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1 Humanismo

2 A psicologia humanista surgiu na década de 50, ganhando força nos anos 60 e 70; Reação às ideias psicológicas pré-existentes: o behaviorismo e a psicanálise Os principais constituintes deste movimento são: Carl Rogers ( ) e Abraham Maslow ( ).

3 Psicologia humanista As críticas ao comportamentalismo behaviovismo: abordagem estreita, artificial e estéril da natureza humana, que reduzia o homem à máquinas e animais propensos ao condicionamento. A divergência à psicanálise se mostrava no questionamento à ênfase no inconsciente, nas questões biológicas e eventos passados, no estudo de pessoas neuróticas e psicóticas e na compartimentalização do indivíduo.

4 Pressupostos Básicos A Psicologia Humanista é: 1. centrada na pessoa e não no comportamento, 2. enfatiza a condição de liberdade contra a pretensão determinista, 3. visa a compreensão e o bem-estar da pessoa não o controle. Segundo esta concepção, a psicologia não seria a ciência do comportamento, seria a ciência da pessoa.

5 Pressupostos Básicos Dá ênfase às qualidades humanas como: escolha, criatividade, avaliação e auto-realização; Preocupação e valorização da dignidade e valor do homem e interesse no desenvolvimento das potencialidades de cada pessoa. Considera-se central neste ponto de vista a pessoa tal como ela descobre o seu próprio ser e se relaciona com outras pessoas e grupos sociais.

6 A Psicologia Humanista propõe que o foco de atenção se volte ao ser humano em sua totalidade, considerando-o como uma entidade complexa de natureza biológica, psicológica e vivendo em sociedade; Como pessoa, o ser humano tem a propriedade de ter consciência de quem é ou do que é nas relações que se envolve, quer seja consigo mesmo ou nas relações com os outros.

7 Objetivos da Psicologia Humanista Faz uso da intuição e da reflexão, procurando aprofundar o significado da existência humana; Tentam buscar um enfoque científico humano, qualitativo (não apenas quantitativo) para a Psicologia. Tentam ser fiel ao fenômeno do homem como ser humano. Isto significa que o princípio básico do ser do homem não pode ser reduzido a um organismo humano.

8 Fenomenologia e Existencialismo

9 Edmund Husserl Fenomenologia como estudo puramente descritivo Fenômenos: realidade da consciência Intuição eidética: meio para alcançar a essência Intenção Redução A consciência é intencionalidade.

10 O encontro da fenomenologia com as ciências humanas Objetivo: elucidar a experiência A fenomenologia seria a base de todas as ciências Fenomenologia: Conhecer o homem Sujeito = fonte constitutiva do conhecimento de todo objeto de experiência e reflexão

11 As doutrinas existencialistas Existencialismo: tendência ou movimento filosófico que enfatiza a existência individual, liberdade e escolha. Kierkegaard, Nietzsche, Sartre, Heidegger

12 Soren Aabye Kierkegaard A verdade está na subjetividade e nas escolhas éticas do sujeito. O homem é livre. Seu comportamento não é determinado. Crucial: conhecer as motivações da existência. Conhecimento depende de interpretação, que depende de um ato de vontade, que por sua vez, é ato decisório de existir. Nasce aqui uma angústia existencial do homem, órfão dos grandes sistemas dogmáticos, com a possibilidade do vazio.

13 Soren Aabye Kierkegaard Ser total indissolúvel: razão, emoções e imaginação. Imaginação como criação de valores. Sentimento tão importante quanto o intelecto. Duas existências: 1. Estética (auto-satisfação física) 2. Ética (nível das escolhas) Religião: superação dos dilemas éticos pela entrega da existência a Deus, como fonte da vida singular.

14 Soren Aabye Kierkegaard A ideia da existência: existir é tornar-se consciente de si mesmo O conteúdo da subjetividade é o aspecto ético Conhecimento acidental x conhecimento essencial Imaginação: capacidade psicológica de produzir - liberta o homem das restrições impostas pelo ambiente

15 A Psicopatologia de K. Jaspers Karl Jaspers publica Allgemeine Psychopathologie em 1913 (Psicopatologia geral) Método fenomenológico para descrição do existente; Polêmica entre doença mental como funcional ou como orgânica; O homem é possibilidade aberta incompleta e incompletável

16 A Psicopatologia de K. Jaspers Destaques a) descrição sistemática do método fenomenológico b) mostrar que a psicopatologia é uma ciência natural e uma ciência do espírito Limites da compreensão a) limitado pelo extraconsciente, pelas relações causais, impessoais e não vivenciadas que exigem leis e teorias explicativas; b) limitada pela existência humana, este é um limite não só para a compreensão mas também para a explicação, vale dizer, para toda a ciência.

17 Martin Heidegger Qual a natureza do ser humano? É o ser-no-mundo, dasein, como ser que existe no mundo, indissolúvel deste. Três dimensões: 1. A natureza (existência cotidiana) 2. Os níveis de experiência (consciência de motivações para existir) 3. O estado de cuidado do Ser (preocupação ou angústia com o nada que leva o ser à transcendência das condições que limitam a existência)

18 Martin Heidegger A imaginação é a propriedade do humano por excelência Permite ao homem transcender as condições da existência cotidiana E desvelar o Ser que livremente escolhe como existir. Existência autêntica: abertura às possibilidades no mundo. Fenomenólogo existencial: descreve os diferentes modos de ser no mundo.

19 Martin Heidegger O homem: Ele existe para si (Eigenwelt): consciência de si Ele existe para os outros (Mitwelt): consciência das consciências dos outros Ele existe para as entidades que rodeiam os indivíduos (Umwelt). Existência se dá no Inter jogo dessas existências. Mas o Ser deve tomar cuidado para não ser tragado pelo mundo-dos-outros e isentar-se da responsabilidade individual de escolher seu existir.

20 Martin Heidegger Não é: como o ser vive no mundo? Mas sim: como o ser experiencia o mundo? O homem vive no mundo tanto quanto os animais, plantas e objetos, porém, somente ele experiencia o devir, se angustia com os limites do mundo e pode responder à pergunta: quem sou eu? E, ao responder, ele escolhe existir e forma diversas possibilidades, ao contrário dos animais, condicionados pelo instinto.

21 Existência condicionada pelo mundo E também é existência da liberdade absoluta de escolha e transcendência (dentro de e junto com o mundo). Abrem-se perspectivas para a radicalização da liberdade (no existencialismo de Sartre), para os construcionismos (pensamento social) e construtivismos (Piaget, Bronfenbrenner e Vygotsky).

22 Maurice Merleau-Ponty O real transborda sempre a percepção e seus sentidos ultrapassam os dados e os conceitos. M.M.Ponty conecta definitivamente o ser e o mundo, a essência e a existência, o corpo e a mente. Ele estabelece a empiria para a compreensão fenomenal humana: a linguagem.

23 Maurice Merleau-Ponty O ser não atribui sentido às percepções Mas as percepções só são possíveis porque o sentido está dado previamente. Não no mundo, mas na linguagem e na atribuição que a linguagem reserva ao homem e ao mundo: Permitir ao sujeito ultrapassar o significado e ser ente significador (significante). Eu significante e eu significado, pelo sentido, ultrapassam-se mutuamente, num interjogo que cria novos significados.

24 Resumindo... Husserl: junta objetividade e subjetividade na idéia da fenomenologia perceber é pensar perceber essências. Kierkegaard: enfatiza a liberdade, transformando essências em existências. Heidegger: coloca as existências no mundo. Merleau-Ponty: transforma existências em linguagem.

25 Influência do pensamento fenomenológico Várias psicoterapias: Psicanálise freudiana descrição de processos psicológicos e associação destes com circuitos neuroquímicos (Freud assistiu aulas de Brentano). Gestalt-terapia com base na teoria da Gestalt, trabalha a percepção de si e do mundo. Terapias humanistas: Logoterapia de Viktor Frankl e A.C.P. de Carl Rogers.

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