Mudanças no Ciclo de Desenvolvimento Infantil. Criança: obreira de construção do conhecimento. Maria Montessori
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- Maria de Lourdes Festas Minho
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1 Mudanças no Ciclo de Desenvolvimento Infantil Criança: obreira de construção do conhecimento. Maria Montessori
2 Desenvolvimento Infantil O desenvolvimento ocorre de forma natural e progressiva no transcurso da vida do ser humano. Para Maria Montessori, os primeiros 6 anos de vida são muito importantes uma vez que neste período se formam as bases da inteligência e o complexo mecanismo das faculdades psíquicas. Desta forma, o aluno ao atingir um grau de progresso não terá só adquirido habilidades e conhecimentos, mas terá se convertido em um ser pleno.
3 Desenvolvimento de 2 a 4 anos Fase motora fundamental - Inicial e Elementar Equilíbrio ainda instável. Corre, sobe degraus e em móveis. MOTOR Segura e manipula objetos trocando-os de mãos enquanto anda.
4 Desenvolvimento de 2 a 4 anos Raciocínio concreto, sem noção do aspecto abstrato e lógico. Entendimento literal. Percebe o que vê. Aprendizagem por imitação, repetição e associação. Aumento do número de palavras. Atividade cerebral/lado direito. Lidam 2 lados. COGNITIVO
5 Desenvolvimento de 2 e 4 anos Desconexão do Eu do Outro. Não tem noção exata de quem é. Por imitação do comportamento do outro, começa a entender os outros. Começa a controlar sua imagem no espelho. Começa a associar afetivo ao cognitivo: machuca - tem atenção. Diferencia emoções nos outros: raiva, contentamento. Mordidas, puxões - forma de se expressar. AFETIVO Início do processo de socialização. Dividir, emprestar e dar pode ocorrer ainda com dificuldade. Elege um dos genitores para estar mais próximo. Começam os comportamentos de enfrentamento dos pais. Preferem movimentos carrinhos, jogos/brincadeiras de contato físico. Verbalizam mais e às vezes até sozinhas. Linguagem e emoção ativas. SOCIAL
6 Desfralde O desenvolvimento neuropsicomotor segue uma direção crânio - caudal, ou seja, da cabeça para os pés e da parte medial para lateral. O desfralde deve começar quando se percebe que a criança está demonstrando sinais de preparo para o processo. São eles: Desconforto com o uso da fralda. Curiosidade quanto ao uso do toalete pelos pais/irmãos. Incômodo por ter a fralda suja, após ter feito xixi ou cocô. A família nuclear e a estendida bem como a escola devem ser parceiras neste processo para ajudar no desenvolvimento do controle dos esfíncteres pela criança. A decisão por iniciar o treino deve levar em conta: Disposição e maturidade da criança. Disponibilidade e a programação da família (mudanças, trabalho, festas,...).
7 Desfralde - Etapas 1. Avisa que fez xixi ou cocô. Não tem consciência do controle esfincteriano. Sente-se desconfortável após sua produção. 2. Avisa que está fazendo. Começa a ter consciência da passagem/liberação do xixi ou do cocô pela uretra ou reto, porém sem controle ainda do segurar/soltar. 3. Avisa que quer fazer. Começa a ter consciência da vontade e a controlar (segurar/soltar) os esfíncteres. 4. Consciência da sequência de eventos a ser seguida. Sentir vontade - reter - encaminhar para o banheiro - tirar a roupa - sentar no vaso/penico - liberar o controle - esvaziar a bexiga/reto - higienizar - vestir a roupa - lavar as mãos.
8 Chupeta A criança nasce com reflexos importantes à sua sobrevivência e desenvolvimento. A sucção é ato reflexo e por volta dos 3 meses de idade deixa de ser reflexo e passa a ser voluntário. O bebê que mantém a sucção, mesmo após a alimentação, pode fazer isto devido ao fato de estar exercitando o movimento ou ampliando a sensação de prazer que sente ao ser amamentado. A chupeta então passa a ser uma fonte de apego, aconchego, vínculo da criança para com ela mesma. Uso prolongado pode acarretar problemas para a criança. São eles: Palato atrésico. Alterações no desenvolvimento crânio facial, dentárias, nos músculos da língua, dos lábios e da bochecha, na fala, na mastigação e na deglutição. Respiração bucal.
9 Retirada da Chupeta Assim como a retirada da fralda, a retirada da chupeta deve ser observada como um processo gradual e contínuo e não de forma repentina. A criança deve estar consciente e ser motivada para este processo. Algumas sugestões: Planejar a despedida da chupeta. Evitar novidades na programação. Envolver a família nuclear, a família estendida e escola no processo de retirada. Reduzir os momentos de uso. Ser consistente e perseverante - não ceder ao uso da chupeta fora do que foi combinado com a criança. Recolher as chupetas da casa.
10 Choro e Birra Tanto o choro quanto a famosa birra são simplesmente maneiras que a criança tem de expressar suas vontades ou necessidades. Como a criança está em momento de aprendizado e o faz por observação das ocorrências ao redor, se um choro ou uma birra produz o efeito desejado, ela irá repeti-la. O que fazer: Mantenha a calma, o tom de voz firme, porém sem gritos e a clareza do seu propósito enquanto mãe/pai. Ignore a cena e continue seus afazeres. Se persistir a birra, abaixe-se à altura da criança e converse com ela olhando nos olhos e diga que ela deve parar e conversar. Se não adiantar, deixe-a sentada em um local à sua vista, para que se acalme. Diga que não deve sair de lá enquanto você não a tirar. Se mesmo assim persistir, procure uma ajuda profissional.
11 Desenvolvimento e Aprendizagem O Método Montessoriano concebe a aprendizagem como um processo contínuo, gradativo e natural da criança, permitindo que ela, ao seu tempo, conquiste seu conhecimento por meio da interação para com ela mesma, com o outro e para com o meio. Desta forma, a criança passa a descobrir suas capacidades e habilidades tornando-se um ser confiante, seguro, consciente de seu valor e, especialmente, autônomo.
12 Desenvolvimento e Aprendizagem Todos esses aspectos de desenvolvimento (motor, cognitivo, afetivo e social) interagem entre si e tendem a um equilíbrio progressivo, de um estado de menor equilíbrio para um estado de equilíbrio superior. Apesar dos estágios de desenvolvimento ocorrerem em uma sequência ordenada e fixa, cada criança pode estar em estágio diferente para cada aspecto, sem que isto signifique necessariamente atraso ou dificuldade. Cabe ao educador prover meios e estímulos para que a criança se desenvolva.
13 Rotinas Trabalho Pessoal Revisão Aula de Linha Aula Nova Higiene Pessoal Lanche Escovação dos Dentes Recreação Higiene Pessoal Hora da Fruta Atividade Lúdica Preparo da Saída
14 Apoio ao Desenvolvimento Pelos Educadores Convicção no seu trabalho e crença plena no potencial de cada criança; Preparar o ambiente adequadamente para a exploração da criança; Preparar o material adequadamente; Levar a criança a se autocorrigir, autodisciplinar, a respeitar o trabalho do outro; Servir de intermediário entre o material e a criança; Ensinar o manuseio adequado do material e o método de trabalho e, Ser um elo entre o meio e a criança. O educador é um condutor sem ser direcionador, é um estimulador sem ser controlador, é observador sem causar interferências desnecessárias/inúteis ou não requeridas.
15 Apoio ao Desenvolvimento Pelos Pais Ensina-me A controlar a voz, falando baixo A ser calmo, não se agitando A ser dócil, não me agredindo A ter respeito, não me desrespeitando A ser organizado, mantendo a ordem A ser paciente, sendo tolerante A ser persistente, respeitando o meu ritmo A ser independente, dando-me liberdade A ser consciente, dando-me responsabilidade Enfim, ensina-me A sonhar, contando-me histórias A viver, mostrando-me a vida A amar, amando-me em primeiro lugar. Pais sejam confiantes em si, na vida, na sua função de pai/mãe para que seus filhos sejam seres plenos.
16 Excelente dia!!! Excelente Prosseguir!!!
17 Referências Machado, Izaltina de Lurdes Educação Montessori de um homem novo para um mundo novo Ed. Pioneira Thompson, São Paulo, 1ª.Ed. Montessori, Maria - Em Família Ed. Nórdica, Rio de Janeiro, 1a. Ed. Montessori, Maria - A Criança Ed. Nórdica, Rio de Janeiro, 1a. Ed. Montessori, Maria - Mente Absorvente Ed. Nórdica, Rio de Janeiro, 1a. Ed. Sites (The International Montessori Index). Inglês (Montessori Foundation/International Montessori Council). Inglês (Association Montessori Internationale - fundada em 1929 por Maria Montessori). Inglês
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