Avaliação Nutricional de Crianças e Adolescentes. Sobrepeso e Obesidade

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "Avaliação Nutricional de Crianças e Adolescentes. Sobrepeso e Obesidade"

Transcrição

1 Avaliação Nutricional de Crianças e Adolescentes Sobrepeso e Obesidade Sumário Introdução... 1 Crescimento... 2 Determinantes... 2 Fases do crescimento... 2 Avaliação nutricional... 3 Avaliação clínica... 4 Anamnese... 4 Dados antropométricos... 5 Peso... 5 Estatura... 5 Perímetro cefálico... 6 Índice de Massa Corporal (IMC)... 6 Exame físico... 9 Referenciais antropométricos Avaliação complementar Perfil lipídico Metabolismo dos carboidratos Outros exames Avaliação da composição corporal Conclusão ANEXOS

2 Introdução* Crescer significa aumentar progressivamente a dimensão física altura, peso, volume, e crescimento, o ato, o efeito ou o processo de crescer. 1 Assim, desde a concepção, o ser humano vive um processo constante de crescimento até se tornar adulto. Para que esse processo tenha êxito, fatores genéticos e ambientais devem atuar em sintonia. Anomalias genéticas e agravos ambientais podem, isoladamente ou em conjunto, comprometer esse processo natural. 2 Avaliar e acompanhar o crescimento são atribuição fundamental daqueles que cuidam da saúde da criança e do adolescente. Desvios do padrão de crescimento podem ser manifestação de várias doenças e condições mórbidas. A identificação precoce e a correção de fatores ou situações que possam comprometer a evolução do processo de crescer têm impacto individual e coletivo, representando, portanto, um ganho social. Assim, aplica-se, com a avaliação do crescimento, a essência da pediatria a prevenção como estratégia de promoção da saúde e do bem-estar. É necessário ressaltar que a população brasileira passa por um fenômeno denominado transição nutricional, resultante da urbanização acelerada e das consequentes mudanças dos padrões de vida e, em especial, da alimentação. Essa transição nutricional caracteriza-se pela redução da prevalência da subnutrição e do aumento expressivo da prevalência do excesso de peso em todas as faixas etárias e classes sociais. Provas dessa tendência são estudos populacionais reveladores das altas taxas de sobrepeso e obesidade: a Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 3 e a Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico (Vigitel) Brasil A POF analisou dados de mais de 118 mil pessoas em domicílios. Comparados aos dados de , os resultados de evidenciaram uma redução da prevalência de desnutrição de 29,3% para 7,2% entre meninos e de 26,7% para 6,3% entre meninas. No mesmo período, houve aumento da prevalência de excesso de peso: de 10,9% para 34,8% entre meninos e de 8,6% para 37,5% entre meninas. A Vigitel (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico/ Ministério da Saúde, 2013) revelou que, na população brasileira acima de 18 anos, 47,4%dos indivíduos apresentam excesso de peso e 17,5% de obesidade. Somam-se, ainda, a esses dados por si só alarmantes, como agravantes individuais e coletivos, os danos orgânicos consequentes ao ganho * A UNIMED BH disponibiliza um programa de Reeducação Alimentar Infantil, cujos objetivos são promover a conscientização para hábitos saudáveis alimentares, acompanhar o estado nutricional e a prevenção de futuras doenças crônicas. A equipe é formada por nutricionista, pediatra, psicólogo e realiza seu trabalho por meio de atividades em grupo, nos Centros de Promoção da Saúde (CPS) localizados no Barro Preto, Betim, Contagem, Gonçalves Dias e Pedro I. Informações pelo telefone: Houaiss A, Villar MS. Dicionário da língua portuguesa. Rio de Janeiro. Objetiva, Michaeson KF. Child growth. In: Kolestko B. Pediatric Nutrition in Practice. Basel; S Karger, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística IBGE. Estatística. [Acesso em 2 jul. 2014]. Disponível em: 4 Brasil. Ministério da Saúde. Dados [Acesso em 2 jul. 2014]. Disponível em: 1

3 excessivo de peso, que podem ser manifestos já na infância e têm repercussões por toda a vida as doenças crônicas não transmissíveis sendo responsáveis por altas taxas de morbimortalidade entre os adultos. É imprescindível ao pediatra, portanto, como um dever de ofício, o conhecimento e a aplicação cotidiana das estratégias que possibilitem a avaliação do padrão nutricional de seus pacientes no intuito de identificar desvios e prevenir danos potenciais. Crescimento Determinantes O crescimento é um processo constante iniciado na concepção e encerrado ao final da puberdade, quando o indivíduo pode ser considerado adulto. Com determinantes de ordem genética, o processo de crescimento sofre a ação do meio ambiente de formas variadas. O potencial e o ritmo de maturação são fixados biologicamente, conforme o padrão de crescimento familiar transgeracional. O resultado final decorre da interação de fatores externos. Alimentação, saneamento básico, acesso aos serviços de saúde, exposição a situações de violência, condições de educação familiar e pessoal, situação afetiva e estabilidade dos vínculos familiares influenciam sobremaneira o processo que, para ser exitoso, deve ter uma sequência natural, concluindo cada uma de suas fases, conforme se descreverá a seguir. Fases do crescimento Em uma gestação sem problemas, o feto cresce, nos primeiros meses de vida intrauterina, entre 1,2 e 1,5 cm por semana, com aumento do ritmo para, aproximadamente, 2,5 cm por semana na metade da gravidez, e redução para 0,5cm a cada semana no final. Nessa última fase, há maior ganho ponderal. O recémnascido pesa, em média, 3 kg e mede 50 cm. O lactente, durante o primeiro ano, mantém ritmo ascendente de crescimento, apesar de menos acelerado, triplicando seu peso e crescendo 50% da sua estatura de nascimento até completar 12 meses de idade. Durante o segundo ano, há redução do ritmo de crescimento, que fica em aproximadamente 15 cm na estatura eem2kg no peso, em média, nos doze meses seguintes. Nessa fase, a criança acumula gordura, ganhando, proporcionalmente, mais em peso que em altura, apresentando dobras cutâneas e panículo adiposo mais volumoso. É a chamada primeira repleção. A partir dos três anos até os 6-7 anos, ou um pouco mais, o crescimento é mais estável. A estatura aumenta entre 5 e 7 cm, e o peso, 2 kg ao ano, em média. O 2

4 aspecto físico da criança aparenta menor quantidade de gordura corpórea por terpanículo adiposo menos evidente e perda das dobras características do lactente. Essa mudança corporal, associada à diminuição da necessidade de ingestão de alimentos, ocasiona ansiedade nos familiares, o que pode determinar ações inadequadas em relação aos hábitos alimentares. Entre 3 e 6 anos, na fase préescolar, tem-se o primeiro estirão. Dos sete anos em diante, a criança mantém um ritmo estável de crescimento, mas já são perceptíveis as diferenças entre os sexos: ambos ganham mais peso, mas as meninas tendem a acumular mais gordura. É a segunda repleção, que termina com o início da puberdade. De 12 kg aos dois anos a criança alcança, aproximadamente, 30 kg aos dez anos, quando, em geral, aparecem os primeiros caracteres puberais. Na puberdade, nova aceleração do ritmo de crescimento, mais precoce entre as meninas, é determinada por influência dos hormônios do crescimento e sexuais. Não é infrequente, nesse período, o ganho superior a 10 cm de estatura em um ano. Em geral, por influência hormonal, as meninas ganham mais peso em gordura, que se acumula particularmente em torno dos quadris, e os meninos ganham mais em musculatura. Essa é a fase do segundo estirão. A partir de então, o ritmo de ganho de peso deve se estabilizar. A fase seguinte, puberdade final, o ganho de altura tem ritmo mais lento (1 a 1,5 cm/ano), dá-se principalmente pelo aumento do tronco e tem duração média de três anos. O peso deverá permanecer estável. O acompanhamento dessas fases, por meio de gráficos e tabelas de referência, em avaliações seriadas, é fundamental para a identificação de anormalidades e para a introdução de intervenções que promovam a reversão ou a estabilização de agravos que comprometam o pleno crescimento do indivíduo. Avaliação nutricional A avaliação nutricional, em especial a avaliação clínica do crescimento, deve ser parte de toda consulta médica e, em particular, da consulta pediátrica. Em pediatria, essa avaliação é reveladora das condições da criança. Por meio da utilização de métodos simples como a anamnese e a determinação da antropometria, pode ser efetivamente determinado o padrão de crescimento e, consequentemente, de saúde. A avaliação longitudinal das medidas antropométricas possibilita o acompanhamento adequado do crescimento e a adoção das intervenções que se fizerem necessárias. Há uma variedade de medidas antropométricas, determinações da composição corporal, métodos bioquímicos e até de imagem que fornecem informações sobre o estado nutricional do indivíduo. A escolha do(s) método(s) de avaliação dependerá do objetivo e da população-alvo, todos eles com suas vantagens e desvantagens. 5 5Corsi DJ, Subramanyan MA, Subramanyan SV. Commentary: measuring nutritional status of children. International Journal of Epidemiology 2011; 49:

5 Os principais critérios para avaliar o crescimento e o estado nutricional de crianças são as medidas antropométricas. Para que os dados sejam comparáveis, utilizam-se gráficos e tabelas de referência. Avaliação clínica A avaliação clínica, fundamental na análise individual do crescimento, compreende a anamnese, a determinação dos dados antropométricos e o exame físico. Anamnese A anamnese é parte integrante e a base clínica de qualquer consulta médica. No atendimento da criança e do adolescente, tem importância a queixa principal da família ou do paciente, que deve ser adequadamente explorada. Devem ser investigadas as condições de gestação, parto, nascimento, peso, estatura e perímetro cefálico, ao nascer, e medidas posteriores porventura existentes, vacinação, alimentação atual e pregressa, doenças atuais e pregressas. Além das condições de saúde da família, devem ser investigados o ambiente domiciliar, a situação afetiva e a situação socioeconômica. Sendo um ser em evolução e modificação constantes, a criança sofre o impacto de quaisquer agravos orgânicos ou emocionais, que possam repercutir sobre o estado de nutrição. A história alimentar envolverá questões específicas aos grupos etários e tipos de dieta. Devem ser obrigatórias as seguintes perguntas ajustadas a cada condição 6 : Lactentes em aleitamento materno: qual é a frequência da amamentação; qual é o tempo de aleitamento em cada seio; há concomitância de aleitamento artificial. Lactentes em aleitamento artificial: qual é o tipo de leite usado; como é preparada a mamadeira; qual é o volume de cada mamadeira; quantas mamadeiras são oferecidas por dia e de quanto em quanto tempo; se há ingestão de algum outro alimento, como é oferecido e com que frequência; há ingestão de água e com qual frequência. Crianças mais velhas: quantas refeições são oferecidas por dia; o que é ingerido por dia; onde a criança se alimenta; como os pais classificam o apetite da criança. 6Puntis JWL. Clinical evaluation and anthropometry. In: Koletsko B. Pediatric Nutritionin Practice. Basel, S Karger,

6 Existem várias formas para aferir a ingestão média de alimentos, cada qual com suas vantagens e desvantagens 7 : Método recordatório de 24 horas, no qual a criança e/ou seu responsável deve listar todos os alimentos, porções e número de porções ingeridas nas últimas 24 horas. Registro prospectivo de 3 a 7 dias de ingestão, no qual tudo o que for ingerido deve ser anotado. Inquérito de frequência alimentar, no qual o paciente marca em uma lista de alimentos e porções aquilo que foi ingerido, por exemplo, durante uma semana. Checklist alimentar, comparável ao anterior, mas com menor número de opções disponíveis. Dados antropométricos As medidas antropométricas são procedimentos simples, não invasivos, de baixo custo e fornecem informações fundamentais sobre a saúde e a adequação do crescimento. Devem ser aplicadas cuidadosamente conforme padrões predeterminados e utilização de instrumentos adequados. Em pediatria, as medidas usadas com mais frequência são o peso, a estatura, o perímetro cefálico e a circunferência abdominal. A padronização da aferição de medidas antropométricas foi revista pelo Ministério da Saúde 8. Os procedimentos devem ser realizados em ambiente adequado, com o uso de equipamentos ajustados, aferidos e pela técnica correta. A interpretação das medidas antropométricas deve ser ajustada à faixa etária, ao sexo e à idade gestacional. Crianças prematuras, por exemplo, devem ter as medidas ajustados à idade corrigida até os 24 meses. Peso Até os dois anos de idade, o peso deve ser obtido em balança de mesa mecânica ou eletrônica. A criança deve estar totalmente despida e descalça. Para crianças com idade superior a 24 meses são usadas balanças do tipo plataforma. A criança deve estar ereta, no centro do equipamento, de costas para o medidor, descalça, com o mínimo possível de roupas, os pés juntos e os braços estendidos ao longo do corpo. Estatura Até os 24meses de idade, a aferição do comprimento deve ser realizada com o auxílio de régua antropométrica sobre uma superfície plana horizontal. A criança deve estar despida e descalça. Duas pessoas devem colaborar para o posicionamento do 7Valdes-Ramos R. History and Dietary Intake. In: Koletsko B. Pediatric Nutritionin Practice. Basel, S Karger, Ministério da Saúde. Coordenação Geral da Política de Alimentação e Nutrição (CGPAN). Antropometria: como pesar e medir. [Acesso em 2 jul. 2014]. Disponível em: 5

7 paciente: a cabeça deverá ser apoiada no equipamento, a região cervical retificada e centralizada, o queixo afastado do peito, os ombros, nádegas e os calcanhares em contato com a superfície de apoio, braços estendidos ao longo do corpo, joelhos estendidos, e os pés, em ângulo reto com as pernas. Assim, a parte móvel do equipamento será levada até a planta dos pés para a leitura da medida. Crianças com mais de dois anos são medidas em estadiômetros de parede. Devem estar usando o mínimo possível de roupas, descalças e posicionados de costas, com braços estendidos ao longo do corpo. A cabeça, o tronco, as nádegas e os calcanhares devem estar apoiados na régua vertical, os joelhos e os pés, paralelos e unidos. É preciso atenção para a posição da cabeça, que deve estar reta com a criança olhando para um ponto fixo à frente, com o plano transversal na altura dos olhos, paralelo ao piso do ambiente. Assim, a parte móvel do equipamento deve ser posicionada sobre o ponto mais alto da cabeça para que se proceda à leitura. Perímetro cefálico A medida do perímetro cefálico permite a avaliação indireta do crescimento do encéfalo nos dois primeiros anos de vida. Determinado geneticamente, o crescimento encefálico nessa fase é vulnerável a agravos ambientais, em especial aos danos infecciosos e nutricionais. Por essa razão, a sua medida deve ser sempre avaliada, tendo-se como referência o desenvolvimento neuropsicomotor. A medida é realizada com uma fita métrica, inelástica, posicionada na porção posterior mais proeminente do crânio (occipício) e na parte frontal da cabeça (glabela). Índice de Massa Corporal (IMC) O IMC é um indicador da proporção entre peso e altura e pode ser calculado pela fórmula: (m) 2 IMC = peso (kg)/ altura Os resultados podem ser analisados pela aplicação dos gráficos da Organização Mundial de Saúde. 9 Em crianças e adolescentes, a avaliação do IMC deve ser feita por meio de gráficos de referência, os quais definem as seguintes condições nutricionais 10 : Magreza ou desnutrição: IMC < percentil 5 Peso adequado ou eutrofia: percentil 5 < IMC < percentil 85 Sobrepeso: percentil 85 <IMC < percentil 95 Obesidade: IMC > percentil 95. Medidas das circunferências 9World Health Organization - WHO. Growth Charts. [Acesso em 2 jul. 2014]. Disponível em: 10 Sociedade Brasileira de Pediatria. Avaliação nutricional da criança e do adolescente. Manual de Orientação. Departamento de Nutrologia. São Paulo: Sociedade Brasileira de Pediatria. Departamento de Nutrologia, p. 6

8 - Circunferência abdominal De forma indireta, a medida da circunferência abdominal fornece informação sobre a adiposidade corporal. Tem sido relacionada ao risco de doenças crônicas não transmissíveis em adultos. Na infância, embora ainda sejam escassos, estudos com crianças obesas têm demonstrado associação de aumento da circunferência abdominal com hiperinsulinemia e elevação das concentrações das lipoproteínas plasmáticas. É uma medida que permite, de forma simples, a estimativa da composição corporal. Freedmanet al (1999) 11 definiram os pontos de corte para medidas da circunferência abdominal de crianças e adolescentes, considerando o percentil 90. A medida da circunferência abdominal deve ser tomada com o paciente em pé. O examinador deverá marcar o ponto médio entre a borda da última costela e a crista ilíaca superior, em ambos os lados do corpo e aplicar a fita métrica sobre os pontos marcados, procedendo à leitura da medida ao final de uma expiração normal. - Circunferência do braço A circunferência do braço representa a soma das áreas constituídas pelos tecidos ósseo, muscular e gorduroso. É uma medida complementar e deve ser tomada no braço direito, que deve estar relaxado em flexão até formar um ângulo reto com o antebraço. Marca-se o ponto médio entre o acrômio e o olécrano. Depois, o paciente estende o braço ao longo do corpo, com a palma da mão voltada para a coxa. Contorna-se o braço no ponto marcado, com fita métrica inelástica, e procede-se a leitura.frisancho (1981) 12 determinou os pontos de corte para essas medidas. Valores abaixo do percentil 5 indicam risco de doenças e distúrbios associados à desnutrição e, acima do percentil 95, risco de doenças relacionadas ao excesso de peso. - Circunferência muscular do braço (CMB) A circunferência muscular do braço (CMB) é uma medida derivada da circunferência do braço e da dobra cutânea tricipital (DCT),usada para estimar a massa muscular do braço: CMB (cm) = circunferência do braço (cm) (0,314 x dobra cutânea tricipital / 10) Os valores de referência são os propostos por Frisancho (1981). 12 A tabela 1 apresenta os valores das medidas da circunferência do braço e da circunferência muscular do braço, para meninos e meninas, conforme as faixas etárias, no percentil Freedman DS et al. Relation of circumferences and skinfold thicknesses to lipid and insulin concentrations in children and adolescents: the Bogalusa Heart Study.Am J ClinNutr 1999; 69: Frisancho AR. New norms of upper limb fat and muscle areas for assessment of nutritional status.am J ClinNutr 1981, 34:

9 TABELA 1: Medidas da circunferência do braço e da circunferência muscular do braço, para meninos e meninas, conforme as faixas etárias, no percentil 90 Circunferência do braço Valores do percentil 90 (mm) Circunferência muscular do braço Valores do percentil 90 (mm) Idade (anos) Meninos Meninas Meninos Meninas 1-1, , , , , , , , , , , , , , , , , Adaptado de: Frisancho AR. New norms of upper limb fat and muscle areas for assessment of nutritional status.am J ClinNutr 1981, 34:

10 Medidas das dobras cutâneas A medida das dobras cutâneas é utilizada para estimar a adiposidade corporal. Deve ser feita com equipamento adequado: adipômetro, paquímetro ou plicômetro. A OMS 13 disponibiliza medidas de dobras cutâneas (tricipital e subescapular) em tabelas e gráficos para crianças de três meses a 5 anos de idade. - Dobra cutânea tricipital (DCT) No mesmo ponto médio utilizado para realizar a medida da circunferência do braço, separar levemente a dobra cutânea (pele mais gordura subcutânea), desprendendo-a do tecido muscular, e aplicar o calibrador formando um ângulo reto. O braço deve estar relaxado e solto ao lado do corpo. - Dobra cutânea subescapular (DCS) Marcar o ponto imediatamente abaixo do ângulo inferior da escápula. A pele deve ser levantada1 cm abaixo do ângulo inferior da escápula, de tal forma que se possa observar um ângulo de 45 entre esta e a coluna vertebral. O aparelho deve ser aplicado, estando o indivíduo com braços e ombros relaxados. Exame físico O exame físico visa identificar alterações relacionadas, ou não, à queixa principal e aos eventuais distúrbios nutricionais associados. Além da ectoscopia, que evidencia o aspecto geral do paciente, o exame detalhado dos diversos aparelhos complementa a consulta e permite a elaboração do diagnóstico presuntivo - clínico e nutricional. Alterações específicas do exame clínico podem ser a chave para o diagnóstico nutricional. Desse modo, a magreza excessiva com hipotrofia muscular sugere desnutrição primária, por baixa ingestão, ou secundária, associada a enfermidades graves. No outro extremo, aumento de panículo adiposo com estrias, acanthosisnigricans e limitações articulares são alterações associadas à obesidade. 13World Health Organization - WHO. Growth Charts. [Acesso em 2 jul. 2014]. Disponível em: 9

11 Referenciais antropométricos Os referenciais antropométricos são tabelas e gráficos construídos com base em medidas corpóreas de populações saudáveis e representativas para o parâmetro que se quer avaliar. Esses instrumentos permitem a classificação nutricional de um indivíduo em relação a uma população de referência, conforme o sexo e a idade. O principal objetivo para a aplicação das curvas de referência é a definição da normalidade, ou da possibilidade de anormalidade das medidas de um determinado indivíduo. As curvas e os gráficos podem ser construídos em sistema de percentil ou de escores Z: - Percentis Por sua praticidade e facilidade de interpretação, esse sistema é largamente utilizado. Como a distribuição dos parâmetros antropométricos é sempre normal (acompanha a curva Gauss), os valores de tendência central (próximos ao percentil 50) são também os mais frequentemente observados na população normal, enquanto os de extremos são os mais raros. Essa característica demonstra, com facilidade, riscos de anormalidade. Desse modo, a interpretação para uma criança com percentil de peso 95 é que ela é mais pesada que 95% das crianças de mesma idade e sexo. - Escores z Os escores z apresentam os valores de cada parâmetro de acordo com a sua diferença em relação ao valor mediano estimado para determinado sexo e idade. Essa distância da mediana é avaliada em unidades (ou frações) de desvios-padrão, considerando-se que cada desvio-padrão de diferença da mediana corresponde a uma unidade de escore z. Para calcular o escore z, utiliza-se a seguinte fórmula: Escore z =valor medido na criança valor da mediana/ valor do desvio-padrão O Ministério da Saúde recomenda a utilização das curvas publicadas pela Organização Mundial de Saúde (OMS ). 10

12 Avaliação complementar Perfil lipídico O perfil lipídico pode ser realizado em crianças a partir de dois anos, idade em que já estão estabelecidos pontos de corte e sempre que se fizer necessário, sendo mandatório em casos de história familiar de dislipidemia. Considera-se risco cardiovascular familiar a história de doença cardiovascular em parentes do sexo masculino com menos de 55 anos e do sexo feminino com menos de 65 anos O perfil lipídico deve contemplar a avaliação do colesterol total e frações (HDL-C, LDL-C, VLDL-C) e dos triglicerídeos. Para a correta interpretação dos valores, a coleta de sangue deve respeitar um período de 12 horas de jejum. TABELA 2: Valores de perfil lipídico em crianças e adolescentes (acima de dois anos) Lipoproteínas (mg/dl) Desejáveis Limítrofes Aumentados Colesterol total < >170 LDL-C < HDL-C 45 Triglicerídeos < Fonte: I Diretriz de prevenção da aterosclerose na infância e adolescência, 2005 Metabolismo dos carboidratos A resistência insulínica é o mecanismo central responsável pelo desenvolvimento de diversas doenças associadas ao sobrepeso e à obesidade. Desse modo, o metabolismo dos carboidratos deve ser avaliado quando os indicadores clínicos apontam para essas condições. Com esse objetivo, devem ser obtidas a glicose sanguínea em jejum e a glicemia 2 horas após 75 g de glicose VOe a hemoglobina glicosilada. Também pode ser calculado o HOMA HomeostaticModelAssessment -, indicador de resistência à insulina, calculado pela fórmula: HOMA = insulina de jejum (mu/ ml) x glicose de jejum (mmol/ L)*/ 22,5 *Para conversão de mg/dl em mmol/l, multiplica-se o valorem mg/dl por 0,0555 Recentemente a Academia Americana de Diabetes publicou o que chamou de Critérios para testar diabetes em pacientes assintomáticos. Esses critérios recomendam que indivíduos assintomáticos, mas que tenham sobrepeso e fatores de risco adicional como inatividade física, história familiar, dislipidemia, hipertensão arterial, mulheres com ovários policísticos ou que tenham tido diabetes gestacional, 11

13 devem ser submetidos à avaliação do metabolismo de carboidratos por meio das determinações da glicose sanguínea, da tolerância à glicose e do teste A1C. 14 Outros exames Em geral, não são necessários outros exames bioquímicos para a avaliação nutricional. Exames específicos guiados por suspeitas diagnósticas de deficiências menos comuns, associadas ao quadro clínico geral e, principalmente, para o acompanhamento do tratamento instituído, podem ser solicitados. Avaliação da composição corporal A composição corporal pode ser estimada por medidas de circunferências e de dobras corporais ou determinada pela utilização de técnicas que envolvem desde a utilização de aparelhos de bioimpedância até os radioisótopos. Informações sobre a composição corporal têm importância na avaliação do diagnóstico nutricional e na orientação de condutas para o controle de peso. Esses métodos de avaliação da composição descritos a seguir têm vantagens e desvantagens e, em geral, não são utilizados na avaliação de rotina. - Bioimpedância elétrica A bioimpedância elétrica é um método simples, rápido, não invasivo e barato. O equipamento utilizado é de fácil transporte e permite a determinação da massa livre de gordura e da quantidade de água corporal. Fundamenta-se nas propriedades condutoras e dielétricas para correntes elétricas de frequências distintas dos diferentes tecidos biológicos. Os tecidos livres de gordura, pela sua composição em água e eletrólitos, são altamente condutores e apresentam baixa resistência à passagem da corrente elétrica, enquanto os tecidos adiposo e ósseo são dielétricos ou muito resistentes. - DXA - Absorciometria por Dupla Emissão de Raios X ou Densitometria de Corpo Inteiro A DXA (Dual energy X-rayabsorptionmetry) é um método não invasivo com mínima dose de radiação (inferior a 10 µsv) e tempo curto de execução, podendo ser aplicada em indivíduos de todas as idades, exceto gestantes. É considerada padrão ouro de avaliação dos compartimentos corporais, por realizar a medida direta da massa muscular, do tecido adiposo e da densidade óssea com precisão e acurácia. Estudos que compararam a DXA com outras técnicas de avaliação da composição corporal, como a bioimpedância elétrica, a pesagem hidrostática e as dobras cutâneas, em diferentes populações, faixas etárias e raças, mostraram, de modo geral, que a DXA 14ADA.Standards of Medical Care in Diabetes.Diabetes Care. 2014(37):S14-S80 12

14 tem boa correlação com os outros métodos avaliados e trata-se de uma técnica de utilização restrita. - Diluição de isótopos e ativação de nêutrons. Hidrodensitometria, - tomografia computadorizada e ressonância magnética Diluição de isótopos e ativação de nêutrons A avaliação da composição corporal obtida pela hidrodensitometria obtenção do peso corporal imerso em água apresenta como principal restrição, nas faixas etárias aqui consideradas, a necessidade de se conhecer a densidade específica de cada um dos componentes corporais avaliados, quais sejam, a gordura e a massa livre de gordura. A razão para tal necessidade encontra-se nas diferenças devido ao sexo, à etnia e aos estágios puberais e ao fato de que a massa magra adquire maior e progressiva densidade desde o nascimento até o final da adolescência. Não tem sido empregado de rotina. Tanto a tomografia computadorizada quanto a ressonância magnética não são usadas de rotina na avaliação da composição corporal, não só por serem exames de alto custo, mas, em particular, pela exposição a doses elevadas de radiação e por exigirem, muitas vezes, sedação do paciente. Conclusão Avaliar e acompanhar o crescimento, da concepção à vida adulta, é atribuição fundamental daqueles que cuidam da saúde da criança e do adolescente. A multiplicidade de medidas e de exames para a avaliação do estado nutricional deixa clara a necessidade de seleção adequada ao que se quer analisar ou estudar. Embora todos tenham a sua importância, o fator determinante da escolha será o objetivo a ser atingido se uma avaliação individual ou coletiva, se uma avaliação de crianças saudáveis ou com doenças crônicas. Em todos os casos, são imprescindíveis as bases da consulta clínica: anamnese e exame físico, sem as quais quaisquer outras avaliações estarão sujeitas a análises equivocadas. Vale ressaltar que, na prática clínica ambulatorial de rotina, as medidas antropométricas são imprescindíveis e suficientes para uma adequada avaliação do estado nutricional de uma criança ou de um adolescente. 13

15 ANEXOS IMC VALORES DE REFERÊNCIA anos 15 Pontos de corte de IMC para diagnóstico de excesso de peso e obesidade em crianças de 2 a 5,5 *A idade completa é considerada até 5 meses e 29 dias. Por exemplo, uma criança com 3 anos 5 meses e 29 dias deve entrar na faixa de 3 anos, e uma criança com 3 anos e 6 meses deve entrar na faixa de 3,5 anos. anos 15 Pontos de corte de IMC para diagnóstico de excesso de peso e obesidade em crianças de 10 a 15 *A idade completa é considerada até 5 meses e 29 dias, por exemplo, uma adolescente com 15 anos 5 meses e 29 dias deve entrar na faixa de 15 anos, e uma adolescente com 15 anos e 7 meses deve entrar na faixa de 15,5. 15 Brasil. Ministério da Saúde. Cadernos da Atenção Básica Estratégias para o cuidado da pessoa com doença crônica obesidade. Cadernos da Atenção Básica nº 38. Ministério da Saúde. Brasília [Acesso em 02 jul. 2014].Disponível em: 14

PERFIL NUTRICIONAL DE PRÉ - ESCOLARES E ESCOLARES DE UMA INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA DA CIDADE DE MARINGÁ, PR

PERFIL NUTRICIONAL DE PRÉ - ESCOLARES E ESCOLARES DE UMA INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA DA CIDADE DE MARINGÁ, PR ISBN 978-85-61091-05-7 Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 27 a 30 de outubro de 2009 PERFIL NUTRICIONAL DE PRÉ - ESCOLARES E ESCOLARES DE UMA INSTITUIÇÃO FILANTRÓPICA DA CIDADE DE MARINGÁ,

Leia mais

Novas curvas de avaliação de crescimento infantil adotadas pelo MS

Novas curvas de avaliação de crescimento infantil adotadas pelo MS Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Novas curvas de avaliação de crescimento infantil adotadas pelo MS Em 2006 foi lançada pela Organização

Leia mais

Perfil nutricional de crianças de 6 a 10 anos de idade das escolas municipais na cidade de Picos/PI.

Perfil nutricional de crianças de 6 a 10 anos de idade das escolas municipais na cidade de Picos/PI. Perfil nutricional de crianças de 6 a 10 anos de idade das escolas municipais na cidade de Picos/PI. Professor Assistente da Universidade Federal do Piauí Gilvo de Farias Júnior Nutricionistas: Francilany

Leia mais

Projeto Ação Social. Relatório equipe de Nutrição Responsável pelos resultados: Vanessa de Almeida Pereira, Graduanda em Nutrição.

Projeto Ação Social. Relatório equipe de Nutrição Responsável pelos resultados: Vanessa de Almeida Pereira, Graduanda em Nutrição. Projeto Ação Social Relatório equipe de Nutrição Responsável pelos resultados: Vanessa de Almeida Pereira, Graduanda em Nutrição. Objetivo Geral: A equipe de Nutrição teve por objetivo atender aos pacientes

Leia mais

A situação do câncer no Brasil 1

A situação do câncer no Brasil 1 A situação do câncer no Brasil 1 Fisiopatologia do câncer 23 Introdução O câncer é responsável por cerca de 13% de todas as causas de óbito no mundo: mais de 7 milhões de pessoas morrem anualmente da

Leia mais

PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E DE OBESIDADE EM ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL I DA ESCOLA ESTADUAL ANTONIA DE FARIAS RANGEL

PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E DE OBESIDADE EM ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL I DA ESCOLA ESTADUAL ANTONIA DE FARIAS RANGEL ARTIGO PREVALÊNCIA DE SOBREPESO E DE OBESIDADE EM ESCOLARES DO ENSINO FUNDAMENTAL I DA ESCOLA ESTADUAL ANTONIA DE FARIAS RANGEL Flávio Petrônio Cabral de Castro Docente da Escola Estadual Antonia Rangel

Leia mais

INTRODUÇÃO. Diabetes & você

INTRODUÇÃO. Diabetes & você INTRODUÇÃO Diabetes & você Uma das coisas mais importantes na vida de uma pessoa com diabetes é a educação sobre a doença. Conhecer e saber lidar diariamente com o diabetes é fundamental para levar uma

Leia mais

Pesquisa revela que um em cada 11 adultos no mundo tem diabetes

Pesquisa revela que um em cada 11 adultos no mundo tem diabetes Pesquisa revela que um em cada 11 adultos no mundo tem diabetes O Dia Mundial da Saúde é celebrado todo 7 de abril, e neste ano, o tema escolhido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para conscientização

Leia mais

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE ADULTOS E IDOSOS EM UMA UBS DE APUCARANA-PR

PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE ADULTOS E IDOSOS EM UMA UBS DE APUCARANA-PR PERFIL ANTROPOMÉTRICO DE ADULTOS E IDOSOS EM UMA UBS DE APUCARANA-PR Resumo Lourival, N B S Fernandes, L S; A Educação nutricional ocorre devido ações educativas com a finalidade de um maior conhecimento

Leia mais

Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si

Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si A função da insulina é fazer com o que o açúcar entre nas células do nosso corpo, para depois poder

Leia mais

Tópicos da Aula. Classificação CHO. Processo de Digestão 24/09/2012. Locais de estoque de CHO. Nível de concentração de glicose no sangue

Tópicos da Aula. Classificação CHO. Processo de Digestão 24/09/2012. Locais de estoque de CHO. Nível de concentração de glicose no sangue Universidade Estadual Paulista DIABETES E EXERCÍCIO FÍSICO Profª Dnda Camila Buonani da Silva Disciplina: Atividade Física e Saúde Tópicos da Aula 1. Carboidrato como fonte de energia 2. Papel da insulina

Leia mais

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ÍNDIVIDUOS IDOSOS

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ÍNDIVIDUOS IDOSOS V EPCC Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 23 a 26 de outubro de 2007 AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ÍNDIVIDUOS IDOSOS Flávia Regina Moleiro 1, Rose Mari Bennemann² RESUMO: O aumento da expectativa

Leia mais

Avaliação antropométrica de idosas participantes de grupos de atividades físicas para a terceira idade.

Avaliação antropométrica de idosas participantes de grupos de atividades físicas para a terceira idade. 10mo Congreso Argentino de Educación Física y Ciencias. Universidad Nacional de La Plata. Facultad de Humanidades y Ciencias de la Educación. Departamento de Educación Física, La Plata, 2013. Avaliação

Leia mais

DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE INFANTIL

DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE INFANTIL DIAGNÓSTICO DA OBESIDADE INFANTIL Associação Brasileira para o Estudo da Obesidade e da Síndrome Metabólica - ABESO Dra. Maria Edna de Melo CREMESP 106.455 Responsável Científica pelo site da ABESO A Pesquisa

Leia mais

Nutrição PADRÃO DE RESPOSTA

Nutrição PADRÃO DE RESPOSTA Nutrição PADRÃO DE RESPOSTA Em termos de atendimento à proposta, espera-se que o estudante estabeleça relação entre a qualidade do serviço de esgotamento sanitário e de tratamento da água para o agravamento

Leia mais

Programa Corporativo Fitness Timbu

Programa Corporativo Fitness Timbu Programa Corporativo Fitness Timbu O que é? Series de exercícios físicos que utilizam movimentos naturais do ser humano, como pular, correr, puxar, agachar, girar e empurrar. O praticante ganha força,

Leia mais

PEDIATRIA. Questão 1. De acordo com o caso clínico apresentado, responda: a) O tratamento da mãe foi adequado? Justifique.

PEDIATRIA. Questão 1. De acordo com o caso clínico apresentado, responda: a) O tratamento da mãe foi adequado? Justifique. PEDIATRIA Questão 1 Recém-nascido (RN) de parto normal, sem complicações, com Apgar 8/9, peso de nascimento 3050g, idade gestacional de 39 semanas, não apresenta sinais e sintomas aparentes. Mãe realizou

Leia mais

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras Batizada pelos médicos de diabetes mellitus, a doença ocorre quando há um aumento do açúcar no sangue. Dependendo dos motivos desse disparo, pode ser de dois tipos.

Leia mais

M E D I D A D O P E S O. _ Identificar as gestantes com déficit nutricional ou sobrepeso, no início da gestação;

M E D I D A D O P E S O. _ Identificar as gestantes com déficit nutricional ou sobrepeso, no início da gestação; M E D I D A D O P E S O OBJETIVO: Avaliar o aumento do peso durante a gestação Para: _ Identificar as gestantes com déficit nutricional ou sobrepeso, no início da gestação; _ Detectar as gestantes com

Leia mais

ROTEIROS E ORIENTAÇÕES PARA OS RELATÓRIO DE ESTÁGIO NA ÁREA DE:

ROTEIROS E ORIENTAÇÕES PARA OS RELATÓRIO DE ESTÁGIO NA ÁREA DE: CURSO DE NUTRIÇÃO ROTEIROS E ORIENTAÇÕES PARA OS RELATÓRIO DE ESTÁGIO NA ÁREA DE: MANUAL DO ESTAGIÁRIO NUTRIÇÃO CLÍNICA PROFESSORA SUPERVISORA Valéria Cristina Schneider São Carlos 2013 A - Estágio Supervisionado

Leia mais

A importância da primeira infância

A importância da primeira infância A importância da primeira infância Cesar Victora Professor Emérito da Universidade Federal de Pelotas Presidente da Associação Epidemiológica Internacional Perito em Nutrição Infantil da Organização Mundial

Leia mais

A Organização da Atenção Nutricional: enfrentando a obesidade

A Organização da Atenção Nutricional: enfrentando a obesidade A Organização da Atenção Nutricional: enfrentando a obesidade Introdução Há cerca de 20 anos, a Secretaria de Saúde de um grande município começou a desenvolver e implantar iniciativas relacionadas à Alimentação

Leia mais

Mudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008

Mudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008 Mudanças demográficas e saúde no Brasil Dados disponíveis em 2008 José Cechin Superintendente Executivo Carina Martins Francine Leite Nos últimos meses, vários relatórios publicados por diferentes instituições

Leia mais

OS 5 PASSOS QUE MELHORAM ATÉ 80% OS RESULTADOS NO CONTROLE DO DIABETES. Mônica Amaral Lenzi Farmacêutica Educadora em Diabetes

OS 5 PASSOS QUE MELHORAM ATÉ 80% OS RESULTADOS NO CONTROLE DO DIABETES. Mônica Amaral Lenzi Farmacêutica Educadora em Diabetes OS 5 PASSOS QUE MELHORAM ATÉ 80% OS RESULTADOS NO CONTROLE DO DIABETES Mônica Amaral Lenzi Farmacêutica Educadora em Diabetes TER DIABETES NÃO É O FIM... É o início de uma vida mais saudável, com alimentação

Leia mais

Diabetes - Introdução

Diabetes - Introdução Diabetes - Introdução Diabetes Mellitus, conhecida simplesmente como diabetes, é uma disfunção do metabolismo de carboidratos, caracterizada pelo alto índice de açúcar no sangue (hiperglicemia) e presença

Leia mais

1. Tabela de peso e estatura (percentil 50) utilizando como referencial o NCHS 77/8 - gênero masculino

1. Tabela de peso e estatura (percentil 50) utilizando como referencial o NCHS 77/8 - gênero masculino 1 1. Tabela de peso e estatura (percentil 50) utilizando como referencial o NCHS 77/8 - gênero masculino Anos Mês Estatura Peso Anos Mês Estatura Peso Anos Mês Estatura Peso Anos Mês Estatura Peso 0,0

Leia mais

Incorporação da curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde de 2006 e 2007 no SISVAN

Incorporação da curvas de crescimento da Organização Mundial da Saúde de 2006 e 2007 no SISVAN Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção Básica Coordenação-Geral da Política de Alimentação e Nutrição Incorporação da curvas de crescimento da Organização Mundial da

Leia mais

TÍTULO: AVALIAÇÃO DE UM PROGRAMA ESPECÍFICO DE ATENÇÃO À SAÚDE DO ADOLESCENTE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA MG.

TÍTULO: AVALIAÇÃO DE UM PROGRAMA ESPECÍFICO DE ATENÇÃO À SAÚDE DO ADOLESCENTE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA MG. TÍTULO: AVALIAÇÃO DE UM PROGRAMA ESPECÍFICO DE ATENÇÃO À SAÚDE DO ADOLESCENTE DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA, VIÇOSA MG. AUTORES: Kiriaque Barra Ferreira Barbosa bolsista CNPq (kiribarra@hotmail.com.br),

Leia mais

Os Números da Obesidade no Brasil: VIGITEL 2009 e POF 2008-2009

Os Números da Obesidade no Brasil: VIGITEL 2009 e POF 2008-2009 Os Números da Obesidade no Brasil: VIGITEL 2009 e POF 2008-2009 Maria Edna de Melo A Organização Mundial da Saúde (OMS) projetou que em 2005 o mundo teria 1,6 bilhões de pessoas acima de 15 anos de idade

Leia mais

4.6 Análise estatística

4.6 Análise estatística 36 4.6 Análise estatística Na análise dos dados, foi utilizado o programa estatístico SPSS, versão 11.5 (Windows). Inicialmente, apresentou-se o resultado geral do grupo dos adolescentes obesos e de eutróficos,

Leia mais

ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE 0 A 10 ANOS COM CÂNCER ASSISTIDAS EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO

ESTADO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE 0 A 10 ANOS COM CÂNCER ASSISTIDAS EM UM HOSPITAL FILANTRÓPICO 1 -Acadêmica do 8º semestre do Curso de Enfermagem da Universidade Federal do Piauí/CSHNB UFPI/Picos/PI. Bolsista ICV/UFPI. Membro do Grupo de Pesquisa em Saúde Coletiva/CSHNB/CNPq. ESTADO NUTRICIONAL

Leia mais

Osteoporose. Trabalho realizado por: Laís Bittencourt de Moraes*

Osteoporose. Trabalho realizado por: Laís Bittencourt de Moraes* Trabalho realizado por: Laís Bittencourt de Moraes* * Fisioterapeuta. Pós-graduanda em Fisioterapia Ortopédica, Traumatológica e Reumatológica. CREFITO 9/802 LTT-F E-mail: laisbmoraes@terra.com.br Osteoporose

Leia mais

Data: 27/03/2014. NTRR 54/2014 a. Medicamento x Material Procedimento Cobertura

Data: 27/03/2014. NTRR 54/2014 a. Medicamento x Material Procedimento Cobertura NTRR 54/2014 a Solicitante: Secretaria da segunda vara da comarca de Caeté Número do processo: 0004453-75.2014 Data: 27/03/2014 Medicamento x Material Procedimento Cobertura Réu: Comarca de Caeté e Estado

Leia mais

PROMOVENDO A REEDUCAÇÃO ALIMENTAR EM ESCOLAS NOS MUNICÍPIOS DE UBÁ E TOCANTINS-MG RESUMO

PROMOVENDO A REEDUCAÇÃO ALIMENTAR EM ESCOLAS NOS MUNICÍPIOS DE UBÁ E TOCANTINS-MG RESUMO 1 PROMOVENDO A REEDUCAÇÃO ALIMENTAR EM ESCOLAS NOS MUNICÍPIOS DE UBÁ E TOCANTINS-MG RESUMO Iara de Souza Assunção 1 Josiane Kênia de Freitas 2 Viviane Modesto Arruda 3 Silvana Rodrigues Pires Moreira 4

Leia mais

Prevenção Cardio vascular. Dra Patricia Rueda Cardiologista e Arritmologista

Prevenção Cardio vascular. Dra Patricia Rueda Cardiologista e Arritmologista Prevenção Cardio vascular Dra Patricia Rueda Cardiologista e Arritmologista Principal causa de morte em todo o mundo Considerada uma EPIDEMIA pela OMS em 2009 Alta mortalidade Alta morbidade = Muitas

Leia mais

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE MENINOS DA CIDADE DE AMPARO - SÃO PAULO

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE MENINOS DA CIDADE DE AMPARO - SÃO PAULO AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE MENINOS DA CIDADE DE AMPARO - SÃO PAULO Mari Uyeda* Pedro Henrique Martins de Lima** RESUMO: As mudanças nas práticas alimentares e no padrão de atividades físicas culminaram em

Leia mais

Este capítulo tem como objetivo, tecer algumas considerações. Epidemiologia, Atividade Física e Saúde INTRODUÇÃO

Este capítulo tem como objetivo, tecer algumas considerações. Epidemiologia, Atividade Física e Saúde INTRODUÇÃO 1 Epidemiologia, Atividade Física e Saúde Efi gênia Passarelli Mantovani Especialista em Atividade Física e Qualidade de Vida Unicamp Vera Aparecida Madruga Forti Profa. Dra. do Departamento de Estudos

Leia mais

Obesidade infantil: fisiopatologia e tratamento nutricional

Obesidade infantil: fisiopatologia e tratamento nutricional Obesidade infantil: fisiopatologia e tratamento nutricional Sávia Madalena Moura Vieira Especialista em Nutrição Clínica Setembro - 2008 Objetivos» Ao fim desta discussão, deve estar claro para você: 1.Como

Leia mais

O que é a obesidade?

O que é a obesidade? Como controlar o peso? O que é a obesidade? A obesidade acontece quando há acúmulo excessivo de gordura no corpo Pode ser localizado em certas regiões do corpo ou generalizada Quando o acúmulo é na região

Leia mais

Reabilitação fisioterapêutica do idoso com osteoporose

Reabilitação fisioterapêutica do idoso com osteoporose Definição Reabilitação fisioterapêutica do idoso com osteoporose Distúrbio osteometabólico, de origem multifatorial, caracterizado pela diminuição da densidade mineral óssea e deterioração de sua micro

Leia mais

INGESTÃO DIETÉTICA E COMPOSIÇÃO CORPORAL DE DANÇARINAS DA UFPA (BELÉM PA).

INGESTÃO DIETÉTICA E COMPOSIÇÃO CORPORAL DE DANÇARINAS DA UFPA (BELÉM PA). INGESTÃO DIETÉTICA E COMPOSIÇÃO CORPORAL DE DANÇARINAS DA UFPA (BELÉM PA). GLEICIANE MARTINS GOMES ADRIANA MOURA DOS SANTOS JOSEANA MOREIRA ASSIS RIBEIRO FERNANDO VINÍCIUS FARO REIS JÚLIO ALVES PIRES FILHO

Leia mais

JORNALZINHO DA SAÚDE

JORNALZINHO DA SAÚDE JORNALZINHO DA SAÚDE POBREZA, FOME E DESNUTRIÇÃO Professor Chenso Pobreza: pobreza corresponde à condição de não satisfação de necessidades humanas elementares como comida, abrigo, vestuário, educação,

Leia mais

Anexo I - Questionário

Anexo I - Questionário Anexo I - Questionário Joana Alexandra de Jesus Amorim, aluna do 4º ano da Licenciatura em Enfermagem da Universidade Fernando Pessoa, encontra-se a realizar um trabalho de investigação com o título Cirurgia

Leia mais

ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA 3º E.M.

ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA 3º E.M. Nome: n.º Barueri, / / 2009 1ª Postagem Disciplina: Educação Física 3ª série E.M ATIVIDADE DE EDUCAÇÃO FÍSICA 3º E.M. Orientações para desenvolvimento da atividade: Esse será um texto a ser utilizado no

Leia mais

O comportamento conjunto de duas variáveis quantitativas pode ser observado por meio de um gráfico, denominado diagrama de dispersão.

O comportamento conjunto de duas variáveis quantitativas pode ser observado por meio de um gráfico, denominado diagrama de dispersão. ESTATÍSTICA INDUTIVA 1. CORRELAÇÃO LINEAR 1.1 Diagrama de dispersão O comportamento conjunto de duas variáveis quantitativas pode ser observado por meio de um gráfico, denominado diagrama de dispersão.

Leia mais

O modelo lógico para um protocolo de atendimento à gestante. Gabriele dos Anjos e Isabel Rückert - FEE

O modelo lógico para um protocolo de atendimento à gestante. Gabriele dos Anjos e Isabel Rückert - FEE O modelo lógico para um protocolo de atendimento à gestante Gabriele dos Anjos e Isabel Rückert - FEE Apresentar os resultados da elaboração do modelo lógico para uma política de saúde. Trata-se da iniciativa

Leia mais

ANÁLISE DO PROGNÓSTICO DE PACIENTES INFECTADOS COM HIV DE LONDRINA E REGIÃO DE ACORDO COM PERFIL NUTRICIONAL

ANÁLISE DO PROGNÓSTICO DE PACIENTES INFECTADOS COM HIV DE LONDRINA E REGIÃO DE ACORDO COM PERFIL NUTRICIONAL 1 ANÁLISE DO PROGNÓSTICO DE PACIENTES INFECTADOS COM HIV DE LONDRINA E REGIÃO DE ACORDO COM PERFIL NUTRICIONAL Ana Carolina Borghesi Marques Branco Mariah Martins da Silva Josiane Correia Juliana Ferreira

Leia mais

IV Jornada de Alimentação Escolar 21/10/2010 Ana Carolina Feldenheimer

IV Jornada de Alimentação Escolar 21/10/2010 Ana Carolina Feldenheimer Perfil nutricional da população brasileira segundo inquéritos populacionais (POF, PNDS e outros) e o SISVAN (Sistema de Vigilância Alimentar e Nutricional) quanto a transição nutricional e excesso de peso

Leia mais

Atividade física no ambiente escolar

Atividade física no ambiente escolar Ministério da Saúde Secretaria de Atenção à Saúde Departamento de Atenção BásicaB Coordenação ão-geral da Política de Alimentação e Nutrição Atividade física x alimentação saudável no ambiente escolar

Leia mais

Apresentação nortear os profissionais da atenção à saúde

Apresentação nortear os profissionais da atenção à saúde Apresentação Este Protocolo visa a nortear os profissionais da atenção à saúde, por meio de orientações e diretrizes para as ações de prevenção da infecção pelo vírus Zika em mulheres em idade fértil e

Leia mais

RESUMOS SIMPLES...156

RESUMOS SIMPLES...156 155 RESUMOS SIMPLES...156 156 RESUMOS SIMPLES CARNEIRO, NELSON HILÁRIO... 159 CARNEIRO, NELSON HILÁRIO... 157 CORTE, MARIANA ZANGIROLAME... 159 CORTE, MARIANA ZANGIROLAME... 157 GARCIA JUNIOR, JAIR RODRIGUES...

Leia mais

FACULDADES INTEGRADAS DO TAPAJÓS FIT

FACULDADES INTEGRADAS DO TAPAJÓS FIT FACULDADES INTEGRADAS DO TAPAJÓS FIT Disciplina: ANATOMIA HUMANA Prof. Ms. Alexandre Oliveira SANTARÉM 2010 CONTEÚDO PROGRAMÁTICO 1 Introdução ao estudo da anatomia 2 Sistema Esquelético 3 Sistema Articular

Leia mais

Condições de Trabalho

Condições de Trabalho NR-17 Ergonomia OBJETIVO Visa a estabelecer parâmetros que permitam a adaptação das condições de trabalho às características psicofisiológicas dos trabalhadores, de modo a proporcionar um máximo de conforto,

Leia mais

Áudio. GUIA DO PROFESSOR Síndrome de Down - Parte I

Áudio. GUIA DO PROFESSOR Síndrome de Down - Parte I Síndrome de Down - Parte I Conteúdos: Tempo: Síndrome de Down 5 minutos Objetivos: Auxiliar o aluno na compreensão do que é síndrome de Down Descrição: Produções Relacionadas: Neste programa de Biologia

Leia mais

PROC. Nº 0838/06 PLL Nº 029/06 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS

PROC. Nº 0838/06 PLL Nº 029/06 EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS A obesidade é uma das patologias nutricionais que mais tem apresentado aumento em seus números, não apenas nos países ricos, mas também nos países industrializados. Nos últimos anos,

Leia mais

Protocolos de Nutrição Clínica

Protocolos de Nutrição Clínica 1 Protocolos de Nutrição Clínica Teresina PI 2012 Sumário 2 1 Introdução... 02 2 Protocolo de Assistência Nutricional para Pacientes Internados... 03 3 Protocolo Mínimo de Avaliação Nutricional... 05 4

Leia mais

SUMÁRIO OBESIDADE...4 OBESIDADE EM ADULTOS...5 PREVENÇÃO...6 EM BUSCA DO PESO SAUDÁVEL...7 TRATAMENTO...9 CUIDADOS DIÁRIOS COM A ALIMENTAÇÃO...

SUMÁRIO OBESIDADE...4 OBESIDADE EM ADULTOS...5 PREVENÇÃO...6 EM BUSCA DO PESO SAUDÁVEL...7 TRATAMENTO...9 CUIDADOS DIÁRIOS COM A ALIMENTAÇÃO... 2 SUMÁRIO OBESIDADE...4 OBESIDADE EM ADULTOS...5 PREVENÇÃO...6 EM BUSCA DO PESO SAUDÁVEL...7 TRATAMENTO...9 CUIDADOS DIÁRIOS COM A ALIMENTAÇÃO...12 OUTROS HÁBITOS SAUDÁVEIS...14 ATIVIDADE FÍSICA...14 CUIDADOS

Leia mais

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes

Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Saiba quais são os diferentes tipos de diabetes Diabetes é uma doença ocasionada pela total falta de produção de insulina pelo pâncreas ou pela quantidade insuficiente da substância no corpo. A insulina

Leia mais

A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA

A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA A GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA Edna G. Levy A questão da gravidez na adolescência é muito mais comum do que parece ser, a reação inicial e geral é que este problema só acontece na casa dos outros, na nossa

Leia mais

Postura corporal hábitos causas e consequências

Postura corporal hábitos causas e consequências Postura corporal hábitos causas e consequências AFINAL O QUE É POSTURA? Postura Definir Postura ideal é praticamente impossível. Porém, para Momesso (1997) postura, é a atitude que o corpo adota, mediante

Leia mais

FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DA ANTROPOMETRIA REALIZADA NA ATENÇÃO BÁSICA

FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DA ANTROPOMETRIA REALIZADA NA ATENÇÃO BÁSICA FORMULÁRIO DE AVALIAÇÃO DA ANTROPOMETRIA REALIZADA NA ATENÇÃO BÁSICA IDENTIFICAÇÃO DO QUESTIONÁRIO (ID) [ ] ( ) Questionário [ ] ( ) Entrevistador (bolsista): [ ] ( ) Pesquisador (professor orientador):

Leia mais

A AMAMENTAÇÃO PODE PREVENIR A OBESIDADE INFANTIL?

A AMAMENTAÇÃO PODE PREVENIR A OBESIDADE INFANTIL? ISBN 78-8-6101-0-7 V EPCC Encontro Internacional de Produção Científica Cesumar 7 a 30 de outubro de 00 A AMAMENTAÇÃO PODE PREVENIR A OBESIDADE INFANTIL? Crislayne Teodoro Vasques 1 ; Rita de Cassia Felix

Leia mais

YadaimOvdot Preparatório para Concursos SIMULADO cargo: Nutricionista

YadaimOvdot Preparatório para Concursos SIMULADO cargo: Nutricionista APOSTILA DE QUESTÕES Cargo: NUTRICIONISTA Página 1 de 6 CONTEÚDO Contém 200 questões divididas em: * 25 questões: CEFET CESGRANRIO 2014 * 15 questões: CETAM FCC 2014 * 25 questões: EBSERH MOC UFBA IADES

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE: avaliação antropométrica; oficina de culinária; Síndrome de Down.

PALAVRAS-CHAVE: avaliação antropométrica; oficina de culinária; Síndrome de Down. AVALIAÇÃO NUTRICIONAL E ANTROPOMÉTRICA DE CRIANÇAS DE 06 E 36 MESES, COM SÍNDROME DE DOWN, E OFERTA DE OFICINAS DE CULINÁRIA À SUAS FAMÍLIAS FUNDAÇÃO DOM BOSCO B.H. Luciana Ramos Costa SIMÕES Centro Universitário

Leia mais

O PROJETO. A ESTAÇÃO SAÚDE foi desenvolvida com objetivo de proporcionar aos

O PROJETO. A ESTAÇÃO SAÚDE foi desenvolvida com objetivo de proporcionar aos O PROJETO A ESTAÇÃO SAÚDE foi desenvolvida com objetivo de proporcionar aos usuários diferentes exercícios que possibilitam trabalhar grupos musculares diversos, membros superiores, inferiores, abdominais

Leia mais

Inquéritos em saúde e nutrição disponíveis no Brasil

Inquéritos em saúde e nutrição disponíveis no Brasil Inquéritos em saúde e nutrição disponíveis no Brasil Amanda de Moura Souza Instituto de Estudos em Saúde Coletiva Universidade Federal do Rio de Janeiro Sumário Inquéritos Tipos de Inquéritos Domiciliar

Leia mais

Apresentação de Dados em Tabelas e Gráficos

Apresentação de Dados em Tabelas e Gráficos Apresentação de Dados em Tabelas e Gráficos Os dados devem ser apresentados em tabelas construídas de acordo com as normas técnicas ditadas pela Fundação Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística

Leia mais

Patologia por imagem Abdome. ProfºClaudio Souza

Patologia por imagem Abdome. ProfºClaudio Souza Patologia por imagem Abdome ProfºClaudio Souza Esplenomegalia Esplenomegalia ou megalosplenia é o aumento do volume do baço. O baço possui duas polpas que são constituídas por tecido mole, polpa branca

Leia mais

ACTUALIZAÇÃO 2013. Maio 2013

ACTUALIZAÇÃO 2013. Maio 2013 ACTUALIZAÇÃO 2013 Maio 2013 As versões anteriores do PNSIJ 1992 2002 2005 Saúde infantil e juvenil: Programatipo de actuação Saúde infantil e juvenil: Programatipo de actuação (Orientações Técnicas) Idem

Leia mais

VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAIS

VERIFICAÇÃO DE SINAIS VITAIS Página Responsáveis Preparado por: Enfermeiros Analisado por: Serviço de Enfermagem Aprovado por: DAS. Objetivos. Aplicação Padronizar as técnicas de avaliação dos Sinais Vitais a fim de otimizar o serviço

Leia mais

Caderneta de Saúde do(a) Adolescente

Caderneta de Saúde do(a) Adolescente Caderneta de Saúde do(a) Adolescente Dentre as ações do Ministério da saúde da área técnica da saúde do adolescente e do jovem, encontra-se a Caderneta da Saúde do(a) Adolescente (2009). portalsaude.saude.gov.br

Leia mais

considerando a necessidade de diminuir o risco de infecção hospitalar, evitar as complicações maternas e do recém-nascido;

considerando a necessidade de diminuir o risco de infecção hospitalar, evitar as complicações maternas e do recém-nascido; PORTARIA Nº 1.016, DE 26 DE AGOSTO DE 1993 O Ministério de Estado da Saúde, Interino no uso das atribuições legais, e. considerando a necessidade de incentivar a lactação e o aleitamento materno, favorecendo

Leia mais

3.4 Deformações da coluna vertebral

3.4 Deformações da coluna vertebral 87 3.4 Deformações da coluna vertebral A coluna é um dos pontos mais fracos do organismo. Sendo uma peça muito delicada, está sujeita a diversas deformações. Estas podem ser congênitas (desde o nascimento

Leia mais

Crescimento guiado para correção de joelhos unidos e pernas arqueadas em crianças

Crescimento guiado para correção de joelhos unidos e pernas arqueadas em crianças INFORMAÇÃO AO PACIENTE Crescimento guiado para correção de joelhos unidos e pernas arqueadas em crianças O sistema de crescimento guiado eight-plate quad-plate INTRODUÇÃO As crianças necessitam de orientação

Leia mais

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE TRÊS A NOVE ANOS DE IDADE DE INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS DE CAMPO GRANDE / MATO GROSSO DO SUL RESUMO

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE TRÊS A NOVE ANOS DE IDADE DE INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS DE CAMPO GRANDE / MATO GROSSO DO SUL RESUMO AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE CRIANÇAS DE TRÊS A NOVE ANOS DE IDADE DE INSTITUIÇÕES FILANTRÓPICAS DE CAMPO GRANDE / MATO GROSSO DO SUL GISLAINE DOMINGUES CRN-3 12.129 SUELLEN CRISTINA MENDES MAGRO CRN-3 22.132

Leia mais

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2013 Nome: PARTE 1 BIOESTATÍSTICA, BIOÉTICA E METODOLOGIA

PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2013 Nome: PARTE 1 BIOESTATÍSTICA, BIOÉTICA E METODOLOGIA PROGRAMA DE PÓS-GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA REABILITAÇÃO PROCESSO SELETIVO 2013 Nome: PARTE 1 BIOESTATÍSTICA, BIOÉTICA E METODOLOGIA 1) Um histograma construído a partir de informações amostrais de uma variável

Leia mais

Atividade Física. A atividade física aumenta a sensibilidade à insulina e a capacidade de absorver os nutrientes.

Atividade Física. A atividade física aumenta a sensibilidade à insulina e a capacidade de absorver os nutrientes. Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Atividade Física A atividade física aumenta a sensibilidade à insulina e a capacidade de absorver

Leia mais

DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO EM PROFISSIONAIS DA LIMPEZA

DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO EM PROFISSIONAIS DA LIMPEZA DISTÚRBIOS OSTEOMUSCULARES RELACIONADOS AO TRABALHO EM PROFISSIONAIS DA LIMPEZA ROSEMARA SANTOS DENIZ AMARILLA (1), BRUNO BORSATTO (2), RODRIGO EDUARDO CATAI (3) (1) Mestrado em Engenharia Civil / UTFPR

Leia mais

Hipotireoidismo. O que é Tireóide?

Hipotireoidismo. O que é Tireóide? Texto de apoio ao curso de Especialização Atividade física adaptada e saúde Prof. Dr. Luzimar Teixeira Hipotireoidismo O que é Tireóide? É uma glândula localizada na parte anterior do pescoço, bem abaixo

Leia mais

Por esse motivo é tão comum problemas na coluna na sua grande maioria posturais.

Por esse motivo é tão comum problemas na coluna na sua grande maioria posturais. R.P.G. E A MECÂNICA DA NOSSA COLUNA VERTEBRAL * Dr. Gilberto Agostinho A coluna vertebral, do ponto de vista mecânico é um verdadeiro milagre. São 33 vértebras (7 cervicais + 12 torácicas + 5 lombares

Leia mais

PALAVRAS-CHAVE CRUTAC. Diabetes mellitus. Exames Laboratoriais. Extensão.

PALAVRAS-CHAVE CRUTAC. Diabetes mellitus. Exames Laboratoriais. Extensão. 12. CONEX Apresentação Oral Resumo Expandido 1 ÁREA TEMÁTICA: ( ) COMUNICAÇÃO ( ) CULTURA ( ) DIREITOS HUMANOS E JUSTIÇA ( ) EDUCAÇÃO ( ) MEIO AMBIENTE ( x ) SAÚDE ( ) TRABALHO ( ) TECNOLOGIA AUTOCUIDADO

Leia mais

Obesidade Infantil. O que é a obesidade

Obesidade Infantil. O que é a obesidade Obesidade Infantil O que é a obesidade A obesidade é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como uma doença em que o excesso de gordura corporal acumulada pode atingir graus capazes de afectar

Leia mais

MULHERES NO CLIMATÉRIO: FATORES RELACIONADOS AO SOBREPESO/OBESIDADE

MULHERES NO CLIMATÉRIO: FATORES RELACIONADOS AO SOBREPESO/OBESIDADE MULHERES NO CLIMATÉRIO: FATORES RELACIONADOS AO SOBREPESO/OBESIDADE Maria do Carmo A. Duarte de Farias (E-mail: carmofarias@hotmail.com) 1 Renan Alves Silva 1 Raimunda Andrade Duarte 2 Rosimery Cruz de

Leia mais

Introdução. Palavras-chave: Composição corporal. Antropometria. Escola pública. Escola privada.

Introdução. Palavras-chave: Composição corporal. Antropometria. Escola pública. Escola privada. I Comparação de Composição Corporal Entre Alunos de Escolas Públicas e Privadas Por: André Shigueo F. Vieira Orientador: Prof. Dr. Ricardo Bernardo Mayolino Resumo: O objetivo do presente estudo foi analisar

Leia mais

Quesitos da função prática. Antropometria

Quesitos da função prática. Antropometria Quesitos da função prática Antropometria breve histórico Filósofos, teóricos, artistas e arquitetos estudaram, ao longo da história, as proporções do corpo humano; antropometria física: viagens de Marco

Leia mais

Fisioterapia nas Ataxias. Manual para Pacientes

Fisioterapia nas Ataxias. Manual para Pacientes Fisioterapia nas Ataxias Manual para Pacientes 2012 Elaborado por: Fisioterapia: Dra. Marise Bueno Zonta Rauce M. da Silva Neurologia: Dr. Hélio A. G. Teive Ilustração: Designer: Roseli Cardoso da Silva

Leia mais

TÍTULO: AUTORAS INSTITUIÇÃO: E-mail ÁREA TEMÁTICA:

TÍTULO: AUTORAS INSTITUIÇÃO: E-mail ÁREA TEMÁTICA: TÍTULO: AÇÕES EDUCATIVAS EM ALEITAMENTO MATERNO E ALIMENTAÇÃO COMPLEMENTAR NO PRIMEIRO ANO DE VIDA EM UMA COMUNIDADE DA CIDADE DO RECIFE. AUTORAS: Osório, M.M.; Javorski,M.; Santana, S.C.S.; Leal, L.P.;

Leia mais

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ESCOLARES E A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NO CONSUMO DE ALIMENTOS

AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ESCOLARES E A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NO CONSUMO DE ALIMENTOS AVALIAÇÃO NUTRICIONAL DE ESCOLARES E A INFLUÊNCIA DA MÍDIA NO CONSUMO DE ALIMENTOS CARNEIRO, Alessandra Rosa de Araújo ARAÚJO, Ana Cristina Tomaz (UNITRI) anacrisnutricao@yahoo.com.br RESUMO: Introdução:

Leia mais

Fenilcetonúria Tratamento e Acompanhamento Nutricional

Fenilcetonúria Tratamento e Acompanhamento Nutricional Serviço Especial de Genética Ambulatório de Fenilcetonúria - HC Núcleo de Ações e Pesquisa em Apoio Diagnóstico - NUPAD Faculdade de Medicina / UFMG Fenilcetonúria Tratamento e Acompanhamento Nutricional

Leia mais

Capítulo 3. Fichas de Qualificação de Indicadores

Capítulo 3. Fichas de Qualificação de Indicadores Capítulo 3 Fichas de Qualificação de Indicadores A Demográficos População total A.1................................... 58 Razão de sexos A.2................................... 60 Taxa de crescimento da

Leia mais

Como estimar peso vivo de novilhas quando a balança não está disponível? Métodos indiretos: fita torácica e hipômetro

Como estimar peso vivo de novilhas quando a balança não está disponível? Métodos indiretos: fita torácica e hipômetro Como estimar peso vivo de novilhas quando a balança não está disponível? Métodos indiretos: fita torácica e hipômetro Introdução O principal objetivo nos sistemas de criação de novilhas leiteiras é conseguir

Leia mais

A influência da prática de atividade física no estado nutricional de adolescentes

A influência da prática de atividade física no estado nutricional de adolescentes A influência da prática de atividade física no estado nutricional de adolescentes Quelita Araújo Alves Freitas¹*(IC), Paulo Fabrício dos Santos Lima ²(IC), Emanuel Bruno da Silva Cruz³ (IC), Camila Pinheiro

Leia mais

INFORMAÇÃO - PROVA EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 2º CICLO DO ENSINO BÁSICO - 2015

INFORMAÇÃO - PROVA EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 2º CICLO DO ENSINO BÁSICO - 2015 INFORMAÇÃO - PROVA EQUIVALÊNCIA À FREQUÊNCIA DE EDUCAÇÃO FÍSICA 2º CICLO DO ENSINO BÁSICO - 2015 O presente documento visa divulgar as características da prova final do 2º ciclo do ensino básico da disciplina

Leia mais

Dossier Informativo. Osteoporose. Epidemia silenciosa que afecta 800.000 pessoas em Portugal

Dossier Informativo. Osteoporose. Epidemia silenciosa que afecta 800.000 pessoas em Portugal Dossier Informativo Osteoporose Epidemia silenciosa que afecta 800.000 pessoas em Portugal 2008 1 Índice 1. O que é a osteoporose? Pág. 3 2. Factores de risco Pág. 4 3. Prevenção Pág. 4 4. Diagnóstico

Leia mais

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE?

SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? SAÍDA DO MERCADO DE TRABALHO: QUAL É A IDADE? Ana Amélia Camarano* Solange Kanso** Daniele Fernandes** 1 INTRODUÇÃO Assume-se que idade avançada e invalidez resultam em perda da capacidade laboral, o que

Leia mais

Volte a ter o corpo que tinha antes da gravidez em 60 dias...

Volte a ter o corpo que tinha antes da gravidez em 60 dias... Volte a ter o corpo que tinha antes da gravidez em 60 dias... Mamãe Sarada 2015 Todos os direitos reservados...com Apenas 14Min/Dia! mamaesarada.com.br Av. Eng Carlos Goulart 1015 sala 313 Belo Horizonte

Leia mais