973, que institui o Código de Processo

Leia mais

RESOLUÇÃO Nº 23.478 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 84-36.2016.6.00.0000 CLASSE 26 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL

RESOLUÇÃO Nº 23.478 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 84-36.2016.6.00.0000 CLASSE 26 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL RESOLUÇÃO Nº 23.478 PROCESSO ADMINISTRATIVO Nº 84-36.2016.6.00.0000 CLASSE 26 BRASÍLIA DISTRITO FEDERAL Relator: Ministro Dias Toffoli Interessado: Tribunal Superior Eleitoral Estabelece diretrizes gerais

Leia mais

PROVA DE AFERIÇÃO (RNE) Teórica

PROVA DE AFERIÇÃO (RNE) Teórica ORDEM DOS ADVOGADOS CNA Comissão Nacional de Avaliação PROVA DE AFERIÇÃO (RNE) Teórica GRELHA DE CORRECÇÃO Prática Processual Civil e Organização Judiciária (8 Valores) 18 de Julho de 2011 1.Defina e indique

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO 701.484 PARANÁ RELATORA RECTE.(S) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :COMPACTA SERVIÇO INTERMODAL E ARMAZÉNS GERAIS LTDA ADV.(A/S) : ATILA SAUNER POSSE E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S) :JUNTA COMERCIAL

Leia mais

PLANO DE ENSINO. INSTITUIÇÃO DE ENSINO: Universidade Federal do Amazonas UFAM CURSO: Direito PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes

PLANO DE ENSINO. INSTITUIÇÃO DE ENSINO: Universidade Federal do Amazonas UFAM CURSO: Direito PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes DADOS PLANO DE ENSINO INSTITUIÇÃO DE ENSINO: Universidade Federal do Amazonas UFAM CURSO: Direito PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes DISCIPLINA Direito Processual Civil II PRÉ-REQUISITO Direito

Leia mais

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE JATAÍ - CESUT A s s o c i a ç ã o J a t a i e n s e d e E d u c a ç ã o

CENTRO DE ENSINO SUPERIOR DE JATAÍ - CESUT A s s o c i a ç ã o J a t a i e n s e d e E d u c a ç ã o EMENTA: Recursos Trabalhistas. Execução Trabalhista. Dissídio Coletivo. Procedimentos Especiais. OBJETIVOS GERAIS Proporcionar ao aluno o conhecimento sobre o processamento dos recursos, execução, dissídio

Leia mais

Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:(redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) V -quando o juiz acolher a alegação de

Art. 267. Extingue-se o processo, sem resolução de mérito:(redação dada pela Lei nº 11.232, de 2005) V -quando o juiz acolher a alegação de 1. (OAB 136) De acordo com o Código de Processo Civil (CPC), extingue-se o processo sem resolução de mérito quando A) o juiz reconhece a prescrição ou a decadência. B) as partes transigem. C) o autor renuncia

Leia mais

Sumário. Notas dos autores à décima edição... 17

Sumário. Notas dos autores à décima edição... 17 Notas dos autores à décima edição... 17 Capítulo I Teoria dos Recursos... 19 1. Conceito de recurso... 19 2. O princípio do duplo grau de jurisdição... 20 3. O recurso no sistema dos meios de impugnação

Leia mais

Sumário. Notas dos autores à décima primeira edição... 17

Sumário. Notas dos autores à décima primeira edição... 17 Notas dos autores à décima primeira edição... 17 Capítulo I Teoria dos Recursos... 19 1. Conceito de recurso... 19 2. O princípio do duplo grau de jurisdição... 20 3. O recurso no sistema dos meios de

Leia mais

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE AULA 10 PROFª KILMA GALINDO

CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE AULA 10 PROFª KILMA GALINDO CONTROLE DE CONSTITUCIONALIDADE AULA 10 PROFª KILMA GALINDO VÍCIO DE INCONSTITUCIONALIDADE VÍCIO FORMAL Lei ou ato normativo com vício em seu processo de formação (processo legislativo ou competência);

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 RELATOR AGTE.(S) AGDO.(A/S) : MIN. ROBERTO BARROSO :JOSEFA MARIA DE FRANCA OLIVEIRA :DEFENSOR PÚBLICO-GERAL FEDERAL :UNIÃO :ADVOGADO-GERAL DA UNIÃO

Leia mais

Agravo de Instrumento N. 2007.002.12900 - C

Agravo de Instrumento N. 2007.002.12900 - C TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO DÉCIMA NONA CÂMARA CÍVEL AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº.: 2007.002.08034 AGRAVANTE: ESTADO DO RIO DE JANEIRO AGRAVADO: ICOLUB INDÚSTRIA DE LUBRIFICANTES S/A RELATOR:

Leia mais

A PROBLEMÁTICA DO REENVIO PREJUDICIAL ART. 267º DO TFUE

A PROBLEMÁTICA DO REENVIO PREJUDICIAL ART. 267º DO TFUE A PROBLEMÁTICA DO REENVIO PREJUDICIAL ART. 267º DO TFUE DIREITO COMUNITÁRIO E COMPETÊNCIA DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA Direito Comunitário primário e Direito Comunitário derivado O princípio do primado (ou primazia)

Leia mais

Peça 1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA... REGIÃO

Peça 1 EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR DESEMBARGADOR PRESIDENTE DO EGRÉGIO TRIBUNAL REGIONAL DO TRABALHO DA... REGIÃO Observação: os espaços entre os tópicos das peças têm a única função de facilitar a visualização. Ressalte-se que não aconselhamos pular linhas no exame. Peça 1 Certa empresa é condenada, por decisão de

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO VIGÉSIMA CÂMARA CÍVEL APELAÇÃO CÍVEL Nº: 032547-47.2003.8.19. MAURO PEREIRA MARTINS APELAÇÃO.

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO VIGÉSIMA CÂMARA CÍVEL APELAÇÃO CÍVEL Nº: 032547-47.2003.8.19. MAURO PEREIRA MARTINS APELAÇÃO. TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO VIGÉSIMA CÂMARA CÍVEL APELAÇÃO CÍVEL Nº: 032547-47.2003.8.19.0014 APELANTE: MUNICÍPIO DE CAMPOS DOS GOYTACAZES APELADOS: GILDA AUXILIADORA COSTA CARNEIRO

Leia mais

PARECER Nº, DE 2010. RELATOR: Senador GEOVANI BORGES I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2010. RELATOR: Senador GEOVANI BORGES I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2010 Da COMISSÃO DE ASSUNTOS SOCIAIS, em caráter terminativo, sobre o Projeto de Lei do Senado nº 512, de 2007, do Senador Paulo Paim, que acrescenta parágrafo ao art. 764 da Consolidação

Leia mais

A SÚMULA 126 DO STJ E O INSTITUTO DA REPERCUSSÃO GERAL

A SÚMULA 126 DO STJ E O INSTITUTO DA REPERCUSSÃO GERAL A SÚMULA 126 DO STJ E O INSTITUTO DA REPERCUSSÃO GERAL Guilherme Beux Nassif Azem Sumário: 1 A exigência de demonstração de repercussão geral no recurso extraordinário; 2 Limites do órgão a quo na verificação

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO JOSÉ ARNALDO DA FONSECA RECORRENTE : UNIÃO RECORRIDO : ARLINDO BARROS DE AGUIAR JÚNIOR E OUTROS ADVOGADO : SELENE WANDERLEY EMERENCIANO EMENTA PROCESSUAL CIVIL. PROCURAÇÃO. PRÁTICA DE

Leia mais

R E S O L U Ç Ã O. Parágrafo único. O novo currículo é o 0003-LS, cujas ementas e objetivos das disciplinas também constam do anexo.

R E S O L U Ç Ã O. Parágrafo único. O novo currículo é o 0003-LS, cujas ementas e objetivos das disciplinas também constam do anexo. RESOLUÇÃO CONSEPE 12/2015 ALTERA MATRIZ CURRICULAR E APROVA O PROJETO PEDAGÓGICO DO CURSO DE PÓS- GRADUAÇÃO LATO SENSU EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL DA UNIVERSIDADE SÃO FRANCISCO USF. O Presidente do Conselho

Leia mais

Sumário. Prefácio, xv

Sumário. Prefácio, xv Prefácio, xv 1 2 Recursos, 1 1 Conceito, 1 2 Natureza jurídica do recurso, 2 3 Atos sujeitos a recurso, 2 4 Princípios gerais dos recursos, 3 5 Recursos previstos no CPC, 3 5.1 Apelação, 4 5.2 Embargos

Leia mais

Gestão de demandas repetitivas no Novo CPC Direito do consumidor. Alex Costa Pereira 10 de março de 2016

Gestão de demandas repetitivas no Novo CPC Direito do consumidor. Alex Costa Pereira 10 de março de 2016 Gestão de demandas repetitivas no Novo CPC Direito do consumidor Alex Costa Pereira 10 de março de 2016 Relação entre acesso ao judiciário, litigância repetitiva e morosidade: a) A partir da constituição

Leia mais

ENUNCIADOS SOBRE O CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015

ENUNCIADOS SOBRE O CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015 ENUNCIADOS SOBRE O CÓDIGO DE PROCESSO CIVIL/2015 O Coordenador-Geral, Desembargador Caetano Levi Lopes, o Vice- Coordenador, Desembargador José Marcos Rodrigues Vieira, e o Coordenador-Pedagógico, Juiz

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 849.448 CEARÁ RELATORA RECTE.(S) ADV.(A/S) RECDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :ARTUR FALCÃO CATUNDA :GERMANA VASCONCELOS DE ALCÂNTARA E OUTRO(A/S) :INEP -

Leia mais

PONTO 1: Recursos em Espécie PONTO 2: Tutelas de Urgência. 1) Recursos em Espécie:

PONTO 1: Recursos em Espécie PONTO 2: Tutelas de Urgência. 1) Recursos em Espécie: 1 DIREITO PROCESSUAL CIVIL PONTO 1: Recursos em Espécie PONTO 2: Tutelas de Urgência 1) Recursos em Espécie: Recurso Extraordinário e Recurso Especial: Prequestionamento: Na grande maioria dos casos os

Leia mais

1. PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO 1) PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL 2) PRINCÍPIO DA IMPACIALIDADE DO JUIZ

1. PRINCÍPIOS DO PROCESSO DO TRABALHO 1) PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL 2) PRINCÍPIO DA IMPACIALIDADE DO JUIZ 1 1. PRINCÍPIOS DO 1) PRINCÍPIO DO DEVIDO PROCESSO LEGAL A justa composição da lide só pode ser alcançada quando a tutela jurisdicional for prestada dentro dos moldes delimitados pelas normas processuais.

Leia mais

RELATÓRIO. O Sr. Des. Fed. RUBENS DE MENDONÇA CANUTO (Relator Convocado):

RELATÓRIO. O Sr. Des. Fed. RUBENS DE MENDONÇA CANUTO (Relator Convocado): PROCESSO Nº: 0802624-08.2015.4.05.8400 - REEXAME NECESSÁRIO RELATÓRIO O Sr. Des. Fed. RUBENS DE MENDONÇA CANUTO (Relator Convocado): Cuida-se de reexame necessário de sentença prolatada pelo MM. Juízo

Leia mais

Ação de Exigir Contas

Ação de Exigir Contas Ação de Exigir Contas Previsão legal e Observações! No NCPC está disciplinado nos arts. 550/553! Possuía previsão no CPC/73 estava disciplinado no art. 914/919.! Obs. No CPC73 o nome de tal ação era de

Leia mais

DÉCIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL

DÉCIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL 1 DÉCIMA TERCEIRA CÂMARA CÍVEL AGRAVO LEGAL EM AGRAVO DE INSTRUMENTO Nº 0009707-02.2014.8.19.0000 AGRAVANTE: MUNICÍPIO DE NITERÓI AGRAVADO: LUCAS MARQUES CAVALCANTI RELATOR: DES. GABRIEL ZEFIRO AGRAVO

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal AGRAVO DE INSTRUMENTO 624.951 SÃO PAULO RELATORA AGTE.(S) ADV.(A/S) AGDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :MARBOR MÁQUINAS DE COSTURA LTDA : JOSÉ ROBERTO CAMASMIE ASSAD E OUTRO(A/S) :VALMOR RODRIGUES

Leia mais

PROCEDIMENTOS PARTE I PROCEDIMENTO ORDINÁRIO

PROCEDIMENTOS PARTE I PROCEDIMENTO ORDINÁRIO PROCEDIMENTOS PARTE I PROCEDIMENTO ORDINÁRIO PROCEDIMENTOS PROCESSO instrumento utilizado para resolução dos conflitos de interesses, formado por um conjunto de atos, exige a conjugação de dois fatores:

Leia mais

RELATÓRIO DE AÇÕES TRABALHISTAS AJUIZADAS PELO SINDADOS/MG CONTRA A PRODEMGE

RELATÓRIO DE AÇÕES TRABALHISTAS AJUIZADAS PELO SINDADOS/MG CONTRA A PRODEMGE RELATÓRIO DE AÇÕES TRABALHISTAS AJUIZADAS PELO SINDADOS/MG CONTRA A PRODEMGE Processo nº 0000809-32.2011.5.03.0022 Distribuído em 05/05/2011, refere-se ao pleito das quantias devidas em razão da Participação

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO 599.577 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA RECTE.(S) :COMPANHIA DE SEGUROS PREVIDÊNCIA DO SUL - PREVISUL ADV.(A/S) :FRANCISCO CARLOS ROSAS GIARDINA E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S)

Leia mais

Extensão dos efeitos de decisão judicial transitada em julgado a quem não foi parte na relação processual

Extensão dos efeitos de decisão judicial transitada em julgado a quem não foi parte na relação processual Extensão dos efeitos de decisão judicial transitada em julgado a quem não foi parte na relação processual Parecer n o 14/00-CRTS Ementa: 1.Extensão dos efeitos de decisão judicial transitada em julgado

Leia mais

TATIANE BARBOSA AIRES

TATIANE BARBOSA AIRES TATIANE BARBOSA AIRES A PERDA DO OBJETO DO AGRAVO DE INSTRUMENTO EM FACE DE SENTENÇA SUPERVENIENTE Monografia apresentada como requisito para conclusão do curso de bacharelado em Direito do Centro Universitário

Leia mais

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.499-9 SANTA CATARINA EMENTA

SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.499-9 SANTA CATARINA EMENTA SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL REPERCUSSÃO GERAL NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 572.499-9 SANTA CATARINA RELATORA: RECORRENTE (S): RECORRIDO (A/S): INTERESSADO (A/S): MIN. CÁRMEN LÚCIA MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL

Leia mais

05/02/2013 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES

05/02/2013 SEGUNDA TURMA : MIN. GILMAR MENDES Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 5 RELATOR AGTE.(S) ADV.(A/S) AGDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES) : MIN. GILMAR MENDES :CONSTRUTORA VARCA SCATENA LTDA :LISE DE ALMEIDA :MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO

Leia mais

TUTELA ANTECIPADA NA FASE RECURSAL

TUTELA ANTECIPADA NA FASE RECURSAL TUTELA ANTECIPADA NA FASE RECURSAL Igor Luis Barboza CHAMMÉ 1 Regina Cardoso MACHADO 2 Rodrigo Cesar Baptista LINHARES 3 Gilmara Pesquero Fernandes Mohr FUNES 4 RESUMO: O presente trabalho analisa a questão

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATORA : MINISTRA ELIANA CALMON EMENTA PROCESSUAL CIVIL EMBARGOS À EXECUÇÃO FISCAL CONTAGEM DO PRAZO SUSPENSÃO FÉRIAS COLETIVAS NOS TRIBUNAIS ANTES DA EC 45/2004 ARTS. 179 DO CPC E 66, 1º DA LEI COMPLEMENTAR

Leia mais

PARECER Nº, DE 2016. RELATOR: Senador JOSÉ PIMENTEL I RELATÓRIO

PARECER Nº, DE 2016. RELATOR: Senador JOSÉ PIMENTEL I RELATÓRIO PARECER Nº, DE 2016 Da COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO, JUSTIÇA E CIDADANIA, à Proposta de Emenda à Constituição nº 18, de 2009, do Senador Paulo Paim e outros, que altera o 8º do art. 201 da Constituição Federal,

Leia mais

Luiz Flávio Gomes Valerio de Oliveira Mazzuoli. O método dialógico e a magistratura na pós-modernidade

Luiz Flávio Gomes Valerio de Oliveira Mazzuoli. O método dialógico e a magistratura na pós-modernidade Luiz Flávio Gomes Valerio de Oliveira Mazzuoli O JUIZ e o DIREITO O método dialógico e a magistratura na pós-modernidade 01_Mazzuoli - O Juiz e o Direito.indd 3 19/04/2016 16:14:11 Capítulo 7 Controle

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA

PODER JUDICIÁRIO TRIBUNAL DE JUSTIÇA APELAÇÃO CÍVEL N.º 536888-7, DE CASCAVEL 1.ª VARA CÍVEL APELANTE : EDSON APARECIDO ALBA APELADO : BANCO ITAUCARD S.A. RELATOR : DESEMBARGADOR Francisco Pinto RABELLO FILHO Julgamento imediato de causas

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br

BuscaLegis.ccj.ufsc.Br BuscaLegis.ccj.ufsc.Br O prazo em dobro insculpido no artigo 191 do CPC e a súmula 641 do STF: impropriedades e interpretação sistemática Pablo Berger * O presente estudo visa analisar o disposto no artigo

Leia mais

: MIN. TEORI ZAVASCKI

: MIN. TEORI ZAVASCKI RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 943.713 SÃO PAULO RELATOR RECTE.(S) ADV.(A/S) RECDO.(A/S) ADV.(A/S) : MIN. TEORI ZAVASCKI :MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO DO CAMPO :PROCURADOR GERAL DO MUNICÍPIO DE SÃO BERNARDO

Leia mais

PRÁTICA PROCESSUAL CIVIL

PRÁTICA PROCESSUAL CIVIL PRÁTICA PROCESSUAL CIVIL Programa (60 horas) I CONSULTA JURÍDICA 1.1 Consulta jurídica 1.2 Tentativa de resolução amigável 1.3 Gestão do cliente e seu processo II ACESSO AO DIREITO 2.1 Modalidades de acesso

Leia mais

PROCESSO Nº TST-PP-1933-03.2011.5.00.0000

PROCESSO Nº TST-PP-1933-03.2011.5.00.0000 Requerente : KARLA BERNARDO MATTOSO MONTENEGRO Advogado : Dr. Haroldo Edem da Costa Spinula Requerido : JUIZ TITULAR DA 7ª VARA DO TRABALHO DO RIO DE JANEIRO D E C I S Ã O SÚMULA DA DECISÃO: PEDIDO DE

Leia mais

A POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE TUTELA ANTECIPADA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA EM DECORRÊNCIA DO CARÁTER TAXATIVO DO ARTIGO 1º DA LEI N. 9.

A POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE TUTELA ANTECIPADA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA EM DECORRÊNCIA DO CARÁTER TAXATIVO DO ARTIGO 1º DA LEI N. 9. A POSSIBILIDADE DE CONCESSÃO DE TUTELA ANTECIPADA CONTRA A FAZENDA PÚBLICA EM DECORRÊNCIA DO CARÁTER TAXATIVO DO ARTIGO 1º DA LEI N. 9.494/1997 KÉSIA DAIANE FREITAS MARTINS Estagiária de Direito Ministério

Leia mais

PERGUNTAS FREQUENTES CUSTAS JUDICIAIS

PERGUNTAS FREQUENTES CUSTAS JUDICIAIS PERGUNTAS FREQUENTES CUSTAS JUDICIAIS 1- Como proceder com relação aos Mandados de Segurança?... 2 2- É possível distribuir um feito sem recolher custas iniciais?... 2 3- É necessário recolher custas referentes

Leia mais

Demócrito Reinaldo Filho Juiz de Direito (32 a. Vara Cível do Recife) 1. Breves explicações sobre o tema

Demócrito Reinaldo Filho Juiz de Direito (32 a. Vara Cível do Recife) 1. Breves explicações sobre o tema INEXISTÊNCIA DO DIREITO AO PRAZO EM DOBRO AO LITISCONSORTE QUE INGRESSA POSTERIORMENTE NO PROCESSO Interpretação do art. 191 do Código de Processo Civil Demócrito Reinaldo Filho Juiz de Direito (32 a.

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 1 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO PONTO 1: Embargos de Declaração continuação PONTO 2: Recurso Ordinário PONTO 3: Recurso Adesivo PONTO 4: Agravo de instrumento PONTO 5: Recurso de Revista PONTO 6: Embargos

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO EM MANDADO DE SEGURANÇA Nº 38.078 - GO (2012/0104733-2) RELATORA : MINISTRA REGINA HELENA COSTA RECORRENTE : MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE GOIÁS RECORRIDO : ESTADO DE GOIÁS PROCURADOR : ALINY

Leia mais

SUMÁRIO O AUTOR... 5 DEDICATÓRIA... 7 AGRADECIMENTOS... 9 APRESENTAÇÃO... 17. Parte I PEÇAS PRÁTICO-PROFISSSIONAL... 19 INTRODUÇÃO GERAL...

SUMÁRIO O AUTOR... 5 DEDICATÓRIA... 7 AGRADECIMENTOS... 9 APRESENTAÇÃO... 17. Parte I PEÇAS PRÁTICO-PROFISSSIONAL... 19 INTRODUÇÃO GERAL... Sumário 11 SUMÁRIO O AUTOR... 5 DEDICATÓRIA... 7 AGRADECIMENTOS... 9 APRESENTAÇÃO... 17 Parte I PEÇAS PRÁTICO-PROFISSSIONAL... 19 INTRODUÇÃO GERAL... 21 Capítulo I PETIÇÃO INICIAL DE AÇÃO PELO RITO ORDINÁRIO...

Leia mais

CONSIDERAÇÕES SOBRE O INSTITUTO DA TUTELA DE URGÊNCIA EM FACE DA FAZENDA

CONSIDERAÇÕES SOBRE O INSTITUTO DA TUTELA DE URGÊNCIA EM FACE DA FAZENDA CONSIDERAÇÕES SOBRE O INSTITUTO DA TUTELA DE URGÊNCIA EM FACE DA FAZENDA Alexandre Moura de Souza Muito já foi dito sobre a possibilidade de concessão de tutela de urgência (liminares, cautelares e tutela

Leia mais

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO PLANO DE AULA

UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM FACULDADE DE DIREITO FD DEPARTAMENTO DE DIREITO APLICADO PLANO DE AULA PLANO DE AULA INSTITUIÇÃO DE ENSINO: UNIVERSIDADE FEDERAL DO AMAZONAS UFAM CURSO: DIREITO PROFESSOR: Especialista Rafael da Silva Menezes NÍVEL DE ENSINO: SUPERIOR PERÍODO: 6º TURNO: DIURNO/NOTURNO DATA:

Leia mais

Mandado de Segurança Lei 12.016/09 Os Recursos

Mandado de Segurança Lei 12.016/09 Os Recursos Mandado de Segurança Lei 12.016/09 Os Recursos Wilson Marques Desembargador (aposentado) do TJ/RJ. Professor de Direito Processual Civil da EMERJ. 1. APELAÇÃO 1.1 Cabimento O artigo 14 da Lei 12.016/09

Leia mais

24/06/2014 SEGUNDA TURMA

24/06/2014 SEGUNDA TURMA Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 7 24/06/2014 SEGUNDA TURMA DISTRITO FEDERAL RELATOR : MIN. GILMAR MENDES AGTE.(S) :TRANSPORTADORA WADEL LTDA - EM AGDO.(A/S) RECUPERAÇÃO JUDICIAL

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 24ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO

TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DE SÃO PAULO 24ª CÂMARA DE DIREITO PRIVADO Registro: 2012.0000352134 ACÓRDÃO Vistos, relatados e discutidos estes autos de Agravo de Instrumento nº 0059371-75.2012.8.26.0000, da Comarca de São José dos Campos, em que é agravante LUIZ ARAUJO SIQUEIRA,

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 794.454 RIO GRANDE DO SUL RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA RECTE.(S) :UNIMED PORTO ALEGRE - SOCIEDADE COOPERATIVA DE TRABALHO MÉDICO LTDA ADV.(A/S) : CARLOS SPINDLER DOS SANTOS

Leia mais

TRIBUNAL DE JUSTIÇA VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL/CONSUMIDOR

TRIBUNAL DE JUSTIÇA VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL/CONSUMIDOR TRIBUNAL DE JUSTIÇA VIGÉSIMA QUINTA CÂMARA CÍVEL/CONSUMIDOR AGRAVO INTERNO NA APELAÇÃO CÍVEL Nº 0024463-47.2009.8.19.0014 AGRAVANTE: LARYSSA FERREIRA GOMES REP/P/S/MÃE LIDIJANE SOARES FERREIRA AGRAVADO:

Leia mais

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 1ª TURMA RECURSAL JUÍZO C

Poder Judiciário JUSTIÇA FEDERAL Seção Judiciária do Paraná 1ª TURMA RECURSAL JUÍZO C JUIZADO ESPECIAL (PROCESSO ELETRÔNICO) Nº200970510093467/PR RELATORA : Juíza Márcia Vogel Vidal de Oliveira RECORRENTE : Aparecido Caetano Campanini Instituto Nacional do Seguro Social RECORRIDO : Os mesmos

Leia mais

1. EFEITOS DOS RECURSOS

1. EFEITOS DOS RECURSOS 1 PROCESSO DO TRABALHO PROCESSO DO TRABALHO PONTO 1: Efeitos dos Recursos PONTO 2: Pressupostos Processuais do Recurso Trabalhista PONTO 3: Recursos em Espécie 1. EFEITOS DOS RECURSOS A) DEVOLUTIVO: Inerente

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO JOÃO OTÁVIO DE NORONHA EMENTA AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL. PROTOCOLO POSTAL. CONVÊNIO FIRMADO ENTRE O TJRS E A ECT. AGRAVO EM RECURSO ESPECIAL INTERPOSTO NA VIGÊNCIA DA RESOLUÇÃO TJRS

Leia mais

VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO PRIMEIRAS IMPRESSÕES

VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO PRIMEIRAS IMPRESSÕES VIII EXAME DE ORDEM UNIFICADO PRIMEIRAS IMPRESSÕES PEÇA PRÁTICO-PROFISSIONAL - ENDEREÇAMENTO: EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DO TRABALHO DA 90ª VARA DO TRABALHO DE CAMPINAS/SP - Processo Nº 1598-73.2012.5.15.0090

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal Ementa e Acórdão Inteiro Teor do Acórdão - Página 1 de 6 18/02/2014 SEGUNDA TURMA EMB.DECL. NO AG.REG. NO RECURSO EXTRAORDINÁRIO 765.810 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA EMBTE.(S) :MUNICÍPIO DE

Leia mais

BuscaLegis.ccj.ufsc.br

BuscaLegis.ccj.ufsc.br BuscaLegis.ccj.ufsc.br Então me aposentei, mas continuei trabalhando na empresa. Quando sair, qual será o valor da minha multa de 40%? Leonardo Tadeu* A interpretação jurídica do artigo 453 da CLT e seus

Leia mais

APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO CAPÍTULO I TEORIA GERAL DO PROCESSO

APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO CAPÍTULO I TEORIA GERAL DO PROCESSO Sumário APRESENTAÇÃO DA COLEÇÃO... 13 CAPÍTULO I TEORIA GERAL DO PROCESSO... 15 1. Jurisdição... 15 1.1. Generalidades e conceito... 15 1.2. Características... 16 1.3. Divisão... 17 2. Princípios de processo

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RELATOR : MINISTRO ARNALDO ESTEVES LIMA EMENTA PREVIDENCIÁRIO. RECURSO ESPECIAL. APOSENTADORIA POR INVALIDEZ. TERMO INICIAL. AUSÊNCIA DE REQUERIMENTO ADMINISTRATIVO. CITAÇÃO. 1. É cediço que a citação

Leia mais

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL 2ª Vara Federal da 15ª Subseção Judiciária São Carlos

PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL 2ª Vara Federal da 15ª Subseção Judiciária São Carlos PODER JUDICIÁRIO JUSTIÇA FEDERAL 2ª Vara Federal da 15ª Subseção Judiciária São Carlos Popular, quer por meio de empresa/firma individual, quer por intermédio de sociedade constituída sob qualquer das

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 689.017 RIO GRANDE DO SUL RELATORA RECTE.(S) ADV.(A/S) RECDO.(A/S) PROC.(A/S)(ES) : MIN. CÁRMEN LÚCIA :EDIO CAETANO DE SOUZA : ANTONIO LUIS WUTTKE E OUTRO(A/S) :INSTITUTO

Leia mais

COMUNICADO nº 11/2013, da SUBPROCURADORIA GERAL DO ESTADO DA ÁREA DO CONTENCIOSO GERAL

COMUNICADO nº 11/2013, da SUBPROCURADORIA GERAL DO ESTADO DA ÁREA DO CONTENCIOSO GERAL COMUNICADO nº 11/2013, da SUBPROCURADORIA GERAL DO ESTADO DA ÁREA DO CONTENCIOSO GERAL Orienta a atuação nas ações em que se pleiteia medicamento não registrado pela ANVISA O Subprocurador Geral do Estado

Leia mais

SEGUNDA TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ

SEGUNDA TURMA RECURSAL JUIZADOS ESPECIAIS FEDERAIS SEÇÃO JUDICIÁRIA DO PARANÁ Processo nº 2007.70.50.003369-6 Relatora: Juíza Federal Andréia Castro Dias Recorrente: UNIÃO FEDERAL Recorrido (a): VANISA GOLANOWSKI VOTO Dispensado o relatório, nos termos dos artigos 38 e 46 da Lei

Leia mais

RELATÓRIO. 3. Sem contrarrazões. 4. É o relatório.

RELATÓRIO. 3. Sem contrarrazões. 4. É o relatório. PROCESSO Nº: 0806625-97.2014.4.05.8100 - APELAÇÃO RELATÓRIO 1. Trata-se de apelação interposto pela Caixa Econômica Federal - CEF, contra sentença do Juízo da 8ª Vara Federal Seção Judiciária do Ceará,

Leia mais

PARECER DO NÚCLEO DE CÁLCULOS JUDICIAIS DA JFRS

PARECER DO NÚCLEO DE CÁLCULOS JUDICIAIS DA JFRS Página 1 de 7 PARECER DO NÚCLEO DE CÁLCULOS JUDICIAIS DA JFRS 1. Objetivo O presente parecer tem por objetivo verificar a possibilidade de existência de diferenças em processos que versem, exclusivamente,

Leia mais

EMENDA ADITIVA N o. Acrescente-se o seguinte art. 9 o ao texto original da Medida Provisória nº 680, de 2015, renumerando-se o atual art. 9º.

EMENDA ADITIVA N o. Acrescente-se o seguinte art. 9 o ao texto original da Medida Provisória nº 680, de 2015, renumerando-se o atual art. 9º. MPV 680 00022 MEDIDA PROVISÓRIA N O 680, DE 2015 Institui Programa de Proteção ao Emprego e dá outras providências. EMENDA ADITIVA N o Acrescente-se o seguinte art. 9 o ao texto original da Medida Provisória

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 743.305 MINAS GERAIS RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA RECTE.(S) :ANGÉLICA GHERARDI SINDRA ADV.(A/S) : FLÁVIO LUIZ DOS REIS E OUTRO(A/S) RECDO.(A/S) :UNIVERSIDADE FEDERAL DE

Leia mais

Eficácia da norma processual no tempo Incidência da LICC (vacatio legis 45 dias); Sucessão de lei no tempo: Unidade processual segundo o qual, apesar

Eficácia da norma processual no tempo Incidência da LICC (vacatio legis 45 dias); Sucessão de lei no tempo: Unidade processual segundo o qual, apesar Eficácia da norma processual no tempo Incidência da LICC (vacatio legis 45 dias); Sucessão de lei no tempo: Unidade processual segundo o qual, apesar de se desdobrar em uma série de atos diversos, o processo

Leia mais

Supremo Tribunal Federal

Supremo Tribunal Federal RECURSO EXTRAORDINÁRIO COM AGRAVO 752.462 SÃO PAULO RELATORA : MIN. CÁRMEN LÚCIA RECTE.(S) :MARIA TEREZA FERNANDES DA SILVA ADV.(A/S) ADV.(A/S) RECDO.(A/S) ADV.(A/S) :RODRIGO CARNEVALE ANTONIO :ANA CAROLINA

Leia mais

1. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO.

1. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. 1. EMBARGOS DE DECLARAÇÃO. Embargar significa paralisar, interromper, criar um obstáculo, impedir o curso normal. No processo, com os embargos impede-se o trânsito em julgado da decisão. Trata-se da criação

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL CIVIL CAUTELAR. Classificação: Nominadas art.813 ss, do CPC. Inominadas art. 796 até art. 912, do CPC.

DIREITO PROCESSUAL CIVIL CAUTELAR. Classificação: Nominadas art.813 ss, do CPC. Inominadas art. 796 até art. 912, do CPC. CAUTELAR Cautelar Classificação: Nominadas art.813 ss, do CPC. Inominadas art. 796 até art. 912, do CPC. Preparatórias/Antecedentes - Incidentes ajuizadas no curso na ação principal. Satisfativas. Não

Leia mais

www.concursovirtual.com.br

www.concursovirtual.com.br Processo do Trabalho Professor Leandro Antunes (FCC - 2013 - TRT - 9ª REGIÃO (PR) - Técnico Judiciário - Área Administrativa) Quanto ao processo judiciário do trabalho, é correto afirmar: a) Nos casos

Leia mais

Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Vigésima Primeira Câmara Cível

Poder Judiciário Tribunal de Justiça do Estado do Rio de Janeiro Vigésima Primeira Câmara Cível Agravo de Instrumento: 0007803-44.2014.8.19.0000 Agravante: JOAQUIM FERNANDO DE MATTOS FONSECA Advogado: Dr. Renato Salles Areas Agravada: EMDA ADMINISTRAÇÃO DE BENS LTDA Advogado: Ronaldo Maciel Figueiredo

Leia mais

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO

DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO 1 DIREITO PROCESSUAL DO TRABALHO PONTO 1: Recursos Visão Geral PONTO 2: Efeitos dos Recursos Trabalhistas PONTO 3: Pressupostos Recursais PONTO 4: Recursos em Espécie - Embargos de Declaração. 1. Recursos

Leia mais

Superior Tribunal de Justiça

Superior Tribunal de Justiça RECURSO ESPECIAL Nº 1.347.272 - MS (2012/0207015-4) RELATOR RECORRENTE PROCURADOR RECORRIDO INTERES. : MINISTRO HERMAN BENJAMIN : ESTADO DE MATO GROSSO DO SUL : SARAH F MONTE ALEGRE DE ANDRADE SILVA E

Leia mais

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Nº 17599/CS

MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL Nº 17599/CS Nº 17599/CS RECURSO ORDINÁRIO EM HABEAS CORPUS Nº 115.083/MG RECORRENTE: DEFENSORIA PÚBLICA DA UNIÃO PACIENTE: HÉLIO LÚCIO DE QUEIROZ RECORRIDO: MINISTÉRIO PÚBLICO FEDERAL RELATOR: MINISTRO LUIZ FUX LEI

Leia mais

SEGUNDA CÂMARA CÍVEL

SEGUNDA CÂMARA CÍVEL SEGUNDA CÂMARA CÍVEL APELAÇÃO CÍVEL Nº 0131509-37.2009.8.19.0001 12ª Vara da Fazenda Pública da Comarca da Capital APELANTE: ÁKYZO ASSESSORIA & NEGÓCIOS LTDA APELADO: MUNICÍPIO DO RIO DE JANEIRO RELATORA:

Leia mais

Enunciado nº 01.2016:

Enunciado nº 01.2016: AVISO CONJUNTO TJ/COJES nº 15/2016 O PRESIDENTE DO TRIBUNAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO RIO DE JANEIRO, Desembargador Luiz Fernando Ribeiro de Carvalho, e a Presidente da Comissão Judiciária de Articulação

Leia mais

Orientações de interação com o Sistema de Controle Processual do TJPE (JUDWIN 1º GRAU)

Orientações de interação com o Sistema de Controle Processual do TJPE (JUDWIN 1º GRAU) Orientações de interação com o Sistema de Controle Processual do TJPE (JUDWIN 1º GRAU) meta2cnj@tjpe.jus.br 1) Como devo proceder para informar no sistema JudWin processos que foram sentenciados fisicamente,

Leia mais

A influência da jurisprudência dos Tribunais no julgamento realizado na instância revisora.

A influência da jurisprudência dos Tribunais no julgamento realizado na instância revisora. A influência da jurisprudência dos Tribunais no julgamento realizado na instância revisora. Sérgio Ricardo de Arruda Fernandes Juiz de Direito da 21ª Vara Cível do TJERJ Sumário: 1. Evolução legislativa

Leia mais