Infraestrutura Logística Parte 2 Prof. Fernando Augusto Silva Marins. fmarins@feg.unesp.br
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- Amanda Barros Garrau
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1 Infraestrutura Logística Parte 2 Prof. Fernando Augusto Silva Marins fmarins@feg.unesp.br 1
2 Sumário Ações: Multimodalidade Operadores Logísticos 2
3 O que é a Multimodalidade? É a integração logística perfeita de todos os modais; É importante instrumento de viabilização de vendas para os micro, pequenos e médios exportadores; É um instrumento estratégico fundamental para uma política de exportação competitiva para dar ferramental adequado ao empresário que precisa concorrer com gigantes do comércio internacional. 3
4 Multimodalidade: Redução de Custos Logísticos Combinação das potencialidades dos modais Redução de Custos Financeiros Mais Segurança Menos Poluição, menor consumo de energia e redução de tráfego rodoviário 4
5 Transbordo Hidroviário/Rodo-ferroviário 5
6 Multimodalidade Tipos de produtos transportados por mais de um modal são, no Brasil, commodities (minério de ferro, grãos e cimento) que precisam de sistema de transporte eficiente para serem competitivos. 6
7 Multimodalidade Regulamentação: A Lei 9.611, de 19 de fevereiro de 1998, definiu transporte multimodal de carga aquele regido por um único contrato, utiliza duas ou mais modalidades de transporte desde a sua origem até o destino, e é executado sob a responsabilidade única de um Operador de Transporte Multimodal (OTM). 7
8 Multimodalidade O Transporte Multimodal de Cargas compreende, além do transporte em si, os serviços de coleta, unitização, desunitização, movimentação, armazenagem e entrega de carga ao destinatário, bem como a realização de todos os serviços correlatos que forem contratados entre a origem e o destino, inclusive os de consolidação e de desconsolidação documental de cargas. 8
9 Multimodalidade Documento único: Conhecimento de Transporte Multimodal OTM - Precisa ter os ativos necessários para a execução da movimentação Dificuldades: Tributário (Questão fiscal): ICMS nos Estados Infra-estrutura: melhorar a eficiência de Portos e Terminais) Seguro 9
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12 Outras Dificuldades para a Multimodalidade Gargalos nas Ferrovias: Passagens de nível (menor velocidade cai de 60 km para 10 km) Alta densidade populacional ao lado (Legislação - 15 m) Diferença de bitola, direito de passagem e tráfego mútuo Cidade de SP: trânsito só das meia-noite às 4h 12
13 Invasões na faixa de domínio das Ferrovias Mangaratiba - RJ Acesso ao Porto de Santos - SP Itaquaquecetuba - SP 13
14 Gargalos na Infra-Estrutura Ferroviária Gargalos Operacionais em áreas urbanas Conflito entre o tráfego ferroviário, rodoviário e de pedestre Ex: ponte sobre o Rio Paraguaçú, entre Cachoeira e São Félix-BA. Gargalos Físicos Acesso a Portos Ausência de retroáreas em portos capazes de atender a demanda atual e futura. Malha centenária, com traçado longo, sinuoso e com rampas fortes. 14
15 Passagens em Nível Críticas Diagnóstico Existem registros de PN s ao longo das ferrovias, em média, uma a cada 2,3 Km. Para solucionar as 134 PN s críticas/prioritárias (56 no Estado de São Paulo) apontadas pelas Concessionárias, as intervenções necessárias com custo estimado de R$ 385 Milhões. 15
16 Exemplo de Solução para Passagem em Nível Crítica Agenda Estratégica das Ferrovias ANTES ANTES Construção de passagem de nível por parte do Poder Público, eliminando o cruzamento de rodovias Estaduais ou Federais com a ferrovia. 16
17 Ações de Segurança: Agenda Estratégica das Ferrovias Segurança Inserir a questão da segurança das operações ferroviárias nas campanhas educativas de trânsito - Programa PARE extensivo à Ferrovia Art Deixar de parar o veículo antes de transpor linha férrea: Infração - gravíssima; e Penalidade - multa. 17
18 Comparação entre Modais nos EUA 18
19 Market Share - Ferrovias Ferrovias: Comparação Brasil e EUA Curta e Média Distâncias Longa Distância Perde espaço onde deveria ser competitiva! 19
20 Ainda dificuldades para a Multimodalidade Caminhões: 1,8 milhões Idade média da frota - 18 anos 1,3 milhões tem mais de 11 anos de idade % pequena de caminhões são rastreáveis 20
21 Por quê usar mais de um modal? Usar mais de um modal representa agregar vantagens de cada um, tanto com relação a custo como serviços Empresas pequenas: usam Incoterms CIF e FOB não conseguem as vantagens do transporte multimodal. Incoterms mais apropriados: CIP, CPT, DDU e DDP descontos na contratação do transporte internacional. Considerar valor agregado dos produtos Questões de segurança 21
22 Estudo de Caso Soja produzida em Goiás, segue de caminhão, da lavoura para o Porto de São Simão - GO. De lá, segue até Pederneiras - SP, pela Hidrovia Tietê - Paraná. chega ao Porto de Santos através da Ferroban, totalizando km. Um comboio de ton de soja na hidrovia representa a ausência de 70 caminhões das estradas O tempo é maior que o rodoviário O custo do frete é muito menor: R$34,50 a R$46,00 - Modal Rodoviário R$25,00 - Multimodal. 22
23 Cenário desejado O que precisa... Infraestrutura capacitada para atender à demanda interna e ao crescimento do comércio exterior. Corredores multimodais. Utilização otimizada dos modos ferroviário e aquaviário. Portos eficientes e com infraestrutura adequada Interligação viária com os países limítrofes. ADM - 1a. Conferência Nacional de Infra-estrutura Logística 23
24 Recurso interessante: Investimento em Carretas Específicas: Rodotrilho (Roadrailer) - ALL & Delara ( km de ferrovias no Brasil e Argentina) e MRS Logística (1.700 km de ferrovias). 24
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32 Tendências no Brasil Surgimento de empresas ofertando Serviço de Transporte Multimodal + Movimentação em Terminais + Armazenagem + Gestão de Estoques, Acompanhamento da Carga... TI é fundamental para Serviço Integrado e disponibilização de informações sobre status da carga para embarcadores e clientes (UPS Ferrovia + Internet, Ferrovias Brasileiras - GPS) 32
33 Vale (Gazeta Mercantil - 02/02/05) A ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) habilitou os primeiros OTM de Cargas: Interlink Transportes Internacionais Norgistics Brasil Operador Multimodal Transportes Excelsior A ANTT habilitou 380 empresas como OTM (Jun/2008), mas apenas a ALL e a Log-In emitem o Conhecimento de Transporte Multimodal 33
34 Conceito de Operador Logístico (OL) Um OL é uma empresa prestadora de serviços, especializada em gerenciar e executar todas ou parte das atividades logísticas nas várias fases da Cadeia de Abastecimento. Um OL agrega valor aos produtos e serviços de seus clientes e deve ter competência para, no mínimo, prestar simultaneamente serviços de gestão de estoques, armazenagem e gestão de transportes. 34
35 SERVIÇOS LOGÍSTICOS TRADICIONAIS OPERADORES LOGÍSTICOS Tendência: Concentração única atividade logística (Transportes, Armazenagem, etc). Objetivo: Minimização do Custo específico da atividade desenvolvida. Contrato: Baixa Duração (6 meses a 1 ano). Know-How: Limitado, trabalha com tecnologias disponíveis, dificuldades de grandes investimentos. Tendência: Oferece múltiplas atividades de forma integrada (Transportes, Armazenagens, Gestão Operacional, etc). Objetivo: Redução dos Custos Logísticos Melhoria do Nível de Serviços Flexibilização da Cadeia Abastecimento. Contratos: Longo Prazo (5 a 10 anos). Know-How: Planejamento e Análise Crítica: Investimentos, tecnologia, visão global SC, soluções logísticas. 35
36 Panorama de Operadores Logísticos Tecnologística, Junho de 2009 Serviços mais ofertados em 2008: Transporte (Suprimento, Distribuição) 93%, Desembaraço Aduaneiro 88%, Gerenciamento de Risco no Transporte 79%, Logística Reversa 66%, Armazenagem 64%. Tecnologias mais utilizadas: Consulta de Serviços pela Internet, WMS, ERP, TMS, Software de Simulação e de Otimização. 36
37 Serviços que mais cresceram entre 2001 e 2006 Tecnologística, Maio de 2007 Milk Run (78%), JIT (33%), Importação, Exportação & Desembaraço (19%) TI: Roteirizadores (96%), ERP (80%), Rastreamento por Satélite (77%), WMS (34%) 37
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41 Operadores Logísticos & Gestão de Estoques Estabelecer a política de estoques com o cliente. Controlar e responsabilizar-se pelas quantidades. Utilizar técnicas modernas para acompanhar a evolução dos estoques em termos de quantidade e localização. Emitir relatórios periódicos. Garantir a rastreabilidade dos produtos. 41
42 Operadores Logísticos & Armazenagem Dispor de instalações adequadas com equipamentos de movimentação, armazenagem e outros Receber e expedir Dispor de WMS, preferencialmente envolvendo código de barras, leitoras óticas e rádio freqüência Realizar controle de qualidade nos processos Possuir apólice de seguros para instalações e materiais Cumprir exigências legais 42
43 Operadores Logísticos & Gestão de Transporte Contratar ou realizar transportes. Manter valores de fretes competitivos. Qualificar e homologar transportadoras. Negociar o nível de serviço com a transportadora. Conferir e realizar o pagamento de fretes. Medir e controlar o desempenho das transportadoras. Emitir relatórios periódicos sobre nível de serviço 43
44 Formas de Cobrança dos Operadores Logísticos: 1. Percentual sobre o valor das mercadorias operadas: Fácil execução Não exige controle e registro das operações efetuadas Operador trabalha com uma média dos seus custos 2. Soma de preços unitários, pré-acordados com o cliente, de todas as operações realizadas num determinado período Exige o controle e registro das operações realizadas Mais justa, porém mais complexa 44
45 Tipos de Operadores Logísticos: Operadores baseados em ativos (investiram em transporte, armazenagem) Operadores baseados em informação e gestão (vendem know how de gerenciamento - consultoria) 45
46 Origens dos Operadores Logísticos Ampliação de serviços (Especialistas em Transporte e Armazenagem & Parcerias e Aquisições) Diversificação de atividades - empresas industriais ou comerciais (a partir de alta competência para gerenciamento interno decidem criar empresa prestadora de serviços) 46
47 Panorama Brasileiro de Operadores Logísticos Empresa, telefone, e site: Tempo de mercado, origem, número de funcionários, certificações, número de clientes, receita bruta, % crescimento receita, escritório no exterior, área de armazenagem, número de armazéns, volume produtos gerenciados, raio de atuação, tipo de clientes, frota própria, roteirizadores, serviços oferecidos, tecnologias empregadas. Revista Tecnologística: Junho de 2010 Julho de 2010 (Frigorificados) 47
48 Relatório "Os Melhores Prestadores de Serviço Logístico e Ferrovias do Brasil" 2008 do CEL/COPPEAD A versão 2008 tem novas análises e dados evolutivos úteis para quem está em processo de terceirização de atividades logísticas e para os prestadores de serviço logístico e ferrovias que buscam uma avaliação de seu desempenho na opinião de seus clientes e futuros clientes. Os entrevistados apontaram os melhores Prestadores de Serviço Logístico (PSL) do país, informaram se utilizavam estes PSLs e indicaram os serviços que consideravam excelentes. Mais de 200 PSLs diferentes foram citados. Na segunda parte do questionário, os respondentes avaliaram as principais ferrovias do país. A pesquisa contou com a participação de 377 profissionais de logística brasileiros, atuantes em 222 grandes empresas embarcadoras diferentes, pertencentes a 20 setores da economia. 48
49 O que considerar no momento de decidir sobre utilização de Operador Logístico: Fazer ou Comprar (contratar)? (Verticalizar x Desverticalizar Operações) Problema: análise do impacto da escolha sobre custos e controle operacional 49
50 Argumentos a favor de Fazer : Reduz custos (elimina a margem do fornecedor e custos de transação) Aumenta controle sobre variáveis (qualidade, prazos, disponibilidade) 50
51 Argumentos a favor de Comprar: Empresa nem sempre tem eficiência operacional como a do operador logístico Especialista explora economias de escala, fato de ser especialista e focado gera custos menores que empresa não especializada. Falta de concorrência externa pode gerar deterioração de serviços e eficiência 51
52 Operações logísticas têm: Aumentado sua complexidade (gera mais custos) Ficado mais sofisticadas tecnologicamente (precisa de maiores e mais freqüentes investimentos) Ficado mais importantes do ponto de vista estratégico (permite maior agregação de valor e diferenciação competitiva)...e assim têm favorecido o uso de especialistas 52
53 Ferramentas para gerenciar a complexidade crescente da Logística: Tecnologia da Informação - Hardware códigos de barras, leitora óptica rádio freqüência, EDI, GPS Tecnologia da Informação - Software Data Warehouse OL: benchmarking contínuo, economia de escala que viabiliza investimentos Roteirizadores Sistemas ERP, GIS, Simuladores e Sistema de Planejamento de Redes 53
54 Problemas Risco de perder acesso a informações-chaves do mercado (mudanças, contato direto com cliente) Descompasso entre percepções do contratante e operador contratado sobre os objetivos competitivos da empresa Incapacidade do Operador Logístico de cumprir metas combinadas (prometer e...não cumprir!) Criação de dependência excessiva da empresa contratante ao Operador Logístico (alto custo no caso de mudança) usar SLA Service Level Agreement. 54
55 SLA Service Level Agreement SLA é um documento formal, negociado entre as partes, na contratação de um serviço de TI ou Telecomunicações. O SLA é colocado geralmente como anexo do contrato e tem por objetivo especificar os requisitos mínimos aceitáveis para o serviço proposto. O não cumprimento do SLA implica em penalidades, estipuladas no contrato, para o provedor do serviço. Um SLA pode cobrir itens como qualidade do serviço, critérios de cobrança, provisionamento, processo de atendimento e relatórios fornecidos ao cliente. Um SLA deve conter parâmetros objetivos e mensuráveis os quais o provedor de serviços se compromete a atender. 55
56 Panorama Logístico: Gestão do Transporte Rodoviário de Cargas nas Empresas: Práticas e Tendências 2007, CEL/ COPPEAD 56
57 Questões Básicas 1. O quê se deseja ganhar? Custos, Qualidade, Rentabilidade, Market Share 2. Características do OL? Atitudes Gerenciais, Estrutura 3. Instrumentos gerenciais? Planejamento e Controle Conjuntos 4. Como avaliar resultados/sucesso da operação terceirizada? Objetivos de ganhos acertados e instrumentos gerenciais de planejamento e controle: feedback 57
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63 Novas Ferramentas: Pesquisa Operacional Métodos de Tomada de Decisão com Múltiplos Critérios (Multiple Criteria Decision Methods) AHP Analytic Hierarchy Process DEA Data Envelopment Analysis Interessados: 63
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