Avaliação-Pibid-Metas
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- Geraldo Monteiro de Almada
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1 Bolsista ID: Claines kremer Avaliação-Pibid-Metas A Inserção Este ano o reingresso na escola foi diferente, pois já estávamos inseridas na mesma há praticamente um ano. Fomos bem recepcionadas por toda a comunidade escolar. A turma em que realizávamos as práticas do pibid em 2014 saiu da educação infantil rumo ao ensino fundamental e então escolhemos uma turma de Jardim B para continuarmos levando nossos conhecimentos e aprendendo junto com esta turma de uma forma compartilhada. Esta turma nos recebeu muito bem, com muita alegria, pois era um dos jardins que a escola já tinha e sempre que fazíamos nossas práticas com a outra turma, esta sempre procurava saber o que estávamos fazendo, sempre foram muito curiosos num bom sentido. Como é a escola? A escola possui ótima infraestrutura, com salas de aula amplas, todas compostas com um espelho afixado na parede do chão até metade da mesma, mesas e cadeiras, tatame e demais materiais necessários às crianças e professoras. Possui em seu entorno um pátio composto por uma área verde incrível e uma praça bem equipada com alguns brinquedos fixos e areia e um pequeno jardim suspenso. O que foi realizado durante esse período na escola? Inicialmente durante este ano mais precisamente no primeiro semestre procuramos contemplar as crianças com um projeto cujo tema foi a Educação ambiental, coincidentemente o tema do projeto anual da escola. Nossa forma de levar isto para as crianças foi através de experiências que tratavam do tema de uma forma lúdica e dinâmica, fazendo com que elas se apropriassem do que estávamos estudando. Com os conhecimentos adquiridos ao longo do desenvolvimento do projeto, as crianças puderam ampliar suas noções de ética sobre o cuidado com o meio ambiente, com sua vida e com a vida de todos os seres humanos, criando a noção de que quando se fala em meio ambiente não nos referimos somente ao meio ambiente em si, mas aos seres humanos também. Desta forma, as crianças atuaram
2 como multiplicadores destes conhecimentos dentro e fora da escola, havendo uma mudança de postura no sentido de melhorar a qualidade de vida e construindo valores para toda a vida. Já no segundo semestre, sabendo que o mundo é repleto de significados que possibilitam descobertas inéditas na infância e que o cotidiano da educação infantil é hoje permeado por práticas expressivas com as linguagens das crianças decidimos depois de alguns debates e observações indiretas que faríamos algo relacionado à arte, pois este é um assunto que as crianças têm verdadeiro amor, além de possibilitar que elas desenvolvam atitudes como a criatividade e o senso crítico, pois a arte faz parte de nossas vidas como instrumento de leitura de si e de mundo. As atividades foram desenvolvidas semanalmente. Cada semana utilizávamos materiais diferentes, proporcionando as crianças criações diversas com estes. Percebemos ao longo deste projeto que as criações das crianças serviram como instrumentos de comunicação entre elas e desta forma possibilitaram interações que anteriormente não ocorriam. Durante as práticas, a professora auxiliar fica junto com a turma e participa das práticas com as crianças. As criações realizadas são levadas para que todos da escola possam vê-las, desde o pessoal da cozinha até à gestão, fazendo com que tenham conhecimento do que as crianças estão criando. Eventos, o que vocês acompanharam e participaram. Participamos de encontros de formação continuada no qual foi possível ouvir a professora Carolina Gobbato falar sobre as rotinas na educação infantil e no final de sua palestra fazer uma fala sobre espaços. Quais leituras de documentos que foram realizadas. Foi importante? Fizemos algumas leituras indispensáveis para o desenvolvimento dos projetos. Uma das leituras foram as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental que dialoga sobre a importância e necessidade desta na escola. Este documento traz também que: [...] a educação ambiental envolve o entendimento de uma educação cidadã, responsável, crítica e participativa onde cada sujeito aprende com
3 conhecimentos científicos e com o reconhecimento dos saberes tradicionais possibilitando a tomada de decisões transformadoras [...] (BRASIL, 2012) Nesta perspectiva e em consonância com esta citação é que desenvolvemos o projeto com o tema educação ambiental, com a consciência de que uma educação ambiental de fato não envolve apenas o meio ambiente, mas muito mais coisas além deste. A lei 9795/99 também foi imprescindível para que pudéssemos nos apropriar do tema, pois esta traz a obrigatoriedade do ensino da educação ambiental em todos os níveis e modalidades de ensino identificando este como um processo que uma vez iniciado prossegue por toda a vida aprimorando-se e incorporando-se novos significados sociais. Novamente realizamos a leitura do Projeto Político Pedagógico para que pudéssemos verificar se houve alguma mudança, o que não percebemos, pois em diálogo com a gestão soubemos que o PPP estava seria reestruturado final deste ano. Também sentimos a necessidade de realizar algumas leituras mais teóricas, pois acreditamos que ao levar algo para as crianças devemos ter um objetivo, mesmo que indiretamente, pois o ensino de artes está no currículo e também previsto na Lei de Diretrizes e Bases da educação com a função de promover o desenvolvimento cultural dos alunos ampliando sua percepção de mundo. Este processo de busca de leituras foi importante sim, pois no meio do caminho nos deparamos com outras leituras essenciais para o desenvolvimento dos projetos e também para o curso de pedagogia. Apropriação e criação de espaços de aprendizagem para instigar transformações nas ações pedagógicas: Como dito anteriormente, damos mais ênfase às experiências referentes ao meio ambiente e as artes. Desta forma, tendo o entendimento de que a escola como um todo é um espaço de possibilidades, de aprendizagem, e que ela deixa de ser apenas um aglomerado de mesas e cadeiras à espera de uma ocupação, acreditamos que o espaço foi transformado sim. Não no sentido de construção de um canto temático, mas de favorecer a interação e as relações entre as crianças e toda a comunidade escolar.
4 Escrever o Desenvolvimento de propostas didático-pedagógicas inovadoras voltadas à separação de dificuldades: A forma de levar nossas propostas para a turma foi através de planos de aula semanais, os quais podem ser verificados junto ao nosso pbworks. Quais atividades foram desenvolvidas, plano de trabalho, como foi? As atividades foram voltadas para o meio ambiente no primeiro semestre e no segundo semestre voltadas para as artes, bem como nossos planos de aula. A princípio não tivemos nenhum percalço, tudo ocorreu de forma espontânea onde sempre procuramos ouvir as crianças e ampliar nossos conhecimentos de forma compartilhada. Qual a proposta pedagógica da escola, projetos que a escola desenvolve? A escola tem sua proposta pedagógica voltada para o desenvolvimento integral das crianças, que conforme o ppp visa: A capacidade de utilizar as diversas formas de linguagem do mundo contemporâneo de maneira crítica e criativa; O desenvolvimento de uma atitude de investigação, reflexão e crítica frente ao conhecimento; O desenvolvimento da capacidade de construir novos conhecimentos e novas formas de interferir na realidade; O desenvolvimento da compreensão dos processos da natureza e da consciência ecológica; O desenvolvimento de uma atitude de valorização, cuidado e responsabilidade individual e coletiva em relação à vida; A construção da autonomia; O exercício da cidadania, e da participação social; O autoconhecimento, a autoestima, a simplicidade, a capacidade de introspecção e a sensibilidade; (PPP SANTA LUZIA, 2010) Desta forma, percebemos que muitos dos objetivos do PPP em relação a proposta pedagógica foram contemplados dentro de nossos projetos e planos de aula, principalmente no que diz respeito a construção da autonomia e referente as linguagens.
5 A escola também possui um projeto anual que neste ano teve como tema a educação ambiental, além de cada turma também possuir seu projeto que pode variar de acordo com o envolvimento das crianças e professoras. Quais foram as dificuldades em relação a escola, aos alunos, o que conseguiu superar, o que ficou pendente, por que? Em relação a escola não tivemos dificuldades, pelo contrário, a comunidade escolar toda desde a gestão até o pessoal que cuida da limpeza e comida sempre estiveram a disposição e nos apoiaram em tudo que precisamos. Quais as dificuldades dos alunos foram superadas? Não diria dificuldade... Percebi que as crianças sempre mostraram muito curiosas e envolvidas durante este ano. Houve dificuldades em realizar as atividades? Houveram dificuldades no sentido de querermos planejar atividades muito mais criativas e não termos recursos disponibilizados (materiais), sendo necessário utilizarmos de nossos recursos financeiros e também da escola para que possamos realizar as atividades, o que não foi impedimento para que desenvolvêssemos ótimos projetos com as crianças durante este ano. Houve mudanças de escola? De Planejamento de atividades? Por que? Continuamos na mesma escola. Sim, houve mudança de planejamento, pois em 2014 trabalhamos muito sobre o espaço e este ano mudamos o tema, realizando dois projetos. Encontro pedagógico-formativos nas escolas: Houve oportunidades de participar de reuniões pedagógicas, com os pais. Descrever, se não houve, também. Como dito acima, houveram sim encontros formativos, no qual podemos participar de um destes no qual a professora Carolina Gobbato foi convidada.
6 Articulação teórico-prática na iniciação à docência: Este tempo em que estou no PIBID me proporcionou vivenciar experiências diversas, podendo relacionar teoria e prática e desta forma contribuindo imensamente para minha aprendizagem durante minha formação acadêmica. Assim, percebo a cada dia o quanto o curso de pedagogia e esta iniciação á docência que o PIBID proporciona é importante no sentido de trazer contribuições para nossa caminhada enquanto acadêmicas. Para o desenvolvimento das práticas, constantemente é necessário o estudo das Diretrizes curriculares e também da LDB no sentido de se atualizar e realizar as práticas em consonância com estas, sempre valorizando o que as crianças já trazem de conhecimento. Nesse sentido também fizemos algumas leituras mais teóricas como ditas anteriormente. Referente ao ensino da arte na educação infantil, acreditamos que é nesta fase da vida que a criança utiliza o desenho como forma de representação da realidade. Lowenfeld (1977) afirma que desenhar, pintar ou construir constitui um processo complexo em que a criança reúne diversos elementos de sua experiência para formar um novo e significativo todo. Desta forma, é neste processo que a criança expressa seus sentimentos e pensamentos desenvolvendo-se nas dimensões afetivas e cognitivas. O ensino de artes na educação infantil também pode garantir experiências significativas contribuindo para o desenvolvimento da capacidade de criação da criança. Outro fator que se deve levar em conta é o ambiente em que estas atividades serão desenvolvidas/proporcionadas, sempre tendo vasta disponibilidade de materiais para que as crianças possam expressar suas linguagens. Estas atividades também podem ser realizadas e planejadas em ambientes que proporcionem maior interação entre as crianças e o ambiente propriamente dito. Ademais, as linguagens produzidas nas artes se tornam instrumentos mediadores na construção da identidade cultural das crianças atuando como formas de comunicação e expressão entre as elas.
7 Sistematização e registro das experiências e atividades de iniciação a docência: Quais foram os registros que tiveram, por exemplo, caderno de campo? Foi necessário fazer o registro no Pbworks, no qual consta os projetos desenvolvidos, os planos de aula e as imagens das práticas. Quais trabalhos foram apresentados em eventos, como Jornada acadêmica, seminário PIBID, siepex, etc. Durante o ano apresentamos um trabalho no seminário do PIBID realizado em setembro deste ano em Frederico Westphalen junto ao SIEPEX. Esta experiência foi inédita, possibilitando aprendizagens significativas com outros acadêmicos de outras unidades. A participação neste evento contribuiu para nossa formação pôde servir como uma espécie de ensaio para a banca de TCC. Quais foram os impactos para a escola, para os alunos e para você como bolsista PIBID? Consideramos que houve um impacto de forma positiva na escola como um todo. Pudemos perceber que ao longo deste ano e do ano passado, as professoras reviram suas concepções de criança e infância e hoje os trabalhos das crianças em sua maioria são afixados nas paredes na altura das crianças, algo que não se via no início quando entrei na escola. Destaco isto, pois acreditamos que as criações das crianças são feitas para ela, então nada mais óbvio que elas mesmas possam tocálos, interagir com estas. REFERÊNCIAS BRASIL. MEC. Resolução CNE n. 02. Institui as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Ambiental. Brasília, LOWENFELD, Viktor; MAILLET, Miguel (trad.). A criança e sua arte: um guia para os pais. 2ª edição. São Paulo: Mestre Jou, 1977.
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