O AGRONEGÓCIO DO PALMITO NO BRASIL. Aníbal Rodrigues Eng. Agrônomo, Área Sócioeconomia

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1 1 O AGRONEGÓCIO DO PALMITO NO BRASIL Aníbal Rodrigues Eng. Agrônomo, Área Sócioeconomia aníbal@iapar.br Maria Eliane Durigan Eng. Florestal, Área Fitotecnia mdurigan@iapar.br Instituto Agronômico do Paraná Estr. Graciosa, Km 18, Pinhais, Paraná Área Temática: 4 - Sistemas Agroalimentares e Cadeias Agroindustriais Forma de Apresentação: - Apresentação com presidente da sessão e presença de um debatedor 1

2 2 O AGRONEGÓCIO DO PALMITO NO BRASIL Resumo Na última década o agronegócio do palmito vem perdendo o caráter de atividade extrativa e um tanto clandestina devido às questões ambientais, à exaustão das espécies nativas, às exigências da ANVISA e ao aumento do cultivo de espécies nativas e exóticas. Os dados para este estudo foram obtidos entre junho de 2002 e março de Estimou-se que a produção de palmito no Brasil está em torno de t/ano. Os dados oficiais (IBGE) de área plantada e produção são inconsistentes. Para 2003 informa-se a produção de t (73,7 % palmito cultivado). O pólo dominante ainda é Belém, baseado na extração de açaí. Além de Goiás (palmito de guariroba), no Sul da Bahia e no Vale da Ribeira (SP) aumentam as lavouras de pupunha, seguindo-se Santa Catarina e Paraná, com área total estimada em ha no País, em As exportações decresceram de t em 1977 para t em 2004; os preços, idem: US$ 5 772,00/t em 1977 e US$ 3 421,00/t em O Equador e a Costa Rica são os principais exportadores. Fora o Brasil, o mercado mundial do palmito é pouco expressivo (US$$ 65, 6 milhões em 2002). Os principais importadores são França, Espanha e Estados Unidos. As estimativas de consumo no Brasil variam de 100 g a 940 g/pessoa/ano. Atualmente (2005) falta matéria prima em algumas regiões e os preços do produto estão elevados. PALAVRAS-CHAVE: Palmito, Agronegócio, Agroindústria 2

3 3 O AGRONEGÓCIO DO PALMITO NO BRASIL 1 INTRODUÇÃO Este estudo faz parte do Projeto Palmito de pupunha (Bactris gasipaes): uma alternativa sustentável para o aproveitamento de áreas abandonadas e/ou degradadas pela agricultura no Domínio da Mata Atlântica, proposto ao Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Agricultura Brasileira PRODETAB 1 a partir da constatação de que o agronegócio do palmito é relativamente novo no Brasil e no mundo, que alcança relevância econômica significativa e, que pode ser atividade importante na reestruturação econômica de áreas com baixo potencial para a agricultura convencional. Estima-se que o agronegócio do palmito esteja entre US$ 350 a US$ 500 milhões/ano. 2 Se adotada a concepção mais restrita do termo negócio agrícola o agronegócio do palmito é recente, pois só na última década começa a perder o caráter de atividade eminentemente extrativa e de industrialização em grande parte clandestina. Em termos gerais, o acirramento da questão ambiental, a quase exaustão das espécies nativas na Mata Atlântica, o raleamento dos estoques de açaí no Pará/Amapá e o crescente aproveitamento dessa palmeira para a colheita de frutos induzem, mais recentemente, a dois grandes movimentos: 1. À extração organizada em planos de manejo, onde a legislação e a pressão ambientalista o permitam; e 2. Ao cultivo de espécies nativas e de exóticas, em todas as regiões do País e em quase todos os Estados. Os resultados desses movimentos já são perceptíveis: a reordenação do segmento extrativo-industrial em Belém extração via planos de manejo, maior atenção à qualidade, palmito ecológico ; a instalação de novos grupos empresariais no Sul da Bahia e no Vale do Ribeira (SP); a reordenação das agroindústrias tradicionais no Sul do País; o incremento da atividade em Santa Catarina e no Paraná, via projetos de cultivo de palmeira real e pupunha, principalmente. 2 METODOLOGIA O estudo é apresentado em duas partes: i) primeira sistematização e análise das informações em uma perspectiva histórica da formação do agronegócio do palmito no País e em países concorrentes; e ii) segunda onde se caracteriza a situação contemporânea da atividade no País a partir de informações obtidas em entrevistas diretas, nas regiões em que a atividade é importante. As etapas principais foram conduzidas como na maior parte dos estudos de mercado com objetivos semelhantes (ABIPTI, 1999): i) Coleta e sistematização de 1 PRODETAB Programa de Apoio ao Desenvolvimento Tecnológico da Agricultura Brasileira. Executores: Embrapa, Iapar, Emater-Paraná, Universidade Estadual de Maringá e Universidade Estadual de Ponta Grossa. 2 Estimativas de alguns pesquisadores e dirigentes de instituições (ABRAPALM) atuantes no setor. No entanto, essas podem ser estimativas conservadoras, pois considerando-se os preços médios do palmito em tolete (R$ 21,00/Kg) e do palmito picado (R$ 13,00/Kg) no varejo, e o volume produzido/ industrializado no País, o valor fica em torno dos US$ 900 milhões no Brasil, mais US$ 65 milhões no resto do mercado mundial. 3

4 4 dados, fatos estatísticos e não-estatísticos; ii) Análise dos dados, fatos e antecedentes importantes; e iii) Projeções de cenários e tendências (FONTES, 1983) As informações estatísticas para a primeira parte deste estudo a análise histórica do agronegócio no Brasil foram obtidas a partir dos dados secundários oficiais (IBGE), de teses e monografias, consultas a bancos de dados via Internet. Os dados de exportações brasileiras foram obtidos da SECEX/AliceWeb. Das exportações, importações, área plantada e diversas informações de outros países, em sítios web oficiais (Ministérios da Agricultura, da Fazenda, etc). As entrevistas diretas com os principais agentes do agronegócio do palmito foram realizadas entre junho de 2002 e março de 2003, em Manaus, Belém, Ilhéus e Itabuna, Venda Nova, São Mateus e Vitória (ES), Rio de Janeiro (capital) e Niterói, São Paulo capital, Registro e Vale do Ribeira (SP), Estado do Paraná, Florianópolis e Litoral Norte de Santa Catarina. 3 RESULTADOS 3.1 A Agroindústria A industrialização do palmito no Brasil começou em 1949, no Paraná. Na década de 1960 a expansão da atividade se deu no Litoral Norte de Santa Catarina e no Litoral Sul de São Paulo. O número oficial de indústrias envasadoras no País era 95 indústrias no ano de 1959 (todas no Paraná), passa a em 1970 e cai para 66 indústrias em (ROSSETI, 1988). A partir do início da década de 1970 a atividade desloca-se para o Norte do País, centrada em Belém do Pará. Segundo Nascimento e Moraes (1991), os primeiros registros da agroindústria do palmito no Pará mostram que em 1968 implantou-se a primeira empresa nesse Estado. A partir daí o agronegócio do palmito passa a ser comandado pelo núcleo agroindustrial de Belém, consolidando-se a partir da década de 1990 (tabela 1). Nas duas últimas décadas, no Pará se produz e envasa mais de 80% do palmito do País. TABELA 1 INDÚSTRIAS DE PALMITO NO PARÁ, EM 1991 N o EMPRESAS N o FÁBRICAS N o FÁBRICAS POR EMPRESA MÉDIA ANUAL POR EMPRESA 10 grandes t 18 médias t 77 pequenas t TOTAL t Fonte: Adaptado de Nascimento e Moraes, 1991 As informações de Nascimento e Moraes (1991) são resultado de um estudo criterioso, podendo-se assumir como fidedignas. Posto que a imprecisão dos dados de produção no Brasil é acentuada, além do número de empresas interessa apresentar a produção apurada pelas autoras, bastante superior à oficial, como se verá a seguir (segundo o IBGE a produção em 1991 teria sido de apenas t). Segundo os dados deste estudo, em 2002 haveria cerca de 110 indústrias envasadoras de palmito legalizadas no País. 3 3 Pará = 48; Santa Catarina = 23; São Paulo = 12; Paraná = 11; Bahia = 5; Espírito Santo = 5; Amazonas = 2; e Rio de Janeiro = 1. Falta contabilizar as unidades de Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul e de outros Estados com participação menor. Sabe-se também que o número de indústrias funcionando de forma ilegal suplanta em muito as legalizadas. 4

5 5 3.2 A Produção de Palmito no Brasil A produção (dados oficiais) passa de t. em 1974 para t. em Logo decresce para t em Cresce até alcançar t. em 1989 e decresce para t. em 1990 (tabela 2). O Paraná, Santa Catarina e São Paulo, que até 1979 participavam com até 10,8 % do total produzido, a partir de 1980 passam a contribuir com percentuais irrisórios menos de 1,0 % salvo em São Paulo, com 8,7 % em 1984 e a retomada da produção a partir de 2000 no Estado, devida ao palmito cultivado (tabela 2). TABELA 2 PRODUÇÃO DE PALMITO NO BRASIL, PARÁ, SÃO PAULO, SANTA CATARINA E PARANÁ 1974 a 2003 Anos selecionados ANO BRASIL (t) 1 PARÁ % SÃO PAULO % S ta. CATARINA % PARANÁ % ,0 8,9 10,8 3, ,0 0,8 1,6 0, ,0 4,2 6,4 2, ,0 0,5 2,0 0, ,4 0,04 0,0003 0, ,0 0,0006 0,02 0, ,0 0,0007 1,8 0, ,3 0,01-0, ,4 0,6 0,0004 0, ,0 1,2 0,0004 0, ,5 7,0 1,1 0, ,9 6,3 2,3 0, ,5 8,9 3,4 1,0 Fonte: IBGE/SIDRA (Tabela 289 Quantidade produzida na extração vegetal e, Tabela Lavouras Permanentes/ AGROPECUÁRIA) (1) Os dados desta coluna referem-se à soma da produção extrativa e da produção em lavouras, oriundos das Tabelas 289 e da Tabela Lavouras Permanentes (IBGE/SIDRA). NOTA: Excluiu-se os anos/ linhas em que a produção do ano anterior foi aproximada. Desde a drástica queda apontada pelos dados oficiais em 1990 a produção brasileira de palmito continuou em declínio até o ano de 1997, a partir do qual ocorre uma notável recuperação até à época atual. Nesse ano, o salto na produção (quase o dobro de 1996) ainda é devido ao produto extrativo ( t extrativo). 4 O fato novo é que desde 1998 a retomada da produção se deve ao palmito cultivado, cuja participação seria a seguinte: em 1998 = 32 %, 1999 = 51 %, 2000 = 59 %, 2001 = 63 %, 2002 = 74 % e em 2003 = 73 %. Outro fato é que o Pará teria perdido a posição de prevalência que mantinha desde 1973, quando subitamente passa de 95,0 % de participação em 1999 para 39,5 % em 2000, diminuindo para 24,5 % em Mesmo com o recrudescimento das questões ambientais e outros eventos sociais, políticos e econômicos no País, ao final da década de 80, não se conseguiu explicação para tão significativas variações. A hipótese mais plausível é a de falhas na coleta dos dados e nas estatísticas do IBGE. Neste estudo estimou-se que a produção de palmito no Brasil, estava em torno de t, em Pode-se assumir esse montante como o atual, pois não se registrou no País eventos significativos afetando a estrutura de produção e de consumo. 4 Mais os t de palmito cultivado, resulta nas t citadas na tabela 10, em Ano de referência para o qual se coligiu dados mais fidedignos. 5

6 6 3.3 As Exportações As exportações de palmito brasileiro iniciam-se em 1960, com 445 t. Crescem regularmente até t. em Disparam para t. em Chegam ao maior volume exportado t. em Oscilam em patamares mais elevados(± t.) em séries de dois a três anos entre 1980 e 1995, 6 ano em que há uma queda significativa para t., da qual não nos recuperamos até agora. Interessante é que há 25 anos exportávamos cinco vezes mais do que atualmente. A tabela 3 apresenta o volume e o preço do palmito exportado pelo Brasil na última década. TABELA 3 EXPORTAÇÃO DE PALMITO PELO BRASIL, 1990 a 2004 ANO VOLUME (t) US$ mil/t Fonte: BRASIL/SECEX/Aliceweb, NOTA: Excluiu-se os anos/ linhas em que a exportação do ano anterior foi aproximada. Quanto ao preço do palmito exportado, o primeiro registro é de 1960, com US$ 864,00/t. 8 Cresce pouco, até 1971, quando chega a US$ 1 331,00/t. Em 1974 o preço dobra, chegando a US$ 2 605,00/t. Dobra novamente em 1979 e vai para US$ 5 110,00/t. Em 1980 alcança o maior preço (US$ 5 772,00/t.). De 1983 em diante decresce pouco, até 1990 (US$ 5 163,00/t) 9 Na década de 90 os preços vão declinando 10 até chegar a US$ 3 421,00/t.em O Consumo de Palmito em Conserva no Brasil As informações relativas ao consumo de palmito no País são, também, bastante frágeis. As estimativas variam de 100 g a 940 g/pessoa/ano. Esta última, sugerida por este estudo como a mais apropriada, foi realizada a partir da Pesquisa de Orçamento Familiar (POF/IBGE, 1996) e ajustada com informações de produção/exportação fidedignas, as quais permitiram calcular o consumo aparente no País. Neste item ressalte-se que há questões importantes a entender/ resolver, como as diferenças significativas na estrutura de consumo (na regiões Norte e Nordeste consome-se pouco), a questão sanitária e, as de desenvolvimento do produto, no mercado interno e externo. O Brasil é de longe o país mais importante. 11 França, Espanha e Estados Unidos são os maiores importadores, sendo que os EEUU são o país em que a demanda cresce relativamente mais e de modo constante. Em 2001 importaram US$ 11, 6 milhões, cerca US$ 5 milhões a mais que em Com a recuperação da economia na Argentina, pode-se prever a retomada das importações desse país, em níveis significativos. 6 As séries mais importantes são: 1980 a 83; 1987; 93 e 94; 1995 e Obtido em Acesso: 22/ Os preços foram atualizados para US$ de jul/2002, segundo a inflação oficial do dólar americano. 9 Em 1987 há um pico de preço que chega a ser o segundo maior = US$ 5 763,00/t. 10 Com picos de US$: 5 007,00/t. (1995); 5 688,00/ton. (1997); 5 377,00/t. (1998). 11 Descontadas as t exportadas e as possíveis perdas, no País se consome em torno de t de palmito em conserva, ao ano. 6

7 7 3.5 Os Países Concorrentes no Mercado do Palmito Os principais países concorrentes do Brasil no mercado do palmito são o Equador e a Costa Rica. Este último dominou o mercado internacional até 1999, quando exportou t. No ano de 2000 o Equador exportou t, seis mil toneladas a mais que a Costa Rica. 12 Esses são volumes bastante superiores às exportações atuais do Brasil (2 222 t). Interessante é que os preços conseguidos por esses países são muito menores: Costa Rica e Equador venderam a ± US$ 1 600,00/t; o Brasil vendeu a US$ 3 421,00/ton. em Então, como explicar a justificativa usual para a perda do mercado, para esses países, supostamente devido à má qualidade do nosso palmito? Nos últimos três anos no Equador e na Costa Rica tem havido grande turbulência no agronegócio do palmito, a ponto de se registrar significativa redução da área plantada, nos dois países: Na Costa Rica a área decresceu de ha em 1998 para ha no ano de 2000; No Equador, de ha no ano 2000, para ha, em São várias as causas da crise relatadas para os dois casos. As mais importantes podem ser: i) Aumento dos custos de produção; ii) Planejamento inadequado de quantidades e de preços para o mercado externo; iii) No caso da Costa Rica, a competição do Equador; iv) No caso do Equador; além dos anteriores, a quebra da economia Argentina, o maior comprador de palmito do Equador; e v) O rebaixamento dos preços pagos aos produtores/ agricultores, nos dois países. Há outros países potencialmente concorrentes no mercado do palmito Bolívia, Colômbia, Perú e Venezuela mas, ao contrário do que em parte se esperava, o apoio oficial à substituição dos plantios de coca por pupunha não impulsionou a produção de palmito nesses países. 13 Alem desses, há notícias do início de plantios de pupunha para palmito em países do sudeste asiático Malásia, principalmente, o que deve ser levado em conta, dado a capacidade dos países dessa região em implantar projetos agrícolas fortemente apoiados pelo Estado e de competir no mercado internacional. 3.6 Síntese das Principais Questões do Agronegócio do Palmito As principais questões por segmento do agronegócio do palmito podem ser sintetizadas da seguinte forma: Questões gerais i) Ainda que o desastre da notícia em redes de notícias nacionais da existência de botulismo em conservas de palmito (em 1998), tenha afetado muito negativamente o mercado, o fato já está superado. Mesmo a um custo de envase mais elevado devido às novas exigências da Agência Nacional de Vigilância Sanitária ANVISA (lacre na tampa, tampa litografada, p.ex.), a tendência é de aumentar/ garantir a confiança dos consumidores quanto à sanidade do produto e eliminar as restrições de venda devido a 12 Contudo, os dados são incoerentes, porque: de 2000 para 2001 a área plantada na Costa Rica decresce em ha e as exportações crescem t; no Equador a área diminui ha e as exportações aumentam em t. Haveria tanto produto estocado? 13 Refere-se à Proposta Internacional para Elaborar um Estudio del Potencial Comercial y Viabildad Económica em Áreas Cocaleras de la Región Andina, de los Cultivos de Palmito, Maracuyá y Piña. Apresentado pelo Instituto Interamericano de Cooperación para la Agricultura IICA, ao Consejo Andino de Desarrollo Alternativo (CADA), em fevereiro de

8 8 esse fato importante. Resta ainda a questão da qualidade do produto envasado, muito variável em diversos aspectos e ainda com problemas derivados da cultura extrativista. ii) A atividade extrativa tende a um comportamento diferente, para melhor, com o aumento dos planos de manejo. Embora com uma possível elevação dos custos, podese ter ganhos em padrão e qualidade do produto. iii) Ainda que não mensurado mas confirmado pelos gerentes de supermercados entrevistados há um aumento consistente no consumo de palmito nos centros consumidores tradicionais (Centro-Sul, Sudeste) e em outros grandes centros urbanos. O aumento é mais significativo nas maiores cidades do Norte/Nordeste, as quais praticamente não consumiam o produto e, no Centro Oeste (Brasília, Goiânia) com palmito de guariroba (Syagrus oleracea). Em algumas agroindústrias do Sul da Bahia, do Espírito Santo e de Santa Catarina afirmou-se que não havia matéria prima para atender à demanda de grandes pedidos. iv) A produção de palmito cultivado vai se firmando como atividade economicamente viável e ambientalmente defensável, o que permite às indústrias melhorar o padrão do produto, em forma, qualidade e sanidade, alem de se poder pensar em retomar o mercado externo com produto cultivado. Um aspecto negativo é que ainda há muito palmito de origem clandestina. A entrada desse produto no mercado via agroindústrias legalizadas tende a diminuir, mas há redes de fornecimento de produto envasado em fabriquetas ilegais atendendo à maior parte da demanda de restaurantes, churrascarias e lanchonetes. Outro aspecto é que as grandes redes de supermercados praticamente monopolizam o comércio do produto envasado. Embora oficialmente os gerentes de compras dos supermercados tenham declarado que a margem de lucro não é exagerada ficaria em torno dos 25 % extra-oficialmente outros informantes relataram margens em torno dos 60 %. 14 Além disso os supermercados impõem condições que inviabilizam a realização de negócios com pequenos e médios fornecedores, isto é; o custo da entrada no cadastro de vendedores e da manutenção do produto nas gôndolas é proibitiva para pequenos e médios fornecedores. Como em outros setores da economia isso favorece a tendência à concentração, ao domínio do agronegócio por um número pequeno de empresas de vendedores e compradores. v) Nas duas regiões mais dinâmicas Sul da Bahia e Vale do Ribeira há um processo de reestruturação das fábricas tradicionais envasadoras de palmito nativo e a instalação de projetos agroindústrias de grupos empresariais de porte significativo. A estratégia, para a maioria das agroindústrias, é ter a maior parte da matéria prima comprada a agricultores associados. Uma parcela menor será de lavouras próprias, de modo a garantir matéria prima em momentos críticos e possivelmente, ter reservas para negociar preço. Em todos os casos, a orientação das agroindústrias é primeiro consolidar posições comerciais no mercado interno. Como o mercado externo ainda é largamente dominado pelas fábricas do Pará e as dificuldades para exportar são grandes, para as novas empresas o mercado externo é secundário. 14 Tendo por base as declarações dos gerentes e os cálculos (razoavelmente confiáveis) efetuados com os dados das grandes redes, em Curitiba (Cf. CORSO, 2003). Falta estudar adequadamente a questão, porque a impressão geral é de que as margens dos supermercados seriam muito elevadas, na maioria dos casos relativos a esse produto. 8

9 9 vi) A retomada do mercado externo, em ambos os casos (produto extrativo, cultivado), depende da melhoria da qualidade, da diversificação do mix/ formas de apresentação, do fornecimento ampliado para os nichos de produto orgânico, da valorização do produto cultivado, da negociação das tarifas externas que penalizam o produto nacional, e outros O setor extrativo e produtivo agrícola i) Aumenta significativamente a pressão legal e dos movimentos ambientalistas com vistas ao manejo sustentável de produtos florestais, em especial do palmito, nas áreas de Mata Atlântica e na Amazônia. Também a valorização de outros derivados como os frutos de açaí (e potencialmente de juçara), colocam em xeque o extrativismo desordenado para produzir palmito. Esses fatos, aliados às necessidades de um mercado mais exigente em qualidade e que tende à maior padronização dos produtos, permitem apostar na valorização crescente da produção do palmito em cultivos e extrativismo racionais. Embora alguns representantes do segmento agroindustrial baseado no extrativismo não creditem muito sucesso aos projetos de cultivo devido ao maior custo da matéria prima, a história da economia agrícola mostra que poucas atividades/produtos extrativos, feitas em escala comercial, permaneceram como tal, sendo suplantados pelos cultivos. 15 ii) A região do delta do rio Amazonas é a principal fornecedora de palmito para o mercado interno e para a exportação. Aí haveria uns km 2 com áreas densas em palmeiras de açaí, em diferentes condições de exploração. A tendência em adotar planos de manejo é crescente, sendo que até julho de 2000 havia ha manejados, principalmente para a coleta de frutos, mas também produzindo palmito (SANTANA et al., 2002). iii) A produção de palmito cultivado, iniciada com lavouras de pupunha nos arredores de Manaus, atualmente é pouco importante nesse Estado. No Norte, a atividade se expandiu com essa espécie (também existe açaí cultivado) ao longo da Rodovia Transamazônica e no Centro-Sul do Pará. Contudo, as informações quanto à área plantada são pouco confiáveis. Haveria um número significativo de projetos não efetivados, por diversos motivos (o principal seria desvio dos empréstimos oficiais). iv) No Pará e no Amapá, a retomada das discussões entre empresas (SINDIPALM) e o IBAMA 16 tem permitido encaminhar melhor as questões da regulamentação da atividade extrativa, do manejo e da produção do palmito. O mesmo acontece com os órgãos de gestão ambiental quanto à regulamentação dos plantios e corte das palmeiras exóticas na Mata Atlântica, 17 no Sul da Bahia, no Vale do Ribeira e em Santa Catarina. No Paraná, a falta de definição/regulamentação dos procedimentos possíveis tem causado transtornos relevantes aos envolvidos com a atividade produtiva e agroindustrial. 15 Os custos totais (envase, impostos, transporte) de um vd/300 g de palmito extrativo, declarados pelo proprietário de uma grande agroindústria de Belém (± R$ 3,00), são os mesmos declarados por um semelhante, que envasa palmito de cultivo, em Santa Catarina. 16 Refere-se à realização do Simpósio de Avaliação sobre o Manejo, Industrialização, Comercialização e Legislação de Frutos e Palmito de Euterpe oleracea Mart. (Açaizeiro/ Palmiteiro), na sede do IBAMA em Belém do Pará, em 19/06/2002, com o envolvimento de diversos segmentos ligados à atividade. SINDIPALM Sindicato da Indústria de Palmito do Estado do Pará. 17 A referência se deve ao fato de existir legislação específica para o uso dos recursos naturais desse ambiente historicamente bastante impactado (Cf. Decreto 750/93 Mata Atlântica). 9

10 10 v) A expansão da atividade ocorre de forma dinâmica, nas regiões em que a pupunha se adaptou bem e onde havia agroindústrias já instaladas. Em ordem, por área plantada, a expansão ocorre no Vale do Ribeira e no Sul da Bahia. vi) Em Santa Catarina é muito maior a área com palmeira real. Essa tendência é seguida pelo Paraná, na região Litoral e em regiões mais frias, como o Norte do Estado (Londrina e Maringá). A esse respeito vantagens/desvantagens da pupunha x palmeira real há uma controvérsia importante e urgente a resolver, entre pesquisadores, técnicos e agricultores. Trata-se de definir elementos para decidir qual lavoura plantar e em que condições, pois são lavouras caras e não há muita margem para recuperar investimentos errados. Aparentemente, as lavouras de palmeira real são mais baratas (as mudas custam cerca de 25 % do preço das mudas de pupunha), e por se adaptar melhor ao frio, tendem a ser preferidas por agricultores menos capitalizados, em uma amplitude maior de regiões. Acontece que as palmeiras devem ser replantadas após cada corte. Então, a médio e longo prazo as lavouras de pupunha tendem a ser mais econômicas, em regiões de boa adaptação agronômica. No artigo de Chaimsonh e Durigan (2002), procura-se esclarecer essa questão e conclui-se pela maior rentabilidade da pupunha. vii) A questão da produtividade e, por conseguinte do rendimento econômico da pupunha e da palmeira real, permanece com baixo grau de definição, por diversos motivos. O principal pode se dever ao fato de ser uma atividade bastante recente, em termos agronômicos, sem padrão tecnológico razoavelmente definido para as diferentes condições de solo e clima em que se planta as duas espécies Área plantada A área plantada com palmeiras para palmito no País, é apresentada na tabela 4. TABELA 4 ESTIMATIVA DA ÁREA PLANTADA COM PUPUNHA E PALMEIRA REAL NO BRASIL, EM 2002 ESTADO ÁREA ÁREA EM OBSERVAÇÕES: PLANTADA (ha) PRODUÇÃO (ha) Amazonas Pupunha Pará Pupunha Bahia (Sul) Pupunha produtores Espírito Santo Pupunha e palmeira real Rio Janeiro Pupunha produtores São Paulo (Vale Ribeira) Pupunha produtores Paraná Palmeira real - 65 % da área Santa Catarina Palmeira real produtores Pupunha - 12 % da área. TOTAL Fonte: Dados da pesquisa de campo Quanto ao plantios no Pará, a informação oficial é de que há projetos com os ha. Extra-oficialmente comenta-se que haveria apenas uns ha plantados. No Espírito Santo predomina pupunha (± 900 ha) e há cerca de 4 milhões de mudas de palmeira real plantadas em 2003, o que dá mais uns 200 ha com essa palmeira na Região de Venda Nova. Como se pode ver, faltam os dados de Estados onde a atividade também é importante como Acre, Rondônia, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul, além do Oeste de São Paulo. Também faltam informações fidedignas de locais onde há implantação 10

11 11 recente de lavouras de palmeira real e de pupunha, como no Cerrado de Minas Gerais e de Goiás (guariroba). 18 Tudo indica que em regiões de chuva abaixo de mm anuais principalmente se mal distribuídos durante o ano o palmito cultivado não é competitivo com lavouras em regiões de melhor regime de chuvas. A irrigação encarece significativamente a produção, mormente em uma época de energia cara, de tarifação do uso da água e de variações climáticas em que chega a faltar água para irrigação, como é o caso do Norte do Espírito Santo. A definição das novas empresas para instalar seus projetos no Sul da Bahia, teve em grande conta a vantagem climática, além da relativa disponibilidade de terras e da fertilidade média a alta da maior parte das terras da região (HADDAD, 1999). Também parece não fazer sentido a definição por áreas degradadas para estabelecer lavouras comerciais de pupunha, palmeira real ou outras palmeiras cultivadas. Sendo espécies perenes e de implantação cara, essas lavouras devem ocupar áreas nobres em termos de fertilidade, de facilidade de manejo, de disponibilidade de água, etc. Caso contrário, dificilmente serão competitivas com áreas onde haja essas vantagens (Delta do Amazonas, Sul da Bahia, Vale do Ribeira, Litoral Norte de Santa Catarina). No caso dos palmitos cultivados, ainda que se tenha avançado significativamente na geração de conhecimento, as necessidades são muitas para se alcançar patamares economicamente viáveis, frente à produção/ industrialização nos países concorrentes (com subsídios e sem taxação no destino), à competição em preço com o palmito extrativo, à pressão de custos crescentes x preços decrescentes dos produtos agrícolas e, ao aumento das margens dos supermercados. Em uma perspectiva de médio/ longo prazo, em que cada vez mais o Estado se retrai/ausenta da pesquisa/assistência técnica, os projetos de pequenos e médios produtores/ agroindústrias tendem a passar por grandes dificuldades para se viabilizar Mercado marcas de palmito, preços, forma e condições de comercialização Em algumas regiões Santa Catarina e Sul da Bahia, principalmente há falta de matéria prima para fornecer às agroindústrias. Não se conseguiu determinar se por aumento significativo da demanda ou, por retração na oferta de palmito extrativo. No último caso, de juçara, principalmente, já que aparentemente não há retração significativa no fornecimento de palmito de açaí, em que pesem a pressão ambientalista e a concorrência para a produção de frutos. Para um produto que ainda não completou a transição do ciclo extrativo (geralmente pouco reconhecido/valorizado) para produto cultivado (no qual se investe um montante maior de recursos), o preço do palmito é muito elevado. Ainda que custe em torno de 50 % menos que cogumelos e aspargos, o palmito é bem mais caro que camarões e carne de primeira. A esses preços possivelmente supervalorizados pelos ofertantes/ supermercados, não correspondem os cuidados que valorizem o produto para a demanda. Quer-se dizer que o produto ainda é mal apresentado nas gôndolas, há grande desuniformidade nas embalagens (vidros boca estreita, boca larga), são freqüentes as latas amassadas, rótulos 18 A informação oficial (IBGE/SIDRA) é de que em 2003 em Goiás se teria produzido t de palmito quase todo de guariroba (Syagrus oleracea) em ha, o que daria 12,49 t de palmito/ha, montante totalmente fora de propósito. 11

12 12 soltos, produto envasado há mais de ano, profusão de marcas, etc. 19 A isso deve-se agregar a questão da baixa uniformidade e qualidade intrínseca de grande parte do produto à venda, mesmo em supermercados exigente (Ex.: palmito com a marca Doidão, em uma grande rede de São Paulo). 20 Marcas/ espécies A pesquisa de marcas/ espécies 21 de palmito nas principais redes de supermercados das cidades consideradas permite concluir o seguinte: Nos dois mercados consumidores mais importantes do País São Paulo (capital) e Rio/Niterói praticamente só havia palmito de açaí e de pupunha, à venda. Em São Paulo, havia 31 marcas de palmito de açaí (57 %), 21 de pupunha (39 %) e só duas de juçara (4 %); No Rio/Niterói, só havia açaí (32 marcas/86 %) e pupunha (5 marcas/14 %); Em Curitiba a frequência era a seguinte: 47 marcas de açaí (51 %), 20 de pupunha (22 %), 19 de juçara (20 %) e 6 de palmeira real (7 %); Em Manaus, das 18 marcas, 83 % eram de açaí e as restantes, de pupunha; Em Belém só havia palmito de açaí à venda (16 marcas). Ainda não é significativo o número de marcas com a designação orgânico, ecológico, produto natural, etc. Das dezenas de marcas anotadas nos supermercados, apenas uma apresentava a designação palmito ecológico. 22 No mercado de Santa Catarina há bastante palmeira real e juçara, embora o açaí seja frequente e a preço competitivo. A julgar pelos dados da pesquisa de marcas/ espécies nos supermercados, praticamente não existiria mais palmito de juçara no mercado. De fato, essa espécie vem sendo bem menos frequente, no mercado formal, e pode estar aí o reflexo da diminuição dos estoques dessa espécie, na floresta. Contudo, o produto que abastece restaurantes, churrascarias e lanchonetes, no Sudeste e Sul do País, ainda é de juçara da produção informal, principalmente. Preços Quanto aos preços do palmito de primeira/tolete no varejo, verificou-se o seguinte: Os preços de açaí, pupunha e palmeira real se equivalem (média de R$ 21,00/kg/vd 300 g). O palmito de juçara tem preço 20 % superior aos demais; Em São Paulo os preços são 20 a 25 % maiores que a média geral, para todas as espécies; Em Belém o palmito é 30 % mais barato que a média geral; O preço do palmito de açaí enlatado (média R$ 25,82/kg) é sempre maior cerca de 25 % que o envasado em vidros; 19 Em geral, as empresas possuem diversas marcas, que ao menor sinal de algum problema de rejeição, são retiradas do mercado e substituídas por outras. 20 Refere-se ao fato de que informalmente, nas agroindústrias em Belém há três tipos de palmito: de Primeira, de Segunda e Doidão. 21 Considerou-se como uma diferente marca, o palmito envasado de forma diferente. Ex: açaí marca xyz, envasado em vidros, uma; açaí da mesma xyz envasado em latas, outra marca. 22 Havia ainda marcas (uma de cada), com as designações Palmito Silvestre Tradicional, Palmito Natural da Amazônia, Palmito Cultivado, Produto Natural Cultivado. Aparentemente, as agroindústrias do Pará/Amapá tendem a explorar mais as designações ecológico, orgânico, nativo, natural, e isso ocorre com mais ênfase, com o produto para exportação. As designações cultivado (duas marcas) constavam em produto do Sul da Bahia e sabe-se que consta em mais algumas marcas de palmeira real de agroindústrias de Santa Catarina. 12

13 13 Em uma única observação, em supermercado de São Paulo, anotou-se o preço de R$ 35,00/kg/palmito/juçara e, R$ 40,00/kg/palmito/açaí, ambos em latas de 500 g; Os preços do palmito das marcas Gini, Hemmer (açaí) e Bonduelle (pupunha) eram sempre os maiores, em todos os mercados visitados. 23 Quanto aos preços do palmito picado, verificou-se que na média geral (consideradas as quatro espécies) o preço é cerca de 40 % mais baixo que o do palmito de primeira. Também para o palmito picado, o preço do juçara é maior que o dos demais (em média, 25 % superior). 24 Forma de apresentação/ envase Quanto à forma de apresentação/ envase, das dezenas de marcas observadas a grande maioria é envasada em vidros de 300 g. Apenas 11 eram envasadas em vidros de 180 g, duas eram em vidros de 270 g, uma era de 290 g, mais uma de 100 g e outra de 450 g (esta, em vidros com pickles). São mais freqüentes os vidros de boca estreita que os de boca larga. Havia latas à venda em quase todos os supermercados, predominando as de 500 g. Diferente do que ocorre em outros países de mercado mais desenvolvido, são ainda poucas as marcas da própria rede de supermercados. Observou-se apenas três marcas: Carrefour, PAP S e Sendas, nos mercados do Rio, Niterói e São Paulo Quanto às embalagens em potões, nos mercados de Manaus e Belém não as havia. No Rio e em Niterói só havia em duas lojas. Em São Paulo e Curitiba, essas embalagens são freqüentes nas lojas das maiores redes de supermercados. A diversificação dos tipos de produto é baixa; em todos os casos/ supermercados havia palmito de primeira/toletes e palmito picado. Porém, outras formas de apresentação do palmito: couvert, rodelas, fatiado, bandas, toletinhos e palmito com pickles, são pouco freqüentes O mercado do produto in natura As poucas informações sobre o mercado do produto in natura confirmam que esse ainda é pouquíssimo desenvolvido, em todo o País, embora se comercialize quantidades significativas de palmito extrativo e de produto cultivado, em inúmeras localidades. Por conta da tradição, esse mercado parece ser mais dinâmico no Espírito Santo e em todo o Estado, não só na capital. Em Linhares (ES), há uma agroindústria de porte (ABIKO 100 ha plantados com pupunha), fornecendo produto minimamente processado para o mercado da cidade do Rio de Janeiro, com programação para atender a São Paulo capital. Na região Serrana e nos municípios litorâneos de veraneio mais importantes do Espírito Santo, a comercialização de pupunha in natura é significativa. Embora ainda em pequenas quantidades, observou-se que a demanda é alta (falta produto) e há condições razoáveis de produção. Em março de 2003 o palmito era pago ao produtor a R$ 2,00 a haste, sendo processado, embalado em sacos plásticos de polietileno de um quilo e vendido a R$ 5,00/kg. Esse seria, também, o preço de comercialização da ABIKO, no Rio de Janeiro. Também no Rio de Janeiro essa forma de comercialização é importante, com alguns produtores especializados em processamento mínimo, vendendo principalmente para restaurantes e churrascarias. O mesmo acontece no Vale da Ribeira - SP (município 23 Interessante é que essas marcas vendem bem, não encalham na gôndola, segundo expressão dos gerentes das lojas entrevistados. 24 Neste caso, tem-se como referência o mercado de Curitiba. 13

14 14 de Itariri, principalmente) onde se organiza um núcleo de produtores de palmito de pupunha, para comercializar o produto na capital. Os problemas de custo/logística de transporte e distribuição, de regulamentação sanitária, conservação e embalagem, de quantidade e regularidade no fornecimento da matéria prima, têm dificultado o desenvolvimento da comercialização do produto, ao natural, em maior escala. 4 CONCLUSÂO O agronegócio do palmito no Brasil encontra-se em uma fase de transição de atividade eminentemente extrativa e em grande parte ilegal, para um negócio estruturado com ajustes nos segmentos produtivo e extrativo produção de espécies cultivadas, planos de manejo que permitem antever o desenvolvimento crescente da atividade e em bases sustentáveis. Também no segmento da transformação industrial a atividade passa por uma reestruturação, com a entrada de grandes empresas inclusive de capital externo, o novo aparelhamento de equipamentos e métodos de processamento e envase de acordo com as exigências da ANVISA e, com mais atenção exigências dos consumidores. O Brasil é o principal produtor e consumidor de palmito. Equador e Costa Rica detêm fração importante do mercado externo, mas são países com relativamente pouca área para expandir as lavouras de palmito cultivado. Atualmente o Brasil exporta 20% volume exportado há dez anos. Um dos motivos é que o mercado externo não se expande muito (exportações mundiais pouco menos de US$ 70 milhões, em 2003); o outro é que os preços no mercado interno estão elevados. A área com palmitos cultivados cresceu nos últimos anos, com os pólos mais dinâmicos situados no Sul da Bahia e no Vale da Ribeira (SP). Também na principal região produtora do País delta do rio Amazonas a tendência da exploração do palmito nativo em planos de manejo, permitirá manter a liderança no setor, em produção e industrialização do palmito. A despeito de uma certa permanência de atividades pouco estruturadas (ligadas ao extrativismo desordenado), da falta de informações sobre o funcionamento da economia desse agronegócio, da carência de informações técnicas quanto ao manejo das lavouras e do extrativismo de forma economicamente viável e ambientalmente sustentável, o agronegócio do palmito como um todo e o mercado em particular estão, atualmente em franco desenvolvimento. REFERÊNCIAS ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DAS INSTITUIÇÕES DE PESQUISA TECNOLÓGICA ABIPTI. Agropolos: uma proposta metodológica. Brasília: ABIPTI, CHAIMSOHN, F. P.; DURIGAN, M. E. Rentabilidade do cultivo de palmeira-real vs. pupunha para a produção de palmito. Disponível em: gov.br/pupunha/revista/economia Acesso: 25/04/2003. CORSO, N. M. Palmitos cultivados no Paraná: situação atual e perspectivas. Curitiba, Dissertação (Mestrado em Economia Florestal), Setor de Ciências Agrárias UFPR. 14

15 15 FONTES, R. M. O. O estudo de mercado na elaboração de projetos. Viçosa: UFV HADDAD, P. R. (org). A competitividade do agronegócio e o desenvolvimento regional no Brasil; estudo de cluster. Brasília: CNPq/EMBRAPA, NASCIMENTO, M. J. M.; MORAES,. A. B. de. Produção e comercialização de palmito em conserva. Belém: UFPA/CFCH, (Relatório de Pesquisa, Tomo II) (Fotocópia). ROSETTI, C. F. Análise econômica da indústria de palmito no Estado do Paraná. Curitiba, Dissertação (Mestrado em Ciências Florestais) Setor de Ciências Agrárias, Universidade Federal do Paraná. SANTANA, A.C.; LOPES, M.L.B.; HOMMA, A.K.O.; NOGUEIRA, O. L. Benefícios sociais do açaí manejado no Estado do Pará. In: CONGRESSO BRASILEIRO DE ECONOMIA E SOCIOLOGIA RURAL, (40, Passo Fundo, RS ) Anais... Brasília: SOBER, p

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