Universidade Federal de Pernambuco Centro de Informática. Graduação em Ciência da Computação. Vinícius Marques Lira. Trabalho de Graduação

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1 Universidade Federal de Pernambuco Centro de Informática Graduação em Ciência da Computação Uma análise sobre o surgimento de startups a partir de instituições que suportam ecossistemas de empreendedorismo e inovação Vinícius Marques Lira Trabalho de Graduação Recife Dezembro 2019

2 Universidade Federal de Pernambuco Centro de Informática Vinícius Marques Lira Uma análise sobre o surgimento de startups a partir de instituições que suportam ecossistemas de empreendedorismo e inovação Trabalho apresentado ao Programa de Graduação em Ciência da Computação do Centro de Informática da Universidade Federal de Pernambuco como requisito parcial para a obtenção do grau de Bacharel em Ciência da Computação. Orientador: Prof. Dr. Carlos Andre Guimaraes Ferraz Recife Dezembro 2019

3 Agradecimentos Primeiramente gostaria de agradecer aos professores e funcionários do Centro de Informática que construíram e mantêm este centro de excelência em Recife. Sem essas pessoas não formaríamos tantos alunos, professores e funcionários como verdadeiros cidadãos, em busca de uma sociedade mais justa e próspera. Preciso agradecer também àquelas pessoas que me apoiaram incondicionalmente: minha mãe, Maria Cristina Marques Barbosa; meu pai, Renato Lira Barbosa; e minha irmã Bárbara Marques Lira. Todos eles me ensinaram, cada um à sua maneira, o caminho e os valores do estudo e de uma boa educação. Vocês me trouxeram até aqui e sou grato de todo o coração por todos os sacrifícios feitos para que este momento chegasse. As noites e torcidas e orações de todos vocês não foram em vão. Na graduação, fiz amigos que me deram suporte a toda essa jornada e, muito além do CIn, mudaram minha visão de mundo e me fizeram ser, acredito, uma pessoa melhor. Um agradecimento especial aos amigos da turma e a todos os membros do kwai, amigos do Partner e à Rádio Pirata. Agradeço também aos amigos e a oportunidade que tive dentro do CITi. Lá tive experiências incríveis durante a graduação, que revelaram um futuro profissional no qual realmente me identifico e acredito que posso gerar um impacto positivo no mundo. Tive muito amigos que me apoiaram também fora da graduação, desde a infância, ensino fundamental e médio. Sei que vou levá-los para vida. Amigos do colégio Atual e do colégio Marista terão sempre um espaço especial na minha vida, andarão sempre do meu Lado Esquerdo. Gostaria de agradecer principalmente aos professores Ruy de Queiroz, Cléber Zanchetin, Verônica Teichbert, Adriano Sarmento, Cristiano Araujo, por toda inspiração e amadurecimento proporcionado na graduação e especialmente ao professor Carlos Ferraz, que me orientou nesta dissertação e permitiu que este projeto fosse feito da melhor forma. Não poderia finalizar todos esses agradecimentos sem uma dedicatória especial a Túlio Paulo Lages da Silva. Muitas pessoas me ajudaram de várias formas e me ensinaram bastante, mas sem Túlio nada do que foi construído até aqui teria sido possível. Obrigado por me ensinar resiliência, foco, humildade e por nunca ter desistido de mim. Obrigado.

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5 Resumo Neste trabalho vamos entender as conexões existentes entre universidade, empresas, governos e como isso afeta diretamente a sociedade civil e ambiente sócio ecológico. Os empreendedores são o motor da mudança que ocorre na sociedade, pois são os responsáveis por mobilizar o conhecimento e canalizar num problema, transformando-o em oportunidade. Com o passar do tempo, começamos a entender que, assim como qualquer profissional, o empreendedor de tecnologia deveria se preparar, amadurecer e estar conectado com problemas reais da sociedade. Nos últimos anos, vimos países dar saltos nos índices sociais e econômicos ao aumentarem seus investimentos na educação, ao mesmo tempo que deram condições e ferramentas para a formação de novos empreendedores. Ao acreditar que a formação acadêmica, junto ao incentivo do governo, forma melhores pessoas e melhores empresas, gera-se um retorno direto para essas instituições, além de provocar um impacto positivo para o meio externo. palavras-chave: startups, empreendedorismo, impacto, inovação, quintupla-hélice

6 Abstract In this work we will understand the connections between universities, companies, governments and how this directly affects civil society and ecological partner environment. Entrepreneurs are the engine of change that occurs in society, as they are responsible for mobilizing knowledge and channeling into a problem, transforming it into opportunity. Over time, we begin to understand that just like any professional, the technology entrepreneur should prepare, mature, and be connected with real problems of society. In recent years, we have seen countries jump in social and economic indices by increasing their investment in education, while providing conditions and tools for the training of new entrepreneurs. By believing that academic training, along with the government's incentive, forms better people and better companies, a direct return to these institutions is generated, as well as having a positive impact on the external environment. keywords: startups, entrepreneurship, impact, innovation, quintuple helix

7 Sumário 1. Introdução 1. Objetivos 2. Estrutura do Trabalho 2. Conceitos fundamentais 1. Empreendedorismo e startups 1. Origem 2. Explosão e consolidação 3. Status quo brasileiro 2. Quintupla-hélice 1. Evolução 2. Cenário Brasil 3. Recife e o Porto Digital como ecossistemas de empreendedorismo e inovação brasileiros 1. O que já construímos? 2. Aportando as empresas e pessoas de amanhã 3. Pilares de avaliação 1. Acesso a capital 2. Ambiente regulatório 3. Mercado 4. Capital Humano 5. Infraestrutura 6. Inovação 7. Cultura Empreendedora 4. Para onde vamos? Para onde podemos ir? 4. Referências globais 1. Uma alternativa ao Vale do Silício e Tel Aviv 2. Casos de sucesso 1. Acesso a capital - Bangalore (Índia) 2. Ambiente regulatório - Fortaleza (Brasil) 3. Mercado - Kuala Lumpur (Malásia) 4. Capital Humano e Infraestrutura - Santiago (Chile)

8 5. Inovação e Cultura Empreendedora - Nairóbi (Quênia) 5. Importando conhecimento num mundo globalizado 6. Conclusão 7. Referências bibliográficas

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10 8 1. Introdução Para se adaptar e sobreviver, a humanidade passou por diversas revoluções. Nossas sociedades, à medida que evoluíram, dominaram o fogo, a pedra, construíram máquinas e indústrias. Demos vários saltos ao dominar novas tecnologias. E, apesar das noções de computar estarem presentes nas civilizações há vários séculos, está cada vez mais claro a importância de entender, aplicar e viver em meio a computação e seus diversos dispositivos portáteis, nossa última grande revolução [1]. Agora, no início do século XXI, começamos a ver o que vem pela frente: os computadores não estão engolindo tudo, eles já engoliram. Nosso transporte [2] virou software, nosso entretenimento [3], nossa saúde [4], nosso consumo [5]. Ou seja, apesar de percebermos ou não, tudo hoje é software. Esses softwares servem ao propósito de resolver nossos problemas, melhorando nossa comunicação, nosso lazer e aspectos fundamentais do nosso dia a dia como locomoção, saúde e educação. É possível fazer software com diferentes finalidades, porém extraímos seu valor real quando eles são direcionados a nossas necessidades. Com um mundo repleto de problemas e desafios, são os empreendedores que conseguem enxergar oportunidades de melhoria possíveis através de softwares. Mas, então, surgem algumas dúvidas: de onde vêm exatamente os empreendedores? Apesar de existirem escolas de negócios e formação de executivos, empreender algo do zero é uma missão completamente diferente. Segundo Peter Thiel, no seu livro De Zero a Um [6], o ato de criar é singular, pois necessita de condições especiais do mercado, de ter um empreendedor capaz não só de criar o negócio, mas de evoluir junto ao negócio. Porém os fatores externos ainda são cruciais para a sobrevivência (ou morte) de um novo empreendimento. Durante este trabalho vamos mergulhar nos pilares essenciais para criar, manter um ecossistema que facilita e incentiva o surgimento de novos negócios, que vão gerar impacto para a sociedade, seja através de impostos, propósito da empresa ou geração de empregos. Neste trabalho vamos abordar um ramo de empresas mais específico, as conhecidas startups, que são negócios nascentes com grande potencial de crescimento. Mais à frente aprofundaremos na definição termo, suas variações e referências sobre o seu surgimento e evolução. É importante entender que, assim como qualquer entidade que é formada por pessoas, startups dialogam e interferem diretamente na sociedade, nos governos, nas instituições de ensino e no meio ambiente. É através desse complexo que analisaremos como cada entidade

11 9 dessas se relaciona uma com a outra, para impulsionar o crescimento das cidades e melhoria de qualidade de vida das pessoas. 1.1 Objetivos Os objetivos deste trabalho de graduação são: Colaborar com o ecossistema empreendedor local, incluindo o Porto Digital, na formalização de metodologias, políticas e processos que foram responsáveis para a formação de novas empresas em diferentes geografias; Contribuir para o Centro de Informática, como instituição formadora de empreendedores, na aproximação entre o conhecimento de ponta produzido na academia e grandes problemas relevantes no mercado; Conseguir trazer uma visão mais detalhada de como fatores externos e culturais afetam os principais meios de construir negócios e que combinação desses fatores tende a alcançar sucesso para cada um dos cenários propostos, apresentando alternativas ao Vale do Silício ou Tel Aviv. Em outros palavras, a proposta é construir uma análise de ecossistemas empreendedores e compará-los a Recife, entendendo quais agentes e aspectos semelhantes existem entre eles e o que pode ser intercambiado. Assim, acredita-se ser possível posicionar Recife de forma mais concreta, enquanto ecossistema local, entendendo o que pode funcionar e o que vai nos fazer dar novos passos significativos para o desenvolvimento do nosso ambiente.

12 Estrutura do Trabalho O trabalho é composto por 5 capítulos principais, incluindo este capítulo introdutório. O capítulo seguinte deve discorrer acerca de noções básicas e introdutórias sobre empreendedorismo, startups e o modelo de quíntupla-hélice [7] proposto por Carayannis, Barten e Campbell, em 2012, e o para o entendimento das argumentos que virão na sequência dos próximos capítulos. A partir do terceiro capítulo, vamos começar a entender Recife como uma cidade situada no meio de um mundo globalizado. Neste ponto serão apresentados vários critérios de avaliação sobre o potencial da cidade enquanto ambiente formador de startups. O Capítulo 4 pretende trazer uma visão externa. Dado que temos uma avaliação de Recife, enquanto ecossistema empreendedor, vamos começar a entender um contexto mais global de cidades emergente que passaram ou passam pelo momento de amadurecimento. Com uma visão global mais clara de como Recife está posicionada no mundo, entraremos no capítulo seguinte, que é a parte mais importante do trabalho. No Capítulo 5, por fim, faremos uma análise comparativa, trazendo um benchmarking entre Recife e as demais cidades propostas. Com isso, tem-se a expectativa de destacar tanto as melhores práticas, quanto qualquer tipo de possível armadilha que deve ser evitada, por não ser possível adequar ao cenário local ou por ter sido demonstrado como um insucesso em outras tentativas. Por fim, no capítulo 6, temos uma breve exposição das conclusões do trabalho. Vamos rever um resumo das propostas, as conclusões finais e um recorte das contribuições fornecidas por ele. Além disso, são mostrados os desafios encontrados, considerações sobre o cenário atual e sugestões de trabalhos futuros para pesquisadores interessados.

13 11 2. Conceitos fundamentais Para analisar de forma mais objetiva um ecossistema favorável à criação de empresas (startups), vamos, antes de tudo, definir bem os conceitos do termo startup e quíntupla-hélice. A partir destas definições, teremos uma visão mais clara do que está sendo avaliado e quais serão os critérios usados para definir o sucesso destes modelos propostos. Algumas definições de conceitos de negócios serão omitidas desta seção, mas você poderá consultar o glossário no final do trabalho. 2.1 Empreendedorismo e startups O primeiro passo do debate é o estabelecimento de uma definição ampla, porém relativamente precisa, dos elementos que compõem o empreendedorismo. Esta mesma definição é adotada pela Endeavor Brasil e pelo IBGE na produção dos relatórios de Estatísticas de Empreendedorismo [8]. São três elementos: Empreendedores: são pessoas, necessariamente donos de negócios, que buscam gerar valor por meio da criação ou expansão de alguma atividade econômica, identificando e explorando novos produtos, processos e mercados; Atividade empreendedora: é a ação humana empreendedora na busca da geração de valor, por meio da criação ou expansão da atividade econômica, identificando novos produtos, processos e mercados; Empreendedorismo: é o fenômeno social associado à atividade empreendedora. O ato de empreender pode ou não estar ligado ao objeto de estudo deste trabalho, as startups, então, vamos adentrar neste ambiente em busca de solidificar nossa base de definições. Muito ouve-se falar no termo startup, mas os conceitos se confundem facilmente com outros tipos de empresas. Startups não são MPEs (Micro ou Pequenas Empresas), não são empresas familiares ou Sociedades Anônimas, embora cada empresa desse tipo pode ser também uma startup. Tampouco podemos classificar uma startup puramente como uma

14 12 empresa de base tecnológica. Por isso, vamos adentrar numa série de conceitos sobre o que é e sobre como identificar uma instituição como startup no Brasil e no mundo. A Harvard Business Review Brasil publicou um artigo de Ranjay Gulati e Alicia DeSantola [9], Startups que Sobrevivem, que utiliza-se de uma série de estudos de caso de empresas que cresceram de forma explosiva num intervalo analisado de 75 anos. A pesquisa indica que existem quatro atividades críticas para crescer com sucesso, que seriam: (i) o foco das empresas deve ser muito mais o crescimento até o próximo patamar do que ao topo numa única vez; (ii) faz-se necessário criar estruturas de gerenciamento que controlem o fluxo de informações com a entrada de novos funcionários, ao mesmo tempo que possibilitam a manutenção de laços informais; (iii) deve-se desenvolver planejamento rápido e mutável, capacidades de previsão para identificar tendências de mercado e possíveis dores de crescimento; e (iv) explicitar, explicar e reforçar diariamente os valores culturais que identificam e sustentam o negócio durante todo o crescimento. Falamos em escalar, ou crescer rápido, porque startup é, além de outros critérios, definida fortemente por uma cultura de crescimento. Vamos a uma definição do entendimento do Prof. Silvio Meira (Professor Emérito da UFPE em Ciência da Computação), que sintetiza as características apresentadas nas descrições acima e conceitua o termo startup, no Brasil, afirmando que são novos negócios inovadores de crescimento empreendedor. [10] Novo é um negócio que começou a existir há pouco tempo. Um negócio é novo se ele tem menos de mil dias de vida, ou seja, uns três anos. Novo negócio inovador é um que muda (ou está tentando mudar) o comportamento de agentes, no mercado. Crescimento empreendedor, em um mercado que cresce x% ao ano, é crescer 5x%, 10x%, ao ano ou mais.0

15 Origem A origem deste fenômeno econômico denominado Startup veio da segunda metade do Século XX nos EUA, surgido no centro da indústria de venture capital do Silicon Valley (ou Vale do Silício em português), na Califórnia. O capital de risco está relacionado ao investimento e participação societária em startups. Através da aquisição de valores mobiliários (ações, debênture conversíveis, bônus de subscrição, entre outros), com o objetivo de obter ganhos expressivos de capital no médio prazo (5 a 7 anos), Startups são criadas para compartilhar os riscos do negócio (ou venture em inglês), selando uma união de esforços entre empreendedores e investidores para agregar valor à empresa investida. Os investimentos podem ser direcionados para qualquer setor que tenha perspectiva de grande crescimento e alta rentabilidade no longo prazo. O capital de risco pode ser apresentado de através de várias instituições, que veremos mais à frente, dependendo principalmente do contexto da startup em cada momento. Através do venture capital, Startups que pretendem crescer rápido e se transformar em grandes companhias passam a dispor de oportunidades para financiar o seu crescimento, com apoio para a criação de estruturas de governança, lucratividade e sustentabilidade futura do negócio. Definições externas de startup Faz-se necessário compreender, em todo o seu significado, este recente fenômeno econômico denominado Startup. Selecionamos algumas definições do termo Startup por diferentes atores do ecossistema de empreendedorismo e inovação local e global. Abaixo o quadro com as definições que selecionamos para reflexão e estudo:

16 14 FONTE CONCEITO Wikipedia A startup company (startup or start-up) is an entrepreneurial venture which is typically a newly emerged, fast-growing business that aims to meet a marketplace need by developing or offering an innovative product, process or service. A startup is usually a company such as a small business, a partnership or an organization designed to rapidly develop a scalable business model. [11] Paul Graham a Startup is a company designed to grow fast. Being newly founded does not in itself make a company a Startup. Nor is it necessary for a Startup to work on technology, or take venture funding, or have some sort of 'exit'. The only essential thing is growth. Everything else we associate with Startups follows from growth. [12] Dave McClure "A startup is a company that is confused about: (1) what its product is (2) who its customers are; (3) how to make money." [13] Steve Blank Your startup is essentially an organization built to search for a repeatable and scalable business model. As a founder you start out with: 1) a vision of a product with a set of features, 2) a series of hypotheses about all the pieces of the business model: Who are the customers/users? What s the distribution channel. How do we price and position the product? How do we create end user demand? Who are our partners? Where/how do we build the product? How do we finance the company, etc. Your job as a founder is to quickly validate whether the model is

17 15 correct by seeing if customers behave as your model predicts. Most of the time the darn customers don t behave as you predicted. [14] Eric Ries "A startup is a human institution designed to deliver a new product or service under conditions of extreme uncertainty." [15] Investopedia A startup is a company that is in the first stage of its operations. These companies are often initially bankrolled by their entrepreneurial founders as they attempt to capitalize on developing a product or service for which they believe there is a demand. Due to limited revenue or high costs, most of these small-scale operations are not sustainable in the long term without additional funding from venture capitalists. [16] Endeavor Brasil uma empresa emergente de grande potencial. [17] Startup Brasil Empresas que tenham até quatro anos de constituição e desenvolvam produtos ou serviços inovadores usando ferramentas de software, hardware e serviços de TI como parte da solução proposta. [18] Sebrae Um grupo de pessoas iniciando uma empresa, trabalhando com uma ideia diferente, escalável e em condições de extrema incerteza. [19]

18 16 Anjos do Brasil O Investimento Anjo é o investimento efetuado por pessoas físicas com seu capital próprio em empresas nascentes com alto potencial de crescimento (as startups). [20] In Revista Exame ACE Muitas pessoas dizem que qualquer pequena empresa em seu período inicial pode ser considerada uma startup. Outros defendem que uma startup é uma empresa com custos de manutenção muito baixos, mas que consegue crescer rapidamente e gerar lucros cada vez maiores. Mas há uma definição mais atual, que parece satisfazer a diversos especialistas e investidores: uma startup é um grupo de pessoas à procura de um modelo de negócios repetível e escalável, trabalhando em condições de extrema incerteza. [21] uma organização temporária com um modelo de negócios escalável e repetível. [22] Todavia repito que, por mais que hajam muitos pontos de contato, não devemos confundir uma startup com uma Micro ou Pequena Empresa (MPE). Uma startup pode, ou não, ao longo da sua história se comportar como uma MPE. Caso obtenha sucesso no seu crescimento, pode atingir o patamar de Sociedade Anônima (S/A). Mas algumas startups já nascem como S/As, por exemplo, pois podem necessitar de uma determinada robustez para captar investimentos ou ter algum respaldo para iniciar suas atividades, como é o caso de muitas fintechs, startups que estão ligadas ao ramo do mercado financeiro e podem precisar de vários selos e auditorias para dar início a suas operações. O ponto importante é entendermos que a startup é um ente mutável, ágil e com características muito fortes de cultura e crescimento, que inova em hábitos e processos e está inserida num ambiente de incerteza e descoberta. Vamos entender, a seguir, algumas outras características práticas que diferem startups de empresas tradicionais.

19 17 Aspectos clássicos de startups Com uma definição do termo startup é importante listar algumas especificidades que vão fazer com que a startup seja diferente de uma empresa tradicional. Com essa base, podemos observá-las de acordo com os pilares de quíntupla hélice, conceito que veremos na próxima seção deste capítulo. I. Mão de obra altamente especializada Startups necessitam de profissionais muito qualificados, ou seja, de alto valor agregado. É comum dizermos que estes profissionais têm empregabilidade global [23] e possuem, no caso da startup, um poder de barganha alto, devido a sua importância para a manutenção do negócio. São profissionais de destaque que, dado seu conhecimento técnico especializado, tornam-se vitais para uma startup. Podemos dizer que muitas vezes os funcionários são tão importantes que eles mesmos representam um diferencial competitivo daquela empresa no mercado. II. Participações societárias Comumente funcionários de startups, devido ao seu valor agregado ao negócio, recebem convites para integrar a participação societária do negócio, como sócios minoritários. Embora não detenham o controle, esses sócios possuem uma relevância que vai além das suas ações, pois conhecem muito bem o negócio e apresentam um desafio considerável para serem substituídos. III. Rápidas e múltiplas trocas de acionistas Segundo dados do Sebrae e do IBGE, empresas familiares geram 65% do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro e empregam 75% da força de trabalho, além de representarem 90% dos empreendimentos no Brasil. No caso das Startups é muito diferente. Ao evoluir e, principalmente, ao passar de um patamar para o outro, é normal que aconteça uma transição entre sócios. É natural que, nesta evolução, fundos de investimento e outros tipos de acionistas assumam controle da Startup, diluindo os sócios fundadores e excluindo os investidores-anjo. Temos duas operações financeiras que representam essas atividades, conhecidas como cash in e cash out. No cash in o aporte financeiro é voltado para o desenvolvimento do negócio:

20 18 contratação de novos funcionários, investimentos em marketing, comercial, produto, ou qualquer característica do negócio identificada como essencial para o seu crescimento. Já o cash out está relacionado aos sócios que desejam se retirar parcial ou totalmente da operação, reduzindo suas atribuições dentro do negócio, recebendo o pagamento devido. É muito comum que aconteçam modificações desta natureza, com a entrada e saída de sócios, sejam investidores-anjo, incubadoras, fundos de investimento, sócios fundadores, executivos e funcionários estratégicos. Essa característica requer conhecimento sobre o processo de evolução de uma startup e, acima de tudo, exige que haja amadurecimento entre os sócios para que entendam a hora de entrar ou o momento de sair do negócio IV. Go big or go home Startups devem ter calculado seu risco, devem buscar um crescimento rápido enquanto negócio ou devem buscar seu fechamento. Na criação de uma startup, falhar faz parte e fechar também faz parte. A figura abaixo resume o ideal de crescimento para um negócio nos moldes de uma Startup: custos crescendo de forma linear e receitas crescendo de forma exponencial. [24]

21 Explosão e consolidação O boom da Internet em 1995 fez com que todos os olhares de investimento se voltassem para o Vale do Silício. Com empresas escalando numa velocidade altíssima, trazendo taxas de ROI (return over investment) muito atrativas para o mercado de investimento, formando numa velocidade muito rápida o que viria a ser o mercado de venture capital como o conhecemos hoje, com os EUA se mostrando o player mais maduro deste segmento. A partir do que aconteceu no Vale do Silício e levando a lógica para grandes pólos de tecnologia, os principais fundos, empresas e investidores começaram a perceber o Brasil como um potencial mercado de boas Startups. O movimento também incentivou a criação dos primeiros fundos brasileiros que viriam a olhar para o mercado de software e internet. No Brasil, a primeira onda que identificamos das Startups surgiu por volta de 1998, durante a bolha da Internet global. Depois do estouro, já por volta dos anos 2000, apenas alguns poucos empreendimentos sobreviveram. Muito pouco se fez em toda a América do Sul até que, em 2005, ocorre a venda da Akwan para o Google [25] e, em 2009, a venda do Buscapé para a Naspers [26]. Estas operações marcaram o início de uma onda de interesse por Startups em todo o Brasil, o que contribuiu para outros casos de sucesso [27]. A partir da busca e do estudo do mercado de investimentos no Brasil, selecionamos alguns dos principais cases de Startups no país, com deals realizados entre 1999 e Várias dessas empresas receberam novos aportes, foram compradas, fundidas ou até descontinuadas, mas os deals aqui listados representaram, no seu tempo, relevância no cenário de Startups do país. Trata-se de um recorte simbólico-ilustrativo e não uma listagem exaustiva. Nosso intuito é trazer a baila alguns dos principais deals que influenciaram o desenvolvimento do cenário de investimentos em Startups no Brasil. A base de informações cruzadas é composta pelo material histórico do CrunchBase [28] e dos principais fundos de investimento de venture capital no Brasil, como Monashees [29], Kaszek Ventures [30] e Redpoint eventures [31].

22 20 Ano Investimentos Investidor Valor 1999 BuscaPé Akwan Radix.com Investidor anjo Fir Capital CVC/Opportunity US$ 500k Sem valores US$ 5MM 2000 Movile Rio Bravo US$ 1MM 2004 NetMovies IdeiasNet Sem valores 2007 Boo-box Monashees US$ 300k 2008 Samba Tech Movile FIR Capital/Draper Fisher Naspers US$ 3MM Sem valores 2009 MoIP IdeiasNet Sem valores 2010 Kekanto Investir anjo US$ 60k 2011 GetNinjas Kekanto Peixe Urbano Kaszek Ventures Kaszek Ventures Monashees US$ 700k Sem valores Sem valores R$ 1.56MM ifood Warehouse Investimentos 2012 Viva Real Runrun.it Easy Taxi Kaszek Ventures Monashees Rocket Internet US$ 3.2MM Sem valores U$ 5MM 2013 ifood Jusbrasil ZeroPaper umov.me In Loco Media Movile Partners Monashees TOTVS Ventures TOTVS Ventures BuscaPé R$ 2.6MM Sem valores Sem valores R$ 3.2MM Sem valores Sem valores R$ 5MM ZUP Resultados Digitais BuscaPé Monashees 2014 Netshoes Apontador Nubank GIC Movile Sequoia Capital US$ 170MM R$ 15MM US$ 14.3MM 2015 Contabilizei Contentools Neemu Chaordic Kaszek Ventures Investidor anjo Linx Linx Sem valores US$ 300k R$ 34.1MM R$ 44.5MM 2016 QuintoAndar Kaszek Ventures U$ 7MM

23 21 Passei Direto BankFacil Gupy GuiaBolso CargoX 2018 Pipefy Volanty Conta Azul 2019 Nubank Ebanx Loggi Chegg Kaszek Ventures Softbank Canary Vostok Goldman Sachs OpenView Partners Monashees Tiger Global TCV FTV Capital SoftBank R$ 23MM R$ 15MM U$ 100MM U$ 1.5MM U$ 15MM R$ 66MM U$ 16MM U$ 19MM R$ 100MM U$ 400MM Sem valores U$ 150MM No Brasil, entretanto, a grande maioria das Startups falham antes de dois anos de sua criação, segundo a seguinte pesquisa da Fundação Dom Cabral [32]: Status quo brasileiro Mesmo com dificuldades o ecossistema de Startups no Brasil cresceu e se encontra em sua fase inicial de formação ou primeira infância.[33] O Brasil é um mercado em formação para as Startups, especialmente quando tratamos do tema sob a ótica da inovação através de investimentos de capital de risco. Diz-se que o primeiro fundo especializado nessa área nasceu em 1994, por iniciativa da GP Investimentos [34]. Isso significa que conceitos, regras de boas práticas e definições sobre o tema estão em desenvolvimento entre nós a pouquíssimo tempo. Mesmo assim, como é o esperado para um cenário de crescimento explosivo e com muitas oportunidades, diversos setores da economia apresentaram saltos significativos nos últimos anos, como é o caso dos setores financeiros, de saúde e educação. Fintechs O relatório Fintech na América Latina 2018: crescimento e consolidação [35], publicado pelo Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), aponta crescimento de 66% de novos empreendimentos Fintech em comparação ao primeiro levantamento, realizado em

24 Os segmentos que mais cresceram no Brasil desde 2017 foram score de crédito, identidade e fraude, registrando 750%, mostrando mais uma vez a necessidade de que o mercado incorpore soluções para conter riscos associados ao maior desenvolvimento tecnológico; e de empréstimos, com 132% de aumento de novos negócios. O segmento de gestão de finanças empresariais também apresentou alto crescimento no Brasil, registrando 89%. Os números de 2019 foram consolidados pelo FINNOVATION [36], um dos maiores portais sobre Fintechs do país e já apresenta um crescimento de 34% sobre os números de 2018, ou seja, somamos mais de 500 fintechs só no Brasil este ano. Healthtech Segundo dados da Conta-Satélite de Saúde Brasil [37], divulgados pelo IBGE no fim de 2017, o consumo final de bens e serviços de saúde no país cresceu e atingiu R$ 546 bilhões, o equivalente a 9,1% do PIB. Seguindo o IESS (Instituto de Estudos de Saúde Suplementar), a inflação cai enquanto o custo hospitalar se incrementa. Isto ocorre porque mesmo havendo melhor tecnologia para diagnóstico e tratamento, as pessoas continuam imunes à doenças. As tecnologias focadas no diagnóstico e tratamento irão melhorar a precisão e atuação da doença, mas não irão prevenir que o usuário fique doente. Por isso que mesmo melhorando tecnologicamente, o papel do médico continuará a ser essencial. O custo econômico hospitalar continuará a crescer nos próximos anos, e de forma quase exponencial, devido ao número de pessoas de maior idade será cada vez maior e segundo a OMS (Organização Mundial de Saúde), a taxa de incidência em doenças acontece com pessoas sedentárias a partir dos 35 anos. Em resposta às deficiências na área de saúde, estão surgindo empresas com propostas inovadoras para esse segmento. O mercado de Health Tech se divide em 3 grandes blocos: prevenção, diagnóstico e tratamento. Elas podem estar em diferentes plataformas, focos de negócios e modelos de negócios. O volume de investimentos na área de health tech no contexto mundial aumentou 90% entre os anos de 2010 e Os dados são do relatório de inteligência do Sistema de Inteligência Setorial do Sebrae-SC (2019). Segundo um relatório da KPMG, existem hoje 288 startups no Brasil focadas no segmento de health tech. Além disso, em 2017, o setor das health techs foi o segundo segmento da economia com o maior crescimento na América Latina, com um valor acumulado de 250% em relação ao ano anterior.

25 23 Edtech O setor de edtechs vem crescendo mundialmente e, no Brasil, as startups educacionais estão impactando positivamente os modelos de ensino e aprendizagem. Atualmente, elas representam 7,8% do total de startups no Brasil, crescendo em média 20% ao ano, segundo o mapeamento [38] da Associação Brasileira de Startups (Abstartups) e o Centro de Inovação para a Educação Brasileira (Cieb). O mapeamento mostrou ainda, que o mercado brasileiro de edtechs encontra-se em um momento de evidência devido à sua capacidade de impacto social neste mercado em expansão. Hoje, já são mais de 350 edtechs espalhadas por 25 dos 26 estados brasileiros, dos quais 19 deles possuem, pelo menos, três startups educacionais. Elas vêm se desenvolvendo com capital próprio, investimentos-anjo e através de fundos de venture capital. Investimento de risco Independente da vertical que estamos analisando, acessar capital é algo muito importante para os empreendedores. Este ponto será mais detalhado no próximo capítulo deste trabalho, mas como já abordamos a relevância do capital de risco para o crescimento das startups, vamos adiantar alguns números para que o cenário Brasil fique claro. O Brasil lidera, de longe, o caminho dos investimentos de risco [ou venture capital] na América Latina [39]. Quando conversamos com algumas startups de países vizinhos, estabelecendo comparações, vemos que o Brasil realmente tem um mercado gigantesco. Este grande potencial tem atraído muitos investidores estrangeiros, assim como alguns empreendedores de fora também. Temos visto, desde 2013, o volume de investimento de risco aumentar quase 10 vezes, e o número de rodadas tem ficado levemente menor nos últimos dois anos, o que revela uma maturação da tese de venture capital onde temos visto um menor número de rodadas, porém, com maior capital investido. Nada está perfeito Mesmo com um cenário aparentemente favorável, ainda existem vários desafios para os empreendedores no Brasil [40]. O número de empreendedores tem crescido, mas o número de mortalidade vai acompanhando o crescimento de perto. Ou seja, os desafios não estão presentes

26 24 apenas na geração de empreendedores, mas em como dar suporte para que esse empreendedor continue empreendendo. As oportunidades e problemas estão postos em áreas de todo tipo, como citamos educação, saúde e finanças. O próximo passo é descobrir a melhor forma de conectar o conhecimento, os incentivos e as oportunidades. Em qualquer lugar do mundo a realização do sonho da startup precisa dos pilares propostos pelo modelo de quíntupla hélice: (i) governo, (ii) educação/universidades, (iii) sociedade e (iv) meio ambiente. No Brasil, nenhum desses itens é trivial. 2.2 Quintupla-hélice Carayannis et al. (2012) acreditam que um ecossistema empreendedor deve ser orientado pelo conceito de Quíntupla Hélice. Este conceito evoluiu a partir do conceito Tripla Hélice e mais tarde da Quádrupla Hélice. A Tripla Hélice liga o desenvolvimento de um ecossistema empresarial inovador às interações entre governo, empresas e universidades [41] [42]. A Quádrupla Hélice acrescenta a perspectiva da Sociedade interagindo diretamente com conhecimento gerado e sua divulgação, contribuindo também para sua construção. Finalmente, a Quíntupla Hélice coloca em perspectiva os temas ecologicamente sensíveis do meio ambiente. Destacam Autio [43] e Holienka [44] que, ao se corrigir deficiências de um ecossistema empreendedor, evolui-se na estruturação para a formação de um ambiente propício à negócios inovadores, potencializados por instrumentos como as incubadoras, aceleradoras, fundos de investimento de risco e outras entidades que contribuem para formação de empresas [45] e que poderão contribuir diretamente com os pilares da sociedade e meio ambiente Evolução O grande ponto da quíntupla hélice é de incluir o meio ambiente como uma nova subárea do conhecimento e dos modelos de inovação, assim, então, a natureza é posicionada como um elemento central e equivalente aos demais elementos durante a produção de conhecimento. A necessidade de incluir este ponto, deu-se exatamente a partir da evolução dos modelos anteriores com o contexto de mundo atual. O modelo de tripla hélice observa apenas os campos do mercado: (i) universidades, (ii) mercado e (iii) governo. Apesar de serem pontos essenciais,

27 25 ainda apresentam lacunas ao encarar um mundo cada vez mais globalizado e no qual essas três instituições se misturam diariamente com o próximo pilar (iv) sociedade. Com o modelo de quádrupla hélice, por que aumentar a complexidade de um modelo que possui agentes tão grandes e não triviais? Carayannis começa a entender que a valorização do ambiente natural, para o processo de produção de conhecimento e a construção de inovação, é particularmente importante porque serve para a preservação, sobrevivência e revitalização da humanidade. Ou seja, começou-se a entender a importância da humanidade aprender mais com a natureza (especialmente em tempos de mudança climática). Com a hélice do ambiente natural, o "desenvolvimento sustentável" e a "ecologia social" tornam-se constituintes da inovação social (societária) e da produção de conhecimento O elemento constituinte mais importante da Hélice Quíntupla - além dos "agentes humanos" ativos - é o recurso do "conhecimento", que, através de uma circulação (ou seja, circulação de conhecimento) entre subsistemas sociais, provocam mudanças na inovação, aumentam know-how em uma sociedade e trazem benefícios para a economia [46]. A Quíntupla Hélice, assim, visualiza a interação coletiva e a troca de conhecimento em um cenário que se dá por meio dos cinco subsistemas seguintes (isto é, hélices):

28 26 (1) sistema de ensino, (2) sistema econômico, (3) sistema político, (4) público baseado na mídia e na cultura, (5) e o ambiente natural, Analisar a sustentabilidade neste modelo significa que o desenvolvimento sustentável determine o progresso significa que cada um dos cinco subsistemas descritos (hélices) tem um recurso especial e necessário à sua disposição, com uma relevância social e acadêmica (científica), do seguinte modo: (i) O sistema de ensino: O sistema de educação, como o primeiro subsistema, definese em referência a "academia", "universidades", "sistemas de ensino superior" e escolas. Nesta hélice, o necessário "capital humano" (por exemplo: estudantes, professores, cientistas / pesquisadores, empreendedores acadêmicos, etc.) de um estado (estado-nação) está sendo formado pela difusão e pesquisa do conhecimento. Quanto mais investimento é realizado na hélice de educação, maior é a vazão de inovação, pesquisa e ciência obtida. Isso significa um desenvolvimento sustentável com capital humano qualificado, servindo como entrada da segunda hélice. (ii) O sistema econômico: O sistema econômico, como o segundo subsistema, consiste em "indústria / indústrias", "empresas", serviços e bancos. Esta hélice concentra e concentra o

29 27 "capital econômico" (por exemplo: empreendedorismo, máquinas, produtos, tecnologia, dinheiro, etc.) de um estado (estado-nação). Com a entrada de novos conhecimentos de um capital humano mais especializado, temos uma valorização do conhecimento econômico. Com o enriquecimento do conhecimento, são produzidos novos tipos de trabalho, novos produtos e serviços sustentáveis [verdes]. Neste subsistema, novos valores, como responsabilidade corporativa-social, são demandados, suportando aprendizados e inovações diretamente das questões econômicas para a hélice do ambiente natural. (iii) O ambiente natural: O ambiente natural como terceiro subsistema é decisivo para um desenvolvimento sustentável e proporciona às pessoas um "capital natural" (por exemplo: recursos, plantas, variedade de animais, etc.). Assim, recebemos, do sistema econômico, um motor de desenvolvimento que se comunica melhor com a natureza e resulta em menos exploração, destruição, desperdício e contaminação. Com isso, o ambiente natural pode se regenerar e fortalecer o seu valor, proporcionando também aprendizado humano. O objetivo é levar a sociedade a viver em balanço com a natureza e ao mesmo tempo se desenvolver, usando recursos finitos de forma sustentável. Este conhecimento verde é a entrada da hélice cultural. (iv) O público baseado na mídia e na cultura: o quarto subsistema, público baseado na mídia e na cultura, integra e combina duas formas de "capital". Por um lado, esta hélice, através do público baseado na cultura (por exemplo: tradição, valores, etc.), é um "capital social". Por outro lado, a hélice do público baseado na mídia (por exemplo: televisão, internet, jornais, etc.) contém também "capital da informação" (por exemplo: notícias, comunicação, redes sociais). O capital da informação está balanceado com o estilo de vida desenvolvido na hélice anterior. Desenvolvimento social e cultural estão em harmonia com uma consciência sustentável. Todo o conhecimento, desejos, necessidades e modos de vida são a entrada para a próxima hélice: o sistema político. (v) O sistema político: O sistema político, como um quinto subsistema, também é de importância crucial, porque formula a 'vontade', para onde o estado (estado-nação) está caminhando no presente e no futuro, definir, organizar e administrar as condições gerais do estado (estado-nação). Portanto, esta hélice tem um "capital político e legal" (por exemplo: idéias, leis, planos, políticos, etc.). Entre outras palavras, a questão midiática e cultural é somada a todo o restante dos motores das hélices, influenciando diretamente o sistema político. As discussões, com toda bagagem adquirida, objetivam a criação de um capital político e

30 28 jurídico que mantenha as hélices funcionando harmonicamente, fazendo com que o modelo de hélice quíntupla seja eficaz e sustentável. Ou seja, sugestões de investimentos sustentáveis levam a circulação do conhecimento de volta ao sistema educacional Cenário Brasil I. Universidades A universidade deve potencializar e inspirar o empreendedorismo e a capacidade de inovar dos seus alunos, a fim de gerar desenvolvimento econômico e social na comunidade. Porém, as instituições não estão atendendo às necessidades dos alunos: de acordo com uma pesquisa do SEBRAE [47] enquanto cerca de 65% dos professores estão satisfeitos com iniciativas de empreendedorismo dentro das universidades, a média de satisfação entre alunos é de 36%. Há sinais para explicar o descompasso. Entre os principais problemas e dificuldades estão: (i) As universidades não têm uma estrutura que apoie a jornada completa do empreendedor; (ii) A universidade está desconectada do mercado; (iii) A atuação da universidade não estimula a inovação e o sonho grande nos alunos; As universidades precisam conectar os seus alunos com o mercado e com a comunidade. É preciso interligar suas iniciativas a uma visão estratégica de médio e longo prazo, visando a uma gama de atividades e espaços que acompanham a jornada do empreendedor em um programa robusto de empreendedorismo. Porém, a universidade não demonstra ser ativa no mercado e na comunidade, já que poucos professores são empreendedores ativos e se atualizam por meio do contato com empreendedores externos à instituição de ensino, além de haver poucas iniciativas abertas ao público ou que envolvam agentes empreendedores da comunidade. Há uma relação direta entre cursar uma disciplina de empreendedorismo e o seu perfil empreendedor. Quanto maior o envolvimento com a temática empreendedora, maior a proporção de alunos que realizaram disciplinas do tipo. Cerca de 46% de alunos empreendedores já cursaram as disciplinas, número superior ao de potenciais empreendedores

31 29 (38,8%), por sua vez superior ao de alunos que não pensam em ter um negócio (24%). Entre os alunos, observou-se: (i) O grupo que cursou disciplinas de empreendedorismo é o mesmo que pretende empreender nos próximos três anos; (ii) Cursar disciplinas de empreendedorismo diminui as dúvidas e os desafios entre alunos empreendedores; (ii) O aluno valoriza iniciativas empreendedoras em sua universidade; Porém, ao mesmo tempo que os números gerais mostram o descompasso das universidades com a cultura de empreendedorismo e startups, existem algumas exceções que revelam o potencial das instituições na formação de bons empreendedores. Assim como o animal mitológico, que é considerado raríssimo, as startups que são avaliadas em US$ 1 bilhão ou mais são chamada de "unicórnios". Ainda assim, essas empresas já fazem mais parte da realidade do que o belo cavalo de um chifre só são 416 delas no mundo todo de acordo com a plataforma CB Insights [48]. Dos unicórnios espalhados pelo mundo, 9 deles estão no Brasil: arco, Gympass, ifood, Loggi, movile, 99, Nubank, Stone e, mais recentemente, o Ebanx. Na liderança de unicórnios brasileiros, há egressos de instituições tradicionais como a Universidade de São Paulo (USP) e a Fundação Getulio Vargas (FGV). Saíram da USP dois fundadores da Gympass (Cesar Carvalho e João Thayro); todos os fundadores do ifood (Eduardo Baer, Felipe Ramos, Patrick Sigrist e Guilherme Bonifácio); os três criadores da 99 (Ariel Lambrecht, o já mencionado Renato Freitas e Paulo Veras), além de Cristina Junqueira, do Nubank. Assim, vemos que há potencial de gerar inovação e impacto socioeconômico em saltos significativos, mas tem se mostrado imprescindível para universidades se manterem mais conectadas com problemas da sociedade civil que representam, ao mesmo tempo, boas oportunidades de mercado. Basta conectá-los e fornecer as ferramentas e incentivos corretos, como tem feito a USP com a criação de disciplinas focadas em marketing, finanças, recursos humanos, pensadas diretamente para empreendedores [49].

32 30 II. Mercado Os sinais da crise econômica foram evidenciados no crescimento pouco expressivo do Produto Interno Bruto (PIB) e do número de empresas exportadoras, decorrente do ritmo fraco de diversos setores no período analisado - com desempenho regular apenas do setor de serviços e do número de empresas que decretaram falência ou que sofreram aquisições e fusões nos últimos anos [50]. Adicionalmente, o Brasil segue como um dos países mais fechados em termos de comércio internacional, sendo o que menos exporta entre as 20 principais economias do mundo. Um estudo do Banco Mundial [51] identificou que os custos para empreender e se internacionalizar no país continuam altos, sendo necessários investimentos para desenvolver o ambiente de negócios e atrair mais empresas capazes de exportar e aumentar a competitividade do país. Após a pior crise de sua história, o Brasil mostra sinais de lenta recuperação econômica. Entretanto, várias cidades foram afetadas, seja pelo desaquecimento dos setores econômicos ou pela queda da renda da população. De toda forma, vale ter em mente que, quando se trata dos dados do PIB, as informações divulgadas pelo IBGE são defasadas em alguns anos. Ou seja, não é possível analisar e detalhar as dinâmicas econômicas dos municípios no contexto atual. De qualquer maneira, as previsões mais atuais são previsões de melhorias, apesar de lentas. Segundo o relatório do Banco Central (BC), a expectativa de crescimento da economia em 2019 passou de 0,88% para 0,91%, conforme o Relatório de Mercado Focus. Há quatro semanas, a estimativa de alta era de 0,87%. Para 2020, o mercado financeiro manteve a previsão de expansão do Produto Interno Bruto (PIB), em 2,00% [52]. III. Meio ambiente O Brasil é um dos principais atores nas discussões internacionais sobre o meio ambiente. As características naturais do país o tornam uma referência no tema: o Brasil conta com a maior biodiversidade do mundo; a maior extensão de floresta tropical e 12% das reservas de água doce do planeta. Como país em desenvolvimento, o Brasil defende também a necessária conciliação entre a conservação do meio ambiente, a erradicação da pobreza e o desenvolvimento econômico. Essa visão, consolidada no conceito de desenvolvimento sustentável, tem levado

33 31 a resultados expressivos no Brasil, como a queda nas taxas de desmatamento florestal, a expansão das matrizes energéticas limpas e o aumento da produção e da produtividade agrícola. Porém a sustentabilidade é um fator importante e nada trivial. As práticas sustentáveis envolvem custos não incorridos pelas práticas tradicionais mas ao mesmo tempo podem oferecer vantagens competitivas e reduções em custos advindos da reutilização dos resíduos ou dos custos do descarte, etc. Portanto a sustentabilidade também é complexa. E é claro que a combinação de sustentabilidade com inovação é mais complexa ainda. Finalmente, inovação (especialmente inovação tecnológica) e startups frequentemente ocorrem juntos acarretando complexidade geometricamente maior se também maior valor e impacto potencial. As empresas devem ter um bom desempenho simultâneo em todos os quatro quadrantes do modelo, e em uma base contínua, caso queiram maximizar o valor ao acionista ao longo do tempo. A atuação em um ou dois quadrantes é sinal de um desempenho inferior e até mesmo de fracasso [53]. Existem algumas diretrizes do governo para avaliar negócios e suas políticas de sustentabilidade: (i) NBR ISO 26000: norma que sugere práticas de responsabilidade social empresarial, com foco em accountability; transparência; comportamento ético;respeito aos interesses dos stakeholders; respeito ao Estado de Direito; respeito às normas internacionais de comportamento; e direitos humanos. (ii) Índice de Sustentabilidade Empresarial (ISE) da B3: iniciativa da B3, antiga BM&FBOVESPA, mensura o retorno de uma carteira composta das ações mais líquidas da bolsa que passam por uma avaliação voluntária em relação à sustentabilidade. A base para essa avaliação são as respostas a um questionário que trata de sete dimensões: geral, natureza do produto, ambiental, social, econômica, governança e mudança do clima. Ao sugerir boas práticas, o questionário também serve como guia para empresas que almejam avançar nessas dimensões. (iii) Indicadores Ethos para Negócios Sustentáveis: ferramenta que permite diagnosticar o estágio organizacional em relação à responsabilidade social corporativa. Também em formato de questionário, o guia é organizado em quatro grandes dimensões (i) Visão e Estratégia; (ii) Governança e Gestão; (iii) Dimensão Social; e (iv) Dimensão Ambiental.

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