Revista Especial de Educação Física Edição Digital nº DANÇA E EDUCAÇÃO FÍSICA: VIVENDO E CONHECENDO O FORRO
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- Salvador Aires Capistrano
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1 DANÇA E EDUCAÇÃO FÍSICA: VIVENDO E CONHECENDO O FORRO Cláudio Antônio Dias E. M. Sebastiana Silveira Pinto - UDI Ligia Cristiane de Moraes E. M. Sebastiana Silveira Pinto UDI Gabriel H. Muñoz Palafox Faculdade de Educação Física Universidade Federal de Uberlândia gabmpalafox@ufu.br Resumo O objetivo do presente trabalho é apresentar uma estratégia de ensino da Educação Física Escolar, desenvolvida com 18 turmas de 1 ª a 3 ª séries do ensino fundamental da Escola Municipal Sebastiana Silveira Pinto, cuja a finalidade é promover entre as crianças o conhecimento vivenciado da dança denominada Forro Universitário, possibilitando conhecer e vivenciar os elementos constitutivos básicos desta, tais como passos, postura adequada do casal e coreografia, promovendo, assim a interação social entre meninos e meninas das primeiras séries do ensino fundamental, buscando com isto minimizar os conflitos e distanciamento de gênero que são motivados, tanto por fatores culturais, quanto pelo estado de desenvolvimento psico-social da criança. 163
2 Introdução Sou professor de Educação Física da Rede de Educação Municipal de Uberlândia desde 1990 e minha inserção na formação continuada do PCTP é desde O presente trabalho de dança, foi desenvolvido dentro do eixo temático Expressão Corporal das Diretrizes Curriculares do Ensino da Educação Física da Rede Pública Municipal de Ensino de Uberlândia. Denominado Forró na escola, a presente estratégia foi implementada com alunos de 1ª a 3ª séries do ensino fundamental da Escola Municipal Sebastiana Silveira Pinto, localizada no bairro Aurora, à rua Antônio Bernardes Costa, No. 161, a qual atende 18 turmas do Pré a 4ª séries, com uma média 550 alunos em cada turno. A escola desenvolve suas atividades com crianças de 06 a 11 anos, nos turnos matutino e vespertino, com turmas de aproximadamente 30 alunos por turma. Conta com uma biblioteca, cantina, secretaria, um quiosque, um espaço gramado e um pátio coberto onde são desenvolvidas as aulas de Educação Física. A equipe do componente curricular é formada por três professores especializados, com cargos de 18 horas/aula cada. Por este motivo, os espaços físicos destinados à disciplina são considerados insuficientes para atender a demanda. No que diz respeito ao planejamento do conteúdo curricular, cada professor organiza seus conteúdos individualmente. Parte dos motivos são relacionados pelo fato de que a escola conta com um único professor efetivo que inicia suas atividades no início do ano aguardando a chegada dos outros dois professores que, por serem contratados, somente iniciam as suas atividades após o início do ano letivo. Posteriormente, dependendo do interesse em trabalhar em equipe, os professores desenvolvem ou não uma ação coletiva na escola. O objetivo do presente trabalho é apresentar uma Estratégia de Ensino desenvolvida com 18 turmas de primeira a terceiras séries, cuja finalidade é promover entre as crianças o conhecimento vivenciado da dança denominado Forro Universitário, possibilitando conhecer e vivenciar os elementos constitutivos básicos desta, tais como passos, postura adequada do casal e coreografia, promovendo, assim a interação social entre meninos e meninas das primeiras séries do ensino fundamental, buscando com isto minimizar os conflitos e distanciamento de gênero que são motivados, tanto por fatores culturais, quanto pelo estado de desenvolvimento psico-social da criança. A respeito do Desenvolvimento cognitivo, físico e comunicativo da criança da Educação Infantil. ZONA 2: (primeira e segunda séries do ensino fundamental) 164
3 Neste período o aluno continua construindo sua visão da realidade, de forma difusa e misturada (sincrética). Porém, diferentemente da zona de desenvolvimento anterior, evidencia-se a superação do nível intuitivo do pensamento, mediante a possibilidade, cada vez mais crescente, de aprendizagem e de representação do mundo que o/a rodeia, experimentando ainda o contato com os objetos que mantém as atividades do pensamento ligadas à ação. Como conseqüência, além de continuar a elevação de seu rendimento qualitativo para as várias formas de movimento, o/a aluno/a aprimora neste ciclo sua capacidade de interpretação de determinadas atividades humanas (como por exemplo, o esporte), representando-as de acordo com os níveis de compreensão alcançados. Por outro lado, no campo da aprendizagem social, observa-se um avanço qualitativo no que diz respeito a efetivação de atividades de caráter coletivo e cooperativo. O salto qualitativo de desenvolvimento transparece quando o/a aluno/a demonstra através das diferentes manifestações da linguagem, competência para: a) continuar identificando, associando e classificando objetos, conceitos, costumes e sentimentos, porém começando a questionar teoricamente sobre as causas e efeitos dos fatos relacionados com sua vida cotidiana. Demonstra-se assim, no final deste ciclo, uma introdução ao denominado raciocínio crítico; b) agir comunicativamente, dialogando entre seus pares e com o grupo, aprimorando as habilidades do questionar criticamente, de saber falar e do saber ouvir no processo de construção, aplicação e respeito às normas estabelecidas e às criadas coletivamente; c) aperfeiçoar e dominar habilidades motoras complexas relacionadas com o mundo da expressão corporal e do esporte. ZONA 3: (terceira e quarta séries do ensino fundamental) Neste período, o aluno passa a utilizar o raciocínio sincrético como parte dos processos de análise e compreensão da realidade, demonstrando que já é capaz de identificar, analisar criticamente e descrever os elementos constitutivos dos objetos, dos conceitos, dos costumes e dos sentimentos, demostrando-se assim, a elevação de seu raciocínio crítico por indagação teórica sobre as causas e efeitos, por resistência às opiniões dos adultos e por identificação emocional com os pares do mesmo sexo. Em termos de aprendizagem social, na medida em que as atividades coletivas se revestem de um maior sentido e significado neste ciclo, a criança deve apresentar uma estrutura, cognitiva e emocional, suficiente para se reconhecer objetivamente como sendo um membro da sociedade, o que facilita o trabalho em grupo. Nesse sentido, a construção desta noção na criança, está associada à percepção de que os/as outros/as tem pensamentos, sentimentos e necessidades diferentes, que a obriga a reconhecer a necessidade de romper com o seu individualismo, sem perda de sua identidade e a refletir criticamente no momento de ter que compartilhar a realização de atividades coletivas, mediando seus próprios interesses com os do grupo. 165
4 O salto qualitativo de desenvolvimento transparece quando o/a aluno/a demonstra através das diferentes manifestações da linguagem, competência para: a) estabelecer, criticamente, generalizações a partir do conhecimento dos objetos, dos conceitos, dos costumes e dos sentimentos por ele/a vivenciados; b) agir comunicativamente com maior autonomia, mediatizando seus interesses individuais com os interesses coletivos. A respeito do Eixo Temático Expressão Corporal, Dança. O estudo e colocação em prática dos conteúdos relacionados com a corporeidade humana nos contextos sócio-histórico-culturais do jogo, do esporte, da ginástica, da expressão corporal, que inclui a dança, dentre outras manifestações semelhantes (objeto da Educação Física Escolar), devem promover, o desenvolvimento de estratégias de ensino capazes de incentivar a vivência dessas manifestações associadas à análise filosófica, histórica, sociológica e antropológica das mesmas, visando a sua apropriação crítica. De acordo com as Diretrizes Curriculares do Ensino da Educação Física da Rede Pública Municipal de Ensino de Uberlândia, (SME/CEMEPE/DCB/EF, 2004) a dança é considerada uma das mais antigas manifestações culturais humanas e, de acordo com o nível de conhecimento da realidade adquirido pelo Homem, esta prática social foi historicamente utilizada como importante meio de expressão da vitalidade criadora para satisfazer necessidades psico-emocionais de interação e integração sociais e naturais, a fim de ajustar-se, individual e coletivamente, ao complexo processo da existência temporal de vida. Também tem sido um importante meio utilizado pelo homem para satisfazer a necessidade de expressar suas crenças, sentimentos, mitos e fantasias. Estes aspectos são considerados formas simbólicas emergentes dos significados que as pessoas procuram dar às coisas tangíveis e intangíveis, cognoscentes e não cognoscentes da vida emocional, religiosa, social, política e/ou econômica. Por estar inserida no contexto mais amplo das relações sócio-político-econômicas, o significado e sentido cultural dado à dança também evoluiu com a lógica de desenvolvimento da racionalidade humana e a forma como esta estabeleceu suas organizações sociais. A partir da constituição das sociedades humanas em sistemas divididos em classes exploradoras e exploradas, a dança também refletiu tal divisão diversificando-se suas práticas dentro de contextos culturais tanto eruditos quanto populares, adquirindo assim, dentro de cada esfera, suas próprias manifestações dotadas de sentidos e significados sociais. Com o advento da sociedade moderna e dos grandes meios de comunicação de massa, junto com outras atividades artísticas, a dança adquiriu um novo significado e sentido social: o de uma mercadoria que poderia ser comercializada, tornando-se assim, mais uma forma de comércio vinculado à estrutura social de consumo mais ampla, passando, para além de seu valor de uso, a transmitir sentidos, sentimentos e significados, relacionados à lógica social dominante da cultura de consumo de massa. Ao se incorporar dentro 166
5 desta lógica, a dança apresenta-se ao imaginário social na forma de múltiplas significações, que transcendem as culturas erudita (acadêmica) e popular e incorpora-se também no mundo da cultura de consumo-massa. No que diz respeito, especificamente ao contexto da educação, esta atividade apresenta-se nos campos não-formais, isto é, dentro de escolas e academias, cujo principal objetivo tem sido transmitir o legado histórico de uma determinada cultura, seja esta erudita, popular ou de consumo. No campo formal, isto é, na escola, a dança pode ser observada na forma de uma prática que deve desenvolver habilidades específicas de um ou mais estilos (ballet, jazz, sapateado, dança moderna, etc.), ou como parte dos conteúdos de ensino da Educação Física. Uma análise das práticas de transmissão e aplicação de conhecimento nesses campos permite focalizar a presença marcante de um interesse formativo de caráter técnicoinstrumental orientado para a aquisição e demonstração de habilidades específicas da dança, seja esta de origem clássica, popular ou de consumo. Por outro lado, a prática da dança na escola pública tem mostrado que este saber escolar tem ficado basicamente restrito àqueles professores de Educação Física que tiveram algum tipo de formação específica na área. Uma grande maioria de educadores declara não ter tido formação suficiente para trabalhar com esta modalidade dentro do que poderia ser considerada uma perspectiva crítica de educação que seja capaz de incorporar o aluno, não somente no mundo técnico-instrumental da modalidade, mas principalmente em contato com o conhecimento da cultura corporal (acadêmica, popular e de consumo-massa), subjacente a esta prática social, a fim de que se adquira uma visão ampliada e crítica da modalidade para favorecer sua utilização autônoma e prazerosa. Assim, a dança, mediante a prática da expressão corporal, fornece um importante espaço para a aprendizagem social, trabalho coletivo, a prática da criatividade e da produção coreográfica, que deve ser explorado no contexto escolar em benefício da criança. (PCTP, 2004) No que diz respeito à presente estratégia de ensino, durante as festas juninas, a nossa escola organiza eventos e atividades dentre os quais encontram-se as danças típicas, tais como a tradicional quadrilha. Nesse contexto, ao tentar desenvolver uma atividade com as crianças de primeira a terceira série, observamos que a grande maioria apresentava resistência para dançar em duplas. Assim, aproveitando o momento de que a quadrilha exige este tipo de interação social, incentivamos os alunos a praticar uma outra modalidade de dança, que estimula-se o prazer e a superação do preconceito para dançar em duplas, ao mesmo tempo que organizávamos a quadrilha para a festa junina, sendo escolhido, o tema: Forro Universitário. Importante ressaltar que, numa sondagem feita com os alunos das primeiras séries do ensino fundamental da escola, o forró é conhecido pelas mesmas, através dos seus pais, das festas da comunidade e dos meios de comunicação de massa. 167
6 A dança típica denominada Forró, deriva de forrobodó, "divertimento pagodeiro". Tanto o pagode (que hoje designa o samba) como o forró, são festas que foram transformadas em gêneros musicais. O forrobodó, "baile ordinário, sem etiqueta", também conhecido por arrasta-pé, batechinela ou fobó, sempre foi movido por vários tipos de música nordestina (baião, coco, rojão, quadrilha, xaxado, xote) e animado pela pé de bode, a popular sanfona de oito baixos. Uma versão fantasiosa chegou a atribuir a origem do forró à deturpação da pronúncia dos bailes for all (para todos), que no começo do século os engenheiros ingleses da estrada de ferro Great Western, que servia Pernambuco, Paraíba e Alagoas, promoviam para os operários nos fins de semana. Com a imigração de grandes camadas da população nordestina para a região sudeste, inúmeras casas de forró foram abertas geralmente nas periferias antes de tornar-se modismo entre parte da juventude e estabelecer seus domínios nas regiões mais abastadas. No Rio, um dos mestres da matéria, o compositor maranhense João do Vale, pontificava no Forró forrado no bairro central do Catete, no final dos 70. No nordeste, as cidades de Caruaru (PE) e Campina Grande (PB) disputam hoje a cada festa junina o título de capitais do forró com festejos de longa duração capitalizados como eventos turísticos que arrebanham multidões de visitantes. (fonte: Com a transformação do Forró em mercadoria (indústria cultural), o mesmo passou a ser amplamente divulgado no país, especialmente nos grandes centros urbanos. Dependendo da região o Forró, começou a receber influências de danças regionais, tais como o pagode (samba) no Estado de São Paulo e o Vanerão no Estado de Minas Gerais. Nesse contexto, o forró transforma-se numa dança de salão, que passou a receber, também, a incorporação de passos de ritmos caribenhos, tais como o Merengue, a salsa e a lambada e do twist, passando a denominar-se Forro Universitário, sendo justamente esta modalidade a que decidimos trabalhar com os nossos alunos, não somente porque incentiva de forma prazerosa a dança em duplas, mas também pelo fato de que a modalidade permite a criação de coreografias variadas, ao mesmo tempo em que contribui com o desenvolvimento psicomotor dos mesmos. Como estímulo para quebrar ou minimizar a resistência das crianças para dançar em duplas, foi proposto para elas, a realização de um festival intitulado Forro na Escola, que teria como atividades: a) O ensino-aprendizagem da dança em sala de aula para todas as turmas de primeira a terceira séries; b) a apresentação de uma coreografia apresentada por uma das turmas, que estivesse mais interessada para dançar no evento; c) demonstração do forro universitário por parte de um grupo de dançarinos de uma escola da rede municipal de ensino, convidados; d) uma competição de forró universitário aberta para as duplas que desejassem participar por iniciativa própria. Das 270 crianças que vivenciaram a estratégia, 140 participaram dessa competição, destacando aqui, que ao divulgar o festival, alunos de outras turmas decidiram também participar, totalizando-se, na competição, a participação de mais de 100 duplas. Estes alunos interessados receberam aulas nos espaços destinados ao nosso módulo de planejamento e durante os ensaios das quadrilhas para a festa junina da escola, que foi organizada utilizando-se, justamente, os passos do forro universitário. 168
7 Estratégia de Ensino SEQUÊNCIADOR DE AULAS E AVANÇO PROGRAMÁTICO OBJETIVOS DA ESTRATÉGIA DE ENSINO SEQ. AULAS AVANÇO PROGRAMÁTICO OBJETIVOS GERAIS: TOTAL: Preparação: O aluno: 1. Conhecerá, experimentará e dominará os elementos constitutivos básicos da dança: Forro Universitário (passos, postura adequada do casal e coreografia), promovendo, ao mesmo tempo, a interação social entre meninos e meninas das primeiras séries do ensino fundamental, buscando com isto minimizar os conflitos e distanciamento de gênero que são motivados, tanto por fatores culturais, quanto pelo estado de desenvolvimento psico-social da criança. OBJETIVOS ESPECÍFICOS: Os alunos: 1.1 Conhecerão um breve histórico da dança de salão e a postura adequada para sua prática. 1.2 Discutirão esses aspectos 10 PARCIAL : 2 Organização de material referente ao Forró, para preparação da Estratégia de Ensino. Selecionar músicas, de domínio público, para a Estratégia. Primeiro Momento: Em sala de aula apresentar aos alunos a proposta geral da estratégia e suas atividades, perguntando aos mesmos, sobre o conhecimento que eles tem sobre a dança de salão e, especificamente, sobre o forró. A partir das respostas emitidas pela turma, apresentar um breve histórico da dança, com ênfase na dança de salão, para compreensão do tema. 169
8 relacionados a postura e sua importância para a prática da dança de salão 1.3 Conhecerão os nomes e os papéis dados aos participantes da dupla na referida dança. Texto Básico de referência: A dança social foi se transformando e aos poucos tornou-se acessível às camadas menos privilegiadas da sociedade que já desenvolviam outro tipo de dança: as danças populares; que, inevitavelmente, com estas alterações de comportamento foram se unindo às danças sociais, dando origem assim a uma nova vertente da música, dançada por casais, que mais tarde seria denominada Danças de Salão. ( Fazer um breve histórico sobre o Forró, com ênfase no forro universitário, tal como explicado no capítulo anterior. Debater sobre a relação da dupla esclarecendo para as crianças que na dança de salão o cavalheiro e a dama tem papeis: Texto de referência: Postura adequada do casal na dança (fonte: Vivenciarão os passos e 3 coreografias básicas do forró universitário. 1.5 Reproduzirão os movimentos básicos de vários estilos de danças adquirindo habilidades que possibilite a construção de coreografias. Observações: Ao perguntar aos alunos sobre as danças que conhecem: registramos o axé, o funck, o samba e o forró, principalmente. 4 Segundo Momento fase de reprodução competência instrumental. Orientar as crianças, em sala de aula, e nos módulos extra-classe, sobre a noção da técnica de condução que garante a execução estética dos passos e a construção de coreografias. Texto de referência: Técnicas de condução 170
9 Diante dos diversos itens que constituem as técnicas de dança, com certeza a condução ocupa um lugar de destaque, pois é imprescindível que o cavalheiro conduza a dama de forma consistente e elegante, deve efetuar movimentos de mãos, pernas e deslocamento claros, para que a dama, que deve estar suscetível as vontades do parceiro, perceba com clareza os passos que devem ser executados. A condução clara com certeza levará o casal a ter um melhor sincronismo em suas coreografias. Explicar o sentido/significado da palavra coreografia. Texto Base: Coreografia 1. Arte de compor e arranjar os movimentos e figuras de danças e bailados, geralmente para acompanhar determinada peça de música ou para desenvolver um tema ou uma pantomima. 2. Arte de figurar no papel, com sinais particulares, os passos, os gestos e as figuras de uma dança. 3. Arte de dançar, especialmente no palco. (fonte: Ensino aprendizagem em sala de aula dos passos da dança para execução do forro universitário 1.6 Formarão duplas para aperfeiçoar os passos e coreografias vivenciadas. 1.7 Afim de criarem outras, para apresentação no festival da escola. Ensino-aprendizagem de 3 coreografias básicas em duplas, a partir dos passos ensinados. 4 Terceiro Momento fase de criação. Reunir aos alunos para, em duplas, criarem seqüências coreográficas, sob orientação do professor, visando a definição daquelas que serão 171
10 apresentadas no festival. Observações: No inicio desta fase, foi sentida muita dificuldade por parte das crianças para criar coreografias, devido, dentre outros aspectos, ao fato de que nesta fase, ainda havia dificuldade para dominarem os passos básicos. Percebemos, neste momento, que seria apropriado, ampliar o número de aulas para que os passos sejam aprimorados. Dependendo da afinidade das duplas, os ritmos de aprendizagem eram diferenciados. De acordo com a evolução das duplas, o professor deve observar isto, para intervir no sentido de contribuir para o melhor entendimento da técnica ou, inclusive, para ensinar novos passos àquelas duplas mais avançadas, mantendo assim a motivação da turma. 1.8 Organizarão um festival de dança, que deverá ter o envolvimento de outros segmentos da escola como pedagogos e administradores. Na medida em que as duplas dominavam outros passos, os mesmos eram ensinados a outras duplas, crescendo assim a variação e o nível de complexidade da dança. 1 dia Quarto Momento - Fase de Demonstração e Avaliação Realização do Festival contando com a participação da administração escolar, a supervisora e os colegas da área, no encerramento do semestre. O corpo de jurados foi composto por 6 pessoas convidadas, entre professores, a direção da escola e funcionários. Aulas reserva 172
11 Considerações finais. A estratégia teve aspectos positivos no que diz respeito ao incentivo dado aos alunos por meio do festival denominado Forró na Escola, tornando a aprendizagem motivadora e interessante. Houve uma participação expressiva em números de duplas inscritas no festival e isto também tornouse uma fator motivante para o professor, alcançando assim o objetivo proposto, qual seja promover a participação, a cooperação e a integração dos alunos por meio da prática da dança. É bom ressaltar que por meio desta estratégia ampliou-se a visão dos alunos com relação às aulas de Educação Física para uma perspectiva que transcenda os aspectos restritos aos jogos e esportes criando a possibilidade de atuarmos também no campo da expressão corporal. Sabemos também, que no contexto da dança será possível ampliar a cultura geral das crianças, incorporando, progressivamente, temas relacionados com a crítica do uso da dança como parte da indústria cultural, onde as raízes históricas de determinadas manifestações populares, baseadas na cooperação e na solidariedade comunitária, são perdidas ao transformar estas manifestações em mercadorias. Portanto, acreditamos que tal estratégia abre perspectivas favoráveis à construção de novas estratégias de ensino dentro do eixo temático expressão corporal. Referências Bibliográficas SME/CEMEPE/DCB/EF. Diretrizes Curriculares Básicas de Ensino da Educação Física Escolar. Uberlândia: PMU/CEMEPE,
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