VI Semana de Estudos Lingüísticos e Literários de Pau dos Ferros ARQUEOLOGIA E ANÁLISE DA LINGUAGEM EM FOUCAULT

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1 ARQUEOLOGIA E ANÁLISE DA LINGUAGEM EM FOUCAULT Guilherme Paiva de Carvalho MARTINS Universidade do Estado do Rio Grande do Norte RESUMO: A comunicação trata da arqueologia dos saberes e da análise da linguagem em Foucault. Para refletir sobre a linguagem e a arqueologia em Foucault serão retomadas a teoria lingüística de Saussure e o estruturalismo de Lévi-Strauss. Assim como na teoria lingüística e no estruturalismo, na arqueologia proposta por Foucault, a linguagem é entendida como objeto autônomo. Ao retomar a história da formação da psiquiatria como ciência, Foucault analisa discursos e práticas não discursivas. Além da análise de discursos científicos e filosóficos, há um estudo de obras literárias na retomada da história da psiquiatria. Autores como Sade e Artaud são citados por Foucault que vê o retorno do trágico na modernidade como uma forma de transgressão dos padrões discursivos da linguagem. Apesar de aproximar-se da teoria lingüística e do estruturalismo, Foucault propõe uma análise peculiar da linguagem na arqueologia dos saberes ao abordá-la a partir de práticas discursivas e práticas não-discursivas. O objetivo da comunicação é estabelecer uma relação entre a arqueologia dos saberes proposta por Foucault, a teoria lingüística e o estruturalismo, mostrando a importância da literatura na análise da linguagem e na retomada da história das ciências humanas. Entre a analítica estrutural e a arqueologia podem ser apontados diversos aspectos que tornam correlativos ambos os métodos de pesquisa. Na arqueologia, Foucault propõe uma análise descritiva dos discursos, enquanto no estruturalismo antropológico deve ser levado em consideração um estudo semiológico para uma compreensão das estruturas simbólicas concernentes a sistemas, relacionando o processo de comunicação entre os homens através de estudos sobre os mitos e as formas de parentesco. Ambas as perspectivas identificam estruturas, que na arqueologia correspondem às condições de possibilidade dos saberes em um determinado momento da história, enquanto no estruturalismo indicam uma dimensão simbólica, a qual se situa como intermediária entre a realidade e a subjetividade humana. Tanto na arqueologia quanto no estruturalismo a subjetividade não é pressuposta como um dado a priori, pois a linguagem se situa entre a realidade e a inteligibilidade. Desde a contribuição das escolas filológicas do século XVIII, que se propuseram a estudar os costumes, as instituições, as leis, entre outras diversidades culturais dos povos através de uma analítica da linguagem, até o desenvolvimento da Gramática comparada, as línguas passaram a ser consideradas fundamentais para a constituição de um conhecimento sobre o homem. Estes estudos adquirem no século XX importância significativa tanto para as ciências humanas quanto para a Página. 925

2 filosofia. Tal acontecimento deve-se, em parte, à contribuição do Curso de Lingüística Geral de Ferdinand de Saussure. Saussure e o estudo da linguagem A partir das reflexões de Saussure referentes à lingüística é possível pensar o signo como um objeto empírico distinto da realidade empírica e do próprio lingüista que estuda as línguas. Saussure (1999, p.13) propunha que a matéria da lingüística seria constituída inicialmente por todas as manifestações da linguagem humana, quer se trate de povos selvagens ou de nações civilizadas, de épocas arcaicas, clássicas ou de decadência [...]. A lingüística geral, originária da gramática comparada e da filologia, é entendida como uma ciência empírica que tem como objeto de estudo os fatos da língua. Saussure confere para a lingüística um caráter puramente científico, relacionando-a com outras ciências humanas como a antropologia e a psicologia social. É função da lingüística descrever e pesquisar as línguas a partir de uma perspectiva na qual a diacronia que tornava relevante fatores históricos que revelavam a evolução histórica de um povo, estaria submetida à dimensão sincrônica que ressaltava o estado específico de uma língua num determinado momento da história. É indispensável para a lingüística identificar as leis que regem o funcionamento e a organização das línguas. Saussure lembra que o aspecto social e cultural das línguas é importante para a lingüística, por isto, esta disciplina tem relações consideráveis com a história e as ciências sociais. Composto por um conceito que constitui uma idéia e uma imagem acústica correspondente a uma seqüência de sons, o signo lingüístico implica, na terminologia de Saussure, numa relação arbitrária entre o significado (conceito) e o significante (imagem acústica). O signo não é um objeto concreto, uma coisa, nem somente a imagem mental formada pelo intelecto no ato de reflexão, mas sim a junção de um conceito com uma imagem acústica. Saussure (1999, p. 80) considera que o signo lingüístico une não uma coisa e uma palavra, mas um conceito e uma imagem acústica. Quando afirma que o signo é arbitrário, Saussure (1999, p.81) quer dizer que a idéia mar não está ligada por relação alguma interior à seqüência de sons m-a-r que lhe serve de significante; poderia ser representada igualmente bem por outra seqüência [...]. Não há qualquer relação necessária entre o significado e o significante. Tanto faz utilizar brother ou Bruder, nenhum destes termos tem uma ligação lógica com a idéia que designam. Entretanto, ambos representam para ingleses e alemães a idéia de indivíduos que são filhos dos mesmos pais. Exatamente por estar vinculado a uma percepção sonora, o significante se desloca sucessivamente no transcorrer do tempo. Modificações no conceito significado podem ocorrer, sendo assim, Saussure evidencia o deslocamento da relação entre o significado e o significante. Este deslocamento é explicado pelo próprio aspecto arbitrário do signo. Fora de limites estreitos, a língua evolui; nada mais complexo: situada, simultaneamente, na massa social e no tempo, ninguém lhe pode alterar nada e, de outro lado, a arbitrariedade de seus signos implica, teoricamente, a liberdade de estabelecer não importa que relação entre a matéria Página. 926

3 fônica e as idéias (SAUSSURE, 1999, p.90). Ao herdar a linguagem de gerações precedentes, a massa social a utiliza inconscientemente no seu quotidiano para se comunicar. No uso diário, idéias são ininterruptamente associadas a seqüências de sons. Tomando a noção de signo concebida por Saussure é possível vislumbrar uma instância mais elementar do que a realidade experimentada e a própria imaginação humana: uma dimensão simbólica correspondente à linguagem. A lingüística nos faz dar conta de uma dimensão intermediária entre o homem e a natureza que o circunda. Toda a tradição cultural de um povo, incluindo suas instituições, sua religião, seus costumes, poderia ser revelada através do estudo de sua língua. Lefebvre (1967, p.87) define a concepção de mundo estruturalista como um tipo de redução estrutural ou semântica [...]. O homem é, antes de tudo, um criador de formas e de significações. O resto, o conteúdo, é um resíduo irracional que só se manifesta nos vazios e lacunas entre as formas, os sistemas, as estruturas [...]. A capacidade de combinar arranjos e permutações determina simultaneamente o intelecto e o inteligível. No estruturalismo as possibilidades da construção de combinações binárias entre o significado e o significante são essenciais por caracterizarem a fonte primária da dimensão simbólica, intermediária entre a subjetividade humana e a realidade. O estruturalismo A lingüística vem a influenciar diversas áreas do conhecimento na modernidade. As ciências sociais e a filosofia são alguns dos campos que enveredaram na esfera das análises semiológicas. O estruturalismo é uma corrente de pensamento que teve suas bases fundadas na análise semiológica, tendo grande repercussão entre as ciências humanas, desde meados do século XX. Lévi-Strauss propôs para o estudo das sociedades uma análise semiológica, na qual a linguagem constituía-se como fator preponderante. O antropólogo conceitua a linguagem como uma estrutura simbólica através da qual seria possível construir uma concepção teórica da comunicação a partir de estudos semiológicos dos mitos e das formas de parentesco. Importante é notar que Lévi-Strauss desenvolve um método empírico para as pesquisas no campo das ciências humanas que oferecia uma alternativa diante dos estreitos limites da concepção de uma subjetividade postulada historicamente pela metafísica que culminara em correntes como o existencialismo. Sartre acreditava que as correntes existencialistas, ao se aproximarem da fenomenologia, partiam de um único pressuposto: a noção de precedência da existência sobre a essência. Assim, Sartre (1979, p.11-21) conclui que as correntes existencialistas, representadas por Heidegger, Jaspers e Gabriel Marcel, tomam a subjetividade como fundamento. Quando Sartre se refere à subjetividade, está pensando no cogito cartesiano. Do mesmo modo que a existência kierkegaardiana constitui o trabalho de nossa vida interior, Jaspers toma como ponto de partida a subjetividade pura para desvelar a transcendência. É exatamente de perspectivas que tomam o cogito como pressuposto teórico do conhecimento que Lévi-Strauss pretende se desvincular, destacando uma Página. 927

4 dimensão mais elementar situada entre a subjetividade humana e a realidade objetiva. Levantando-se em defesa do estruturalismo contra o existencialismo, Lefebvre (1967, p.91) acusa Sartre de tomar o conteúdo de conceitos historicamente constituídos sem uma alusão à origem, ao protótipo do signo lingüístico. Para conceber o método estruturalista, Lévi-Strauss inspirou-se, de certo modo, em Marx e Freud, conciliando empirismo e racionalismo para evidenciar os sistemas simbólicos, relacionando a realidade com a dimensão inteligível. Ao perceber as limitações dos métodos de pesquisa da antropologia, reflete, em La Pensée sauvage, sobre as superestruturas que tornaram possível a passagem da ordem totêmica para o regime de castas. Anteriormente, já havia mostrado, em Les Structures élémentaires de la prenté, que a proibição do incesto constituía-se como elemento estrutural nas sociedades arcaicas (HEUSCH, 1968, p.14-16). Os estudos semiológicos, principalmente as noções de sincronia e diacronia, são fundamentais para a análise estrutural desenvolvida por Lévi-Strauss que investiga as estruturas simbólicas das sociedades. O homem utiliza a linguagem em sua vida cotidiana de modo inconsciente, isto é, constrói enunciados para se comunicar com outras pessoas, entretanto, no instante em que se comunica não faz qualquer reflexão sobre as regras de organização da linguagem. Segundo Lévi-Strauss (2003, p.72), a linguagem é um fenômeno social. Entre os fenômenos sociais, é ela que apresenta mais claramente os dois caracteres fundamentais que propiciam um estudo científico. Primeiramente, quase todas as condutas lingüísticas se situam no nível do pensamento inconsciente. O que importa para Lévi-Strauss é a formulação de uma teoria geral da comunicação a partir da semiologia, ou seja, com a analítica dos signos o estruturalismo antropológico pretende realizar um estudo da dimensão simbólica para identificar a realidade funcional de sistemas que correspondem a uma determinada estrutura. Com as investigações antropológicas que realizou em diversas sociedades espalhadas pelo mundo, Lévi-Strauss mostra que teoricamente seria possível fazer menção a objetos culturais somente a partir do momento em que homem passou a ingerir alimentos cozidos. Para cozinhar os alimentos o homem teve que criar objetos culturais (recipientes) para intermediar relações com o mundo da natureza (o alimento e o fogo). Primeiro passo do homem rumo ao processo de civilização, a relação é também observada entre o alimento assado e o fervido. Com dupla razão, por conseqüência, pode-se dizer que o assado está do lado da natureza, e o fervido do lado da cultura. Realmente, uma vez que o fervido requer o uso de um recipiente, objeto cultural; simbolicamente, pelo fato de que a cultura é uma mediação das relações entre o homem e o mundo, e que cozimento por ebulição exige uma mediação (pela água) da relação entre o alimento e o fogo, ausente no caso do assar (LÉVI-STRAUSS, 1968, p.26). A dimensão simbólica estaria situada entre o homem e a natureza. Seria, então, possível identificar as relações entre os sistemas simbólicos que caracterizam historicamente a estrutura de uma determinada sociedade através de um estudo Página. 928

5 semiológico. Esta delimitação de uma instância estrutural mais elementar que a própria subjetividade permite às ciências humanas investigar o campo semiológico e toda a dimensão cultural como objetos empíricos independentes do sujeito. A analítica do signo torna-se imprescindível para uma compreensão dos mitos, das crenças, das relações econômicas, das regras matrimoniais, ou seja, toda tradição cultural de uma sociedade. A arqueologia de Foucault Lévi-Strauss, Chomsky e Althusser, influenciados por Saussure, propõem métodos de pesquisa que pareciam dar consistência empírica para as ciências humanas por evidenciarem uma dimensão simbólica compreendida como superestrutura. Deleuze aproxima Foucault do estruturalismo, dentro do qual inclui as perspectivas de Lévi-Strauss, Lacan, Althusser, Bachelard e Dumézil. Aponta Dumézil como um dos idealizadores do estruturalismo: Georges Dumézil é exemplar, do ponto de vista mesmo do estruturalismo: ninguém melhor do que ele analisou as diferenças genéricas e específicas entre religiões, e também as diferenças de partes e de funções entre deuses de uma mesma religião (DELEUZE, 1982, p ). Preocupado com a formação de determinados saberes, o jovem Foucault absorve com entusiasmo a proposta dos estruturalistas. Estes preconceitos tradicionais incluíam a fenomenologia existencialista de Sartre. Os projetos estruturalistas de Lévi-Strauss, Lacan e Chomsky pareciam ter aberto um domínio formal de análise que poderia ser proveitosamente perseguido por qualquer um que quisesse se libertar dos preconceitos tradicionais (RABINOW; DREYFUS, 1995, p.19). A visualização de estruturas que poderiam ser delimitadas através de estudos empíricos sobre os signos, oferecia aos cientistas de diversas áreas das ciências humanas uma proposta metodológica de análise da sociedade sem a pressuposição de um sujeito constitutivo concebido de modo a priori. Na visão de Habermas, nas análises de Foucault são observados temas nietzschianos que teriam sido mesclados à proposta de uma história das ciências humanas inspirada por Bachelard. A revolução estruturalista, como indica Habermas, impressionou Foucault como a tantos outros de sua geração; tornou-o [...] um crítico do pensamento fenomenológico-antropológico, dominante desde Kojève até Sartre. Ao mesmo tempo, compreende esse discurso negativo sobre o sujeito, introduzido por Lévi-Strauss, como uma crítica da modernidade (HABERMAS, 2000, p.334). Mas será que a abordagem arqueológica proposta por Foucault pode ser concebida como um tipo de método estruturalista de investigação dos saberes? Tanto para ciências como a sociologia e a psicologia bem como para a filosofia, o estudo da linguagem tornou-se fundamental no transcorrer do século XX. Como quis mostrar Deleuze (1982, p.273), para além da história dos homens, e da Página. 929

6 história das idéias, Michel Foucault descobre um solo mais profundo, subterrâneo, que constitui o objeto daquilo que ele chama de a arqueologia do pensamento. Deleuze pensa na arqueologia foucaultiana como uma teoria que busca um nível estrutural entendido como uma instância mais elementar e originária que deve ser investigada através de uma análise das práticas discursivas e não-discursivas, incluindo aí as práticas sociais. Em suas pesquisas arqueológicas, Foucault propõe uma descrição dos discursos, observando que os enunciados podem ser analisados como objetos empíricos desvinculados da subjetividade. Habermas (2000, p.351) considera que o objetivo da arqueologia de Foucault é transformar os documentos loquazes em monumentos mudos, em objetos que têm de ser liberados do seu contexto para se tornarem acessíveis a uma descrição estruturalista. Wahls mostra que enquanto para Lévi-Strauss a noção de signo tem atribuição essencial para a análise estrutural, Foucault, apesar de evidenciar as transformações entre os saberes, desconsidera a possibilidade de uma definição precisa e unitária que pudesse revelar a essência do signo. É manifesto que Lévi-Strauss trata do pensamento selvagem como Foucault o faria de uma epistemê: pois as transformações que ele opera de um domínio etnológico num outro, e particularmente de um setor do pensamento mítico num outro, seriam sem isso desprovidos de legitimidade [...]. Lévi-Strauss define o pensamento selvagem pelo seu recurso ao signo, que é apenas um substituto concreto, limitado, que assegura o direito de continuidade do visível para o oculto. Mas a leitura de Foucault vai contra a idéia de um modelo único do signo [...] (WAHL, 1970, p.18). Desse modo, o estruturalismo constitui-se como descrição das regras que caracterizam o funcionamento da dimensão simbólica. Por outro lado, as pesquisas arqueológicas de Foucault evidenciam rupturas entre os modelos epistemológicos de determinadas ciências na modernidade, enfatizando a descontinuidade no processo de formalização e racionalização das ciências humanas. Entre a organização discursiva da história natural na idade clássica e a biologia que surgiu no século XIX não há uma seqüência linear. Como poderiam ser inseridos processos descontínuos de mudanças de paradigma em saberes específicos no decorrer da história da cultura ocidental em uma tipologia estruturalista que evidencia uma ordenação lógica do nível semiológico? No primeiro prefácio que escreveu para a primeira edição do livro História da loucura e que posteriormente retirou sem dar muitas explicações, Foucault realmente propõe confrontar a dialética da história com as estruturas imóveis do trágico. Mostra ainda que a percepção que o homem ocidental tem de seu tempo e de seu espaço deixa aparecer uma estrutura de recusa, a partir da qual se denuncia uma palavra como não sendo linguagem, um gesto como não sendo obra, uma figura como não tendo direito à busca de um lugar na história. Esta estrutura é constitutiva do que é sentido e não-sentido [...]. O próprio objeto de estudo de sua pesquisa de doutorado seria esta estrutura da experiência da loucura (FOUCAULT, Página. 930

7 1994, p ). Assim Foucault identificará, na História da loucura, estruturas correspondentes ao internamento, situado historicamente na idade clássica, para confrontá-las com a Renascença e a Idade Moderna. Se o modo de tratamento da loucura no classicismo passa a ser o internamento e se este acontecimento tem razões morais e sócio-econômicas, será necessário identificar as estruturas da sociedade neste momento histórico. Assim, Foucault tenta identificar estas estruturas, mostrando que: O Classicismo inventou o internamento, um pouco como a Idade Média a segregação dos leprosos; o vazio deixado por estes foi ocupado por novas personagens no mundo europeu: são os internos. O leprosário tinha um sentido apenas médico; muitas outras funções representaram seu papel nesse gesto de banimento que abria espaços malditos. O gesto que aprisiona não é mais simples: também ele tem significações políticas, sociais, religiosas, econômicas, morais. E que dizem respeito provavelmente a certas estruturas essenciais do mundo clássico em seu conjunto (FOUCAULT, 1993, p.53). Em História da loucura, O nascimento da clínica e As palavras e as coisas, é importante para Foucault refletir sobre a referência e o sentido que os discursos tomam no transcorrer da história cultural do Ocidente. Na descrição dos saberes referentes ao homem, Foucault verifica que os modelos teóricos não compõem uma unidade, entretanto, a analítica dos discursos é fundamental para a arqueologia dos saberes. Analítica que pressupõe uma autonomia do discurso diante da subjetividade. Em O nascimento da clínica, Foucault (1994, p.xii) lembra que em Kant, a possibilidade de uma crítica e sua necessidade estavam ligadas, através de certos conteúdos científicos, ao fato que há conhecimento, todavia, na modernidade elas estariam vinculadas e Nietzsche, o filólogo, é testemunha ao fato que existe linguagem e que nas inúmeras palavras pronunciadas pelos homens [...] um sentido que nos domina tomou corpo, conduz nossa cegueira, mas espera na obscuridade nossa tomada de consciência [...]. As palavras e as coisas poderia ser interpretada como uma arqueologia do estruturalismo no sentido em que Foucault reconhece que a sistematização das ciências humanas serviu para delimitar mais precisamente determinados objetos empíricos, fazendo com que saberes como a economia política, a biologia e a lingüística pudessem deslocar suas observações para além do campo da representação. Ao indagarem por um sistema estrutural de organização das línguas, os estudos da gramática comparada de Bopp e a filologia evidenciaram pressupostos teóricos essenciais para a Lingüística Geral. A observação da linguagem como um objeto exterior em relação ao homem e o processo de formalização das ciências humanas, permitiram o deslocamento epistemológico em direção à delimitação mais precisa dos objetos de estudo de saberes particulares, bem como a identificação de regras de funcionamento da organização estrutural do trabalho, da vida e da linguagem. Página. 931

8 No intuito de indicar as principais pretensões de suas pesquisas e os pressupostos teóricos do método arqueológico, Foucault publica em 1969 A arqueologia do saber. A arqueologia consiste em um método de pesquisa que o filósofo desenvolveu para analisar historicamente a constituição dos saberes e o processo de racionalização dos discursos científicos em determinadas áreas das ciências humanas, tomando como base um estudo descritivo dos enunciados. Não se trata de uma análise semântica ou lingüística, tendo em vista que às vezes os enunciados estão destituídos de uma estrutura sintática, o quadro aleatório de números que os estatísticos podem vir a utilizar é uma seqüência de símbolos numéricos que não estão ligados entre si por nenhuma estrutura de sintaxe; ele é, entretanto, um enunciado (FOUCAULT, 1969, p.114). Foucault toma, de certo modo, alguns pressupostos teóricos da terminologia estruturalista para identificar historicamente o advento da própria análise estrutural. Como indica Wahls (1970, p.87-88), na exposição que consagra à epistemê do século XIX [...] Foucault pede de empréstimo suas figuras-tipo da profunda doublure (saber: o impensado, o inconsciente), não às ciências tradicionalmente positivas, mas às da estrutura que ele para aí conduz [...]. Entretanto, nas pesquisas arqueológicas de Foucault não há nenhuma pretensão de identificar leis ou regras de funcionamento dos sistemas teóricos em uma organização estrutural dos signos 1. Wahls (1970, p.87-88) demonstra ainda que o problema do Estruturalismo é a elaboração [...] de um discurso racional sobre os sistemas de signos enquanto na arqueologia de Foucault inexiste uma articulação lógica e sistemática entre os sistemas de pensamento, a qual se caracteriza como um dos princípios metodológicos da analítica estrutural. Se há identificação entre o estruturalismo e uma etapa específica da arqueologia das ciências no que diz respeito à visualização da linguagem como objeto autônomo e independente da subjetividade, sendo, portanto, uma instância exterior ao campo da representação, observa-se um distanciamento no que tange à identificação de uma organização sistemática da estrutura semiológica. Isto porque a literatura interessa para Foucault em obras como História da loucura e As palavras e as coisas além de outros textos da época como La folie, l absence d ouvre e Préface à la transgression. Nestes escritos Foucault faz referência a Sade, Bataille, Blanchot, Artaud, Hölderlin, entre outros. Entretanto, seria praticamente impossível impor à linguagem literária um tipo de organização estrutural, já que a mesma é essencialmente transgressora dos padrões discursivos, sendo construtora de significações que não estão, necessariamente, relacionadas com a realidade. É o que Foucault irá notar em Les mots et les choses quando explicitamente se coloca em contraposição ao estruturalismo. Cada vez mais, a literatura aparece como aquilo que deve ser pensado; mas também, e pela mesma razão, como o que não poderá de modo algum ser pensado a partir de uma teoria da significação (FOUCAULT, 2001, p.59; 1992, p.60). 1 Os discursos científicos desenvolvidos pela história natural e pela biologia são heterogêneos, portanto, não há um princípio de unidade entre ambos (MACHADO, 1981, p.162). Página. 932

9 Assim, a literatura é vista por Foucault principalmente na História da loucura e em As palavras e as coisas como um objeto de reflexão que não poderia ser analisado a partir de uma abordagem estruturalista. Tendo o cuidado de restringir sua pesquisa ao campo das ciências humanas, Foucault não propõe uma história das idéias. Ao considerar o sujeito como pressuposição a priori, a epistemologia clássica tomava a subjetividade como fundamento do conhecimento. Em termos gerais, o estruturalismo propõe uma análise da organização dos signos como um tipo de método empírico para as investigações das ciências humanas já que a linguagem é um objeto independente da subjetividade, e portanto, exterior em relação ao campo da representação. Apesar de desvincular a arqueologia da proposta estruturalista, Foucault considera a linguagem como um objeto empírico autônomo que não necessita da consideração de uma subjetividade como dado a priori. A possibilidade de pensar a linguagem como um objeto independente do sujeito do conhecimento só é possível a partir da lingüística de Saussure. Foucault observa que ao invés de percorrer o eixo consciênciaconhecimento-ciência (que não pode ser liberado do índex da subjetividade), a arqueologia percorre o eixo prática discursiva-saber-ciência (FOUCAULT, 1969, p.239). Não há qualquer referência à subjetividade na analítica dos discursos; a organização sistemática dos enunciados constitui um determinado saber sobre objetos específicos, como indica Foucault (1969, p.74): Na análise proposta, as diversas modalidades de enunciação, em lugar de remeterem à síntese ou à função unificante de um sujeito, manifestam sua dispersão. Nos diversos status, nos diversos lugares, nas diversas posições que pode ocupar ou receber quando exerce um discurso, na descontinuidade dos planos onde fala. Se esses planos estão ligados por um sistema de relações, este não é estabelecido pela atividade sintética de uma consciência idêntica a si, muda e anterior a qualquer palavra, mas pela especificidade de uma prática discursiva [...]. O discurso, assim concebido, não é a manifestação, majestosamente desenvolvida, de um sujeito que pensa, que conhece, e que o diz: é, ao contrário, um conjunto em que podem ser determinadas a dispersão do sujeito e sua descontinuidade em relação a si mesmo. É um espaço de exterioridade em que se desenvolve uma rede de lugares distintos. Ainda há pouco mostramos que não era nem pelas palavras nem pelas coisas que era preciso definir o regime dos objetos característicos de uma formação discursiva; e da mesma forma, é preciso reconhecer, agora, que não é nem pelo recurso a um sujeito transcendental nem pelo recurso a uma subjetividade psicológica que se deve definir o regime de suas enunciações. Para Machado (2000, p ), essa posição de A arqueologia do saber em relação ao estruturalismo é nova em relação aos livros anteriores de Foucault. Página. 933

10 Mas, na verdade, já era enunciada desde que ele havia terminado As palavras e as coisas [...]. Machado ainda salienta que quando Foucault diz que jamais empregou a palavra estrutura, essa afirmação não é inteiramente correta. Pois se é verdade que esse termo não aparece em As palavras e as coisas, o mesmo não se pode dizer da História da loucura e do Nascimento da clínica, sobretudo desse último, quando se sabe que, na segunda edição do livro, de 1972, Foucault eliminou as expressões que o apresentavam como uma análise estrutural, substituindo-as pelas que dizem respeito ao conceito de saber considerado como objeto de uma análise do discurso, homogeneizando, deste modo, sua terminologia com a de A arqueologia do saber. Através da arqueologia, Foucault pretende se desvincular do estruturalismo, mostrando que a analítica dos discursos não se restringe somente à busca de uma organização estrutural da linguagem, não se requer uma construção lingüística regular para formar um enunciado [...]. O enunciado, portanto, não existe nem do mesmo modo que a língua (FOUCAULT, 1969, p.114). Ao analisar o processo de positivação das ciências humanas, Foucault enfatiza as cesuras e a descontinuidade no processo de formação dos discursos científicos, negligenciando qualquer possibilidade de unidade na organização estrutural dos sistemas de pensamento. Para Foucault importa demonstrar, através da prática histórica, de que forma um determinado saber se eleva ao status de ciência. As formações discursivas, definidas como a articulação sistemática de uma multiplicidade de enunciados, estabelecem axiomas sobre determinado objeto empírico, constituindo um saber específico. Na arqueologia, o filósofo descreve as restrições que de alguma forma a tradição cultural e o desenvolvimento das técnicas impuseram para a sistematização do conhecimento científico. Para o arqueólogo dos saberes, estas restrições não retiram a legitimidade de um determinado saber, entretanto, são consideradas fundamentais para o estudo da constituição das ciências. A arqueologia pode ser compreendida como a histoire épistémologique des sciences (FOUCAULT, 1969, p.248). É certo que Foucault se aproxima do estruturalismo em uma fase de sua arqueologia das ciências, principalmente na História da loucura. Só que se na História da Loucura pode-se dizer que utiliza a analítica estrutural, Foucault, posteriormente, afirmará o contrário, ou seja, que, na verdade, não estava pensando no estruturalismo e sim numa análise dos discursos baseada na arqueologia dos saberes. Por ser um escrito posterior ao livro As palavras e as coisas, A arqueologia do saber talvez não revele as intenções iniciais do filósofo e nem mesmo sua perspectiva teórica. As dificuldades com as quais Foucault se depara ao levar adiante o projeto de uma analítica estrutural da experiência da loucura fazem com Página. 934

11 que o filósofo perceba que o estruturalismo não oferece um método apropriado para o método de análise das práticas discursivas e das práticas sociais. Referências Bibliográficas: DELEUZE, G. Em que se pode reconhecer o estruturalismo. In.: História da Filosofia: Idéias, Doutrinas. Tradução por Hilton Japiassú. Porto-Portugal. Rio de Janeiro: Zahar Editores, DREYFUS, H. e RABINOW, P. Michel Foucault: Uma trajetória Filosófica para além do Estruturalismo e da Hermenêutica. Tradução de Vera Porto Carreiro. Rio de Janeiro: Forense Universitária, FOUCAULT, M. História da loucura. Traduzido por José Teixeira Coelho Netto. São Paulo: Editora Perspectiva, FOUCAULT, M. L archéologie du savoir. Paris: Gallimard, 1969; trad. brasileira por Luiz Felipe Baeta Neves. Rio de Janeiro: Forense Universitária, FOUCAULT, M. Arqueologia das ciências e história dos sistemas de pensamento. Organização e seleção de textos, Manoel Barros da Motta; tradução Elisa Monteiro. Rio de Janeiro: Forense, FOUCAULT, M. Les mots et les choses. Paris: Gallimard, 2001; trad. brasileira por Salma Tannus Muchail. São Paulo: Martins Fontes, FOUCAULT, M. Naissance de la clinique. Presses Universitaires de France. Galien. Paris: Boulevard Saint-Germain, 1972; trad. brasileira por Roberto Machado. Rio de Janeiro: Forense Universitária, HABERMAS, J. O discurso filosófico da modernidade. Traduzido por Luiz Sérgio Repa e Rodnei Nascimento. São Paulo: Martins Fontes, HEUSCH, L. Situação e posições da antropologia estrutural. In.: Lévi-Strauss. São Paulo: Editora Documentos, LÉVI-STRAUSS, C. Antropologia Estrutural. Rio de Janeiro: Tempo Brasileiro, LÉVI-STRAUSS, C. A troca e a luta dos homens. In.: O método estruturalista. Tradução de Carlos Henrique Escobar. Rio de Janeiro: Zahar Editores, LÉVI-STRAUSS, C. O triângulo culinário. In.: Lévi-Strauss. São Paulo: Editora Documentos, LEFEBVRE, H. Reflexões sobre o estruturalismo e a história. In: O método estruturalista. Tradução de Carlos Henrique Escobar. Rio de Janeiro: Zahar Editores, MACHADO, R. Ciência e saber: a trajetória da arqueologia de Foucault. Rio de Janeiro: Graal, MACHADO, R. Foucault, a filosofia e a literatura. Rio de Janeiro: Jorge Zahar, SARTRE, J. P. O existencialismo é um humanismo. In.: Os Pensadores. São Paulo: Abril Cultural, SAUSSURE, F. Curso de Lingüística Geral. São Paulo: Editora Cultrix, WAHL, F. Estruturalismo e Filosofia. Tradução de Alfredo Bosi. São Paulo: Editora Cultrix, Página. 935

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