OS PROJETOS SOCIAIS COMO FERRAMENTA DO EDUCADOR PARA A CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO NO ENSINO MÉDIO

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1 OS PROJETOS SOCIAIS COMO FERRAMENTA DO EDUCADOR PARA A CONSTRUÇÃO DO PENSAMENTO GEOGRÁFICO NO ENSINO MÉDIO Maria Lucimar da Silva/UFAM m-lucimar@uol.com.br INTRODUÇÃO Dentro da mobilidade espacial na reformulação do conhecimento científico teríamos um outro caminho para pensar a Geografia? Podemos nos separar da visão eurocêntrica? Onde vamos buscar os fundamentos para essa nova Geografia? As reflexões aqui propostas se enquadram numa perspectiva filosófica e sociológica estando estruturado em três partes: a epistemologia, as categorias da Geografia e os projetos sociais. Não é possível pensar a Nova Geografia esquecendo a geografia Tradicional como pretendia Shaefer. Surgem então duas correntes antagônicas a determinista, a partir de Montesquieu e a possibilista de Buffan. A Geografia vai sofrer com esse dualismo pela própria dinâmica física e humana. Nós fomos orientados a pensar nessa dicotomia pelo referencial teórico. O pensamento geográfico foi construído nessa dualidade de pensamento. Idealistas versus materialistas; racionalistas versus anti-racionalistas. Kant primeiro geógrafo moderno, pensador de um discurso geográfico - com sua geografia de síntese tenta suprimir a dicotomia idealista versus materialista, mas sofre críticas quanto à universalização da verdade. Para Kant havia duas classes de ciências. A especulativa apoiada na razão e a empírica, apoiada na observação e nas sensações. A EPISTEMOLOGIA

2 As reflexões aqui propostas se enquadram numa perspectiva filosófica e sociológica estando estruturado em três partes: a epistemologia, as categorias da Geografia e os projetos sociais. Em seu processo de formação a Geografia sofreu influência filosófica de Kant, Herder e Hackel, tendo como precursores Humboldt e Ritter, cujas obras compõem a base da Geografia tradicional compondo uma linha de continuidade do pensamento geográfico. A Geografia dividiu-se em tradicional cuja grande expressão foi Paul Vidal de La Blache representante da corrente possibilista, e a moderna que viveu com Ratzel fundador da Geografia humana, de corrente determinista - a sua fase de instrumentalização. Mas o que é a modernização? Três elementos fundamentais são recorrentes no discurso que apresenta o fato moderno: o caráter de ruptura, a imposição do novo e a pretensão de alcançar a totalidade (GOMES, p.48, 2000). Modernização são perturbações, relações quentes, do aqui e agora e que vão romper com os propósitos da sociedade. O Renascimento vai discutir acerca dos fundamentos filosóficos da Geografia científica com base em uma Geografia tradicional inicialmente descrita por Ptolomeu denominada como cosmografia, caracterizada por métodos matemático-cartográficos. A geografia de Ptolomeu estava centrada numa visão bem geral. Para ele não era interessante as particularidades. Daí a importância da cartografia ao se buscar o lugar correto das coisas. Posteriormente a esta escola surge uma nova discussão em torno das obras de Estrabão que se fundamentam aos aspectos teóricos dos traçados dos mapas e os métodos topográficos, além das descrições do mundo conhecido na época. Modelo histórico-descritivo. Descrição dos lugares. A Geografia sistematizada só vai aparecer mais tarde. Até meados do século XVII a Geografia vive a sua fase pré-histórica e a partir de então o conhecimento geográfico se torna mais especializado: meteorologia, geologia, botânica, zoologia etc. Todas essas ciências da natureza que se estruturaram anterior à Geografia. A relação homem/natureza vai desencadear duas teorias distintas responsáveis pela elaboração do conhecimento científico geográfico e que darão suporte no século XVIII a uma discussão dualista uma geografia científica e outra humanista. O pensamento positivista de Ratzel, ligado a uma expressão lógica, mais voltada às formas da realidade do que ao seu conteúdo atua na consolidação do estado alemão: o homem só será grande se ele tiver espaço. O estado resulta de um processo

3 longo de relação do homem com o solo e o território é sempre uma dimensão de poder. Para ele a natureza é o determinante do modo de organização da sociedade. A realidade é um discurso sobre o real e o real é a interpretação da realidade. A geografia de Ratzel vai forjar uma consciência nacional e vai trabalhar na perspectiva da geografia para a produção e circulação. Estabelece o conceito de espaço (território) vital (uma proporção de equilíbrio) tendo em mente que as formas de sobrevivência são limitadas e daí a busca de anexação de outros territórios. A geografia é uma ciência natural e não social. A teoria de Ratzel está ligada ao determinismo, surgido nas ciências médicas antes mesmo da geografia. No determinismo a natureza é o determinante do modo de organização da sociedade. O meio determina o homem e o homem é produto do meio. La Blache acentua o propósito humano da geografia, porém vinculado à natureza e neste sentido vem apresentar dois conceitos primordiais: paisagem e região. O diferencial dos lugares não é a paisagem contida, mas a paisagem criada. Interessanos na geografia a dimensão da sociedade no espaço. Kant em sua busca da verdade universal consolida a ciência geográfica moderna. Seus estudos inspiram Hartshorne representante da escola racionalista - na elaboração de uma geografia geral e sistêmica e outra empírica e regional, que se transformará em alvo de crítica para Schaefer cujo pensamento diz que se a Geografia quer ser considerada uma verdadeira ciência deve se desembaraçar do rótulo do empirismo e encarar a descrição unicamente como um meio de explicação científica. Hartshorne trata a geografia do ponto de vista teórico. Para ele a geografia vai estudar a inter-relação entre os fenômenos, preocupando-se com a investigação. O grande mérito de Hatshorne é que ele trata a Geografia do ponto de vista teórico epistemológico. Estuda a inter-relação entre os fenômenos, considerando-os tanto um aspecto ligado à natureza como à sociedade. Preocupa-se com a investigação: o conhecimento científico é a busca da essência, que busca o mais profundo. A produção do conhecimento moderno longe de abandonar as idéias tradicionais, impõe a elas uma nova roupagem. O anti-racionalismo se opõe ao saber sistematizado e assim como no racionalismo, constrói sua individualidade através das diferenças metodológicas. Para Kant, o conhecimento procede da experiência e a forma, do pensamento. Humboldt e Ritter fundadores da Geografia moderna buscavam uma sistematização para o conhecimento geográfico mergulhado em uma desordem pós- Renascimento. É a busca científica pelo objeto da Geografia. A inter-relação e a

4 conexão entre os seres vivos e os seus meios naturais fomentam o determinismo geográfico proposto por Ratzel com base na Antropogeografia. Enquanto o determinismo analisa a naturalização do homem, o possibilismo observa a humanização da natureza. Após a Segunda Guerra Mundial há uma renovação crítica, uma nova reestruturação epistemológica no pensamento geográfico. Observa-se momentos de incertezas e indeterminações no contexto científico com uma mobilidade espacial desse conhecimento, a emergência de correntes neopositivistas e o surgimento da Nova Geografia. Para Geertz nada há de novo a partir da II Guerra e propõe uma nova metodologia. O homem constrói os significados. Trabalha com a semiótica (conceito de cultura). Na cultura temos que interpretar significados. Esses significados só podem ser entendidos a partir do seu contexto. O sentido dos símbolos sofre mutação com o tempo e que, portanto deve ser entendido o conceito de cultura em seu contexto histórico. Os símbolos dão sentido à vida das pessoas. Os símbolos sintetizam o ethos e - a visão de mundo. O homem enquanto ser cultural produz cultura. Há uma necessidade de símbolos, que são importantes porque estes viabilizam a existência humana, é o que lhe dá sentido. A ameaça do caos a ameaça da falta de sentido é insuportável ao homem. Nesse cenário Sauer e o método morfológico fundamentado dentro do pensamento positivista determinista busca por um método objetivo da Geografia, para quebrar as dualidades que marcaram a formação do conhecimento científico dessa ciência. Não separa o natural do cultural. Qualquer vestígio da ação humana é cultural, entendida esta como as formas que a cultura do povo cria na organização do meio. O ADVENTO DOS TEMPOS MODERNOS Como descrever o fenômeno sem fazer parte dele? É possível separar sujeito de objeto? A linha metodológica fundamentada no marxismo, trabalha com a subjetividade, entende o espaço como produto das relações sociais de produção. Marx não se preocupou com o espaço, mas com a História. Também a fenomenologia, que critica a ciência racionalista e a objetividade da ciência e resgata a dimensão do indivíduo como resultante de uma relação de existência, daí a categoria do lugar destacar-se.

5 3.0 AS CATEGORIAS DA GEOGRAFIA As categorias são usos conceituais da Geografia para fundamentar os estudos geográficos. E se a Geografia é a ciência do homem no espaço, entende-se que espaços diversos vão gerar multiplicidades de leituras, determinar escalas e impulsionar territorialidades simbolicamente expressas na paisagem. O espaço construído pelos homens e suas representações, numa relação dialética, a partir das suas práticas ao mesmo tempo em que é produto é produtor, abriga os poderes políticos, sua materialidade é unificada e tem origem com o lugar. As categorias são dinâmicas. Quando novas dinâmicas se impõem surgem novas representações sociais determinando novas estratégias. 3.1 TERRITÓRIO O conceito é discutido por Haesbaert, Bonnemaison e Raffestin, trabalhando, respectivamente, as esferas dos espaços físico, cultural e político. Apresenta uma direção etnogeográfica. Territórios são específicos, porque partem de singularidades culturais e ideológicas. Para a Geografia, a cultura responde diferentemente no espaço, na conjuntura histórica e na economia. O território é ao mesmo tempo espaço social e espaço cultural (BONNEMAISON, p. 103, 2002). Para Raffestin o território é sempre uma dimensão de poder. As atitudes humanas quanto ao território têm uma clara semelhança com a dos outros animais. O humanista, contudo deve ir além da analogia e perguntar como a territorialidade humana e a ligação ao lugar diferem daquelas das criaturas menos carregadas com a emoção e o pensamento simbólico. 3.2 LUGAR O que é o Lugar? É o específico, aquilo que apresenta o significado da natureza e da sociedade. Nesse sentido ele é subjetivo, tem individualidade, especificidade e significado.

6 O Lugar é determinado pela lente de quem vê, adquirindo um caráter fechado, íntimo. Para Tuan essa categoria adquire uma centralidade que se confunde com a própria trajetória da perspectiva humanística a partir de uma relação afetiva do Lugar com o indivíduo, marcada pelas suas experiências pessoais, a que denominou topofilia. O que começa como espaço indiferenciado transforma-se em lugar à medida que o conhecemos melhor e o adotamos de valor (TUAN, p.106, 1983). O Lugar adquire uma conotação de subjetividade onde as pessoas irão dar valores apego, ódio diferenciados. Quando criado coletivamente parece entrar numa relação de apropriação que gera uma territorialização. Não pode ser identificado pelos elementos, mas cria um sentido de fronteira que tem a ver com o sentido de territorialização. O Lugar está na lente de cada um e apresenta uma racionalidade que não pode ser explicada a não ser pelos olhos de quem vê. Manifesta-se na emoção, no saudosismo, na melancolia, no apego. Está em cada um e cada um reproduz o seu Lugar, imbuído do sentimento de pertencimento. 3.3 REGIÃO O que justifica o conceito de Região? A globalização elimina o conceito? Não há conceito definido, acabado. Isso empobreceria sobremodo nossa forma de agir, porque a sociedade não pode ser entendida ou definida como um único modelo. Outra coisa é a questão da temporalidade. Os conceitos antigos contemplam alguns elementos que podem e serão utilizados para uma análise regional atual. Para Bezzi (2004) cada conceito deve ser aplicado de acordo com seu objetivo. Para Lobato o termo está no linguajar cotidiano. Região do milho, da soja, etc. A crise constante da ciência nos leva à busca de novos horizontes em busca de novas respostas. A evolução da sociedade impõe novos paradigmas e a Geografia tenta fazer um arranjo do termo para aplicá-lo de forma científica. O conceito de Região está inserido em duas vertentes teórico-epistemológicas: A Geografia Tradicional e a Nova geografia. Na primeira, o conceito de região natural está inserido no determinismo ambiental e nos remete a um ecossistema cujos elementos

7 estão interligados, determinando certos pensamentos racistas, na segunda, devia se limitar aos elementos objetivos e para isso deveria buscar recursos estatísticos. Baseada no positivismo lógico, o pesquisador é que vai definir o propósito. Qualquer que seja a análise, o elemento comum é a diferenciação de áreas. A complexidade conceitual resulta de seu caráter multidisciplinar (BEZZI, p.19, 2004). Não há harmonia conceitual entre os geógrafos, diante de suas múltiplas convicções teórico-metodológicas. 3.4 PAISAGEM A paisagem é a materialidade por meio da qual a racionalidade humana organiza os homens e a natureza em territórios (ROSENDAHL; CORRÊA, p.11, 2001). Para a Geografia encerra processos vivos e dinâmicos, é a delimitação de um espaço. Para Milton Santos paisagem é tudo o que se vê. As formas espaciais são resultados de processos passados e condições para processos futuros. Mas a paisagem não é só o material é também o imaterial. 3.5 AMBIENTE Como o homem se insere no ambiente, no século XXI? Como parte da natureza, o sujeito se reconstrói na sua relação com o objeto e não dissociado dele. A dinâmica do capitalismo ressignifica a natureza, a paisagem, criando complexidades temporárias na Geografia. 3.6 COTIDIANO O que é o cotidiano? Eu o tenho ou ele nos é imposto? Qual o papel das técnicas no cotidiano das pessoas? A história do cotidiano está na temporalidade. O cotidiano é um espaço de reprodução onde preciso analisar o contexto interno e também o indivíduo. Os indivíduos e os fatos [...] são sínteses complexas de elementos sociais (FERRAROTTI apud TEDESCO, p.177, 2003). No cotidiano moderno a razão tende a produzir um cotidiano, o que caracteriza uma imposição. Para entender a análise do vivido não devemos esquecer do indivíduo.

8 Não estamos jogando fora a razão, mas devemos pensar as interações, inserir o contexto pessoas, conflitos, movimentos sociais, que participam dessa interação. Para Lefebvre era alienante - as pessoas se isolam-, Durkheim defendia a institucionalismo, Schutz buscava inserir os indivíduos num contexto social. A sociedade é visível a partir de uma série de representações, como se estivéssemos num teatro. É um conjunto de cenas previsíveis- caracterizadas por sucessivas entradas e fugas. Muda o cenário, muda o ator social. Porém o cenário não é o único determinante. 4.0 PROJETOS SOCIAIS E A COMPREENSÃO DOS SABERES As percepções nos levam a uma tomada de atitude (cultural) que nos posiciona em uma determinada visão de mundo, fundamentada em valores culturais. Percepções diferentes induzem atitudes diferentes em espaços diferentes. O homem não é único, mas é específico e especificidades requerem sentidos diferenciados. A compreensão humana como disse Morin comporta um conhecimento de sujeito a sujeito. [...] O outro não apenas é percebido objetivamente, é percebido como outro sujeito com o qual nos identificamos e que identificamos conosco [...]. 4.1 PROJETO FRASSINETTI Manaus tem passado nos últimos anos por uma verdadeira metamorfose urbana, mas, enfrenta sérios problemas decorrentes de seu crescimento desordenado tais como o crescente número de ocupações. O poder aquisitivo da cidade aumentou, mas não para a população de baixa renda que habita as palafitas às margens dos igarapés ou as habitações precárias em áreas de ocupação. Para essa parcela da população saneamento, água tratada, esgoto, asfalto, ainda é uma realidade distante e contrastante com os condomínios de luxo. Ao problema habitacional soma-se a questão da violência, que vem assumindo proporções assustadoras principalmente entre a população juvenil. Considerando essa realidade o Colégio Santa Dorotéia há quinze anos desenvolve o Projeto Frassinetti em áreas de ocupação de Manaus, com a finalidade de inserir a comunidade educativa na realidade dos mais pobres, vítimas da injustiça social e política que os submete à condição de excluídos da sociedade e de seus benefícios

9 básicos. O projeto já esteve em diversas comunidades da periferia de Manaus tais como Jesus Me Deu, Monte das Oliveiras e Parque São Pedro. O tempo de permanência em cada uma delas é de três anos. Sabendo que a educação não se limita à escola e menos ainda à sala de aula e ao ensino e aprendizagem de conteúdos objetivos e compreendendo-a como um processo que acontece em todos os lugares e situações da vida o ensino da Geografia busca contextualizar seus conteúdos através dos projetos sociais despertando no educando uma reflexão sobre as causas e conseqüências da injustiça social. A reflexão se enquadra numa perspectiva sociológica e trabalha com conceitos de território, lugar, paisagem e espaço, entendendo que o sujeito faz a sua história, porém em condições determinadas. Nesse espaço se criam novas formas de sociabilidade, se constroem redes e se elaboram estratégias. Buscando dar sentido à informação veiculada em sala de aula o projeto oferece oportunidade ao aluno de interagir com as experiências dos moradores das comunidades assistidas, tornando concreta a participação, a solidariedade e o exercício da cidadania através do desenvolvimento de atividades ligadas à evangelização, educação, saúde, meio ambiente, esporte e lazer. 4.2 A GEOGRAFIA DOS PROJETOS E A VIVÊNCIA DOS CONCEITOS Cabe aqui uma reflexão diária da prática docente. O aluno que não obtém sucesso na escola é ruim ou está havendo uma distorção entre o que o professor fala e o que ele ouve? O que o professor pensa e o que ele interpreta? É preciso observar, mudar a receita, alterar os ingredientes e ter em mente sempre que os caminhos que levam à construção do conhecimento divergem de indivíduo para indivíduo pois o olhar de cada um depende de sua construção histórica. Escolas sem projeto deterioram as condições de trabalho dos professores. Durante muito tempo a educação no Brasil caracterizou-se por ser uma educação bancária: o professor falava, o aluno ouvia. Ao aluno não era dado o direito de questionar e muito menos contestar. Dessa forma ele era um simples, não produzia, só reproduzia. E hoje? O aluno tem reflexão? A escola faz o aluno refletir? O professor faz o aluno pensar? Quando o aluno não se posiciona ou não entende é por incapacidade? Dentro de uma abordagem qualquer não é o tema que é difícil, mas as palavras. Nesse

10 ponto da questão, o que fazer? Só o aluno saberá dizer onde emperra o seu entendimento e caberá ao professor percorrer outros caminhos que o auxiliem. As dificuldades, o tamanho do obstáculo pode ser amenizado por atalhos ou ferramentas mais adequadas viabilizadas de diferentes formas e os conceitos podem ser colocados de diversas maneiras. Os projetos não afastam o aluno do conteúdo e ajudam na correção das distorções conceituais a partir do conhecimento vivido e o aluno que se sente inserido vai entender melhor. A esse respeito a aluna Adriana Araújo diz: Comecei a participar do Projeto Frassinetti em 2005 [...]. Desde então participei de todos os domingos em que a manhã era para praticar a solidariedade. Na verdade o projeto para mim veio como um convite a conhecer outra realidade bem diferente da minha, em que no primeiro momento visualmente me causou espanto por ver que existem pessoas sem água encanada, sem asfalto, famílias com cinco a oito pessoas morando em dois cômodos. Era difícil compreender a realidade do próximo. Como pode alguém beber água quente? Como pode alguém não ter banheiro dentro de casa? Como pode uma igreja ser coberta por uma lona azul? Eram questionamentos que me surgiam e me fazia pensar o quanto eu sou privilegiada por ter casa, família, banheiro, boa escola etc. Interagir com aquela comunidade era uma obrigação, era doar tudo que eu pudesse. O sorriso de cada criança ao ganhar um lanche era o que eu precisava para entender que pouco se torna muito para quem precisa apenas de uma atenção. O projeto me ensinou a ver um lado da vida que eu não conhecia, mas que me fez crescer como pessoa, me fez ver o verdadeiro valor das coisas mínimas e me fez perceber que sempre existe alguém precisando de mim, nem que seja de uma palavra amiga ou de um singelo abraço. O ato de amor com o outro é soberano, portanto precisamos viver o amor [...]. (Adriana Batista do Lago Araújo). Para além do livro didático a experiência dos projetos sociais vem colocar professores e alunos na condição, respectivamente, de produtor de conhecimentos e ressignificador de conceitos. O ensino da geografia aos poucos vem retomando seu papel questionador da realidade particular de cada povo em seu contexto espacial. CONSIDERAÇÕES FINAIS

11 Desde que o homem existe, ele faz geografia. Ele vê uma caverna, não dá para morar porque é frio ou tem água então ele vai em busca de outra. É a noção de lugar. Não se pode, porém, absolutizar a verdade, pois existem várias formas de se ler o mundo. A prática dos sentidos nos fornece a informação, mas esta só é potencial quando a utilizamos conjuntamente. Como isso será possível e qual a sua relação com a cultura? Só se pode perceber o que foi experenciado: o aroma do café moído que me remete a um passado distante; o perfume que me recorda alguém; o ruído, que me transporta a lugares onde eu já estive... A simbologia dos objetos apresenta-se de forma diferenciada em cada cultura o que vai exigir dos homens um exercício maior de tolerância cultural. O mundo é extremamente complexo e o homem dotado de razão e emoçãodifere um do outro. Para TUAN o importante é a adaptabilidade, a forma como o homem constrói o mundo, que está ligada ao natural e ao cultural. O homem não se adapta simplesmente, mas constrói modos de vida, que podem gostar ou não. É preciso recuperar essa sensação de pertencimento. Na evolução do pensamento geográfico a busca é compreender como a sociedade produz o seu espaço, a territorialidade. À medida que se produz esse espaço ele vai criando normas, limites e quando ele passa a ser mediado pela ação de poder ele é temporal. REFERÊNCIAS BEZZI, L. M. Uma (re) visão historiográfica da gênese aos novos paradigmas. Editora da UFSM: Santa Maria, BONNEMAISON, J. Viagem em torno do território. In: CORRÊA, R.L.; GOMES, P. da C. Geografia e Modernidade. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, MORIN, Edgar. Os Sete Saberes necessários à Educação do Futuro. Cortez Editora, 9 o ed., TEDESCO, J. C. Paradigmas do cotidiano: introdução à constituição de um campo de análise social. Passo Fundo: UPF, TUAN, Y. Topofilia: um estudo da percepção, atitudes e valores do meio ambiente. São Paulo: Difel, 1980.

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