Erik Júnio Avelino dos Santos

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1 1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA PARAÍBA CENTRO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS COORDENAÇÃO DO CURSO DE GRADUAÇÃO EM ADMINISTRAÇÃO SERVIÇO DE ESTÁGIO SUPERVISIONADO EM ADMINISTRAÇÃO Erik Júnio Avelino dos Santos Gestão do Capital de Giro nas Micro e Pequenas Empresas: Um estudo sobre a importância da escolha das fontes de financiamento na Rede de Supermercados Paraíba. João Pessoa Agosto de 2009

2 2 Erik Júnio Avelino dos Santos Gestão do Capital de Giro nas Micro e Pequenas Empresas: Um estudo sobre a importância da escolha das fontes de financiamento na Rede de Supermercados Paraíba. Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Coordenação do Serviço de Estágios Supervisionado em Administração, do curso de Graduação em Administração, do Centro de Ciências Sociais Aplicadas da Universidade Federal da Paraíba, em cumprimento às exigências para obtenção do Grau de Bacharel em Administração. Orientador: Professor Ms. Wagner Soares Fernandes dos Santos João Pessoa Agosto de 2009

3 3 Ao Professor Mestre Wagner Soares Fernandes dos Santos, solicitamos examinar e emitir parecer no Trabalho de Conclusão de Curso do aluno Erik Júnio Avelino dos Santos. João Pessoa, 03 de Agosto de 2008 Prof. Doutor Rosivaldo de Lima Lucena Coordenador do SESA Parecer do Professor Orientador: Prof. Ms. Wagner Soares Fernandes dos Santos Orientador

4 4 Erik Júnio Avelino dos Santos Gestão do Capital de Giro nas Micro e Pequenas Empresas: Um estudo sobre a importância da escolha das fontes de financiamento na Rede de Supermercados Paraíba. Trabalho de Conclusão de Curso Aprovado em: de Agosto de Banca Examinadora Prof. Ms. Wagner Soares Fernandes dos Santos Orientador Prof. Ms. Carlos Eduardo Cavalcante Examinador Prof. Especialista Khalil Gibran Sousa Leite Examinador

5 5 SANTOS, Erik Júnio Avelino dos. Gestão do Capital de Giro nas Micro e Pequenas Empresas: Gestão do Capital de Giro nas Micro e Pequenas Empresas: Um estudo sobre a importância da escolha das fontes de financiamento na Rede de Supermercados Paraíba. (Monografia Curso de Graduação em Administração). Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, RESUMO As micro e pequenas empresas tentam diariamente encontrar o equilíbrio entre ativos e passivos circulantes. Se esse equilíbrio é mantido, os ativos circulantes podem ser pagos em tempo, os estoques continuam sendo abastecidos, assim como continuam sendo suficientes para atender a demanda de vendas. Entretanto, se a situação financeira fugir desse equilíbrio, os problemas se multiplicarão e a empresa caminhará rumo à falência. A gestão do capital de giro, dos recursos financeiros de curto prazo e a gestão do capital de curto prazo é extremamente importante para essas empresas, porém é perceptível que quanto menor a organização maior o grau de desconhecimento dos gestores. A revisão da literatura existente gerou a base teórica sobre a gestão financeira, o empreendedorismo, gestão das micro e pequenas empresas, aspecto histórico da análise financeira, análise financeira de empresas, capital de giro, liquidez, fluxo de caixa, ciclo operacional, financeiro e econômico, política de crédito, administração financeira de estoques, necessidade de capital de giro e fontes de financiamentos. Os dados foram coletados por meio de entrevistas. Os resultados da pesquisa mostram o conhecimento restrito dos gestores na escolha de alternativas para o financiamento e a adoção de fontes de financiamento geralmente mais onerosas. Palavras-chave: Capital de Giro. Gestão financeira. Micro e pequenas empresas. Fontes de Financiamento

6 6 SANTOS, Erik Júnio Avelino dos. Administration of the working capital in the Micro and Companies: A study on the importance of the choice of the financing sources and your influence in the growth of Supermaket Paraíba's Net. (Monograph (degree course in Administration). Universidade Federal da Paraíba, João Pessoa, ABSTRACT Small and micro enterprises try to find daily the balance between circulating assets and liabilities. If this balance is kept, circulating assets can be paid on time, stocks can be continuously supplied and are also enough to attend sales demand. However, if the financial situation flees of that balance, problems will multiply and the company will walk heading for the bankruptcy. The management of the working capital, of the short time financial resources and of the short time capital administration are extremely important for those companies, despite the fact that it can be noticed that the smaller a company is, the greater is the degree of the managers' ignorance. The existent revision of literature generated the theoretical basis about financial management, entrepreneurship, management of micro and small enterprises, historical aspects of the financial analysis, company s financial analysis, working capital, liquidity, cash flow, operational, financial and economic cycle, credit politics, stocks financial management, working capital need and sources of financings. The data were collected through interviews. The results of the research show the managers' restricted knowledge while choosing among alternatives for the financing and adoption of financing sources usually more onerous. Word-key: Working capital. Financial management. Small and micro enterprises. Sources of Financing

7 7 LISTA DE QUADROS Quadro 01 Características do comportamento empreendedor Quadro 02 Critérios para classificação das pequenas empresas Quadro 03 Cálculo da Liquidez Geral LG Quadro 04 Cálculo da Liquidez Imediata LI Quadro 05 Cálculo da Liquidez Seca LS Quadro 06 Cálculo da Liquidez Corrente LC Quadro 07 Ciclos da Empresa Quadro 08 Indicadores operacionais Quadro 09 Composição da Política de Crédito Quadro 10 Índices de análise do LEC Quadro 11 Necessidade líquida de capital de giro Fontes de financiamentos Quadro 12 Modalidade de leasing Quadro 13 Variável da Pesquisa

8 8 LISTA DE GRÁFICOS Gráfico 01 Você concede Descontos nas compras à vista? Gráfico 02 O prazo que obtém para pagamento é superior ao prazo de recebimento? Gráfico 03 - Você controla o estoque de acordo com a demanda dos produtos? Gráfico 04 - Qual o prazo médio de reposição de estoque? Gráfico 05 - Qual desses fatores você considera ser maior gerador da Necessidade de Capital de Giro? Gráfico 06 - Com que freqüência a empresa recorre à capital de terceiros? Gráfico 07 - Com que freqüência a empresa recorre ao capital próprio (Patrimônio Líquido, aumento de capital ou retenção de lucro Gráfico 08 - Você costuma recorrer a financiamentos bancários? Gráfico 09 - Caso recorra a financiamentos bancários, quais as modalidades utilizadas-- 51 Gráfico 09.1 Cheque especial Gráfico 09.2 Empréstimos Gráfico 09.3 Descontos de duplicatas Gráfico 09.4 Outras modalidades Gráfico 10 Qual a fonte de financiamento mais utilizada pela empresa? Justifique

9 9 LISTA DE TABELAS Tabela 01 Pessoa Jurídica Cheque Especial Pré-Fixado Tabela 02 Pessoa Jurídica Capital de Giro Pré-Fixado Tabela 03 Pessoa Jurídica Desconto de duplicatas

10 10 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO DELIMITAÇÃO DO TEMA E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA JUSTIFICATIVA OBJETIVOS DO ESTUDO Objetivo geral Objetivos Específicos FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA CONTEXTUALIZANDO O EMPREENDEDORISMO GESTÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS ASPECTO HISTÓRICO DA ANÁLISE FINANCEIRA ANÁLISE FINANCEIRA DE EMPRESAS CAPITAL DE GIRO CAPITAL DE GIRO E LIQUIDEZ Liquidez Geral (LG) Liquidez Imediata (LI) Liquidez Seca (LS) Liquidez Corrente (LC) FLUXO DE CAIXA CICLO OPERACINAL, FINANCEIRO E ECONÔMICO Indicadores Operacionais POLÍTICA DE CRÉDITO Elementos de uma política de crédito Análise de crédito ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA DE ESTOQUES Enfoque ABC Modelo do Lote Econômico de Compra NECESSIDADES DE CAPITAL DE GIRO FONTES DE FINANCIAMENTO Parcerias estratégicas Factoring Vendor Finance Compror Finance Hot Money Leasing PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DELINEAMENTOS DA PESQUISA SUJEITOS DA PESQUISA COLETAS DE DADOS VARIÁVEIS DA PESQUISA TRATAMENTO DE DADOS ANÁLISE DOS DADOS CONSIDERAÇÕES FINAIS RECOMENDAÇÕES...59

11 SUGESTÕES PARA ESTUDOS FUTUROS...59 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS...58 APÊNDICES...63 Apêndice I Roteiro de entrevista...64

12 12 1. INTRODUÇÃO Dados recentes indicam que mais da metade das micro e pequenas empresas fecham suas portas em menos de dois anos de existência. São inúmeros os fatores que levam a tais números e bastante complexa é a elucidação do problema, que vai desde o despreparo dos administradores até a conjunturas econômicas adversas. (SEBRAE/ES, 2003) O planejamento financeiro envolve a realização de projeções de vendas, renda e ativos baseadas em estratégias alternativas de produção e de marketing, seguidas pela decisão de como atender às necessidades financeiras previstas. (BRIGHAM, 2004, p.343) A necessidade de gerenciamento do capital de giro surge em função da não sincronização entre produção, vendas e cobranças, esse capital demonstra os recursos necessários da empresa para financiamento de suas atividades operacionais, desde as aquisições de insumos básicos, até o recebimento pela venda da produção acabada. Para produzir, são necessários recursos financeiros que, salvo nos casos excepcionais de adiantamentos de clientes, a empresa os terá de dispor até que o produto da venda seja recebido. A má gestão desse ativo causa, geralmente, impactos diretos no crescimento das empresas, principalmente as micro e pequenas. Normalmente, as empresas buscam manter um equilíbrio específico entre ativos e passivos circulantes e entre vendas e cada categoria de ativos circulantes em suas operações. Enquanto esse equilíbrio for mantido, os passivos circulantes podem ser pagos em tempo, os fornecedores continuarão a embarcar os produtos e a restabelecer os estoques e estes serão suficientes para atender à demanda de vendas. No entanto, se a situação financeira fica fora de equilíbrio, os problemas surgem e se multiplicam, e a empresa pode entrar rapidamente em uma espiral declinante que a leva à falência. (BRIGHAM, 2004, p.377) De acordo com Gitman (2001), Uma importante consideração sobre as empresas é a capacidade de financiar operações recorrentes: a transição do caixa para os estoques, depois para duplicatas a receber e a volta ao caixa. Existem várias estratégias para o financiamento desse ciclo, dependendo da proporção que a empresa utiliza de recursos de curto ou longo prazo, para o financiamento de suas necessidades de capital. A pesquisa aqui apresentada decorre acerca da área de Finanças com ênfase nas influências que a escolha das fontes de financiamentos do Capital de Giro exercem no crescimento das micro e pequenas empresas de comércio varejista.

13 DELIMITAÇÃO DO TEMA E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA DE PESQUISA É perceptível que quanto menor a organização maior o grau de desconhecimento das técnicas de gestão de capital de giro em determinadas circunstâncias e necessidades. Na verdade o micro e pequeno empresário possui limitações naturais para captação de recursos. Primeiro porque, geralmente, não possuem poder de barganha junto às instituições financeiras, segundo porque muitas vezes recorrem aos bancos quando já se encontram em uma situação crítica e sem as garantias para viabilizar a aprovação do capital pretendido. A gestão do capital de giro, dos recursos financeiros de curto prazo e gestão do capital de curto prazo é extremamente importante para as micro pequenas empresas. De fato, não existe matéria na área de finanças mais importante e ao mesmo tempo mais mal-entendida. As boas oportunidades de negócio podem ser irreparavelmente danificadas pela gestão ineficiente dos ativos e passivos de curto prazo (LONGENECKER et al., 2007.). À medida que as micro e pequenas empresas desejam expandir suas atividades, muito tempo é gasto na análise das aplicações em ativos permanentes, mas pouca atenção é dada em relação aos investimentos em clientes e estoques. A concessão de prazo para clientes ou a opção por um aumento nos níveis de estoque pode significar uma decisão de investimento tão ou mais duradoura do que aquela efetuada em ativos permanentes. Dessa forma, a ausência de capital para suprir as variações e as necessidades de capital de giro pode levar à falência muitas empresas. Além disso, as empresas necessitam que a manutenção de sua estrutura física, permanente e operacional necessária para suas atividades estejam garantidas. Devido à acirrada competitividade no setor, as micro e pequenas empresas são cada vez mais exigidas em termos de eficácia na gestão de seus recursos, induzindo os responsáveis pela gestão empresarial a avaliarem suas decisões em informações que possuam credibilidade. Para Assaf Neto e Silva (2002), a importância e o volume do capital de giro para as empresa são determinados pelo seu volume de vendas, o qual é lastreado pelos estoques, valores a receber e caixa; pelas sazonalidades dos negócios, que determina variações nas necessidades de recursos ao longo do tempo; pelos fatores cíclicos da economia, como recessão, comportamento do mercado, etc.; pela tecnologia, principalmente aplicada aos custos e tempo de produção; e pelas políticas de negócios, centradas em alterações nas condições de venda, de crédito, produção etc.

14 14 Dessa forma, nos deparamos com a seguinte questão de pesquisa: Qual a importância da escolha das fontes de financiamento do Capital de Giro na Rede de Supermercados Paraíba? 1.2 JUSTIFICATIVA O planejamento financeiro é considerado uma das grandes fontes de contribuição ao sucesso organizacional, pois é o capital de giro que fornece respostas ao administrador com relação a decisões fundamentais como o nível de endividamento a assumir e o aproveitamento de oportunidades de investimentos. A maioria das micro e pequenas empresas, por não possuírem setores específicos para o tratamento de informações, se deparam com questões cruciais ao seu crescimento como, por exemplo, a análise da Necessidade de Capital de Giro NCG. A análise da NCG se mostra relevante, pois é a partir dela que os gestores tomam suas decisões quanto a questões financeiras atuais e para períodos futuros calculados por meio de projeções. Marion (1998, p.27) descreve que: observa-se com certa freqüência que várias empresas, principalmente as pequenas, têm falido ou enfrentam sérios problemas de sobrevivência. Ouvimos empresários que criticam a carga tributária, os encargos sociais, a falta de recursos, os juros altos etc., fatores esses que, sem dúvida, contribuem para debilitar a empresa. Entretanto, descendo fundo em nossas investigações, constatamos que muitas vezes a célula cancerosa não repousa nessas críticas, mas na má gerência, nas decisões tomadas sem respaldo, sem dados confiáveis. (MARION, 1998, p. 27) Dessa forma, a otimização da administração do capital de giro requer atenção especial na escolha de suas fontes de financiamento devido a sua onerosidade, que pode vir a prejudicar a sobrevivência e o crescimento das micro e pequenas empresas. A pesquisa auxiliará as micro e pequenas empresas a adotarem uma nova estratégia na sua Gestão Financeira, mais especificamente do Capital de giro, como também para tomarem medidas que venham trazer-lhes vantagens e benefícios aos seus negócios. Observando que tal tema não possui muitos estudos realizados faz-se necessário uma ampliação do conhecimento científico a respeito dele, por se tratar de uma temática de interesse ao campo da Administração e mais especificamente da Gestão Financeira, visto que a mesma precisa de um maior aprofundamento no saber a cerca de alternativas que melhoram o seu desempenho.

15 15 Assim, o estudo das influências que a escolha das fontes de financiamentos do Capital de Giro exercem no crescimento das micro e pequenas empresas de comércio varejista é justificado. A realização deste trabalho atende, ainda, como requisito básico de uma pesquisa científica para a conclusão do curso de Bacharel em Administração da Universidade Federal da Paraíba, e será de grande relevância para o pesquisador, pois irá contribuir para seu aperfeiçoamento nesta temática. 1.3 OBJETIVOS DO ESTUDO Objetivo geral Estudar a importância da escolha das fontes de financiamento do Capital de Giro na Rede de Supermercados Paraíba Objetivos Específicos Avaliar a política de crédito e a gestão financeira dos estoques; Analisar a necessidade de capital de giro; Identificar as fontes de financiamento mais utilizadas

16 16 2. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Buscar-se-á a apresentação dos principais conceitos teóricos necessários ao desenvolvimento deste trabalho, discutindo os seguintes pontos: empreendedorismo, gestão de micro e pequenas empresas, aspecto histórico-conceituais da análise financeira do capital de giro, liquidez, fluxo de caixa, fontes de financiamentos, entre outros. 2.1 CONTEXTUALIZANDO O EMPREENDEDORISMO O Empreendedorismo mostra-se um grande aliado no desenvolvimento econômico, dando suporte à maioria das inovações que promove esse desenvolvimento. As nações desenvolvidas têm dado especial atenção e apoio às iniciativas empreendedoras, por saberem que são a base do crescimento econômico, da geração de emprego e renda (DORNELAS, 2003). O termo empreendedor, embora tenha se originado a partir de pesquisas em economia, recebeu diferentes contribuições da psicologia e da sociologia, provocando diferentes definições e variações em seu conteúdo. Enquanto os economistas associam o indivíduo empreendedor à inovação, os psicólogos e sociólogos concentram-se nos aspectos ligados à criatividade e intuição. Os empreendedores são indivíduos que: descobrem as necessidades de mercado e abrem novas empresas para satisfazer essas necessidades. Os empreendedores assumem riscos e estimulam mudanças, inovação e progresso do setor econômico, ao contrário de empregados assalariados, que recebem remuneração específica e não assumem os riscos do empreendimento. (LONGENECKER et al., 2007, p.7)

17 17 1. Busca de oportunidade e iniciativa; 2. Persistência; 3. Comprometimento; 4. Exigência de qualidade e eficiência; 5. Correr riscos calculados; 6. Estabelecimento de metas; 7. Busca de informações; 8. Planejamento e monitoramento sistemáticos; 9. Persuasão e redes de contato; e 10. Independência e autoconfiança. Quadro 01-Características do comportamento empreendedor Fonte: Adaptado do Curso IPGN (2002). De acordo com o Quadro 1, o empreendedor é a pessoa que consegue fazer as coisas acontecerem, pois é dotado de sensibilidade para os negócios, tino financeiro e capacidade de identificar oportunidades. Tendo a capacidade de transformar idéias em realizações, beneficiando assim toda comunidade. Dessa forma, é notado que o empreendedor é alguém que não resiste a novos desafios e que está sempre propondo novas idéias, além de ser motivado pela auto-realização, independência e desejo de assumir responsabilidades. Segundo Longenecker et al. (2007, p.12) os empreendedores podem ser classificados de duas maneiras distintas, diferindo no grau de profissionalismo e no estilo de gestão adotado pela empresa. O primeiro são os empreendedores artesanais que possuem experiência técnica, mas falham em manifestar habilidades para boa comunicação e para a formação gerencial. O segundo são os empreendedores de oportunidade que evitam o paternalismo, delegam poder sempre que necessário, empregam diversos tipos de estratégias de marketing e vendas, obtêm capitais de mais de duas fontes para abrir a empresa e planejam-se para o crescimento futuro. O termo empreendedor relaciona-se com a prática, visão de mercado e a evolução. Além disso, o trabalho do empreendedorismo numa empresa de negócios é fazer os negócios de hoje capazes de fazer o futuro, transformando-se em um negócio diferente (DRUCKER, 1974). Um empreendedor pode ser alguém que inicie sua própria empresa ou alguém comprometido com a inovação de empresas já estabelecidas, desde que seja fator que permita

18 18 que os negócios prosperem em um ambiente econômico de mudanças. Os indivíduos com visão empreendedora tendem a perceber novas oportunidades na economia e explorá-las (SCHUMPETER, 1983). No Brasil, infelizmente, a maioria dos negócios gerados é baseado no empreendedorismo de necessidade, ou seja, não são baseados na identificação de oportunidades de negócio diferenciados, mas no suprimento das necessidades básicas de renda daquele que empreende, para que tenha condições de subsistência, mantendo a si e sua família (DORNELAS, 2003). O empreendedorismo poderia ser definido simplesmente como a gestão e apropriação de recursos materiais e humanos, partindo de uma visão de criar, desenvolver e implantar soluções, atendendo às necessidades da sociedade 2.2 GESTÃO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS Muito esforço já foi feito para definir e classificar as micro e pequenas empresas usando critérios como volume de vendas, número de funcionários e valor de ativos, mas ainda não existe uma definição universal aceita. Para Longenecker et al. (2007, p.7-8), alguns fatores são primordiais para essa classificação, como os apresentados no Quadro 2: 1. A empresa é financiada por uma ou por poucas pessoas; 2. Com exceção da função de marketing, as operações da empresa são geograficamente localizadas; 3. Comparadas a empresas maiores do mesmo segmento, a empresa é pequena; 4. O número de empregados da empresa é, em geral, menor que cem. Quadro 02 - Critérios para classificação das pequenas empresas Fonte: Adaptado de Longenecker et al. (2007, p.8). Independentemente do tamanho da empresa, todo gestor precisa de conhecimento para um processo eficaz de gestão. De acordo com Almeida apud Kassai (1997, p. 71), na pequena empresa a administração é geralmente feita pelos seus proprietários ou por seus parentes, que muitas vezes não têm conhecimento aprofundado de técnicas administrativas. Segundo Gazzoni apud Arantes (1998, p.48),

19 19 o sistema de gestão empresarial é composto por instrumentos que constituem ferramental extremamente útil e contribuem para a eficácia e a eficiência da administração. As necessidades de revisão e ajustes no sistema de gestão empresarial são decorrentes do próprio processo de evolução da empresa e inerentes aos requisitos de sobrevivência, crescimento e continuidade. Portanto, a empresa desempenha importante papel econômico e social no mundo moderno, tendo a função de coordenar os chamados fatores da produção para obtenção de bens e serviços destinados à satisfação das necessidades humanas. Segundo Silva (2004), a atividade econômica desenvolvida pela empresa na produção de bens abrange desde as atividades de extração, cultivo e criação, até o processo de transformação. Um dos maiores problemas enfrentados pelos gestores de micro e pequenas empresas é a busca e obtenção de financiamentos, em virtude da política adotada pelos agentes financiadores no Brasil. Realmente o Brasil não é exemplo de como financiar a pequena empresa, mas algumas atitudes por parte do empreendedor deveriam ser tomadas com o intuito de mudar esse cenário. O fato de não existirem políticas públicas claras que apóiem o empreendedorismo no país não justificam jogar toda culpa do insucesso do empreendimento no governo. O empreendedor deve utilizar de sua capacidade de planejamento e habilidade de negociação, bem como seu networking, para identificar as melhores alternativas no mercado para injetar capital em seu negócio. (DORNELAS, 2003, p.175). Do ponto de vista de análise financeira, se faz importante uma análise multidisciplinar, envolvendo os produtos que a empresa analisada produz e a importância desses produtos para a satisfação das necessidades de seus clientes. 2.3 ASPECTO HISTÓRICO DA ANÁLISE FINANCEIRA A análise financeira sempre esteve muito ligada à necessidade de identificação da solidez e da performance das empresas. A partir de meados do século XIX, fatos como o surgimento das grandes corporações nos Estados Unidos levaram à separação das funções de proprietários e de administrador da empresa. Desta maneira passou-se a exigir um sistema de avaliação formal de performance da própria administração. Em 1890, já era rotineiro para os bancos comerciais solicitarem demonstrações contábeis para avaliação de seus clientes. Durante a primeira década do século XX já se fazia uso dos índices financeiros e índice de liquidez corrente (SILVA 2004).

20 20 Portanto, diversos profissionais atualmente desenvolvem e aprimoram diversos índices com o objetivo de analisar a solidez financeira das empresas, técnicas de comparação das empresas com os padrões dos respectivos segmentos de atuação, modelos de previsão de insolvências ou de classificação de risco baseados no uso de técnicas de métodos quantitativos, como também o uso de metodologias para identificação do fluxo de caixa e para determinação da necessidade de capital de giro das empresas. 2.4 ANÁLISE FINANCEIRA DE EMPRESAS A análise financeira de uma empresa consiste em uma avaliação minuciosa dos dados financeiros disponíveis, bem como das condições internas e externas que a afetam financeiramente. Tais dados financeiros referem-se às demonstrações contábeis, programas de investimentos, projeções de vendas e projeção de fluxo de caixa. As demonstrações contábeis são apenas canais de informação sobre a empresa, tendo como objetivo principal subsidiar a tomada de decisão. É importante destacar que a análise financeira não pode ser limitada apenas aos indicadores de natureza financeira, pois há uma série de fatores que, mesmo não podendo ser chamados de financeiros, causam impacto na saúde financeira da empresa. (SILVA, 2004, p.28). Tais fatores referem-se a questões que devem ser elucidadas, como por exemplo: O que faz a empresa? Quem são os proprietários, quem tem poder de mando? Quem são os administradores? Que padrão de tecnologia apresenta? Quais os planos de investimento? É lucrativa e próspera? É sólida ou corre o risco de quebrar em pouco tempo? Está muito endividada? Que tipo de público consome seus produtos? Quem são seus principais concorrentes? A empresa é tão forte quanto seus concorrentes?

21 21 Qual a tendência da empresa de potencialidade de geração de lucro? Diversas questões podem e devem ser levantadas, objetivando tornar cada vez mais transparentes a performance e a solidez da empresa. 2.5 CAPITAL DE GIRO Para Assaf Neto e Silva (2002), a qualidade nas decisões que envolvem Capital de Giro é depende diretamente da capacidade analítica do administrador para compreender o problema em toda sua extensão, e do seu conhecimento técnico para definir a melhor solução. A administração do capital de giro refere-se à administração das contas dos elementos de giro, que são os ativos e passivos circulantes e as inter-relações existentes entre eles. Dessa forma, são observados fundamentalmente os níveis adequados de estoques que as empresas devem manter, seus investimentos em créditos a clientes, critérios de gerenciamento do caixa e estrutura dos passivos correntes, de forma consistente, com objetivos enunciados pela empresa e tendo por base a manutenção de determinado nível de rentabilidade e liquidez. O capital de giro representa os recursos demandados por uma empresa para financiar suas necessidades operacionais, que vão desde a aquisição de matérias-primas (mercadorias) até o recebimento pela venda do produto acabado. (ASSAF NETO; SILVA, 2002, p. 35) Para Fleuriet (2003, p. 12), o capital de giro é um conceito econômico financeiro e não uma definição legal, constituindo uma fonte de fundos permanente utilizada para financiar a necessidade de capital de giro da empresa. O gerenciamento de capital de giro envolve a otimização da inter-relação dos elementos que o constituem. A busca do equilíbrio financeiro é o objetivo maior da administração de capital de giro, isso pode se dar, principalmente, pela obtenção de um nível de estoque compatível com as necessidades da empresa, investimentos proporcionais em créditos a clientes, critérios de gestão de caixa e de passivos circulantes, coerentes com um nível de rentabilidade ótima e liquidez segura. (PAULO; MOREIRA, 2003). Segundo Agustini (1999), o capital de giro de uma empresa pode se encontrar em três situações diferentes: capital de giro nulo, capital de giro próprio e capital de giro de terceiros. O primeiro ocorre quando o ativo circulante é igual ao passivo circulante, ou seja, os haveres,

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