Políticas de Formação e Endogeneização de Capital Humano em Países em Desenvolvimento. O caso da indústria petrolífera em Angola

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1 UNIVERSIDADE TÉCNICA DE LISBOA INSTITUTO SUPERIOR TÉCNICO Políticas de Formação e Endogeneização de Capital Humano em Países em Desenvolvimento O caso da indústria petrolífera em Angola José Pereira da Costa Barroso Mangueira (Licenciado) Dissertação para obtenção do Grau de Mestre em Engenharia e Gestão de Tecnologia Orientador: Co-orientador: Doutor Paulo Manuel Cadete Ferrão Doutor Rui Manuel Leitão da Silva Santos Júri Presidente: Vogais: Doutor Manuel Frederico Tojal de Valsassina Heitor Doutor António Rui de Almeida Figueiredo Doutor Paulo Manuel Cadete Ferrão Doutor Rui Manuel Leitão da Silva Santos Julho de 2004

2 Título: Políticas de Formação e Endogeneização de Capital Humano em Países em Desenvolvimento O caso da indústria petrolífera em Angola Nome: José Pereira da Costa Barroso Mangueira Curso de Mestrado em: Engenharia e Gestão de Tecnologia Orientador: Professor Paulo Cadete Ferrão Co-orientador: Professor Rui Santos Provas concluídas em: Resumo: A presente dissertação analisa o processo de substituição dos trabalhadores estrangeiros por nacionais do sector dos petróleos de Angola, a angolanização. O principal objectivo é caracterizar os efeitos das políticas de formação e de integração de recursos humanos na indústria petrolífera angolana, utilizando a Argélia como termo de comparação privilegiado tendo em conta as semelhanças entre esse país e Angola e a Noruega como termo de comparação secundário pelas diferenças, tanto relativamente a Angola com à Argélia. Os resultados permitiram concluir que essas políticas têm sido proficientes e que a integração tem sido mormente difícil para as categorias de níveis superiores, técnico e administrativo, devido ao fraco nível e à deficiente resposta do sistema de ensino nacional, o que obriga o sector a recorrer ao exterior do país para a formação, principalmente superior, dos seus quadros, dispendendo elevados recursos financeiros que teriam resultados mais efectivos e duradouros se aplicados racionalmente nas instituições de ensino nacional. Palavras-chave: conhecimento, políticas, formação, tecnologia, petróleo, recursos humanos I

3 Title: Policies for human capital formation and endogeneization in Developing countries. The Angolan oil industry case. Abstract: The present dissertation analyses the process of the replacement of the foreign labour by nationals in the Angolan petroleum industry, called as angolanization. The main objective é to characterise the effects of the education and integration policies of the human resources in the Angolan petroleum industry, using Algeria as comparison privileged term, taking into account the similarities between this country and Angola and Norway as a secondary comparison term taking account the differences to Angola and Algeria. The results allowed to conclude those policies have been proficient and the integration has been mainly difficult to the high level categories, both technical and administrative, due to the very low level and defective answer of the national education system, what forces the petroleum sector to turn to abroad of the country looking for the education, mainly to the superior level, expending significant financial resources that would be more efficient and permanents if applied rationally in the education national institutions. Key words: Knowledge, policy, education, technology, petroleum, human resources II

4 Agradecimentos Queremos agradecer, especialmente, aos orientadores deste estudo, Professor Paulo Ferrão do Instituto Superior Técnico e Professor Rui Santos da Universidade Nova de Lisboa. Igualmente, queremos agradecer à ex-ministra dos Petróleos Eng.ª Albina Assis Africano que nos incentivou à realização desta formação bem como ao actual Ministro Eng.º Desidério Costa, ao Director do Gabinete de Estudos e Planeamento Económico do Ministério dos Petróleos, Dr. Eleutério Mavela e à Direcção dos Recursos Humanos do mesmo Ministério pelo apoio e pela pronta disponibilização dos elementos necessários para a realização do trabalho. Os nossos agradecimentos a Sua Excia o Ministro da Energia e Minas da Argélia, Doutor Chakib Khelil, e ao Director Geral Dr. Saïd Akretche, pelo apoio incondicional prestado para a elaboração desta dissertação. Queremos, ainda, agradecer a todos os familiares e amigos que nos encorajaram e incentivaram na realização deste objectivo. Agradecemos particularmente à Victória e aos nossos filhos, José, Pedro e António, pelo apoio e a compreensão demonstrados durante este período, dedicando-lhes este trabalho. III

5 Índice Geral IV Índice de Tabelas VI Índice de quadros, gráficos e figuras VIII Introdução 1 I- O Problema de Investigação I.1 A relevância do capital humano para o desenvolvimento económico das nações 5 I.1.1 Capital Humano 5 I.1.2 Índice de Desenvolvimento Humano 8 I.1.3 -A capacidade tecnológica e a inovação em Países em Desenvolvimento 10 I.1.4 As empresas multinacionais e o seu papel na transferência de tecnologia 11 I.1.5 As fontes e tendências do IDE em países em desenvolvimento 13 I As fontes do IDE 13 I Tendências do IDE por sectores nos países em desenvolvimento 16 I Tendências na formação do capital Humano nos países em desenvolvimento 18 Políticas para melhoria do desenvolvimento os recursos humanos 20 Tendências no capital humano 22 I O Sistema Nacional de Inovação 24 I.2 Contextualização do caso Angolano 25 I.2.1 Antecedentes históricos 25 I.2.2 Características da força de trabalho no sector angolano dos Petróleos 27 I.3 Análise do problema de investigação 28 I.4 Metodologia 30 II A Indústria Petrolífera II.1- Descrição Sumária 33 II.1.2 A produção dos hidrocarbonetos e as reservas mundiais 35 II A produção dos hidrocarbonetos 36 II.1.3 O Transporte 40 II O Petróleo 40 II O Gás Natural 41 II A refinação dos hidrocarbonetos 42 II.1.5 A petroquímica 43 II.1.6 Comercialização 44 II.2 Identificação das actividades-chave e necessidades de conhecimento 45 III - Legislação, Políticas de Concessões e Tipos de Contrato III.1 - Aspectos Históricos 57 III.2 Análise comparativa 58 IV- O Processo de Angolanização dos Recursos Humanos IV.1 A evolução histórica e níveis de concretização das metas políticas 75 IV Situação Actual do Processo de Angolanização 79 IV

6 IV Análise da Angolanização 80 IV Sector administrativo 83 IV Recursos Humanos 83 IV Sistemas Informáticos 83 IV Contabilidade e Finanças 84 IV Serviços Jurídicos 84 IV Serviços de Aprovisionamento 85 IV Serviços Administrativos 85 IV Sector técnico 87 V- O Desempenho do Sistema de Ensino e a Formação de Recursos Humanos Qualificados V.1 - Ensino secundário, 1º nível 95 V.2 - Ensino superior 96 V.3 - As relações entre a sociedade, a formação de recursos humanos e a indústria petrolífera 102 VI - Conclusões e recomendações VI.1- Quadro Resumo 105 VI.2 Conclusões 105 VI.3 Recomendações 111 Glossário 113 Fontes e Bibliografia 117 Anexos: Anexo I- História da Indústria Petrolífera Angolana Anexo II- História da Indústria Petrolífera Argelina Anexo III- História da Indústria Petrolífera Norueguesa Anexo IV- O Sistema de Ensino em Angola Anexo V- O Sistema de Ensino na Argélia Anexo VI- O Sistema de Ensino na Noruega V

7 Índice de Tabelas Introdução 1 I- O Problema de Investigação I.1 A relevância do capital humano para o desenvolvimento económico das nações 4 Tabela I.1 Indicadores de desenvolvimento Humano para Angola, Argélia e Noruega 9 Tabela I.2 Comparação entre fusões e aquisições relativamente a investimentos de raiz 14 Tabela I.3 Consumo de IDE nos países desenvolvidos e nos em via de desenvolvimento 14 Tabela I.4 Repartição do consumo de IDE, por sector nos países em desenvolvimento 15 Tabela I.5 Repartição do consumo de IDE nos países em desenvolvimento 15 Tabela I.6 Consumos de IDE nas maiores economias em 2001 e Tabela I.7 Distribuição dos consumos de IDE por sector e por região 16 Tabela I.8 Consumos de IDE por sectores em Tabela I.9 Taxa de matrículas no ensino primário 20 Tabela I.10 Tendências da média de escolaridade por regiões 22 Tabela I.11 Tendências de escolaridade em Angola, Argélia e Noruega 22 II A Indústria Petrolífera Tabela II.1- Reservas e produção de petróleo bruto no Mundo 37 Tabela II.2 Produção dos Países da OPEP 37 Tabela II.3 Produção de petróleo bruto e gás natural de Angola, Argélia e Noruega 38 Tabela II.4 Reservas e produção de gás natural no Mundo 39 Tabela II.5 Actividades principais na fase de pesquisa e exploração 46 Tabela II.6 - Actividades principais na fase de desenvolvimento dos campos 48 Tabela II.7 - Actividades principais na fase de produção de petróleo e gás 49 Tabela II.8 Localização das actividades nos países 51 Tabela II.9 - Força de trabalho do sector petrolífero angolano (2002) 52 Tabela II.10 Trabalhadores da Sonatrach Holding 53 Tabela II.11 Trabalhadores das filiais da Sonatrach 53 Tabela II.12 Trabalhadores do sector petrolífero norueguês 54 Tabela II.13 Resumo dos recursos humanos por categoria profissional 54 III - Legislação, Políticas de Concessões e Tipos de Contrato IV- O Processo de Angolanização dos Recursos Humanos Tabela IV.1 - Evolução do número dos trabalhadores do sector dos petróleos 75 Tabela IV.2 - Força de trabalho em Angola em 1975 no sector dos petróleos 75 Tabela IV.3 Objectivos a atingir com o processo de Angolanização 75 Tabela IV.4 Evolução no processo de Angolanização, Tabela IV.5 Situação da Angolanização em Tabela IV.6 - Situação da força de trabalho 1990 versus Tabela IV.7 - Situação da força de trabalho/níveis de angolanização em VI

8 Tabela IV.8 - Quadro resumo da angolanização no sector 78 Tabela IV.9 Total de mão de obra no sector em Tabela IV.10 Trabalhadores por categorias profissionais 80 Tabela IV.11 Trabalhadores por categorias ocupacionais 80 Tabela IV.12 - Trabalhadores por categorias ocupacionais para área administrativa 81 Tabela IV.13 - Trabalhadores por categorias ocupacionais para a área técnica 82 Tabela IV.14 Área dos Recursos Humanos 83 Tabela IV.15 Área dos Sistemas de Informação 83 Tabela IV.16 Área de Contabilidade e Finanças 84 Tabela IV.17 Área de Serviços Jurídicos 84 Tabela IV.18 Área de Serviços de Aprovisionamento 85 Tabela IV.19 Área dos serviços Administrativos 85 Tabela IV.20- Grupo dos técnicos médios e superiores 86 Tabela IV.21- Técnicos médios e superiores nas actividades de apoio 87 Tabela IV.22- Quadros Técnicos licenciados e superiores 88 Tabela IV.23- Angolanização nas actividades de apoio 89 Tabela IV.24 - Técnicos a recrutar a partir de Tabela IV.25 - Licenciados a recrutar a partir de Tabela IV.26 - Quadros técnicos a formar nas instituições nacionais 91 Tabela IV.27 - Técnicos superiores a serem formados em Angola 91 V- O Desempenho do Sistema de Ensino e a Formação de Recursos Humanos Qualificados Tabela V.1 Despesas para a educação em percentagem do OGE 94 Tabela V.2 Alunos, professores e taxas de aprovação no ensino geral 94 Tabela V.3 - Alunos, professores e taxas de aprovação no ensino médio profissional 95 Tabela V.4 - Inscrições e licenciaturas no ensino Superior 96 VI - Conclusões e recomendações VI.1- Quadro Resumo 105 Glossário 113 Fontes e Bibliografia 117 VII

9 Índice de quadros, gráficos e figuras Introdução 1 I- O Problema de Investigação Gráfico I.1 - Índice de consumo de IDE no intervalo de II A Indústria Petrolífera Figura II.1 Corte esquemático de um jazigo de petróleo 34 Figura II.2 Aparelho de sondagem 35 Figura II.3- Esquema de um centro de produção 36 Figura II. 4 - Oferta e procura de petróleo bruto 40 Figura II. 5 - Principais rotas do comércio de gás natural 42 Gráfico II.1 Força de trabalho do sector dos petróleos angolano por nacionalidade (2002) (técnicos) 52 Gráfico II.2 Força de trabalho do sector dos petróleos angolano por nacionalidade (2002) (administrativos) 53 Gráfico II.3 Recursos humanos por categorias profissionais 55 III - Legislação, Políticas de Concessões e Tipos de Contrato IV- O Processo de Angolanização dos Recursos Humanos Gráfico IV.1 Total de trabalhadores por categorias operacionais 81 Gráfico IV.2 Distribuição dos trabalhadores da área administrativa 82 Gráfico IV.3 Distribuição dos trabalhadores para a área técnica 82 V- O Desempenho do Sistema de Ensino e a Formação de Recursos Humanos Qualificados Gráfico V.1 Noruega 102 Gráfico V.2 Argélia 102 Gráfico V.3 Angola 103 VI - Conclusões e recomendações Glossário 113 Fontes e Bibliografia 117 VIII

10 Introdução Angola transformou-se após a independência, em 1975, num dos países maiores produtores de petróleo, cuja economia está fortemente dependente desta indústria. A Argélia e a Noruega são, também, dois países grandes produtores de petróleo bruto e gás, embora com localização geográfica e estruturas políticas e económicas diferentes. Tanto Angola como a Argélia foram colonizados por países diferentes, respectivamente Portugal e França, e as independências ocorreram com cerca de 14 anos de diferença. Embora Angola tenha vivido um longo período de guerra colonial seguida de guerra civil, conseguiu um grande desenvolvimento no sector petrolífero que fez com que hoje esteja no conjunto dos grandes produtores mundiais de petróleo. A Argélia é dos maiores países produtores de gás e petróleo do mundo. Ambos exportam quase toda a produção de hidrocarbonetos. Em ambos os países foram feitos esforços para que os nacionais controlassem, de facto, a indústria petrolífera a todos os níveis, pelo que foram elaboradas políticas para a formação de recursos humanos, para a transferência da tecnologia e do conhecimento necessários à operação e ao desenvolvimento do sector, para conseguir aumentar o conjunto de mais valias retidas nas economias nacionais. Este trabalho caracteriza os efeitos das políticas de formação e de integração de recursos humanos na indústria petrolífera angolana, utilizando a Argélia como termo de comparação privilegiado, tendo em conta as semelhanças históricas entre esse país e Angola, e a Noruega como termo de comparação secundário pelas diferenças que apresenta, tanto relativamente a Angola com à Argélia. Vamos tentar analisar e comparar as políticas adoptadas pelos dois países africanos no sector, nomeadamente através da gestão do poder de concessão, dos tipos de contrato, da gestão de reservas, da comercialização, da liberalização dos mercados ou criação de empresas estatais, privadas e mistas. São analisadas as suas implicações na transferência de tecnologia, na produção e na difusão do conhecimento, com destaque para a incorporação de recursos humanos nacionais de diferentes níveis de qualificação no conjunto da indústria petrolífera. Para que esta questão seja colocada no devido contexto, caracteriza-se a indústria petrolífera nas suas diferentes dimensões, desde a pesquisa nos jazigos até à distribuição nas estações de serviço, identificando as competências e tipos de conhecimento associadas aos recursos humanos em cada uma dessas dimensões. Assim, tentaremos identificar os conhecimentos e competências necessárias para se prospectar, explorar, tratar, transportar e refinar o petróleo bruto até se

11 atingir os produtos refinados. Faremos a caracterização das políticas de concessão, especialmente no que toca à formação e à incorporação de quadros científicos e técnicos nacionais nas diferentes áreas de conhecimento identificadas, quantificando a formação e a incorporação nos três países a partir dos indicadores disponíveis. Abordaremos, também, um pouco da história da indústria petrolífera de Angola e da Argélia, para se poder entender as dificuldades na transferência de tecnologia e conhecimento nos diferentes países: aspectos históricos, evolução da indústria, sistemas de concessões, tipos de contrato, quadro legislativo e legislação em curso, principais actores e desafios e papel da indústria petrolífera na economia. Abordaremos, ainda, os sistema nacionais de educação de Angola e da Argélia, em geral e nas suas ligações com o sector dos petróleos. Procuraremos, a partir dos dados disponíveis, caracterizar as políticas educativas, especificando para as áreas de conhecimento identificadas (caracterização das políticas públicas de produção/difusão de conhecimento, gerais e específicas ao sector petrolífero, conducentes à formação dos recursos humanos para as necessidades de conhecimento identificadas). Procuraremos descrever as estratégias dos diferentes actores (Governo, empresas públicas, empresas concessionárias, instituições de ensino e formação ) relativamente a estes objectivos, salientando os esforços do governo angolano para que o sector dos petróleos seja angolanizado, e traçando a evolução dos recursos humanos no sector petrolífero, processo e objectivo político correntemente designado como Angolanização. Tentaremos caracterizar com dados estatísticos, obtidos através de publicações especializadas e de inquéritos nas empresas, como, de facto, se pode verificar a transferência de conhecimento e a que níveis ela existe, nomeadamente através de mapas de preenchimento efectivo por recursos humanos nacionais das necessidades de conhecimento da indústria petrolífera por áreas de conhecimento científico, tecnológico e técnico, para os 3 países. A presente dissertação encontra-se organizada em 6 capítulos, com o seguinte conteúdo: No capítulo I, O Problema de Investigação, aborda-se a relevância do capital humano para o desenvolvimento económico-social das nações nomeadamente recorrendo ao indicador do Índice de Desenvolvimento Humano, abordam-se as perspectivas teóricas sobre a relação entre investimento directo estrangeiro e formação de capital humano nos países em desenvolvimento, e contextualiza-se o caso angolano, abordando-se os antecedentes históricos e caracterizando-se a força de trabalho no sector dos petróleos. 2

12 No capítulo II, A Indústria Petrolífera pretende-se dar uma ideia do que é a indústria petrolífera em todas as suas dimensões, desde a pesquisa nos jazigos até à distribuição nas estações de serviço, e identificam-se os conhecimentos e competências necessárias para se explorar, tratar, transportar e refinar o petróleo bruto até se atingir os produtos refinados; quantifica-se a formação e a integração dos Recursos Humanos nas áreas de conhecimento identificadas, nos 3 países. No capítulo III, Legislação, Políticas de Concessão e Tipos de Contrato, caracterizam-se as políticas de concessão, especialmente no que toca à formação e integração de quadros científicos e técnicos nacionais (transferência de conhecimento e tecnologia). No capítulo IV, O processo de Angolanização dos Recursos Humanos, aborda-se a evolução do processo de Angolanização dos recursos humanos e faz-se uma projecção das necessidades em recursos humanos, a curto prazo e da resposta das instituições nacionais em formação necessária para a actividade petrolífera. No capítulo V, O desempenho do Sistema de Ensino e a Formação de Recursos Humanos faz-se uma análise comparativa dos sistemas de ensino em Angola, Argélia e Noruega. No capítulo VI, Conclusões e Recomendações apresentam-se as conclusões e recomendações. No glossário, pretende-se explicar alguns termos petrolíferos. Na bibliografia apresenta-se a lista da literatura e sites da Internet utilizados para se poder elaborar este trabalho. 3

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14 I- O Problema de Investigação I.1 A relevância do capital humano para o desenvolvimento económico das nações A ideia de que o capital humano e a educação, em particular, têm uma importância fundamental para o crescimento económico remonta ao início dos anos 60, com os trabalhos seminais do Prémio Nobel Theodore Schultz (1961) bem como dos exercícios de "growth accounting" de Edward Deninson (1962). Neste contexto, abordam-se nos parágrafos seguintes os conceitos de capital humano, capacidade tecnológica, suas relações com o investimento estrangeiro directo (IDE) e com o sistema nacional de inovação (SNI). I.1.1 Capital Humano O que é capital humano? Utilizando uma definição literal (Sandroni 1994): Capital humano pode ser definido como: o conjunto de investimentos destinados à formação educacional e profissional de determinada população, ou ainda por: aptidões e habilidades pessoais que permitem ao indivíduo auferir um rendimento. Esse capital deriva de aptidões naturais ou adquiridas no processo de aprendizagem. Nesse sentido, o conceito de capital humano corresponde ao de capacidade de trabalho, assente em conhecimentos e competências relevantes para as operações produtivas. De um modo geral, assume-se que o capital humano tem um importante papel na determinação tanto do nível de rendimento (efeito nível) como da taxa de crescimento económico (efeito taxa). Quando o capital humano entra na função de produção como apenas mais um input, o crescimento do produto é explicado como uma função do aumento do stock de capital humano, tal como quantificado por indicadores como, por exemplo, o número de estudantes matriculados num país nos diversos níveis, desde o ensino primário até às universidades. Assim, temos que o seu aumento resulta numa elevação do nível de rendimento. Quando o capital humano facilita a adopção de novas tecnologias ou é visto como um input para o processo de inovação e difusão tecnológica, está-se perante uma relação positiva entre o stock de capital humano e o crescimento da produtividade e do rendimento per capita. Por exemplo, Richard Nelson (1959), Richard Nelson e Edmund Phelps (1966) e Paul Romer (1986) destacam que o capital humano afecta a velocidade da difusão e da convergência tecnológica entre as nações, pois a flexibilidade e a facilidade de aprendizagem dos indivíduos é afectada pelo nível de educação, que os capacita a 5

15 adaptarem-se às mudanças tecnológicas. Assim, segundo eles, recursos humanos educados devem ser considerados como sendo um input tanto para os processos de inovação como de difusão tecnológicas. Segundo o modelo de Nelson-Phelps, o rendimento per capita de um país e a taxa de inovações deveriam aumentar com o nível de educação alcançado pela sua população e, em particular, com o nível de educação obtido nos níveis secundário e universitário, pois estes predizem melhor o número de potenciais investigadores e inovadores na economia. Com base no que foi exposto acima, e pese embora a consciência de que este fenómeno não é linear, pode admitir-se que, tendencialmente, o capital humano afecta de modo positivo a taxa de crescimento económico e proporciona, a prazo, um nível de rendimento mais elevado. Nos modelos neoclássicos de crescimento económico, o capital humano entra como sendo apenas mais um factor de produção, sendo a taxa de crescimento económico uma função da sua taxa de acumulação; ou seja, encontra-se um sinal positivo na relação entre a taxa de crescimento económico e a acumulação do stock de capital humano. A principal implicação política que resulta deste modelo é que os investimentos em educação são fundamentais para o aumento da taxa de crescimento económico. Já nos modelos formulados por Robert Lucas (1988) e Paul Romer (1986), o capital humano entra como um input de um mecanismo do próprio processo de crescimento, na medida em que facilita a adopção de inovações tecnológicas, que são a chave para o crescimento económico e o aumento da produtividade, e tem um efeito permanente sobre o crescimento. É plausível supor-se que ambas as teorias estejam correctas, pois o capital humano tanto pode aumentar o nível do produto e estabelecer um novo estágio ou patamar para o crescimento económico como aumentar a taxa de crescimento em si, sendo, portanto, as diferenças entre aquelas teorias, com relação ao capital humano, mais semânticas do que reais. Na realidade, podemos considerar que a segunda família de modelos vai mais longe na especificação dos mecanismos explicativos que permitem interpretar as correlações constatadas pela primeira. Pode-se concluir que os investimentos em educação têm efeitos significativos tanto para um país como um todo, como para os indivíduos, pois são uma das fontes principais do crescimento económico, quer porque induzem um aumento da produtividade, quer porque contribuem de modo significativo para o processo de inovação e difusão tecnológica, para além de se constituírem como um investimento que produz em média retornos muito elevados para os indivíduos, o que se reflecte nos seus rendimentos. 6

16 Uma vez que os investimentos em educação proporcionam elevadas "externalidades positivas", ou seja retornos que não são inteiramente captados por quem realiza os investimentos, temos que a intervenção governamental neste caso seria uma medida adequada. Segundo Milton Friedman (1962), uma sociedade democrática e estável só é possível com um grau mínimo de alfabetização e de conhecimento por parte da maioria dos cidadãos e com a ampla aceitação de algum conjunto de valores. A educação pode contribuir para esses dois objectivos. Deste modo, os ganhos potenciais de uma criança com a educação não são desfrutados apenas por ela ou pelos seus pais, mas por toda a sociedade; ou, em outras palavras, a educação do meu filho contribui para o aumento do bem-estar dos outros membros. Como não é possível identificarmos cada membro beneficiado, gera-se uma externalidade positiva, que justifica em algum grau de intervenção dos governos no mercado para garantir que este bem público não é provido de forma deficiente ou sub-óptima, se deixado à simples agregação das decisões dos actores privados. As pesquisas mais recentes mostram que a educação e a alfabetização em particular constitui um motor para a expansão económica e, ao mesmo tempo, uma mola propulsora do desenvolvimento social e político, reunindo, assim, dimensões de um processo que hoje se caracteriza como o desenvolvimento humano (UNESCO 2003). A interdependência de tais dimensões distingue-se pelo facto de a expansão económica não se traduzir em desenvolvimento humano se os seus benefícios não se distribuem e não levam à participação e à consciencialização sociopolíticas. Por outro lado, os frutos não se distribuem sem serem gerados pela economia. Pode-se afirmar que a educação pode contribuir tanto para dar frutos como para os distribuir. No primeiro caso, vários trabalhos recentes continuam a caracterizar o seu valor ao longo do tempo. O Instituto de Estatística da UNESCO (2003), analisando os indicadores educacionais mundiais, mostra que o capital humano foi o factor mais importante para o crescimento dos países da OCDE nas três últimas 3 décadas. Por outro lado, as melhorias no capital humano foram responsáveis por cerca de 0,5% das taxas anuais de crescimento de quase todos os países do Programa Mundial de Indicadores Educacionais nos anos 80 e 90, comparados com as décadas anteriores. Cada ano de escolaridade média acrescentado à população adulta desses países traduzir-se-ia num aumento médio de 3,7% na taxa de crescimento económico de longo prazo. Um conjunto de resultados de investigações empíricas mostra que as taxas médias de retorno da educação são altas, relativamente ao retorno dos investimentos 7

17 noutros sectores. Por seu lado, elas são mais elevadas, tanto em termos de benefícios individuais quanto colectivos, para o nível primário ou fundamental de escolaridade. Por outras palavras, quanto mais perto da base, que deve ser universal e compartilhada igualmente por todos, maiores são os benefícios da educação. Uma comparação de oito economias do Leste Asiático destaca que o maior determinante do seu desenvolvimento económico foi, de longe, a educação primária, Ritchie (2002). No caso da República da Coreia, o incremento da escolaridade básica tornou o rendimento per capita 30 a 40% mais elevado do que seria se a matrícula na escola primária fosse menor em 1960, quando a taxa de escolaridade era de 94%. Pode-se reconhecer que pessoas mais educadas têm maior probabilidade de trabalhar e de permanecer empregadas, e de receber maiores salários. A produtividade da economia, em geral, tem grande acréscimo quando os seus empresários e trabalhadores adquirem mais e melhor escolaridade. Estas evidências tratam do retorno económico mensurável. Há, ainda, benefícios educacionais difíceis de medir, que se localizam no campo social, porém com profundas repercussões económicas. Pessoas alfabetizadas e educadas são mais capazes de cuidar da sua saúde e nutrição, bem como são capazes de oferecer melhor nutrição, saúde e educação às suas crianças, criando uma geração com maiores oportunidades de viver bem, com menor pobreza e gerando menores custos sociais que a precedente. A educação tem, assim, retorno económico palpável, pois subtrai despesas públicas e contribui para uma melhor distribuição dos benefícios. I.1.2 Índice de Desenvolvimento Humano O Relatório sobre Desenvolvimento Humano do PNUD, Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento, constrói desde 1990 o índice de desenvolvimento humano, IDH, que mede os progressos efectuados por cada país tendo em conta uma selecção de parâmetros sociais e económicos fundamentais. Os três componentes essenciais para o seu cálculo são e a esperança de vida, a educação e o rendimento per capita. Em 2003, o IDH mostra que 21 países revelam um recuo nos anos 90. Na década de 80, só um quarto dos países avaliados por este indicador haviam experimentado um tal declínio (PNUD 2003). No relatório de 2003, o Índice de Desenvolvimento de 2003 classifica 175 países, tendo em conta dados de 2001, o ano mais recente relativamente ao qual foi 8

18 possível obter dados. O primeiro e o último do índice mantêm-se os mesmos do ano passado: respectivamente, a Noruega e a Serra Leoa. Segundo o mesmo relatório: Quase todos os países com baixo desenvolvimento humano, ou seja, classificados na categoria inferior do IDH, encontram-se na África, a sul do Sahara: 30 num total de 34. Cerca de metade dos países da América do Sul e das Caraíbas registaram um retrocesso ou uma estagnação durante a última década. Na África a sul do Sahara, a devastação causada pela epidemia do VIH/SIDA é responsável pelo declínio registado no IDH A expectativa de vida diminuiu espectacularmente, com as taxas de incidência do VIH/SIDA elevadíssimas, de um em cinco, em alguns dos países desta zona. A África do Sul, por exemplo, desceu 28 lugares desde 1990, principalmente devido a um aumento de mortalidade de jovens devido a doenças ligadas à SIDA. O quadro seguinte compara Angola, Argélia e Noruega relativamente ao índice de desenvolvimento humano, sendo a classificação de cada um dos países 164º, 106 e 1º, respectivamente. Tabela I.1 Indicadores de desenvolvimento Humano para Angola, Argélia e Noruega Angola Argélia Noruega Esperança de vida em Literacia nos adultos maiores de 15 anos (%) Taxa combinada de matrículas ensino primário, secundário e superior (%) em PIB per capita (USD) ,040 6,090 29,620 Índice de esperança de vida, Índice de educação, Índice do PIB Índice de desenvolvimento Humano Ordem do PIB per capita menos ordem do IDH Classificação por IDH O quadro anterior mostra que, dos 3 países em análise, é Angola o que apresenta o menor índice de desenvolvimento humano. Dada esta posição na escala de desenvolvimento humano, o peso determinante, directo ou indirecto, da educação em várias das suas dimensões, e tendo em conta a importância relativa da indústria petrolífera na economia angolana e a sua exigência e potencial de incorporação de capital humano, é importante analisar as relações entre a capacidade tecnológica nacional, as empresas multinacionais e o 9

19 investimento estrangeiro, e em que medida este se pode repercutir na transferência de tecnologia e de conhecimento e, por conseguinte, no crescimento de capital humano e de capacidade tecnológica. I.1.3 -A capacidade tecnológica e a inovação em Países em Desenvolvimento O capital tecnológico é determinante no comércio internacional de cada país, onde a competitividade é muito importante. Por seu lado, a competitividade depende cada vez menos dos factores tradicionais como o acesso aos recursos naturais e à mão-de-obra barata; pelo contrário, as novas indústrias são baseadas no conhecimento e dependem da geração contínua de inovações tecnológicas e na rápida transformação dessas inovações em produtos comerciais procurados pelos clientes, ou em processos produtivos que permitam aumentar o valor acrescentado por unidade de input dos diversos factores. Devido ao seu papel crítico no crescimento económico e na competitividade internacional, a tecnologia deve receber uma especial atenção na elaboração de novas políticas económicas, o que se verificou nos países já industrializados e nos em via de industrialização. Pensamos que o facto de a mudança tecnológica não ter merecido a devida atenção por parte dos países em vias de desenvolvimento possa explicar o fosso que existe entre países ricos e pobres na área da ciência e tecnologia. É verdade que os países em desenvolvimento podem beneficiar da transferência e difusão de tecnologia e conhecimentos, mas a literatura mostra a necessidade de aptidão para absorver e aplicar efectivamente as tecnologias disponíveis no exterior para o seu processo de desenvolvimento. Além disso, as análises empíricas que tem sido feita sobre empresas de países em desenvolvimento mostram que a sua aptidão para acesso aos mercados internacionais depende dos seus esforços tecnológicos internos (Kumar e Siddharthan 1994). Essa capacidade tecnológica de alguns países em vias de desenvolvimento foi a chave que possibilitou a exportação e o desenvolvimento de produtos tecnologicamente mais complexos e aumentou a sua competitividade no mercado. As políticas relativamente às tecnologias nos países em desenvolvimento têm como objectivo construir uma capacidade tecnológica. A questão central para o desenvolvimento destes países é adquirir a capacidade para utilizar a tecnologia existente para produzir de modo mais eficiente, para estabelecer melhores organizações produtivas e usar a experiência ganha na produção e no investimento para adaptar a melhor tecnologia em uso. A capacidade tecnológica endógena é necessária não só para modificar, adaptar e melhorar a tecnologia original, mas também para filtrar e modificar os avanços tecnológicos estrangeiros e incorporar algum deles no uso local. 10

20 A capacidade tecnológica pode ser considerada como tendo três componentes fundamentais e interdependentes: Indivíduos com habilidade, treino e experiência. Empresas e organizações com capacidade de aprendizagem e adaptação. Objectivos orientados para o investimento em conhecimento, inovação e produtividade. Assim, a capacidade tecnológica requer um esforço necessário nos recursos humanos, nas instituições e na definição de objectivos. Apesar de a experiência ser importante, a capacidade tecnológica não é adquirida somente pela experiência. Ela provém do esforço de monitorização e acompanhamento dos desenvolvimentos no mundo, ou seja, implicando a aquisição de novas aptidões e respostas a novas situações. É necessário realçar a natureza dinâmica do esforço para construir a capacidade tecnológica, que é um conceito relativo e julgado segundo padrões internacionais, cuja expansão é muito rápida. Os países encontram vários graus de dificuldade para construir a capacidade tecnológica nos diferentes sectores da indústria, devido à natureza e ao número de mudanças que têm lugar. Por outro lado, a capacidade tecnológica nos diferentes ramos da indústria pode provocar diferentes externalidades ligadas a outros sectores, e esta sequência pode ser uma prioridade para definição de políticas. A evolução da capacidade tecnológica requer um aumento do domínio tecnológico e dos conhecimentos aplicados na actividade económica. I.1.4 As empresas multinacionais e o seu papel na transferência de tecnologia As empresas multinacionais dominam o mercado da tecnologia e controlam cerca de 85% das patentes. São responsáveis pela maior parte das transferências de tecnologia quer através do IDE (Investimento Directo Estrangeiro), quer pelo licenciamento e outros contratos. O IDE não é somente um canal para transferência de tecnologia. Ao fazer-se um investimento, aumenta-se no país recipiente as poupanças disponíveis para o investimento. Para os países em desenvolvimento, onde a falta de recursos é muitas vezes um entrave para a saída da pobreza, os altos níveis de investimento possíveis através do IDE podem levar o país a níveis altos de capital per capita e acelerar transitoriamente o crescimento. Aumentando o rácio capital/trabalho na economia, maiores níveis de capital vão aumentar a produtividade e por consequência, melhorar os rendimentos do trabalho. 11

21 As empresas multinacionais introduzem nos países em desenvolvimento capitais cujos efeitos se multiplicam. Atrás dos primeiros efeitos do aumento do capital, há os efeitos da introdução de novos produtos e de nova tecnologia no país recipiente. Esta actividade permite a introdução de novas tecnologias a custos mais baixos do que os suportados pelas empresas locais. Os investimentos das empresas estrangeiras contribuem mais para o desenvolvimento tecnológico do que os mesmos montantes de capital quando aplicados por empresas locais. Contudo, o benefício do crescimento da transferência de tecnologia através do investimento estrangeiro só é conseguido se a economia do país recipiente possuir o capital humano capaz de absorver a tecnologia avançada. O investimento estrangeiro pode ser um veículo para a adopção de novas tecnologias, o que pode por sua vez afectar a acumulação de capital humano, uma vez que a sua incorporação nos processos produtivos vai obrigar ao aumento da capacidade tecnológica, via aprendizagem pela força de trabalho. Em que medida isso acontece depende, contudo, do grau de endogeneização dos recursos humanos, nas diferentes componentes da cadeia de valor e nos seu diferentes níveis hierárquicos e de competência tecnológica. A mão-de-obra qualificada e treinada é uma mais-valia do país anfitrião para atrair e reter o investimento estrangeiro; os países em desenvolvimento têm a necessidade de atingir um patamar mínimo de desenvolvimento para poderem absorver novas tecnologias e optimizar a transferência de tecnologia e de conhecimento e a acumulação de capital humano. Esse aumento de capital humano pode ter uma série de efeitos benéficos directos e indirectos para a empresa e para a economia nacional, como: O aumento da destreza dos trabalhadores, assim como a sua motivação; O aumento de produtividade e de rendimento, devido à maior facilidade dos trabalhadores em desempenhar as suas tarefas; Os melhores resultados podem levar as empresas à aplicação de novas tecnologias e de processos inovadores, uma vez que os trabalhadores estão progressivamente mais bem equipados para absorver e utilizar o conhecimento tácito e codificado, tirando melhor rendimento dos investimentos. Esses efeitos serão benéficos para as empresas e para a economia em geral. Os benefícios para a economia advêm não só da maior contribuição das empresas para a receita nacional, mas também pela contribuição dos fornecedores. A nível das empresas, é necessário garantir que os benefícios do aumento de capital humano 12

22 ficam no seio da empresa em vez de servirem a concorrência, pagando aos trabalhadores melhores salários relativamente às empresas locais. I.1.5 As fontes e tendências do IDE em países em desenvolvimento I As fontes do IDE As fontes de financiamento podem ser públicas ou privadas. Estas podem ser do IDE e a dos mercados de capitais através dos bancos. Os financiamentos públicos são obtidos normalmente através das agências de desenvolvimento. A partir de 1993, o IDE tornou-se na maior fonte de recursos relativamente aos mercados de capitais e financiamentos oficiais. A figura e mostra que a partir de 1997 houve uma queda nos consumos de IDE que se acentuou de 2001 a 2002 devido ao fraco crescimento económico, à queda do mercado de capitais e ao abaixamento do ritmo de privatizações. Figura I.1 - Fontes de financiamento para os países em desenvolvimento (biliões de USD) In: World Investment Report 2003 A maior expansão do IDE deu-se sob as formas de fusões e aquisições e de investimentos de raiz. As fusões e aquisições são feitas através de aquisições de acções e pela privatização das empresas públicas. Ao contrário das fusões e aquisições, que originam a reestruturação das empresas já existentes, os investimentos de raiz envolvem normalmente maiores capitais e originam a criação de empresas subsidiárias, tendo por isso maior impacto em termos da formação de recursos humanos e maior envolvimento local. Estudos das Nações Unidas mostraram que nos últimos 15 anos houve um aumento do IDE em fusões e aquisições nos países industrializados em relação aos países 13

23 em vias de desenvolvimento, onde ainda não há empresas capazes de atrair investidores, mas onde os governos estão interessados em grandes investimentos em infraestruturas e recursos humanos, investimentos de raiz que podem trazer grandes capitais que podem facilitar os sobre investimentos. Tabela I.2 Comparação entre fusões e aquisições relativamente a investimentos de raiz In Koji Miyamoto Tabela I.3 Consumo de IDE nos países desenvolvidos e nos em via de desenvolvimento. In: Koji Miyamoto Apesar do rápido crescimento do nível do IDE nas duas últimas décadas (vide tabela anterior), a sua distribuição regional não foi uniforme e a África foi o continente que menos conseguiu atrair o IDE, como mostra o quadro seguinte, tendo-o feito maioritariamente nos sectores de recursos primários nomeadamente a agricultura e as indústrias extractivas. O que distingue a situação africana é a fraca captação pela indústria transformadora, e sobretudo a maior concentração no sector primário e o facto de esta ter aumentado entre 1988 e 1997 em prejuízo dos serviços, ao contrário da tendência global. Tabela I.4 Repartição do consumo de IDE, por sector nos países em desenvolvimento In: Koji Miyamoto 14

24 Tabela I.5 Repartição do consumo de IDE nos países em desenvolvimento In: Koji Miyamoto Uma das razões para essa disparidade é a concentração de IDE em certos países; de facto, os 10 maiores recebedores são responsáveis por 75% do IDE em 2001 e destes, seis países receberam 62% do total de IDE (UNCTAD, 2002). Tabela I.6 Consumos de IDE nas maiores economias em 2001 e 2002 em (Biliões de USD) Mundo Países Desenvolvidos União Europeia França Alemanha Luxemburgo 125,6 Reino Unido Estados Unidos Países em Desenvolvimento África Argélia Angola Nigéria África do Sul América Latina e Caribe Argentina Brasil México Ásia e Pacífico China Hong Kong, China Índia Singapore Europa Central República Checa Polónia A tabela I.6 mostra os valores dos influxos de IDE, registados nos anos de 2001 e 2002 por regiões do globo. Podemos observar uma queda geral de cerca de 21%, onde entre os maiores consumidores de IDE, somente o Luxemburgo, a Alemanha, a Nigéria, a China e a República Checa aumentaram os valores do IDE. Em África, o maior consumo de IDE concentra-se em Angola, Argélia, Nigéria e África do Sul, na indústria extractiva. Nos países desenvolvidos os Estados Unidos e o Reino Unido contribuíram com 54%, Nos países em desenvolvimento houve uma queda de 23%, tendo África sido responsável por 41% da mesma. Somente na Europa Central e do Leste houve um crescimento de consumo de IDE de 15% In: World Investment Report FDI Policies for Development: National and International Perspectives 15

25 O IDE nos países em vias de desenvolvimento estava concentrado em três países: a China, a Nigéria e a Índia. A dimensão do mercado, os baixos custos dos recursos humanos e os lucros resultantes da exploração das matérias primas eram os factores determinantes na decisão de se investir nos mesmos. A estes três países juntaram-se o Vietnam, o Gana e o Blangladesh, que para além do baixo custo dos recursos humanos, apresentaram um fácil acesso aos mercados, e às matérias primas. I Tendências do IDE por sectores nos países em desenvolvimento A globalização alterou os modos de produção em todo o mundo, o que se reflectiu nas mudanças quer na tecnologia quer na informação, nas estratégias de produção e organização das empresas, comércio e políticas de liberalização do IDE, bem como nas novas regras do comércio internacional e investimentos. Nas duas últimas décadas, as tendências para o IDE podem ser analisadas na tabela seguinte: Tabela I.7 Distribuição dos consumos de IDE por sector e por região In: Koji Miyamoto De assinalar que entre 1988 e 1997 os países em desenvolvimento atraíram mais de 50% do IDE. As tendências mais impressionantes do IDE durante esses 15 anos foram o declínio acentuado do investimento no sector primário e o aumento no sector de serviços, devido às fusões e aquisições neste sector. Segundo o Banco Mundial (World Bank 2003), o IDE relativo aos serviços era de longe superior aos das matérias-primas e manufacturação. A queda da contribuição nos bens de primeira necessidade foi compensada pela subida no sector de serviços. Entretanto, podemos notar que o sector da indústria transformadora continua a ser o maior consumidor de IDE. Contra a tendência dos países em desenvolvimento, África continua a aumentar o IDE na exploração de matérias-primas. Na América latina, a uma queda na indústria transformadora tem correspondido um aumento no sector de serviços. 16

26 O IDE em tecnologia tem-se tornado cada vez mais dominante, o que se reflecte na substituição na indústria baseada nas matérias-primas por indústrias de alta tecnologia. A escassez de recursos naturais em condições de fácil acesso obriga à criação de uma componente tecnológica importante, o que pode explicar que tem havido uma deslocação relativa do IDE do sector primário para o secundário e o terciário e, também, pelo facto de muitas empresas terem gerado a criação de outras empresas, devido à necessidade de se recorrer muitas vezes ao outsourcing. É o caso de Angola, onde devido ao facto de os novos campos petrolíferos se encontrarem no offshore cada vez mais profundo, a indústria petrolífera tem procurado soluções tecnológicas para a exploração económica deste recurso natural. Essa evolução pode ser observada na tabela seguinte: Tabela I.8 Consumos de IDE por sectores em 2001 In: UNCTAD 2003 O gráfico seguinte, elaborado pela UNCTAD, mostra o índice de consumo de IDE no intervalo de Este índice classifica os países tendo em conta o seu consumo em IDE e o seu potencial económico. É uma razão entre a sua participação no consumo global de IDE e a sua participação no global do PIB. Quando o índice é superior a um, significa que o país recebe mais do que o seu valor económico relativo, se for inferior a um significa que houve um 17

27 desinvestimento estrangeiro naquele período. De notar que Angola ocupa o segundo lugar, logo depois da Bélgica e Luxemburgo. Gráfico I.1 - Índice de consumo de IDE no intervalo de In: UNCTAD 2003 I Tendências na formação do capital Humano nos países em desenvolvimento Houve uma melhoria no nível de capital humano nos últimos 30 anos, devido aos esforços dos países em aumentar não só a educação formal como a formação profissional, estimulando as empresas também a fazê-lo. As tendências no capital humano estão reflectidas em vários indicadores, como a literacia em adultos e o nível educacional da população em idade laboral. O nível de instrução da população em idade de laboral é o retrato do estado actual do capital humano, realçando o estado actual ensino normal e as actividades de formação dos trabalhadores da empresa, tendentes a aumentar o potencial do capital humano Uma das características das economias ricas é a disponibilidade de força de trabalho com alto nível de capital humano. De notar que a evolução de recursos humanos e o crescimento da prosperidade económica parecem estar associados, o 18

28 que também se pode verificar em alguns países em desenvolvimento. Embora muitos países possam ter tido a mesma tendência de desenvolvimento, tiveram maiores benefícios económicos os que puderam atrair melhor o IDE. Uma situação de estabilidade política no país anfitrião é necessário para a atracção de investimentos estrangeiros, assim como a existência de factores de produção, mercado e acesso ao mesmo, a custos logísticos e riscos mínimos, para além de um nível mínimo de capital humano. O nível de capital humano é fundamental para as empresas multinacionais, uma vez que há maior tendência para investimentos do tipo de elevada tecnologia e de serviços que necessitam de recursos humanos com preparação elevada com conhecimentos de engenharia, tecnologia, conhecimentos de organização e administração. Segundo Koji Miyamoto (2003) estudos mostraram que pelo menos até os anos 60 e 70, o IDE tendia essencialmente para os países detentores de matérias-primas e recursos humanos de baixo custo, ao passo que nos anos 80 e 90 se verificou uma relação entre os influxos de IDE e o aumento de capital humano, tendo-se verificado que os primeiros eram dirigidos a empresas da indústria transformadora e dos serviços, em países onde era possível obter uma maior eficiência, quer utilizando recursos humanos especializados, quer subcontratando serviços que utilizam pessoal qualificado. Um relatório da agência especializada das Nações Unidas para o Comércio e o Desenvolvimento, UNCTAD (2002), mostra uma correlação entre as representações do capital humano relação entre o total de matrículas a nível universitário e as matrículas dos ramos de ciências e engenharia e o IDE entre 140 países desenvolvidos e em desenvolvimento. Utilizando a média dos anos da educação do total da população com mais de 15 anos em 28 países em desenvolvimento, (Nunnenkamp and Spatz 2002), concluíram que educação se foi tornando num factor cada vez mais determinante no crescimento do capital humano. O capital humano é um factor determinante para o IDE, especialmente quando este procura eficiência e requer recursos humanos especializados. Por outro lado, um capital humano elevado parece não afectar directamente o IDE na procura de recursos e de mercados, mas pode contribuir para a melhoria das liberdades civis, da saúde, etc. Até aos anos 80, o ensino secundário parecia suficiente para atrair o IDE, mas actualmente devido a tendência que este tem pela produção de alta tecnologia e serviços em vez da procura de matérias-primas o ensino básico deve ser o mínimo absoluto que os países em desenvolvimento devem proporcionar. Os países que pretendem atrair empresas multinacionais para obtenção de maior valor acrescentado devem dispor de capital humano acima do nível escolar básico. 19

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