Cadeia: Têxtil e Confecções

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1 Universidade Estadual de Campinas Instituto de Economia Núcleo de Economia Industrial e da Tecnologia (UNICAMP-IE-NEIT) Ministério do Desenvolvimento, da Indústria e do Comércio Exterior (MDIC) Ministério da Ciência e Tecnologia (MCT) Financiadora de Estudos e Projetos (FINEP) ESTUDO DA COMPETITIVIDADE DE CADEIAS INTEGRADAS NO BRASIL: impactos das zonas de livre comércio Cadeia: Têxtil e Confecções Nota Técnica Final Campinas, Dezembro de 2002 Documento elaborado pelo Consultor Victor Prochnik (IE-UFRJ) Coordenação Geral do Projeto: Luciano G. Coutinho (NEIT-IE-UNICAMP), Mariano F. Laplane (NEIT-IE-UNICAMP), Nelson Tavares Filho (MDIC), David Kupfer (IE-UFRJ), Elizabeth Farina (FEA-USP) e Rodrigo Sabbtini (NEIT-IE- UNICAMP)

2 SUMÁRIO APRESENTAÇÃO INTRODUÇÃO: A CONFIGURAÇÃO ATUAL DA CADEIA TÊXTIL...3 PARTE A: TENDÊNCIAS DO MERCADO MUNDIAL CONSUMO, PRODUÇÃO E MIGRAÇÃO DA PRODUÇÃO Os padrões de produção e consumo A migração da produção têxtil internacional TENDÊNCIAS GERAIS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL Barreiras tarifárias e não tarifárias na CTC Barreiras tarifárias impostas pelos países importadores Barreiras tarifárias do Brasil ao comércio internacional da CTC Alíquota média dos principais produtos da CTC exportados e importados pelo Brasil Barreiras não tarifárias ao comércio internacional da CTC impostas pelo Brasil, segundo alegações de países importadores Comércio mundial de têxteis O comércio internacional dos Estados Unidos O comércio internacional da União Européia...26 PARTE B TENDÊNCIAS DA CADEIA TÊXTIL/CONFECÇÕES BRASILEIRA EVOLUÇÃO DA PRODUÇÃO A COMPETITIVIDADE DA CTC O investimento em novas máquinas Comparação entre fábricas dos Estados Unidos, México e Brasil A heterogeneidade estrutural na CTC Concentração das exportações nas empresas líderes do setor fiação/ têxtil A competitividade do algodão brasileiro A competitividade das fibras químicas A distribuição espacial da CTC Os elos de fiação e tecelagem O elo de confecções COMÉRCIO EXTERIOR BRASILEIRO Análise agregada de longo prazo Análise de longo prazo por segmento A evolução recente do comércio exterior da CTC OFERTAS E DEMANDAS NEGOCIADORAS NAS NEGOCIAÇÕES COM A ALCA E A UNIÃO EUROPÉIA...57 PARTE C - CONCLUSÕES E PROPOSTAS AS ESTRATÉGIAS COMPETITIVAS DOS DIFERENTES GRUPOS DE PAÍSES...62 ii

3 9. RISCOS E OPORTUNIDADES DA INTEGRAÇÃO DO BRASIL COM A ALCA E A UNIÃO EUROPÉIA AS PLATAFORMAS DE EXPORTAÇÃO E A POLÍTICA COMERCIAL DO BRASIL PROPOSTAS PARA UMA POLÍTICA DE COMPETITIVIDADE PARA A CADEIA TÊXTIL/CONFECÇÕES A importância da criação de competências competitivas A necessidade de modificação dos incentivos à localização industrial dos elos da CTC Levar em consideração as estratégias competitivas predominantes na ctc BIBLIOGRAFIA: ANEXO MATRIZ DE RECOMENDAÇÕES QUADRO SINTÉTICO DAS BARREIRAS TARIFÁRIAS E NÃO TARIFÁRIAS NA CADEIA TÊXTIL CONFECÇÕES...79 ALÍQUOTA MÉDIA E VALOR DO COMÉRCIO DOS PRINCIPAIS PRODUTOS DA CTC EXPORTADOS E IMPORTADOS PELO BRASIL APÊNDICE - EMPRESAS LÍDERES DOS ELOS DE FIAÇÃO, TECELAGEM, MALHARIAS E CONFECÇÕES empresas líderes do setor fiação/ têxtil Vicunha Coteminas Santista Têxtil S/A empresas líderes do setor de confecções e malharias DISTRIBUIÇÃO DO NÚMERO MÉDIO DE EMPREGADOS E REMUNERAÇÃO MÉDIA POR TAMANHO DE FIRMA E SETOR...91 iii

4 Índice de Quadros TABELA 1 Número de estabelecimentos, emprego, produção e faturamento dos principais segmentos da cadeia têxtil brasileira TABELA 2 Consumo Mundial de Fibras Têxteis (milhões de toneladas)...5 TABELA3 Origem das Importações de Confecções dos Estados Unidos TABELA4 TARIFAS MÉDIAS DE PAÍSES SELECIONADOS, PONDERADAS PELAS IMPORTAÇÕES...9 TABELA5 TARIFAS DE IMPORTAÇÃO E IMPORTAÇÕES DE ARTIGOS DO VESTUÁRIO PARA A UNIÃO EUROPÉIA E OS ESTADOS UNIDOS, (PERCENTUAIS)...10 TABELA6: tarifas de imposto de importação da Cadeia Têxtil/Confecções Tabela 7 Alíquota média dos principais produtos brasileiros da CTC exportados e importados para os Estados Unidos e a União Européia, em TABELA8 Principais exportadores de produtos têxteis TABELA9 Principais importadores de produtos têxteis TABELA10 Distribuição do comércio mundial de têxteis, TABELA11: distribuição do comércio mundial de confecções, TABELA12: Estados Unidos - importações de têxteis por áreas, regiões, países e territórios de origem, (bilhões de dólares e percentagens)...24 TABELA13: Estados Unidos - importações de confecções por áreas, regiões, países e territórios de origem, (Bilhões de dólares e percentagens)...25 TABELA14: exportações americanas de produtos têxteis e de confecções (milhões de dólares e percentuais)...26 TABELA15: União Européia (15) - importações de têxteis por áreas, regiões, países e territórios de origem, (Bilhões de dólares e percentagens)...27 TABELA16: União Européia (15) - importações de confecções por áreas, regiões, países e territórios de origem, (Bilhões de dólares e percentagens)...28 Tabela 17 crescimento médio anual (%) entre 1990 e Tabela 18 participação percentual da CTC e seus principais setores no total das cadeias produtivas brasileiras. Fonte: IBQP-PR...31 TABELA 19 Crescimento médio do PIB e do consumo industrial de fibras têxteis...31 TABELA20: Produção de fibras têxteis no Brasil, 1985/ 2000 (mil toneladas)...32 TABELA21: Índices acumulados de produção física de elos da cadeia têxtil/confecções (Base: igual período do ano anterior = 100)...33 TABELA22: Empregados por Segmento (em milhões)...34 TABELA 23: Produção e importação de máquinas têxteis (milhões de dólares)...35 Tabela 24 produtividade da CTC e seus principais setores em relação à produtividade das cadeias produtivas brasileiras...36 Tabela 25 Índices de competitividade da indústria de confecção, comparando Brasil, Estados Unidos e México...37 Tabela 26 ÍNDICES DE COMPETITIVIDADE COMPARADA DA INDÚSTRIA DE FABRICAÇÃO DE PRODUTOS TÊXTEIS DO BRASIL, ESTADOS UNIDOS E MÉXICO...38 Tabela 27 distribuição do número de estabelecimentos, número de empregados médio e remuneração média em toda cadeia têxtil/ confecções em iv

5 Tabela 28 Exportações dos maiores grupos da CTC brasileira (US $ mil)...41 Tabela 29 Características das empresas líderes do setor fiação/tecelagem...41 TABELA30: Produção de algodão em pluma no Brasil por estado/região (1990 a 2001) (em toneladas)...42 Tabela31 destino das fibras químicas no Brasil...44 Tabela32 capacidade produtiva das 14 maiores empresas mundiais...45 Tabela 33 Importação e exportação de fibras químicas ( )...46 TABELA34: Evolução da participação das regiões na produção de têxteis (1990 a 2000).47 TABELA35 BALANÇA COMERCIAL TÊXTIL / TABELA 36 Coeficiente de importação de têxteis e confecções no Brasil de 1990 até TABELA 37 Participação das exportações, importações e saldo do comércio internacional da CTC nas exportações, importações e saldo do Brasil, em anos selecionados Tabela 38 Produção, em volume (mil toneladas), por segmento, para 1990, 1995, 1998, 1999 e Tabela 39 Importações, em volume (mil toneladas), por segmento para 1990, 1995, 1998, 1999 e Tabela 40 Exportações, em volume (mil toneladas), por segmento, para 1990, 1995, 1998, 1999 e Tabela 41 Parcela exportada da produção, por segmento, para 1990, 1995, 1998, 1999 e Tabela 42 Coeficiente de importações por segmento, para 1990, 1995, 1998, 1999 e Tabela 43 exportações e importações em 2001 (milhões de dólares) e taxas de crescimento anual 1999/2001 (%)...54 Tabela 44 distribuição percentual das exportações segundo seu destino e das importações segundo sua origem, 1999/ primeiro semestre de Tabela 45 distribuição percentual das exportações por destino no 1 o. semestre de Tabela 46 distribuição percentual das importações por origem, no primeiro semestre de Tabela 47 Alíquota média dos principais produtos brasileiros da CTC exportados e importados para os Estados Unidos e a União Européia, em Tabela 48 exportações e participação nas exportações dos principais produtos exportados para os Estados Unidos e União Européia, agregados a dois dígitos Tabela 49 importações e participação nas importações dos principais produtos importados dos Estados Unidos e União Européia, agregados a dois dígitos Tabela 50 Alíquota tarifária cobrada aos principais produtos brasileiros da CTC exportados para os Estados Unidos em Tabela 51 Alíquota tarifária cobrada aos principais produtos americanos da CTC exportados para o Brasil em Tabela 52 Alíquota tarifária cobrada aos principais produtos brasileiros da CTC exportados para a União Européia em Tabela 53 Alíquota tarifária cobrada aos principais produtos europeus da CTC exportados para o Brasil em Tabela 54 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração do Total, em Tabela 55 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de beneficiamento de algodão, em v

6 Tabela 56 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de beneficiamento de outras fibras têxteis naturais, em Tabela 57 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de fiação de algodão, em Tabela 58 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de fiação de outras fibras têxteis naturais, em Tabela 59 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de fiação de fibras artificiais ou sintéticas, em Tabela 60 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de fabricação de linhas e fios para coser e bordar, em Tabela 61 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de tecelagem de algodão, em Tabela 62 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de tecelagem de fios de fibras têxteis naturais, em Tabela 63 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de tecelagem de fios e filamentos contínuos artificiais ou sintéticos, em Tabela 64 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de Fabricação de artigos de tecido de uso domestico incluindo tecelagem..., em Tabela 65 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de fabricação de outros artefatos têxteis incluindo tecelagem, em Tabela 66 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de serv. de acabamento em fios, tecidos e artigos têxteis produzidos p..., em Tabela 67 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de fabricação de artefatos têxteis a partir de tecidos, em Tabela 68 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de fabricação de artefatos de tapeçaria, em Tabela 69 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de fabricação de artefatos de cordoaria, em Tabela 70 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de fabricação de tecidos especiais - inclusive artefatos, em Tabela 71 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de fabricação de outros artigos têxteis - exclusive vestuário, em Tabela 72 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de fabricação de tecidos de malha, em Tabela 73 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de fabricação de meias, em Tabela 74 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de fabrc. de outros artigos do vestuário produzidos em malharias (tric..., em Tabela 75 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de confecção de pecas interiores do vestuário, em Tabela 76 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de confecção de outras peças do vestuário, em Tabela 77 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de confecção de roupas profissionais, em Tabela 78 Número de estabelecimentos, número de empregados e remuneração no setor de fabricação de acessórios do vestuário, em vi

7 CADEIA TÊXTIL/CONFECÇÕES Victor Prochnik APRESENTAÇÃO Este texto apresenta a Nota Técnica do estudo sobre a competitividade da cadeia integrada Tê x- til/confecções (CTC). O trabalho procura discutir as perspectivas, oportunidades e riscos que se abrem para a cadeia, principalmente tendo em vista a perspectiva de criação de áreas de livre comércio nas Américas (ALCA) e com a Europa. A pesquisa mostra que a CTC brasileira tem uma forte competência em produtos de algodão. No centro desta competência está um grupo pequeno de empresas, em geral muito grandes e internaciona l- mente competitivas. Suas exportações, que concentram boa parte das exportações de toda CTC, são volumosas e crescentes. A CTC também conseguiu excelentes resultados na cultura do algodão (hoje, o Brasil é o país mais competitivo do mundo na cultura do algodão) e vem exportando o produto em quantidades crescentes e para um leque de países cada vez mais amplo. Note-se, também, que há vários projetos de organizar melhor a produção e ampliar as exportações. Entre eles, por exemplo, um projeto das empresas líderes e das associações empresariais, junto com o governo, busca ampliar a competência nacional em produtos de algodão, aumentando as exportações e, ao mesmo tempo, a participação de produtos de maior valor agregado (confecções) na pauta exportadora. De acordo com os participantes deste processo, a adesão a ALCA e implantação do acordo tarifário com a UE é necessária porque, se as empresas dos países concorrentes forem beneficiadas e as brasileiras não, a posição competitiva destas últimas pode se tornar insustentável. No contexto da ALCA, por exemplo, o acordo faria com que o Brasil passasse a competir de igual para igual com o México e ficasse mais protegido, no acesso aos mercados, da concorrência asiática. De fato, as desigualdades no comércio internacional da CTC são muitas e tem prejudicado o país. Caso as barreiras tarifárias dos países importadores fossem menores, o Brasil já estaria exportando bem mais. Por isto, o texto procura detalhar as assimetrias atualmente existentes nos fluxos de comércio. No período recente, entretanto, devido à combinação de maior competitividade com câmbio favorável, mesmo prejudicadas pelos diversos tipos de barreiras tarifárias e não tarifárias, as exportações brasileiras da CTC vem aumentando. Este aumento se verifica tanto no âmago dos segmentos mais competitivos (algodão, tecidos de algodão e outros têxteis, incluindo lençóis, cama & mesa etc.) como, também, no segmento de vestuário. A adesão aos acordos implica, também, em zerar, progressivamente, as tarifas de importação. Este é outro problema discutido no texto pois, no Brasil, a grande maioria dos trabalhadores está empregada em empresas ineficientes, para os padrões internacionais de fronteira, e, em geral, menores, como mostra este trabalho, entre outros já realizados sobre a CTC. Por exemplo, estudo patrocinado pela Confederação Nacional da Indústria e pela Associação Brasileira da Indústria Têxtil afirma que "...o país tem evidentes fragilidades competitivas nos setores mais dinâmicos do comércio mundial, ou seja, naqueles que envolvem confecções e fios e tecidos sintéticos, sem perspectivas de uma reversão deste quadro no curto prazo. É importante lembrar que a quase totalidade dos investimentos feitos no Brasil nos anos 1990 beneficiou a cadeia de têxteis naturais (algodão), praticamente não contemplando a cadeia sintética ou de origem química." CNI/ABIT (2000, pg 14).

8 Houve também investimentos em modernização nas indústrias de fibras e filamentos artificiais e sintéticos. Mas, na CTC, a cadeia de produtores a base de fibras químicas é que mais preocupa. Diante da forte concorrência internacional, principalmente asiática, que pressionou os preços para baixo, observou-se, no Brasil, nos produtores de fibras sintéticas "uma tendência geral das empresas se afastarem do ramos das commodities e de orientarem suas linhas de produto e produção para especialidades; " - Vanzolini (2001, pg 35). As importações se concentram nesta cadeia, mostrando que outros segme n- tos, mais a frente, também enfrentam problemas de competitividade. O problema é mais grave porque, no longo prazo, cresce a participação do emprego das fibras químicas no consumo de produtos têxteis. Portanto, é necessária a criação de uma competência nacional nesta cadeia. Assim, a adesão progressiva aos acordos pode ser uma oportunidade para esta grande massa de empresas ineficientes se elas se aprimorarem, nos anos de adaptação, aos novos patamares de competição, dados pela concorrência internacional. Caso contrário, pode haver um novo processo de concentração, possive lmente levando a uma maior especialização da CTC. Nos anos 90, diante da pressão das importações, a modernização não ocorreu. Segundo CNI/ABIT (2000, pag. 7) "A abertura da economia brasileira na década de 1990 e o acirramento da competição mundial, com a consolidação de diversos produtores de baixo custo - basicamente os asiáticos,..., promoveram radical transformação do setor,... As empresas mais atingidas foram as firmas de menor porte, com atuação exclusiva no mercado interno e baixo nível tecnológico (Funcex, 1999a).. Dentro da cadeia têxtil, os setores mais atingidos pela concorrência externa foram o produtor de fibras de algodão, o de fios e tecidos sintéticos e o de confecções." Nos setores industriais, o ciclo de investimentos e aprimoramento se deu quando houve crescimento do mercado interno, medidas de proteção contra importações - CNI/ABIT (pag. 10) - e nos segmentos menos ameaçados pelas importações. O mesmo se verificou com a cultura de algodão. A relocalização da produção para o centro-oeste, em programa de trabalho integrado entre governo e iniciativa privada, incluindo aumento de alíquotas tarifárias, foi um sucesso e criou forte competência na base da CTC. Não se pode prever se o mercado interno vai voltar a crescer e qual o impacto deste crescimento sobre o investimento e a modernização na cadeia têxtil. O câmbio e a competitividade regulatória e sistêmica são outras variáveis intervenientes, que podem ajudar ou não a posição da indústria brasileira frente a seus concorrentes internacionais. Este cenário, portanto, por um lado, recomenda cautela no processo de abertura. Isto é, sugere-se evitar assumir compromissos de longo prazo que podem, em uma conjuntura desfavorável, sujeitar as parcelas menos eficiente da cadeia produtiva a uma concorrência externa muito mais forte. Por outro lado, é útil investir na competitividade da CTC, criando competências competitivas como as que o país possui, atualmente, em algodão e produtos de algodão. Sobre a criação de competências, num trabalho de política industrial, cabe observar que, recentemente, a CTC assinou, com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio (MDIC) um "contrato de competitividade". Este trabalho debate algumas medidas do contrato, discordando, por exemplo, do estabelecimento de metas de longo prazo. Mas, no geral, o contrato é consistente com os resultados desta pesquisa e espera-se que suas ações sejam executadas. Este texto abrange uma cadeia muito diversificada onde, para cada alternativa sugerida, existem, possivelmente, diversas exceções em que a alternativa não se aplica. Neste sentido, Neste sentido, a discussão pode sempre ser mais rica e o autor agradece, desde já, as contribuições que vierem a ser oferecidas. 2

9 1. INTRODUÇÃO: A CONFIGURAÇÃO ATUAL DA CADEIA TÊXTIL A CTC é formada pelos seguintes seis elos: Beneficiamento de Fibras Têxteis Naturais, Fiação e Tecelagem de Têxteis Naturais, Fiação e Tecelagem de Têxteis Químicos, Outras Indústrias de Tecelagem, Malharia e Vestuário - Haguenauer et alli (1984). A estas, adiciona-se, neste trabalho, a cultura do algodão e, em alguns tópicos, o elo do comércio final. Entretanto, principalmente no âmbito deste relatório, em diversas seções, o número de setores considerados é menor ou o nível de agregação é maior. Isto decorre ou da escassez de dados ou porque a discussão dos fatos ou o entendimento das relações não requerem uma apresentação mais detalhada. O Gráfico 1 apresenta, esquematicamente, o fluxograma das atividades produtivas da CTC. Gráfico 1- Processo Produtivo na Cadeia Têxtil/ confecções poliester algodão Matéria Prima poliamida linho acrilico ramí Natural raiom viscose Química poliuretana raiom acetato Vegetal Animal Artificial Sintética lã seda modal liocel Colheita Tosquia Coleta Extração Formulação Extração Dissolução Extrusão FIAÇÃO Fio Filamento Penteado Cardado Abertura Cardagem Penteagem Fiação Extração Enrolamento TECELAGEM Tecelagem Malharia MALHARIA Preparação à Tecelagem BENEFICIAMENTO Tecido Crú Preparação à Tinturaria Tituraria/Estamparia Acabamento CONFECÇÃO Recebimento de Materiais Corte Costura Acabamento Fonte: IEMI Roupa Pronta 3

10 A configuração atual da CTC dá mais informações sobre as características estruturais dos diferentes elos: segundo IEMI (2001, pag. 46),...a cadeia têxtil pode ser segmentada em três grandes segmentos industriais, cada um com níveis muito distintos de escala. São o segmento fornecedor de fibras e filamentos químicos que, junto com o de fibras naturais (setor agropecuário), produz matérias-primas básicas que alimentam as indústrias do setor de manufaturados têxteis (fios, tecidos e malhas) e da confecção de bens acabados (vestuário, linha lar etc.). grifos deste autor. As diferentes escalas de operação dos três grandes segmentos podem ser vistas na TABELA 1, para os três segmentos considerados. Observa-se, nesta tabela, que, enquanto as empresas de fibras/ filamentos são de grande porte e, em geral, de capital estrangeiro, as confecções, na outra ponta, são firmas geralmente pequenas, de capital nacional e intensivas em mão-de-obra. As empresas têxteis tem porte intermediário e são, em geral, também de capital nacional. TABELA 1 Número de estabelecimentos, emprego, produção e faturamento dos principais segmentos da cadeia têxtil brasileira SEGMENTO FIBRAS/ FILA- TÊXTEIS CONFECÇÕES MENTOS 1 TOTAL POR SEGMENTO Estabelecimentos Empregos (mil) Produção (mil ton./ano) Faturamento/ ano (U$ bi) 1,4 16,6 27,2 MÉDIAS POR EMPRESA Empregados Produção ton./ ano 26 mil Fat. (U$ milhões) 56 5,0 1,4 Fonte dos dados: IEMI/ ABRAFA/ AFIPOL. Fonte da tabela: IEMI (2001, pag. 46) Nota: (1) apenas indústrias químicas que fornecem fibras e filamentos para o elo têxtil. Na prática, a diversidade da CTC é muito grande e cada setor é composto por grande número de segmentos diferenciados. Esta segmentação decorre da variedade de insumos empregados, uso diversificado que caracteriza os produtos (cama & mesa X vestuário, por exemplo) e, também, das estratégias empresarias. De fato, como a estratégia central das empresas da cadeia têxtil é a diferenciação do produto, a ampliação da diversidade é uma tendência da cadeia. A Nomenclatura Comum do Mercosul, por exemplo, considera 905 diferentes categorias de produtos têxteis, a oito dígitos e catorze a dois dígitos. Esta variedade dificulta consideravelmente a análise do impacto da diminuição das barreiras tarifárias e da avaliação da competitividade. Por isto, é importante alertar que o recurso a níveis mais agregados de classificação pode ocultar importantes fontes de variação dos dados e da informação disponível. 4

11 PARTE A: TENDÊNCIAS DO MERCADO MUNDIAL 2. CONSUMO, PRODUÇÃO E MIGRAÇÃO DA PRODUÇÃO 2.1. OS PADRÕES DE PRODUÇÃO E CONSUMO Inicialmente, apresentam-se quatro características dos padrões de consumo e produção internacionais, na cadeia têxtil, cuja análise é relevante para a discussão da competitividade da cadeia têxtil nacional. Elas são, respectivamente, as tendências para o maior consumo de fibras químicas (questão mais importante para a competitividade da CTC), maior dependência dos produtos às variações da moda, a crescente difusão do supply chain management e a constante relocalização de atividades da cadeia têxtil. As três primeiras características são apresentadas a seguir e a última característica é vista na próxima seção. A TABELA 2 mostra que o consumo mundial de fibras químicas (sintéticas e artificiais) tende a aumentar, em comparação com o de fibras naturais. Mas, como visto neste trabalho, o Brasil é pouco competitivo na cadeia dos produtos feitos a base fibras químicas. Esta defasagem tende a diminuir a competitividade de grande parte da CTC brasileira, principalmente quando se leva em consideração que grande parte dos tecidos atualmente produzidos são mistos. No Brasil, entretanto, a proporção é inversa (40% sintéticos X 60% naturais). Essas questões são discutidas na seção 5.6. TABELA 2 Consumo Mundial de Fibras Têxteis (milhões de toneladas) Ano Fibras Naturais Fibras Químicas Total Partic. % fibras naturais ,4 1,6 8 80, ,1 3, , ,4 8, , ,8 13, , ,8 19, , ,6 21,9 42,5 48, ,9 22,6 43,5 48,0 Fonte: Fiber Organon/ Depto. da Agricultura - Estados Unidos, apresentada em IEMI (2000, pag. 44) Uma segunda característica diz respeito à evolução do setor de confecções. Como visto adiante, o comércio internacional de confecções é mais dinâmico do que o de produtos têxteis. Mas o Brasil exporta muito mais produtos têxteis do que confecções. Um aspecto agravante desta questão é o crescimento da sensibilidade das vendas às variações da moda. Atualmente, por exemplo, seguindo Gereffi (1998), Gorini (2000, pag. 15) afirma que,"... os produtos básicos, que são vendidos durante o ano todo, representam cerca de 20% das vendas de roupas norte-americanas. Os produtos de estação, com uma permanência de 20 semanas nas lojas, formam 45% do mercado e os produtos da moda, com uma permanência de 10 semanas, representam os 35% restantes. Desse modo, aproximadamente quatro 5

12 quintos do setor, quer medido pelo nível de emprego, quer pelas vendas, são sensíveis à moda, e um quinto concentra-se nas roupas básicas." Hammond (2001) apresenta estatísticas mais conservadoras. De qualquer forma, mais da metade das vendas de confecções são fortemente influenciados pela moda. A maior influência da moda tende a valorizar a produção perto dos centros consumidores, através de sistemas de produção integrados. O Brasil, entretanto, está distante dos principais centros consumidores, em relação aos seus concorrentes (México, América Central e o Caribe, em relação aos Estados Unidos e Canadá e Turquia, países do Norte da África e do leste europeu, em relação à União Européia). Mas esta questão pode ser superada, como buscam alguns projetos exportadores, através da exploração de características da geografia e cultura brasileiras. A moda praia é o exemplo mais conhecido. O mais interessante, para o país, é a integração deste esforço na montagem de sistemas integrados de produção e comercialização, como os descritos em Gereffi (1994) e Vanzolini (2001). Também neste caso, já existem iniciativas no Brasil, como as que contam com o apoio da Associação Brasileira de Indústria Têxtil e da CAMEX. Vanzolini (2001) informa ter feito algumas entrevistas em iniciativas similares, talvez as mesmas, já que a identidade dos entrevistados é mantida em sigilo. O importante a ressaltar é o amplo reconhecimento de que a montagem de sistemas integrados de produção e comercialização é um caminho promissor a ser seguido pelas grandes empresas, em associação com empresas menores das cadeias específicas.. Outro obstáculo diz respeito a crescente adoção do supply chain management. Segundo Hammond (2001), a tendência mais recente de mudança, na cadeia produtiva têxtil, é a difusão das técnicas de supply chain management. Através do recurso a estas técnicas, são ampliadas as trocas de informação entre agentes, modificadas as formas de distribuição dos produtos e implantados novos sistemas de gestão integrada das relações na cadeia produtiva. Como conseqüência, os determinantes da competitividade, agora, podem ser encontrados nas formas de relacionamento entre empresas, ao longo das cadeias e, não, ao nível das empresas consideradas individualmente. Estas noções estão expressas em quatro proposições, transcritas abaixo: "Proposição 1: os setores de varejo, confecções e têxteis são crescentemente ligados como um canal através de relações de informação e distribuição. Então, o canal, em vez da firma, se torna a base para a competição. Proposição 2: para os fabricantes de têxteis e confecções, a chave para o sucesso é a habilidade de introduzir elos de informação sofisticados, capacidades de previsão e sistemas de administração - isto é, gestão da cadeia de fornecimento. Proposição 3: a fábrica pode gerar benefícios competitivos só se outras mudanças mais fundamentais na gestão da cadeia de fornecimento tiverem sido previamente introduzidas. Proposição 4: mesmo com a plena implantação do GATT, uma indústria de confecções e têxtil viável pode continuar na América do Norte, se apoiando em um leque de processos produtivos nos Estados Unidos, Canadá, México, o Caribe e a América Latina. Isto vai requerer forte e crescentemente sofisticada capacitação em gestão da cadeia de fornecimento. " - Hammond (2001, slides 4/8) Assim, tendo aumentado a relevância das atividades na ponta de comercialização (segunda tendência acima apontada) e, também, a da relação entre os elos na CTC, através da aplicação do supply chain management, a integração da cadeia se torna um objetivo central das empresas. As firmas líderes bus- 6

13 caram estabelecer estratégias de comando sobre a cadeia, de forma a dinamizar as operações, evitando desperdícios e incertezas. O Brasil, entretanto, encontra-se bastante atrasado na adoção de técnicas de supply chain management. De fato, segundo Gorini (2000),...a ausência de parcerias e alianças estratégicas é um dos gargalos da cadeia têxtil nacional (grifo meu) A MIGRAÇÃO DA PRODUÇÃO TÊXTIL INTERNACIONAL Outra característica das indústrias têxtil e confecções a ser explorada, na análise da produção internacional e dos fluxos de comércio, é a constante migração da produção e conseqüente mudança de origem dos fluxos de comércio. Este aspecto é mais intenso no setor de confecções, mais intensivo em mão-de-obra e menos exigente em escalas de produção, mas também vale, em menor grau, para os setores de fiação e tecelagem. Nota-se, por exemplo, que, desde a década de 1950, houve ondas de relocalização da origem das exportações de confecções para os EUA. Os países que mais se beneficiaram com essas ondas foram, sucessivamente, 1. Japão. 2. Hong-Kong, Taiwan e Coréia do Sul. 3. China. 4. Países do sudeste da Ásia (Indonésia, Filipinas, Tailândia e Malásia). 5. Países do sul da Ásia ( Índia, Bangladesh, Sri-Lanka e Paquistão). 6. México, América Central e o Caribe. Esta característica é visível na TABELA3, a seguir, que mostra as exportações de confecções para os EUA destes 1 e de outros países menos importantes, em 1983, 1990 e TABELA3 Origem das Importações de Confecções dos Estados Unidos 1 REGIÃO 1983 % 1990 % 1994 % 1998 % China 759 8% % % % Tigres Asiáticos % % % % Sudeste da Ásia % % % % Sul da Ásia % % % % América Central % % % % México 199 2% 709 3% % % Resto do Mundo % % % % TOTAL % % % % Notas: 1 Com exceção do Japão; 2 Coréia do Sul, Formosa, Hong-Kong e Macau; 3 Indonésia, Filipinas, Tailândia, Malásia e Cingapura; 4 Índia, Bangladesh, Sri Lanka e Paquistão; 5 Rep. Dominicana, Honduras, El Salvador, Guatemala, Costa Rica, Jamaica e outros países do CBI. Fonte: Gereffi (1999, pag. 46) O caráter migratório da indústria de confecções advém da relevância do pagamento de salários mais baixos para sua competitividade, treinamento relativamente simples requerido pela sua força de trabalho e poucos requisitos de infraestrutura para sua instalação. Estas características, associadas ao grande 7

14 número de empregos gerados por esta indústria, podem inspirar, no Brasil, políticas ativas de localização industrial. De fato, investimentos da indústria de confecções e, em menor grau, dos setores anteriores de fiação e tecelagem, principalmente em seus segmentos mais competitivos, são ideais para apoiar a luta pelo desenvolvimento de áreas mais carentes. Esta questão é discutida no item de propostas de políticas, no final deste relatório. 3. TENDÊNCIAS GERAIS DO COMÉRCIO INTERNACIONAL 3.1. BARREIRAS TARIFÁRIAS E NÃO TARIFÁRIAS NA CTC Esta seção discute as barreiras tarifárias e não-tarifárias impostas pelos EUA e União Européia à importação dos produtos brasileiros da CTC e, também, pelo Brasil, às importações de produtos da CTC que chegam ao país. Na discussão das barreiras tarifárias impostas pelos EUA e União Européia à importação dos produtos nacionais, além de estudar a estrutura tarifária, picos tarifários e preferências tarifárias, foi feito um levantamento das tarifas cobradas aos principais produtos exportados pelo Brasil. De forma análoga, também foi feito um levantamento das tarifas cobradas pelo Brasil às importações de produtos da CTC vindas dos EUA e da União Européia. Os resultados destes levantamentos são apresentados na seção Barreiras tarifárias impostas pelos países importadores Estrutura tarifária e picos tarifários A TABELA4 apresenta as tarifas médias de países selecionados. Ela mostra que, em praticamente todos países, a CTC conta com maior proteção tarifária do que o conjunto da indústria. A proteção à CTC é proporcionalmente maior nos países desenvolvidos onde, curiosamente, a participação da CTC na produção e comércio são menores. Também se observa, na mesma tabela, que a proteção ao setor vestuário é, usualmente, maior do que a proteção ao setor têxtil. Este é um indicador de escalada tarifária. De fato, as tarifas à importação cobradas pelos países desenvolvidos aumentam com o nível de processamento do produto. Isto introduz um viés na estrutura produtiva dos países em desenvolvimento, pois favorece, relativamente mais, a produção de bens menos refinados. 8

15 TABELA4 TARIFAS MÉDIAS DE PAÍSES SELECIONADOS, PONDERADAS PELAS IMPOR- TAÇÕES PAÍS Manufaturas Têxteis Vestuário PAÍSES DESENVOLVIDOS (1) Canadá União Européia EUA AMÉRICA LATINA (1) Argentina Brasil Chile Colombia Costa Rica República Dominicanac México (1) nota: a tabela original traz outros países, aqui não considerados. Fonte: Trade and Development Report, 2002 Mais ainda, observa-se, principalmente nos Estados Unidos e Canadá, a existência de picos tarifários, que prejudicam, sensivelmente, as exportações dos produtos mais intensivos em valor. De fato, nos Estados Unidos, 13% das tarifas para têxteis e vestuário estão acima do nível de 15% que as categoriza como altos picos tarifários. Considerando-se os países do Quad (Estados Unidos, Japão, Canadá e União Européia), Hoekman & Olarreaga (2002) observam que em torno de 1077 linhas tarifárias, de um total de 5032, ao nível de seis dígitos do sistema harmonizado tem uma tarifa MNF (most-favorednation) de mais de 15%, em pelo menos um membro do Quad. Preferências tarifárias Outra tendência do comércio mundial é o rápido aumento do número de acordos regionais, envolvendo a concessão de preferências tarifárias e acesso favorecido. A TABELA5, a seguir, mostra que os países em desenvolvimento, beneficiados por estes acordos, conseguiram aumentar sua participação muito mais rapidamente do que aqueles que não conseguiram participar. Note-se que, nesta tabela, o benefício conseguido é mensurado como a diferença entre a tarifa vigente e a tarifa efetivamente aplicada. 9

16 TABELA5 TARIFAS DE IMPORTAÇÃO E IMPORTAÇÕES DE ARTIGOS DO VESTUÁRIO PARA A UNIÃO EUROPÉIA E OS ESTADOS UNIDOS, (PERCENTUAIS) ANO Tarifa vigente 2000 Tarifa aplicada 2000 Participação importações 1990 Participação importações 2000 IMPORTAÇÕES DA UNIÃO EUROPÉIA DE PAÍSES COM ACESSO PREFE- RENCIAL África do Norte Leste Europeu Turquia IMPORTAÇÕES DA UNIÃO EUROPÉIA DE OUTRAS ECONOMIAS China India Mexico NIEs ASEAN IMPORTAÇÕES DOS EUA DE PAÍSES COM ACESSO PREFERENCIAL México IMPORTAÇÕES DOS EUA DE OUTRAS ECONOMIAS China India África do Norte Leste Europeu NIEs ASEAN Turquia Fonte: UNCTAD Entre os países e acordos regionais aos quais os Estados Unidos concedem preferência tarifária, no comércio da CTC, destacam-se os seguintes: Países da Área de Livre Comércio Norte-Americana - NAFTA -. Canadá e México. Israel (acordo de livre comércio) e lado oeste do Rio Jordão (Jordânia).. Países indicados na Lei de Recuperação Econômica da Base do Caribe (CBERA), 24 países do Caribe países andinos do Andean Trade Preference Act (ATPA) e Países africanos indicados pela lei Crescimento e Oportunidade Africana (AGOA) Os dois grupos menos conhecidos, CBERA e AGOA, são apresentados a seguir. A lei de Recuperação Econômica da Base do Caribe foi sancionada em 1983 e é a parte comercial da iniciativa para a Base do Caribe, plano do governo americano para expandir suas relações econômicas 10

17 com a região. O ato autoriza o presidente a isentar bens produzidos na região de tarifas de importações. O setor de confecções foi o mais beneficiado. Em 1984, apenas 4% das importações americanas, dos países do CBERA, eram de confecções. Em 1995, 50% das importações americanas do CBERA eram de confecções. Outros atos econômicos sucederam e modificaram o CBERA. Sua discussão, entretanto, transcende os objetivos deste texto. Note-se, apenas, que, no conjunto, a CBI beneficiou mais os Estados Unidos. O saldo comercial dos Estados Unidos com o Caribe, tradicionalmente negativo, passou a positivo, três anos após a CBERA e, até hoje, o Caribe é uma das poucas áreas com as quais os Estados Unidos é superavitário. Fazem parte do CBERA os seguintes países: Antigua e Barbuda, Aruba, Bahamas, Barbados, Belize, Costa Rica, Republica Dominicana, El Salvador, Grenada, Guatemala, Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, Montserrat, Antilhas Holandesas, Nicaragua, Panama, St. Kitts e Nevis, Santa Lucia, São Vincent e as Grenadines, Trinidad and Tobago e Ilhas Virgens Britânicas. Recentemente, também estão crescendo as importações americanas advindas dos 17 países da AGOA (African Growth and Opportunity Act). Vestuário fabricado, nesses países, com tecido americano ou de países indicados (em geral, da região, como África do Sul) recebe tratamento favorecido de tarifa zero, até 30 de setembro de Apenas no primeiro quadrimestre de 2002, as importações de confecções da área da AGOA somaram 254 milhões de dólares. No caso dos países menos desenvolvidos, a tarifa zero vale para qualquer que seja a origem do tecido usado. Esta janela de oportunidade levou empresas de países asiáticos a investirem, fortemente, em fábricas de confecções, em países como Lesotho e Kenya, classificados como menos desenvolvidos. Este é o mecanismo que tem apresentado resultados mais impressionantes. Nas importações americanas da AGOA no primeiro quadrimestre de 2002, 86%, em volume, vieram de países menos desenvolvidos (ver A UE, por sua vez, oferece preferência tarifária para um significativo número de países. Entre eles, se destacam os países do leste europeu e do mediterrâneo. 11

18 Barreiras tarifárias do Brasil ao comércio internacional da CTC As tarifas vigentes para importação, em 2001, são apresentadas na TABELA6. TABELA6: tarifas de imposto de importação da Cadeia Têxtil/Confecções Seda Seda Crua 6.5% Fios (não acondicionados) 16.5% Fios (acondicionados) 18.5% Tecidos Diversos 20.5% Lã Lãs/Pelos 10.5% Lã Cardada 12.5% Fios 18.5% Tecidos 20.5% Lã (fios) cardados 16.5% Algodão Pluma 8.5% Linhas de Costura 16.5% Fios 16.6% Tecidos 20.5% Linho Linho em Bruto 8.5% Fios 16.5% Tecidos 20.5% Linhas de Costura com Filamentos Sintéticos e Artificiais Poliéster 18.5% Artificiais 18.5% Nylon 18.5% Tecidos com Filamentos Artificiais e Sintéticos Todos 20.5% Tecidos de Veludo Veludos 20.5% Pelúcia 20.5% Atoalhados 20.5% Outros 20.5% Etiquetas Fitas 20.5% Etiquetas 20.5% Bordados 20.5% Outros 20.5% Vestuário em Geral Masculino/Feminino/Infantil 22.5% Fonte: LAFIS (2001, pag. 44) 12

19 Alíquota média dos principais produtos da CTC exportados e importados pelo Brasil Neste trabalho, foi feito um levantamento dos principais produtos brasileiros da CTC exportados para os Estados Unidos e União Européia e, também, importados destes países para o Brasil. Os resultados detalhados são apresentados na seção 0. A Tabela 7 sintetiza os resultados. Ela mostra que os produtos brasileiros exportados para os Estados Unidos, em 2001, estavam sujeitos a uma alíquota média de 11,5%, enquanto que os principais produtos importados daquele país tinham que pagar uma alíquota média de 15,5%. A diferença, portanto, é muito pequena. No caso da União Européia, a diferença é maior. Mas isto decorre, em parte, das diferenças entre as pautas de produtos exportados e importados pelo Brasil. Por exemplo, apenas retirando, entre os 40 produtos considerados, as três matérias-primas (dois ítens de algodão e um ítem de sisal), cuja alíquota é zero, a tarifa média paga pelo Brasil sobe para 8,5%. Tabela 7 Alíquota média dos principais produtos brasileiros da CTC exportados e importados para os Estados Unidos e a União Européia, em 2001 BRASIL/ EUA EUA/ BRASIL BRASIL/ UE UE/ BRASIL (1) Tarifa média das exportações dos principais produtos 11,5% 15,5% 4,7% 17,0% (2) Exportação dos principais produtos da cadeia têxtil cofecções (US $ mil) (3) Participação da exportação dos principais produtos nas exportações totais (importações) do Brasil Número de produtos considerados ,9% 79,3% 83,0% 55,4%

20 Barreiras não-tarifárias impostas pelos países importadores 1 O Acordo sobre Têxteis e Vestuário O comércio internacional de produtos da cadeia têxtil é intensamente regulado por uma série de acordos internacionais. A partir de 1974, vigorou o Acordo Multifibras que objetivava, principalmente, a contenção de exportações, através do estabelecimento de cotas e tarifas. Neste acordo, predominavam as negociações bilaterais e os países em desenvolvimento foram os mais prejudicados, pois, além das restrições quantitativas, era permitido que os países desenvolvidos adotassem certas medidas de caráter extraordinário para defenderem os produtos nacionais. Entretanto, na Rodada Uruguai, o comércio dos elos têxtil e de vestuário começou a ser adaptado às regras do GATT. O novo ATV, tem o intuito de liberalizar o comércio deste setor em dez anos, entre 1995 e Neste período, as regras do antigo Acordo Multifibras estão sendo gradualmente desmanteladas, eliminando, desta forma, as restrições quantitativas impostas aos produtos. Assim, este novo Acordo reduz, gradualmente, a quantidade de produtos que estão sujeitos às restrições e aumenta o tamanho das cotas de importações. Com isto, os produtos, gradativamente, deixam de ser governados pelo ATC e passam a se submeter às regras da OMC. O novo acordo também reduz, progressivamente, as restrições ao comércio de produtos têxteis e vestuário que não estavam sob o acordo Multifibras. No início do ATV, os países signatários foram obrigados a liberar de quotas produtos que representavam, pelo menos, 16% das suas importações de 1995 (em volume). Outros produtos, representando, pelo menos, 18% das suas importações de 1995, foram liberados em No início de 2002, um terceiro conjunto de produtos, correspondendo a, pelo menos, 17% das importações de produtos têxteis e do vestuário também foram liberados. Em 31 de dezembro de 2004, o último último conjunto de produtos, representando os restantes 49% de importações será liberado do sistema de quotas. Ao mesmo tempo, em cada uma destas datas, com a óbvia exceção de 31/12/2004, as quotas de importação sobre os produtos não liberados vem sendo ampliadas. O acordo, entretanto, tem diversos problemas. O ATV deixou, para o período final, a maior parte das liberações. Assim, as principais remoções de restrições só vão ocorrer no início de Outra data relevante foi a do início de 2002, quando os países foram obrigados a remover parte de suas restrições. Outro problema refere-se à forma de cálculo, sempre em volume. A WTO observou que, devido a esta característica do acordo, as liberações atingiram, principalmente, ítens menos sofisticados, de baixo custo específico - WTO (2001). Os produtos sensíveis ainda não foram liberados e os ganhos, para os países em desenvolvimento, foram muito pequenos. 1 Em termos de definições, este trabalho procura seguir um estudo da SECEX (1999, pag. 2), sobre a União Européia, para o qual barreiras não tarifárias "...são as leis, regulamentos, políticas ou práticas de um país que visam a restringir o acesso de produtos importados em seu mercado. Nesse sentido, o conceito de barreira comercial aqui adotado não pressupõe, necessariamente, a existência de disposição ou prática ilegal, entendida como violação às regras acordadas em âmbito supranacional como, por exemplo, as regras estabelecidas pela Organização Mundial do Comércio." O mesmo estudo SECEX (1999, pag. 2), também considera "..aquelas medidas que estimulam de forma irreal o comércio, como o conjunto de subsídios recebidos pelos produtores ou exportadores de um mercado, concedidos com o objetivo de facilitar sua participação no mercado internacional. São mencionadas não apenas medidas de caráter formal, leis e regulamentos aprovados por organismos públicos e que requerem publicação para sua entrada em vigência, mas também medidas que adotam formas menos explícitas e mais informais, tais como procedimentos administrativos, práticas regulatórias ou outras políticas que não estão lastreadas em legislação, mas em costumes, instituições ou diretivas informais. Também são incluídas como barreiras outras permitidas pelas normas do sistema de comércio internacional, tais como quotas de importação e salvaguardas especiais." 14

21 Por último, note-se que o ATV só incide sobre as quotas vigentes. As tarifas não são alcançadas pelo acordo. Pelo ATV, as barreiras não tarifárias serão eliminadas após 31 de dezembro de Mas já existem perspectivas de continuidade. Nos Estados Unidos, por exemplo, há um movimento de implantação de uma barreira às importações de produtos têxteis advindos da China, por disrupção de mercados. Existe um receio de que as quotas possam vir a ser substituídas, nos países desenvolvidos, por outros tipos de barreiras não tarifárias. Entre estes, são usualmente mencionadas as mudanças nas regras de origem, investigações anti dumping (o número de investigações vem crescendo rapidamente) e medidas que, em princípio, deveriam ter, como objetivo, a proteção do meio ambiente e os padrões de trabalho. Note-se, também, que o ATV da OMC, também prevê a imposição de salvaguardas para produtos nãointegrados no Acordo desde que haja um crescimento anormal das importações que prejudique ou ameace prejudicar os produtores domésticos. Subsídios ao algodão Outra forma de interferência na operação dos mercados internacionais são os fortes subsídios do governo americano aos plantadores de algodão. Apenas em 2001, o Cotton Advisory Committee (ver USDA Cotton and Wool Outlook 3/2002) estimou que os fazendeiros americanos receberam entre 1,7 e 2,0 bilhões de dólares de assistência emergencial. Outros benefícios foram as quotas de importação, suporte à exportação e subsídios com base no preço do produto. Enquanto a área plantada, no mundo, caiu, nos Estados Unidos a área plantada aumentou cerca de 10% entre 1998 e A pressão do produto norte-americano, nos mercados internacionais, tem contribuído para diminuir o seu preço, prejudicando os países mais pobres Barreiras não tarifárias ao comércio internacional da CTC impostas pelo Brasil, segundo alegações de países importadores Segundo Dehousse et alli (1999), do ponto de vista da União Européia, as principais barreiras ao acesso ao mercado brasileiro são: altas taxas de importação, outras taxas, como a de renovação da marinha mercante, altos custos portuários (estocagem e mão-de-obra), e aeroportuários, taxas bancárias e impostos, como ICMS sobre custos CIF, imposição de preços mínimos de importação, dificuldades na obtenção de licenças de importação e restrições sobre o período de pagamento, forçando o importador a pagar transações a vista. Entretanto, segundo o mesmo estudo, outras medidas, tais como regulação de etiquetas parecem ser menos restritivas do que indicam operadores da União Européia" Os Estados Unidos tem reclamações semelhantes. Segundo uma publicação americana recente do American Textile Manufacturers Institute (ATMI, 2001), as exportações americanas para o Brasil poderiam aumentar entre 50 e 100% do valor atual, se as taxas e tarifas fossem eliminadas. Entre as taxas brasileiras, o ATMI reclama das seguintes: Taxa de sindicato 2% do valor CIF Taxa de brokerage 1,5% do valor CIF Taxa dos portos 5% do valor CIF 15

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