PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO EM MEDICINA INTENSIVA

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO EM MEDICINA INTENSIVA"

Transcrição

1 SISTEMA DE EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA A DISTÂNCIA PROAMI PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO EM MEDICINA INTENSIVA ORGANIZADO PELA ASSOCIAÇÃO DE MEDICINA INTENSIVA BRASILEIRA Diretores acadêmicos Cleovaldo T. S. Pinheiro Werther Brunow de Carvalho Artmed/Panamericana Editora Ltda.

2 Os autores têm realizado todos os esforços para localizar e indicar os detentores dos direitos de autor das fontes do material utilizado. No entanto, se alguma omissão ocorreu, terão a maior satisfação de na primeira oportunidade reparar as falhas ocorridas. A medicina é uma ciência em permanente atualização científica. À medida que as novas pesquisas e a experiência clínica ampliam nosso conhecimento, modificações são necessárias nas modalidades terapêuticas e nos tratamentos farmacológicos. Os autores desta obra verificaram toda a informação com fontes confiáveis para assegurar-se de que esta é completa e de acordo com os padrões aceitos no momento da publicação. No entanto, em vista da possibilidade de um erro humano ou de mudanças nas ciências médicas, nem os autores, nem a editora ou qualquer outra pessoa envolvida na preparação da publicação deste trabalho garantem que a totalidade da informação aqui contida seja exata ou completa e não se responsabilizam por erros ou omissões ou por resultados obtidos do uso da informação. Aconselha-se aos leitores confirmá-la com outras fontes. Por exemplo, e em particular, recomenda-se aos leitores revisar o prospecto de cada fármaco que planejam administrar para certificar-se de que a informação contida neste livro seja correta e não tenha produzido mudanças nas doses sugeridas ou nas contra-indicações da sua administração. Esta recomendação tem especial importância em relação a fármacos novos ou de pouco uso. Estimado leitor É proibida a duplicação ou reprodução deste volume, no todo ou em parte, sob quaisquer formas ou por quaisquer meios (eletrônico, mecânico, gravação, fotocópia, distribuição na Web e outros), sem permissão expressa da Editora. E quem não estiver inscrito no Programa de Atualização em Medicina Intensiva (PROAMI) não poderá realizar as avaliações, obter certificação e créditos. Associação de Medicina Intensiva Brasileira Rua Domingos de Moraes, 814. Bloco 2. Conjunto Vila Mariana - São Paulo, SP Fone/fax (11) cursos@amib.com.br SISTEMA DE EDUCAÇÃO MÉDICA CONTINUADA A DISTÂNCIA (SEMCAD ) PROGRAMA DE ATUALIZAÇÃO EM MEDICINA INTENSIVA (PROAMI) Artmed/Panamericana Editora Ltda. Avenida Jerônimo de Ornelas, 670. Bairro Santana Porto Alegre, RS Brasil Fone (51) Fax (51) info@semcad.com.br consultas@semcad.com.br

3 111 MENINGITES BACTERIANAS GRAVES PROAMI SEMCAD OTÁVIO AUGUSTO GUGLIELMI BRANCHINI ANTÔNIO CARLOS PIRES FERREIRA Otávio Augusto Guglielmi Branchini Mestre em Pediatria pela Universidade Federal de São Paulo/Escola Paulista de Medicina (UNIFESP/EPM), doutor em Pediatria, doutor em Infectologia pela Coordenadoria dos Institutos de Pesquisa da Secretaria de Estado da Saúde Instituto de Infectologia Emílio Ribas, professor associado e coordenador da disciplina de Pediatria da Universidade São Francisco de Bragança Paulista, chefe da Unidade de Terapia Intensiva e Neonatal do Hospital Universitário São Francisco, membro do Comitê de Terapia Intensiva Pediátrica da Sociedade de Pediatria de São Paulo Antônio Carlos Pires Ferreira Mestre em Pediatria pela UNIFESP/EPM, diretor Clínico da Neobras Terapia Intensiva Neonatal e Pediátrica (Brasília/DF) INTRODUÇÃO As meningites bacterianas, por suas características de instalação e evolução rápidas, potencial epidêmico algumas vezes elevado e alta morbidade-mortalidade, se enquadram nas doenças em que a suspeita clínica, o diagnóstico precoce e o tratamento inicial adequado são fatores determinantes para o prognóstico. Considerando-se que dados epidemiológicos de São Paulo (capital) e Grande São Paulo mostram a ocorrência de um número superior a oitocentos casos de meningite todos os anos, caracterizando, há pelo menos doze anos, níveis endêmicos acima dos limites esperados, próximos de se transformarem em verdadeiras epidemias, principalmente de doença meningocócica, torna-se fundamental a atualização constante dos conhecimentos médicos, assim como a realização freqüente de treinamentos de diagnóstico e tratamento em meningites. O ideal é prevenir a doença, sempre que possível, diagnosticá-la e tratá-la, precocemente, em suas formas leves, evitando que evolua para formas graves. 1. Que sinais e sintomas observados no paciente podem levar à suspeita clínica e ao diagnóstico precoce da meningite bacteriana?

4 112 MENINGITES BACTERIANAS GRAVES 2. Baseado em sua prática médica, como é realizado o tratamento inicial de meningite bacteriana? OBJETIVOS Ao final da leitura deste capítulo, o leitor poderá: conhecer os parâmetros sistematizados que conduzem à suspeita de meningite bacteriana; saber como proceder para diagnosticar precocemente meningite bacteriana, em atendimentos de urgência, e conhecer os cuidados na coleta do liquor e na interpretação dos resultados de exames; escolher um esquema de tratamento para meningite bacteriana; saber como proceder, no ambiente da UTI, para atendimento adequado das formas graves de meningite bacteriana e evitar suas conseqüências.

5 ESQUEMA CONCEITUAL Etiologia Diagnóstico 113 PROAMI SEMCAD Sinais e sintomas suspeitos na criança de acordo com a faixa etária Procedimentos diagnósticos Métodos clínicos e radiológicos para avaliação da pressão intracraniana Punção de líquido cefalorraquidiano Meningites bacterianas graves Manometria do LCR Avaliação do LCR Considerações sobre o estudo do LCR Leucócitos Dosagem da glicorraquia Proteinorraquia Avaliação pelo Gram Aglutinação do látex Reação em cadeia da polimerase Dosagem de lactato Proteína C-reativa Concentração de procalcitonina Tratamento da meningite bacteriana Uso de antimicrobianos Antibioticoterapia empírica Terapêutica específica após o diagnóstico etiológico ser obtido Meningite por Haemophilus influenzae tipo b Meningite por Streptococcus pneumoniae Meningite por Neisseria meningitidis Situações especiais Pacientes com shunt ventriculoperitoneal Repetição de punção lombar Terapêutica antiinflamatória com corticosteróides Manutenção da pressão de perfusão cerebral Pressão intracraniana Pressão arterial média Conclusões

6 114 MENINGITES BACTERIANAS GRAVES ETIOLOGIA Os termos encefalite, meningite e mielite são usados para designar uma síndrome clínica, de acordo com as estruturas nervosas que sofrem o maior impacto da infecção. Quadros compostos por sinais de irritação meníngea (rigidez da nuca, sinais de Kernig e Brudzinski), febre, vômitos e cefaléia são designados de meningites; os quadros com predomínio de alterações do nível de consciência, crises convulsivas e déficits focais são chamados de encefalite e, se houver paraplegia e comprometimento da sensibilidade compatível com lesão medular, mielite. 1 O quadro de infecção meníngea pode apresentar-se isoladamente ou como integrante de sepse, principalmente nas faixas etárias menores. As síndromes meningoencefálicas podem ser causadas por vários agentes, como bactérias, vírus, fungos e protozoários, sendo os dois primeiros os mais freqüentes. Nas unidades de terapia intensiva pediátrica (UTIPs), os processos infecciosos do sistema nervoso central (SNC) mais freqüentes são as meningites bacterianas, as encefalites e as meningoencefalites virais. As meningites bacterianas continuam com alta letalidade e/ou morbidade. Quando não tratadas, podem atingir 100% de mortalidade. Talvez a meningite seja uma das doenças cujo prognóstico mais dependa de um diagnóstico precoce, um primeiro atendimento eficaz e um tratamento adequado das formas graves e das complicações. Além disso, dependendo do agente etiológico, o potencial epidêmico é variável. Neste capítulo, seguem-se as recomendações da Sociedade Americana de Doenças Infecciosas 3 para diagnóstico e tratamento das doenças infecciosas em geral, de acordo com os graus das categorias listadas a seguir, no Quadro 1, fundamentadas em dados da medicina baseada em evidências.

7 Categoria A B C D E Grau I II III Quadro 1 ESCALA DAS RECOMENDAÇÕES EM GUIAS CLÍNICOS DA SOCIEDADE AMERICANA DE DOENÇAS INFECCIOSAS 3 Definição Boa evidência para suportar a recomendação de uso: usar sempre Moderada evidência: geralmente recomendar o uso Evidência ruim: uso opcional Moderada evidência: contra a recomendação de uso, geralmente não usar Boa evidência para apoiar o não-uso: nunca usar Definição Evidência > 1: estudo randomizado e controlado Evidência > 1: estudo clínico bem desenhado, sem randomização; ou estudos analíticos de coorte ou caso-controle (mais de um centro), de séries múltiplas ou com resultados dramáticos em estudos não-controlados Evidência baseada em experiência clínica de autoridades respeitáveis, ou em estudos descritivos ou recomendações de especialistas Adaptado de Tunkel Ar; Hartman BJ, Kaplan SL, Kaufman BA, Roos KL et al. Practice Guidelines for the management of bacterial meningitis. CID 2004;39 p PROAMI SEMCAD 3. Como se caracterizam e no que se diferenciam as encefalites, meningites e mielites? DIAGNÓSTICO Na criança, o quadro clínico da meningite é variável com a idade. A instalação pode ser aguda (poucas horas) ou insidiosa (um a dois dias), freqüentemente precedida por infecção das vias aéreas (50 a 75% dos casos); nem todos os pacientes têm febre, cefaléia e vômitos. Na criança com meningite, ocorrem convulsões em 20 a 30% dos pacientes, e/ou uso inadequado de antimicrobianos pode alterar o quadro inicial, bem como dificultar e ou atrasar o diagnóstico. 5

8 116 MENINGITES BACTERIANAS GRAVES SINAIS E SINTOMAS SUSPEITOS NA CRIANÇA DE ACORDO COM A FAIXA ETÁRIA Os achados clínicos são bastante variáveis e dependem da faixa etária e da presença de situações agravantes ou conseqüentes ao processo infeccioso. 5 Destacam-se os sinais e sintomas clássicos: febre alta; vômitos em jato ; rigidez de nuca; sinais de Kernig (não consegue estender totalmente as pernas) e Brudzinski (flexão dos joelhos em resposta à flexão forçada da nuca); alterações do nível de consciência (de irritabilidade até coma); alterações respiratórias e cardiocirculatórias; coagulação intravascular disseminada (CIVD); distúrbios metabólicos que indicam o aparecimento da síndrome da disfunção de múltiplos órgãos. Quanto menor a faixa etária, menos evidentes são esses sinais. Em recém-nascidos, o diagnóstico clínico se fundamenta em sinais inespecíficos de infecção, como hipo ou hipertermia, hipotonia, apatia, irritabilidade, má sucção, distensão abdominal e abaulamento de fontanela anterior. A investigação da origem de tais sinais em recém-nascidos inclui, obrigatoriamente, o exame liquórico. LEMBRAR Petéquias, púrpuras ou sufusões hemorrágicas sugerem diagnóstico etiológico de meningococo ou hemófilo. A ocorrência prévia de infecção de via aérea superior (IVAS) ou de otite média aguda sugere hemófilo, pneumococo ou vírus, dependendo da faixa etária. A história clínica e epidemiológica é da maior importância para o diagnóstico. 7 A meningite tuberculosa, por exemplo, geralmente é suspeitada pela história de infecções pulmonares de repetição e/ou prolongadas, antecedentes pessoais ou familiares de tuberculose, ausência de vacinação BCG, tratamento anterior inadequado ou interrompido e imunodepressão por fármacos ou doenças.

9 As manifestações clínicas podem ser divididas em: manifestações sistêmicas; manifestações do SNC. 5 As manifestações sistêmicas são aquelas relacionadas ao estado de choque ou à fase bacterêmica da doença, como alterações hemodinâmicas, depleção da volemia (por febre, anorexia e vômitos) e alterações da coagulação com estádios variados de CIVD. 117 PROAMI SEMCAD Outras manifestações pouco freqüentes são os derrames pericárdicos e articulares, que podem surgir precocemente (quando cultivados podem definir o diagnóstico) ou tardiamente, após uma ou mais semanas (quando geralmente são estéreis). As manifestações do SNC ocorrem devido aos padrões anormais de fluxo sangüíneo cerebral (com conseqüente má utilização dos substratos), à elevação da pressão intracraniana e aos efeitos inflamatórios do processo infeccioso. Traduzem-se como uma combinação de sinais, como convulsões, alterações do nível de consciência, paralisia de nervos cranianos, etc. A perda da auto-regulação do fluxo cerebral determina alterações da pressão de perfusão cerebral (PPC) e um maior efeito vasodilatador da hipercapnia. 8 As evidências de aumento da pressão intracraniana são de fácil verificação, tanto de modo indireto (abaulamento de fontanela, alterações do nível de consciência, hiper-reflexia, alterações pupilares e de nervos cranianos), como através de medidas diretas por raquimanometria (25 a 30mmHg), por técnicas extradurais (20 a 32cmH 2 O) ou intraventriculares (40cmH 2 O em média). Pela medida da pressão intraventricular, Ellis, 9 em 1984, descobriu que a pressão intracraniana nos sobreviventes era significativamente menor do que nos não-sobreviventes (19 a 70cmH 2 O). Observou, também, que a pressão intracraniana retornava ao normal no quarto ou quinto dia de terapêutica. 10 Convulsões ocorrem em cerca de 30% dos casos e podem ser generalizadas ou focais. As que ocorrem nos primeiros quatro dias geralmente são atribuídas ao processo infeccioso e aos produtos inflamatórios liberados pela resposta inflamatória e geralmente não têm conseqüências prognósticas definitivas. As convulsões mais tardias freqüentemente são representativas de lesões de áreas corticais, onde ocorreram isquemias ou infartos com lesões neuronais definitivas que permanecem como seqüelas neurológicas. 4 A síndrome da secreção inadequada do hormônio antidiurético (SSIHAD), atribuída ao processo infeccioso meníngeo, normalmente está relacionada à hipovolemia conseqüente à febre, a vômitos, à falta de ingesta e até ao choque séptico. A SSIHAD é corrigida após medidas adequadas de hidratação. 5

10 118 MENINGITES BACTERIANAS GRAVES LEMBRAR Paciente de 0 a 3 meses: diagnóstico clínico mais difícil, pois os sinais e sintomas são, na maioria das vazes, inespecíficos, tais como: febre ou hipotermia; abaulamento de fontanela; irritabilidade; letargia; alteração do nível de consciência; convulsões; apnéia; sucção débil; vômitos; choro fraco. Paciente > 3 meses: sintomas mais evidentes de alteração do SNC, principalmente com o aumento da idade: febre; rigidez de nuca em 60-80% dos casos; sinal de Kernig; sinal de Brudzinski; irritabilidade; letargia; alteração do nível de consciência; anorexia; vômitos; fotofobia; convulsões em 20-30% dos casos; papiledema em <2% (sua presença na fase aguda sugere complicações como: trombose de seio venoso, abscesso ou empiema subdural). 4. Que cuidados devem ser tomados ao se administrar antimicrobianos em pacientes com suspeita/ diagnóstico de infecção meníngica? 5. Cite os elementos da história clínica e epidemiológica que podem levar o médico a pensar em um diagnóstico: A) etiológico de meningococo ou hemófilo

11 B) hemófilo, pneumococo ou vírus 119 PROAMI SEMCAD 6. Como se apresentam as manifestações clínicas sistêmicas e do SNC no paciente com síndromes meningoencefálicas? PROCEDIMENTOS DIAGNÓSTICOS Na suspeita de processo infeccioso meníngeo, sugerimos o fluxograma a seguir: 4 Criança com suspeita clínica de ter meningite Avaliação para A.B.C.D., nível de consciência e convulsões Paciente estável Punção lombar (PL) Não Tem indicação para adiar a punção liquórica? Sim Hemoculturas Antibiótico empírico Consulta com especialista? LCR turvo e com alta suspeita clínica Não Se não há indicação para para retardar, fazer PL Reavaliar estágio anterior e PL se seguro Sim Aguarda análise LCR Corticosteróide e iniciar antibiótico empírico LCR normal Suspeita clínica elevada de meningite Suspeita clínica baixa de meningite LCR anormal Consistente com meningite bacteriana Corticosteróides Antibiótico empírico Especialista? Internação Discussão com especialista Corticoesteróides Antibiótico empírico Internação Figura 1 - Algoritmo de procedimentos diagnósticos de meningite bacteriana

12 120 MENINGITES BACTERIANAS GRAVES Uma vez o paciente esteja estabilizado e fornecido o ABCD, 11 deve ser avaliada a condição para coleta diagnóstica do líquido cefalorraquidiano (LCR), fundamental para o diagnóstico. Como primeira medida de avaliação da condição para coleta diagnóstica deve-se aplicar a escala de coma de Glasgow, com adaptações para as diversas faixas etárias. Para crianças com idade inferior a um ano, utilizar a pontuação obtida a partir da escala de Glasgow, para a avaliação verbal descrita para esta faixa etária e acrescentar valores obtidos para a abertura dos olhos e resposta motora do item II, conforme o Quadro 2. Quadro 2 ESCALA DE GLASGOW PARA COMA SEGUNDO A FAIXA ETÁRIA Faixa Etária Critério Manifestação Escore I - Crianças Abertura dos Espontânea 4 maiores olhos Estímulo verbal 3 (idade < 3 anos) À dor 2 Nenhuma 1 Resposta verbal Orientada 5 Confusa 4 Palavras inapropriadas 3 Palavras incompreensíveis 2 Ausente 1 Resposta motora Obedece ao comando 6 Localiza a dor 5 Retirada 4 Flexão 3 Extensão 2 Ausente 1 II - Crianças Resposta ocular Persegue com olhos 4 menores Musculatura ocular extrínseca intacta, pupilas (idade < 3 anos) reagentes 3 Musculatura ocular extrínseca comprometida, 2 ou pupilas não-reagentes Musculatura ocular extrínseca comprometida, 1 e pupilas não-reagentes Resposta verbal Choro 3 Respiração espontânea 2 Resposta motora Apnéia 1 Flexão e extensão 4 Retirada a estímulos doloroso 3 Hipertonia 2 Flacidez 1 Continua

13 Faixa Etária Idade (meses) Manifestação Escore III - Crianças 1 Ausência de resposta 1 menores de 1 ano Grito ao ser estimulada 2 de idade Grito espontâneo 3 Pisca os olhos quando estimulada 4 Emite ruído com a garganta 5 2 Ausência de resposta 1 Grito ao ser estimulada 2 Fecha os olhos com o estímulo luminoso 3 Sorri quando acariciada 4 Balbucio - apenas sons vogais 5 3 Ausência de resposta 1 Grito ao ser estimulada (gemido) 2 Fixa o olhar ao ser estimulada, olhando também 3 o ambiente Sorriso à estimulação sonora 4 Riso disfarçado - sons semelhantes aos de pombo 5 4 Ausência de resposta 1 Grito ao ser estimulada 2 Vira a cabeça em direção ao estímulo sonoro 3 Sorri espontaneamente ou quando quando 4 socialmente estimulada Modulação da voz e vocalização correta de vogais 5 5 e 6 Ausência de resposta 1 Grito ao ser estimulada (gemido) 2 Localiza a direção dos sons 3 Reconhece pessoas da família 4 Balbucio para pessoas, brinquedos 5 7 e 8 Ausência de resposta 1 Grito ao ser estimulada (gemido) 2 Reconhece a família e vozes familiares 3 Balbucio 4 ba, ma, da 5 9 e 10 Ausência de resposta 1 Grito ao ser estimulada 2 Reconhece através de sorriso ou risada 3 Balbucio 4 mama, dada 5 11 e 12 Ausência de resposta Grito ao ser estimulada (gemido) Reconhece através de sorriso Balbucio Palavras (especificamente mama, dada ) PROAMI SEMCAD Fonte: Adaptado de Shapiro K. NEJM 1989; 34-38

14 122 MENINGITES BACTERIANAS GRAVES Obtendo-se valores abaixo de 10, e principalmente abaixo de 8, deve-se proceder aos meios de diagnóstico para hipertensão intracraniana (HIC) e, se necessário, protelar a punção liquórica, iniciar a terapêutica antimicrobiana empírica e as medidas para controle da HIC, realizando a punção assim que as condições permitirem. 4,12,13 7. Qual a primeira medida de avaliação da condição para coleta diagnóstica? 8. Como proceder para avaliação de crianças menores de um ano, segundo a escala de Glasgow? MÉTODOS CLÍNICOS E RADIOLÓGICOS PARA AVALIAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA No Quadro 3, a seguir, encontramos os métodos clínicos e radiológicos para avaliação da pressão intracraniana (PIC). Quadro 3 MÉTODOS DE AVALIAÇÃO DA PRESSÃO INTRACRANIANA Caracterização do paciente Exame utilizado Foco de observação Lactentes jovens Tensão de fontanelas Proceder à palpação Fundoscopia ocular Verificar nitidez das papilas ópticas Ingurgitamento venoso Pulsação venosa Isquemia retiniana Hemorragias retinianas Exsudatos retinianos Ultra-sonografia transfontanelar Nitidez dos giros e sulcos Pulsação arterial e venosa Integridade dos ventrículos laterais Tomografia computadorizada de crânio Manometria liquórica direta Crianças com fontanela bregmática fechada Fundoscopia ocular Tomografia computadorizada do crânio Manometria liquórica direta Adaptado de Bonadio WA. The cerebrospinal fluid: physilogic aspects and alterations asociated with bacterial meningitis. Pediatr Infect Dis J 1992; 11:

15 As indicações para retardar a punção liquórica estão resumidas no Quadro 4. Fator Local da punção Paciente instável Quadro 4 INDICAÇÕES DE RETARDO DA PUNÇÃO LOMBAR Suspeita de lesão ocupando espaço intracraniano ou HIC Hematológico Logístico Indicação Infecção de pele Anormalidade anatômica no local Alteração respiratória e/ou cardíaca Convulsões repetidas ou mal convulsivo Convulsão focal Sinais focais Glasgow < 8 Postura em decerebração ou decorticação Pupilas fixas ou anisocóricas Olhos de boneca Papiledema Hipertensão ou bradicardia Respiração irregular Diátese hemorrágica Não há laboratório Fonte: Kruk, R. Acute management of infants and children with bacterial meningitis. NSW health, 2004; pp PROAMI SEMCAD É importante observar: tomografia craniana normal e escala de coma de Glasgow com pontuação acima de 8 não afastam a possibilidade de herniação, mas permitem melhores parâmetros de avaliação da HIC; devemos notar a importância da coleta de sangue para hemoculturas em meios adequados e para glicemia concomitante, lembrando que, em condições normais, podemos considerar de valor diagnóstico a presença de glicorraquia menor do que 60% da glicemia; culturas de outros materiais, como raspado de lesão, na meningococcemia, podem ter valor no diagnóstico etiológico. 9. Complete o quadro seguir, acerca das indicações de retardo da punção lombar. Fator Indicação Comentário Local da punção Paciente instável Suspeita de lesão ocupando espaço intracraniano ou HIC Hematológico Logístico

16 124 MENINGITES BACTERIANAS GRAVES 10. Que sinais devem ser observados nos seguintes exames? A) Tensão de fontanelas B) Fundoscopia ocular C) Ultra-sonografia transfontanelar Punção de líquido cefalorraquidiano Após a realização da punção do líquido cefalorraquidiano (LCR), é importante fazer algumas avaliações, conforme descrevemos a seguir. Manometria do LCR A pressão normal é menor do que 20cmH 2 O. Nas meningites, varia entre 20 e 50cmH 2 O, podendo ser menor em recém-nascidos e lactentes, devido à complacência da fontanela. Avaliação do LCR As principais alterações no LCR são: 14 aspecto turvo ou purulento principalmente nas meningites bacterianas, embora um LCR límpido e incolor não afaste a possibilidade de infecção, portanto deve sempre ser analisado; hipercitose variável nas meningites bacterianas, há, geralmente, acima de 400 células/mm 3 com predomínio de neutrófilos; nas meningites virais, luética, tuberculosa e fúngicas, a celularidade é menor, e só nos quadros bem iniciais predominam os neutrófilos, que evoluem rapidamente para linfomononucleares; hipoglicorraquia é freqüente nas meningites bacterianas, meningite tuberculosa e meningites fúngicas; nas meningites virais, é normal; hiperproteinorraquia intensa manifesta-se nas meningites bacteriana e tuberculosa; normal ou pouco elevada nas fúngicas e, geralmente, menores do que 100mg% nas virais; cloreto pode estar diminuído principalmente na meningite tuberculosa.

17 125 LEMBRAR Além da avaliação quimiocitológica, devem ser feitas culturas de LCR para bactérias, vírus e fungos, contra-imunoeletroforese, aglutinação do látex, coloração com tinta-da-china, pesquisa de BAAR, testes inespecíficos do límulus, lactato, lisozima, proteína C-reativa, reação em cadeia da polimerase, etc. PROAMI SEMCAD Dependendo do quadro, outros exames podem ser solicitados: hemograma, eletrólitos, uréia, creatinina, glicemia, amônia, hemoculturas, raspado de lesões, urina, teste tuberculínico, teste para bacilo de Calmette-Guérin (BCG), escarro para bacilo álcool-ácido resistente (BAAR), desidrogenase lática (DHL), reações sorológicas, eletroencefalograma (EEG) principalmente nas encefalites virais, raios X de tórax, pesquisa de vírus nas várias secreções e até biópsia cerebral, etc. Considerações sobre o estudo do LCR A seguir, são apresentadas algumas considerações sobre o estudo do LCR (AII). 3 Leucócitos A presença de neutrófilos pode ocorrer na fase inicial de meningites de qualquer etiologia; em meningites parcialmente tratadas por antibióticos prévios, pode haver alteração nas relações entre neutrófilos/linfócitos por ocasião da punção do LCR. Em caso de acidente de punção, descartar um leucócito para cada quinhentos eritrócitos observados, pois essa é a relação normal no sangue periférico. Dosagem da glicorraquia Sempre avaliar a dosagem da glicorraquia e da glicemia concomitantemente (no mesmo momento), para afastar a interferência de fatores como jejum, uso de soro glicosado ou pacientes diabéticos. Glicorraquia abaixo de 60% da glicemia é significativa de processo infeccioso meníngeo. Proteinorraquia Em casos de acidentes de punção, ocorre aumento de 1 a 1,5mg de proteína/1.000 eritrócitos, que devem ser descartados. Avaliação pelo Gram A avaliação pelo Gram pode identificar a bactéria em 60 a 90% dos casos; às vezes, pode ser positivo mesmo sem pleiocitose. Pode determinar o diagnóstico rapidamente (AIII).

18 126 MENINGITES BACTERIANAS GRAVES Aglutinação do látex O exame de aglutinação do látex é rápido, eficiente e não requer equipamentos especiais. Tem alta sensibilidade para detectar H. influenza tipo b, %; S. pneumoniae, %; S. agalactiae, %; e N. meningitidis, 50-93%, entretanto um exame negativo não afasta a possibilidade do agente, e existe a possibilidade de resultado falsopositivo, o que implicaria internação desnecessária e uso abusivo de antibióticos. Não há recomendação de uso de rotina do exame de aglutinação do látex (DII), embora alguns o indiquem em casos em que o Gram é negativo (CII), e pode ter seu valor nos casos já pré-tratados com antibióticos e naqueles casos em que o Gram e a cultura sejam negativos (BIII). Reação em cadeia da polimerase A reação em cadeia da polimerase (PCR) amplifica o DNA dos patógenos mais freqüentes, com sensibilidade de 100%, especificidade de 98,2%, valor preditivo positivo de 98,2% e valor preditivo negativo de 100%. O exame de PCR pode ser usado tanto para firmar quanto para excluir diagnóstico de meningite bacteriana por aqueles agentes e até iniciar ou descontinuar tratamentos antibióticos. Na prática, devido às dificuldades técnicas, o exame de PCR deve ser usado em casos em que o teste de Gram for negativo (BII). Dosagem de lactato A dosagem de lactato pode ajudar na diferenciação das meningites bacterianas e das nãobacterianas, mas não influi na identificação etiológica e não deve ser usada de rotina nas meningites comunitárias; tem valor após neurocirurgias, quando pode indicar a necessidade de uso de antibióticos (BII). 15,16 O nível de lactato acima de 4mmol/L é sugestivo de infecção bacteriana. Proteína C- reativa A proteína C-reativa, quando alterada, tem pouco valor prático para a distinção entre meningites virais e bacterianas. Pode ser útil quando o seu valor estiver normal, pois mostra alto valor preditivo negativo para meningites bacterianas. Nesta situação, é de recomendação BII (ver Quadro 1, apresentado anteriormente). 17

19 Concentração de procalcitonina Valores elevados (> 5μg/mL) de concentração de procalcitonina diferenciam meningites virais de bacterianas, com sensibilidade de 94% e especificidade de 100%. Este exame não deve ser feito de rotina. A recomendação é CII (ver Quadro 1, apresentado anteriormente). 18, PROAMI SEMCAD 11. Quais as principais alterações do LCR e a que tipo de meningites podem ser associadas? 12. Cite os exames que podem ser utilizados na diferenciação: A) das meningites bacterianas e não-bacterianas B) das meningites virais e bacterianas 13. Complete o quadro a seguir, considerando a avaliação do LCR: Fator Avaliação Comentário Leucócito Proteinorraquia Acidente de punção TRATAMENTO DA MENINGITE BACTERIANA Após a punção do LCR ou da avaliação para o seu retardo, devemos iniciar o tratamento. 20 O diagrama a seguir mostra, de maneira simplificada, a fisiopatologia das meningites bacterianas com o intuito de ressaltar o que direciona o tratamento.

20 128 MENINGITES BACTERIANAS GRAVES Cel. endotelial IL-1 PG-2 Componentes bacterianos Interação endotélio - leucócito Macrófagos-SNC FNT - IL-1 FAP PPC Injúria endotelial - Coagulação Trombose Edema vasogênico PIC FSC Proteínas - LCR - Célula Depleção de O 2 Edema citotóxico Glicose - LCR - Lactato Resistência FSC Edema intersticial Figura 2 Fisiopatologia simplificada da meningite bacteriana 20,21 Podemos observar, nesse esquema, três situações de importância: Interação entre produtos bacterianos/macrófagos/endotélio, liberando mediadores humorais como: fator de necrose tumoral, interleucinas 1, 6, fator ativador de plaquetas, etc. Alteração do fluxo sangüíneo cerebral, com diminuição, e áreas de fluxo diminuído e vasodilatadas, ao lado de outras, vasoconstritas, determinando queda na pressão de perfusão cerebral (PPC). Presença de edemas citotóxico, vasogênico e intersticial, determinando aumento da hipertensão intracraniana (HIC). Lembramos que essa é a causa mais importante de óbito na fase aguda da doença, depois do choque séptico, com herniação de uncus e/ou da tenda do cerebelo. LEMBRAR A partir dessas considerações, podemos estabelecer o roteiro para o tratamento das meningites bacterianas graves. São três as linhas de tratamento: medidas antimicrobianas específicas contra os agentes bacterianos; medidas de terapêutica corticoterápica para diminuir o processo inflamatório; medidas de manutenção da PPC. Uso de antimicrobianos O objetivo do uso de antimicrobianos é esterilizar rapidamente o LCR (<24 horas), atenuando a resposta inflamatória sistêmica e a evolução para disfunção de múltiplos órgãos e sistemas.

21 Em relação ao início da terapêutica, não há evidências consistentes mostrando que o tratamento pré-hospitalar tenha uma diferença significativa na letalidade, porém deve ser iniciado o mais precocemente possível, principalmente antes da deterioração neurológica e da queda da escala de coma de Glasgow para abaixo de 10 (CIII). 21 A seguir, são apresentadas recomendações para esquema empírico inicial em que devemos considerar a etiologia bacteriana relacionada às várias faixas etárias (Quadro 5). 129 PROAMI SEMCAD Quadro 5 PRINCIPAIS AGENTES CAUSADORES DE MENINGITE SEGUNDO A IDADE DOS PACIENTES Idade Agentes Comentários Zero a 60 dias Enterobactérias (Escherichia coli, Klebsiella pneumoniae) Streptococcus agalactiae (betahemolítico do grupo B) Listeria monocytogenes Listeria monocytogenes e Streptococcus agalactiae são agentes pouco freqüentes ou raros fora de zonas mais temperadas Menos freqüentes: Staphylococcus sp Salmonella sp Streptococcus pneumoniae Haemophilus influenzae tipo b (Hib) 30 a 60 dias Escherichia coli Listeria monocytogenes Streptococcus agalactiae Haemophilus influenzae tipo b Streptococcus pneumoniae Neisseria meningitidis 2 meses a 5 anos Haemophilus influenzae tipo b Streptococcus pneumoniae Neisseria meningitidis Acima de 5 anos Menos freqüentes: Mycobacterium tuberculosis Staphylococcus sp Streptococcus agalactiae Enterobactérias Streptococcus pneumoniae Neisseria meningitidis Menos freqüentes: Haemophilus influenzae Mycobacterium tuberculosis Staphylococcus sp Streptococcus sp Enterobactérias Zona de transição, onde se podem isolar agentes de ambos os períodos (neonatal e do lactente) Meningite por Haemophilus influenzae tipo b tende a tornar-se um agente raro devido à ampla cobertura da vacinação anti-haemophilus Meningite por enterobactérias está associada à imunodepressão, otite crônica, diabete, estrongiloidíase, etc. Fonte: Tunkel Ar; Hartman BJ, Kaplan SL, Kaufman BA, Roos KL et al. Practice Guidelines for the management of bacterial meningitis. CID 2004;39 p

22 130 MENINGITES BACTERIANAS GRAVES Antibioticoterapia empírica As evidências atuais mostram que o início do antimicrobiano deve ser o mais precoce possível, e qualquer retardo no diagnóstico inicial pode ser prejudicial do ponto de vista prognóstico. A escolha do tratamento antimicrobiano depende da atividade do antibiótico para o agente infeccioso e depende da sua penetração liquórica (Quadro 6). A terapêutica empírica é escolhida de acordo com as faixas de idade, conforme vemos no Quadro 5, apresentado anteriormente. De forma geral, preferimos o uso de cefalosporina de terceira geração (CEF3) exclusiva nas crianças acima de três meses, porque este antimicrobiano é ativo contra Streptococcus pneumoniae, Haemophilus influenzae e Neisseria meningitidis. A CEF3 apresenta bons níveis liquóricos e vantagens do ponto de vista farmacocinético com possibilidades de tratamento com até uma dose a cada 24 horas, no caso da ceftriaxona. Em função da elevada prevalência de isolados de Haemophilus influenzae tipo b (Hib) produtores de betalactamase e Streptococcus pneumoniae resistente à penicilina (SPRP) em nosso meio, a utilização da penicilina G ou ampicilina como fármaco de primeira linha não é mais recomendável. 22 Na eventualidade de isolamento de Neisseria meningitidis antes da instituição da medicação antimicrobiana, a penicilina G pode ser iniciada. Quando houver a possibilidade de Hib ou Streptococcus pneumoniae como agente causal, é necessário iniciar o tratamento com uma CEF3. Em caso de fracasso clínico com CEF3 ou de identificação de isolados de SPRP pelo método do E- teste para penicilina ou para CEF3, 23 deve ser introduzida a vancomicina no esquema terapêutico. A utilização de vancomicina no tratamento inicial empírico das meningites é desaconselhada em virtude da excelente eficácia das CEF3 nos HIB produtores de betalactamase, SPSRP e Neisseria meningitidis, que constituem a imensa maioria dos agentes bacterianos envolvidos nessas infecções.

23 Antibiótico Quadro 6 CARACTERÍSTICAS DE BIODISPONIBILIDADE E ATIVIDADE BACTERICIDA DOS ANTIBIÓTICOS COMUMENTE UTILIZADOS NO TRATAMENTO DAS MENINGITES BACTERIANAS Penetração liquórica Atividade bactericida p/ SPSP e meningococo Atividade bactericida p/spsrp Atividade bactericida p/ SPRP Observação Ampicilina/ penicilina Cloranfenicol ?? Cloranfenicol é bacteriostático para pneumococo, portanto não apresenta boa atividade para esta bactéria Cefotaxima/ ceftriaxona Em caso de SPRP, testar a concentração inibitória mínima (CIM) para cefalosporina de terceira geração Vancomicina Vancomicina, apesar de ativa para SPRP, apresenta baixas concentrações liquóricas. Se SPRP resistente à cefalosporina de terceira geração, ainda deve ser utilizada a associação vancomicina + cefalosporina de terceira geração ou rifampicina. 131 PROAMI SEMCAD SPSP: Streptococcus pneumoniae sensível à penicilina SPSRP: Streptococcus pneumoniae com sensibilidade reduzida à penicilina SPRP: Streptococcus pneumoniae resistente à penicilina 14. Descreva como se apresenta a fisiopatologia da meningite bacteriana. 15. Que aspectos da fisiopatologia da meningite bacteriana são importantes no direcionamento do tratamento? Por quê? 16. Em que situações ainda deve ser utilizada a associação vancomicina + cefalosporina de terceira geração ou rifampicina?

24 132 MENINGITES BACTERIANAS GRAVES Terapêutica específica após o diagnóstico etiológico ser obtido Meningite por Haemophilus influenzae tipo b Na maioria dos países que realizam a vigilância da resistência do Hib, a taxa de resistência à ampicilina tem-se mantido abaixo de 30%. O desenvolvimento de cepas de Hib produtoras de betalactamase e enterobactérias Gram-negativas resistentes aos antibióticos mais utilizados, como penicilina, ampicilina e cloranfenicol, no início dos anos de 1980, acarretou um impacto negativo potencial sobre o prognóstico, já reservado, das meningites tanto neonatais quanto pós-natais, contribuindo para o desenvolvimento de novos fármacos como cefalosporinas de terceira geração, monobactâmicos, quinolonas e carbapenens. Em particular, as CEF3 tiveram emprego generalizado desde então. Em nosso meio, a taxa de Hib produtores de betalactamase (resistentes à ampicilina), segundo estudos realizados em São Paulo, em Hib isolados de liquor, em 1990, situava-se em torno de 14,3% (7/49). Das sete amostras ampicilino-resistentes, cinco (71%) eram igualmente resistentes ao cloranfenicol pela determinação da CIM. 24 No Rio de Janeiro, entre 1993 e 1995, a produção de betalactamase ficou em 7% (9/128) dos isolados de liquor, oito de nove cepas ampicilino-resistentes eram resistentes também ao cloranfenicol. O emprego de ampicilina será potencialmente ineficaz na mesma proporção da resistência (na escolha do antibiótico para tratamento nas meningites, a resistência in vitro costuma ter repercussão clínica). Há relatos na Espanha de maior resistência enzimática ao cloranfenicol, codificada em plasmídeos, nas amostras produtoras de betalactamase. 25 Em Belo Horizonte, de 24 pacientes imunocompetentes com meningite por Hib, oito (33%) necessitaram de modificação antibiótica para CEF3, por causa da má evolução clínica. 24 Nos dias atuais, com os programas públicos de vacinação dos lactentes, tal como em outros países, a incidência dessa meningite decresceu muito e raramente essa patologia é diagnosticada em crianças imunocompetentes. Meningite por Streptococcus pneumoniae A resistência à penicilina pelo Streptococcus pneumoniae é causada por uma modificação do sítio de atuação dos betalactâmicos penicilin-binding protein ou proteína fixadora da penicilina (PBP). Essa modificação causa elevação da CIM em dois níveis clinicamente significantes: S. pneumoniae com sensibilidade reduzida à penicilina ou resistência intermediária (SPSRP), CIM entre 0,1 e 1mg/L, cuja totalidade é sensível às CEF3; SPRP, CIM igual ou superior a 2mg/L de penicilina (este com maior possibilidade de ser resistente à totalidade dos betalactâmicos, sobretudo quando isolado a partir de infecções meníngeas).

25 Os germes não-sensíveis à penicilina (SPSRP e SPRP) podem ser triados em culturas sobre placas através da sensibilidade ao disco de 1μg de oxacilina. Em caso de resistência (halo de inibição inferior a 20mm), deve-se determinar a CIM para a penicilina do isolado. O método mais prático é o que utiliza as fitas com gradiente de concentração (E-teste) em placas de agar PROAMI SEMCAD Assim, podem classificar-se as amostras em penicilino-sensíveis, SPSRP e SPRP, segundo as CIM encontradas. O E-teste para CEF3 (por exemplo, ceftriaxona) pode ser realizado nas amostras não sensíveis à penicilina (parte dos isolados SPRP podem ser resistentes às CEF3). No caso de amostras não-sensíveis à penicilina ou resistentes à CEF3, ou em caso de alergia a esses fármacos, pode-se substituí-los por rifampicina em associação ao glicopeptídeo. A meningite por Streptococcus pneumoniae sensível à penicilina ou SPSP (CIM 0,1mg/ L) pode ser adequadamente tratada por ampicilina, penicilina G e demais betalactâmicos de uso sistêmico com atividade sobre o SPSP. O cloranfenicol não apresenta concentrações bactericidas em liquor, portanto não é considerado uma boa alternativa para esse tipo de infecção, ainda que quase a totalidade das cepas de Streptococcus pneumoniae no nosso meio sejam suscetíveis a este antibiótico. 27 A introdução de vancomicina passou a ser recomendada tanto nas infecções meníngeas por SPRP ou falha terapêutica nas infecções por esse agente (acarretando a troca de antibiótico). 28 Nos Estados Unidos, onde a prevalência de pneumococos com suscetibilidade reduzida à penicilina dobrou em três anos de vigilância das infecções sistêmicas por esse agente, 29 a Academia Americana de Pediatria passou a recomendar a introdução de vancomicina associada a uma CEF3 (pelo efeito sinérgico) nas meningites e outras infecções sistêmicas em que o SPRP possa estar envolvido. 30,31 Em pacientes com hipersensibilidade às cefalosporinas de terceira geração, pode ser administrada rifampicina. 29,31 Em nosso meio, os SPSP ainda constituem a maioria das cepas causadoras de meningite, razão pela qual a penicilina ou a ampicilina ainda são utilizadas, rotineiramente, em muitos centros médicos do Brasil. 24 O Sistema Regional de Vacinas (SIREVA), 23 como parte de um estudo colaborativo multicêntrico nas Américas, a partir de fluidos orgânicos normalmente estéreis, revelou a existência de SPSRP em 10-25% dos isolados, enquanto as cepas SPRP foram ausentes, 30 ou muito raras (1-2% das amostras). 29,27 LEMBRAR Os SPRP são mais freqüentes entre as crianças de menor idade, que fizeram uso recente de antibióticos e aquelas freqüentadoras de creches.

26 134 MENINGITES BACTERIANAS GRAVES Estudo realizado em Salvador mostrou, em crianças abaixo de cinco anos, SPSRP em 35% das meningites pneumocócicas, enquanto nas crianças acima de cinco anos havia apenas 9% de cepas SPSRP. 32 Em estudo realizado em São Paulo, a taxa de cepas SPSRP foi de 35%. 8 A letalidade nesses dois estudos foi bastante elevada: 42% em Salvador e 20% em São Paulo. 31 Os fármacos adequados contra SPSRP são as cefalosporinas de terceira geração (CEF3), cefotaxima e ceftriaxona. Contra os SPRP, devem ser utilizados os glicopeptídeos (vancomicina, teicoplanina), associados às CEF3 (efeito sinérgico) ou, em caso de hipersensibilidade a essas, associados à rifampicina. 17. O que causa resistência à penicilina pelo S. pneumoniae e que medida deve ser tomada para evitar essa resistência? 18. Cite as indicações e contra-indicações do uso de vancomicina no tratamento das infecções meníngeas. 19. Explique por que os fármacos adequados contra SPSRP são as cefalosporinas de terceira geração (CEF3), cefotaxima e ceftriaxona. Meningite por Neisseria meningitidis As meningites por Neisseria meningitidis permanecem extremamente responsivas ao tratamento com penicilina G, CEF3 e cloranfenicol. Não foram detectadas, em nosso meio, amostras resistentes aos betalactâmicos. No Quadro 7, a seguir, são apresentadas recomendações gerais para as diversas bactérias de acordo com a etiologia e os fatores predisponentes (AIII). 3

27 Idade Quadro 7 RECOMENDAÇÕES GERAIS PARA AS DIVERSAS BACTÉRIAS DE ACORDO COM A ETIOLOGIA E OS FATORES PREDISPONENTES (AIII) 3 Fator de predisposição Bactérias mais comuns Terapêutica antimicrobiana <1mês Streptococcus agalactiae, ampicilina + CEF3 ou Escherichia coli ampicilina+ aminoglicosídeo Listeria monocytogenes Klebsiella sp Trauma de crânio 1-23 meses Streptococcus pneumoniae Neisseria meningitidis Streptococcus agalactiae Haemophilus influenzae Escherichia coli 2-50 anos Streptococcus pneumoniae Neisseria meningitidis >50 anos Streptococcus pneumoniae Neisseria meningitidis Listeria monocytogenes, bacilo Gram-negativo Fratura basilar Streptococcus pneumoniae Haemophilus influenzae S. hemolítico grupo A Trauma penetrante Staphylococcus aureus Staphylococcus epidermidis bacilos Gram-negativos (pseudomonas) Pós-neurocirurgia bacilo Gram-negativo aeróbico (inclusive pseudomonas), Staphylococcus aureus Staphylococcus epidermidis Shunt liquórico Staphylococcus epidermidis Staphylococcus aureus bacilo Gram-negativo, Propionibacterium acnes Adaptado de Practice Guidelines for Bacterial Meningitis. CID 2004; 39 p CEF3 + vancomicina (só em pneumorresistente) CEF3 + vancomicina (só pneumorresistente) ampicilina + CEF3 + vancomicina (se pneumorresistente) vancomicina + CEF3 vancomicina + ceftazidima, vancomicina + cefepima, ou + meropenem vancomicina + ceftazidima ou + cefepima ou + meropenem vancomicina + CEF4 ou + ceftazidima ou + meropenem 135 PROAMI SEMCAD Existem, ainda, recomendações específicas da terapêutica antimicrobiana em meningites bacterianas baseada em patógenos isolados e teste de sensibilidade, 3 conforme veremos no Quadro 8, a seguir.

28 136 MENINGITES BACTERIANAS GRAVES Quadro 8 RECOMENDAÇÕES ESPECÍFICAS DA TERAPÊUTICA ANTIMICROBIANA EM MENINGITES BACTERIANAS BASEADA EM PATÓGENOS ISOLADOS E TESTE DE SENSIBILIDADE 3 Microrganismo, sensibilidade Streptococcus pneumoniae penicilina MIC < 0,1μg/ml 0,1-1,0μg/ml > 2μg/ml Cefotaxima ou ceftriaxona MIC 1,0 Neisseria meningitidis penicilina MIC < 0,1μg/ml 0,1-1,0μg/ml Listeria monocytogenes Streptococcus agalactiae Escherichia coli e Enterobactérias Pseudomonas aeruginosa Haemophilus influenzae Lactamase negativa Lactamase positiva Staphylococcus aureus Methicillino-sensível Methicillino-resistente Staphylococcus epidermidis Espécies de Enterococcus Ampicilina-sensível Ampicilina-resistente Ampicilina e vancomicinaresistente Terapêutica-padrão penicilina G ou ampicilina cefalosporina de 3 a geração a vancomicina + cefalosporina a,c de 3 a geração vancomicina plus e cefalosporina de 3 a geração a,c penicilina G ou ampicilina cefalosporina de 3 a geração a ampicilina ou penicilina G e ampicilina ou penicilina G e cefalosporina de 3 a geração (AII) cefepima e ou ceftazidima e (AII) ampicilina ou penicilina G cefalosporina de 3 a geração (AI) nafcilin ou oxacilina vancomicina vancomicina ampicilina plus gentamicina vancomicina plus gentamicina linezolida (BIII) a Ceftriaxona ou cefotaxima b Ceftriaxona/cefotaxima-sensíveis isolados c Considerar adição de rifampicina no MIC de ceftriaxona >2μg/ml d Gatifloxacina ou moxifloxacina e Adição de aminoglicosídeo é considerada f Considerar adição de rifampicina Adaptado CID 2004; 39 p Terapêutica alternativa cefalosporina de 3 a geração a, cloranfenicol cefepima (BII), meropenem (BII) fluoroquinolona d (BII) fluoroquinolona d (BII) cefalosporina de 3 a geração a, cloranfenicol cloranfenicol, fluroquinolona, meropenem trimetroprim-sulfametoxazol, meropenem (BIII) cefalosporina de 3 a geração a aztreonam, fluroquinolona, meropenem,trimetropimsulfametoxazol, ampicilina aztreonam, e ciprofloxacin, e meropenem e cefalosporina de 3 a geração, a cefepima, cloranfenicol, fluroquinolona cefepima, cloranfenicol, fluroquinolona vancomicina, meropenem (BIII) trimetroprimsulfametoxazol,linezolida (BIII) linezolida (BIII)

29 É importante que o médico observe ainda, na terapêutica das infecções meníngicas, as doses recomendadas (Tabela 1). Tabela 1 DOSES RECOMENDADAS PARA TRATAMENTO DAS MENINGITES BACTERIANAS (AIII) 3 Antibiótico Posologia para crianças Posologia para adultos Ampicilina 75mg/kg /dose 6/6 h 2,0g/dose 4/4 h Cefotaxima 50-75mg/kg dose 6/6 h 2,0g/dose 4/4 h Ceftriaxona 50-75mg/kg/dose 12/12 h 2,0g/dose 12/12 h Ceftazidima 75mg/kg/dose 8/8 h 2,0g/dose 8/8 h Cloranfenicol 25mg/kg dose 6/6 h 1,0g/dose 6/6 h Gentamicina 2mg/kg/dose 8/8 h 2,0mg/kg/dose 8/8 h Meropenem 40mg/kg/dose 8/8 h 1,0g/dose 8/8 h Penicilina G U/kg/dose 4/4 h 4 milhões U dose 4/4 h Rifampicina 10mg/kg q24h (máx 600mg) 600mg q24 h Trimethoprimsulfamethoxazole 10,0mg/kg/dose 12/12 h 10,0 mg/kg/dose 12/12 h Vancomicina 15kg dose 6/6 h 1,0g/dose 12/12 h Observação:as doses apresentadas devem ser adequadas para faixa etária neonatal. Fonte: Tunkel Ar; Hartman BJ, Kaplan SL, Kaufman BA, Roos KL et al. Practice Guidelines for the management of bacterial meningitis. CID 2004;39 p PROAMI SEMCAD LEMBRAR Resumo da antibioticoterapia empírica inicial das meningites bacterianas em nosso meio 0-3 meses ampicilina + CEF3 ou ampicilina + amicacina > 3 meses CEF3 + vancomicina, se pneumorresistente à penicilina e à CEF3 (muito raro) Situações especiais Pacientes com shunt ventriculoperitoneal Para pacientes com shunt ventriculoperitoneal, é indicado o mesmo tratamento de meningite bacteriana aguda com vancomicina. Pode ser feita a instilação de antimicrobiano diretamente no ventrículo quando não se consegue a esterilização por meio da derivação externa ou por punção de reservatório (AIII). Após a primeira dose direta de antimicrobiano diretamente no ventrículo, deve-se determinar o quociente inibitório, obtido pela divisão da concentração do fármaco no liquor pela CIM da bactéria; se este quociente for >10-20, revela esterilização efetiva do liquor (BIII).

30 138 MENINGITES BACTERIANAS GRAVES Pode-se tentar tratar esses agentes sem remoção obrigatória do cateter, mas isso depende do agente envolvido e da causa da instalação da derivação, mas, normalmente, a remoção do cateter, associada ao uso adequado de antimicrobianos, esteriliza o liquor (AIII). Uma vez retirado o cateter, a sua reimplantação depende, principalmente, do agente etiológico envolvido. Por exemplo, o estafilococo coagulase negativo, com LCR normal e cultura negativa após a remoção do cateter, confirma a cura liquórica e o paciente pode ser derivado novamente, após três dias. Se, após sete dias ainda estiver alterado ou com cultura positiva, uso de antibiótico até obter cultura negativa e proteínas do liquor < 200mg/dL. Mesmo assim, deve-se recolocar o cateter só após dez dias de cultura negativa. Se Staphylococcus aureus, são necessários dez dias de cultura negativa, e, para bacilos Gramnegativos, catorze dias são necessários (CIII). 3 Em algumas ocasiões ventriculite, por exemplo o cateter pode ajudar no controle da infecção e possibilitar a continuação do controle da hidrocefalia (AII). 3 Tabela 2 DURAÇÃO DO TRATAMENTO DAS MENINGITES BACTERIANAS SEGUNDO ETIOLOGIA Microrganismo Duração da terapêutica (dias) Neisseria meningitidis 7 Haemophilus influenzae 7 Streptococcus pneumoniae Streptococcus agalactiae Bacilos aeróbios Gram-negativos 21 Listeria monocytogenes >21 Fonte: Kruk, R. Acute management of infants and children with bacterial meningitis. NSW health, 2004; pp Repetição de punção lombar Todo paciente que não responde clinicamente bem, após 48 horas de terapêutica antimicrobiana apropriada (AIII), principalmente em casos de etiologia pneumocócica, deve ser repuncionado, pois há possibilidade de cepas resistentes. Recém-nascidos, com bacilos Gram-negativos devem ser repuncionados porque a terapêutica é determinada por esses resultados, principalmente dosagem da glicorraquia e negativação bacterioscópica e de culturas (AIII). 3

Meningite Bacteriana

Meningite Bacteriana Meningite Bacteriana Conceito Infecção aguda que acomete as leptomeninges (aracnóide e pia-máter), envolvendo o cérebro e a medula espinhal. Page 2 Epidemiologia Doença comum, de alta mortalidade e morbidade

Leia mais

Diretrizes Assistenciais

Diretrizes Assistenciais Diretrizes Assistenciais Manuseio da Meningite Bacteriana Aguda Versão eletrônica atualizada em Novembro 2008 Manuseio da Meningite Bacteriana Aguda Introdução A meningite bacteriana aguda é um processo

Leia mais

Informe Técnico: Vigilância das Meningites no Estado de Santa Catarina

Informe Técnico: Vigilância das Meningites no Estado de Santa Catarina GOVERNO DE SANTA CATARINA Secretaria de Estado da Saúde Superintendência de Vigilância em Saúde Diretoria de Vigilância Epidemiológica Gerência de Vigilância de Doenças Imunopreveníveis e Imunização Informe

Leia mais

Meningites- Etiologia

Meningites- Etiologia Meningites- Etiologia Meningites (meningo/encefalites) Virais Meningites bacterianas Meningites fúngicas e tuberculosas Meningites (meningo/encefalites) assépticas Outros (eosinofílicas) Meningites ndeterminadas

Leia mais

Infecções do Sistema Nervoso Central

Infecções do Sistema Nervoso Central Infecções do Sistema Nervoso Central Doenças graves com risco de vida. Podem ter evolução aguda (< 24horas), subaguda ( 4 semanas). Principais Infecções: Meningites, Meningoencefalites,

Leia mais

FACULDADE CATÓLICA SALESIANA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA DE DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS MENINGITES. Prof. Ma. Júlia Arêas Garbois

FACULDADE CATÓLICA SALESIANA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA DE DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS MENINGITES. Prof. Ma. Júlia Arêas Garbois FACULDADE CATÓLICA SALESIANA GRADUAÇÃO EM ENFERMAGEM DISCIPLINA DE DOENÇAS INFECTO-PARASITÁRIAS MENINGITES Prof. Ma. Júlia Arêas Garbois MENINGITE Infecção que se instala principalmente quando uma bactéria

Leia mais

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS MENINGITES BACTERIANAS

DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS MENINGITES BACTERIANAS DIAGNÓSTICO LABORATORIAL DAS MENINGITES BACTERIANAS Bioquímica: Rita de Cássia Campos Bertoncini Seção de Bacteriologia do LACEN/SC PRINCIPAIS EXAMES 1 2 3 3.1 3.2 3.3 Exame físico do LCR Aspecto Cor Exame

Leia mais

Antibioticoterapia NA UTI. Sammylle Gomes de Castro PERC 2015.2

Antibioticoterapia NA UTI. Sammylle Gomes de Castro PERC 2015.2 Antibioticoterapia NA UTI Sammylle Gomes de Castro PERC 2015.2 O uso racional de Antimicrobianos 1) Qual antibiótico devo escolher? 2) Antibióticos dão reações alérgicas? 3) Vírus fica bom com antibiótico?????????

Leia mais

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO

INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO MATERNIDADEESCOLAASSISCHATEAUBRIAND Diretrizesassistenciais INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO INFECÇÃO DO TRATO URINÁRIO Gilberto Gomes Ribeiro Francisco Edson de Lucena Feitosa IMPORTÂNCIA A infecção do trato

Leia mais

Estimativa do número de casos no Brasil. A diminuição do Haemophylus influenzae com a vacinação. Os casos de doença meningocócica

Estimativa do número de casos no Brasil. A diminuição do Haemophylus influenzae com a vacinação. Os casos de doença meningocócica Antibioticoterapia das meningites bacterianas ❶ Importância do tema Estimativa do número de casos no Brasil A diminuição do Haemophylus influenzae com a vacinação Os casos de doença meningocócica Alterações

Leia mais

Do Epidemiological Bulletin, Vol. 22 No. 4, December 2001

Do Epidemiological Bulletin, Vol. 22 No. 4, December 2001 Do Epidemiological Bulletin, Vol. 22 No. 4, December 2001 Definições de Caso: Doença Meningocócica e Meningite Viral Doença Meningocócica Razão para a Vigilância A doença meningocócica ocorre esporadicamente

Leia mais

3. Administre antibióticos de amplo espectro, de preferência bactericidas, em dose máxima e sem correção de dose para insuficiência renal ou

3. Administre antibióticos de amplo espectro, de preferência bactericidas, em dose máxima e sem correção de dose para insuficiência renal ou ATENÇÃO O ILAS disponibiliza esse guia apenas como sugestão de formato a ser utilizado. As medicações aqui sugeridas podem não ser adequadas ao perfil de resistência de sua instituição. GUIA DE ANTIBIOTICOTERAPIA

Leia mais

PROTOCOLO DE ABORDAGEM E TRATAMENTO DA SEPSE GRAVE E CHOQUE SÉPTICO DAS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA)/ ISGH

PROTOCOLO DE ABORDAGEM E TRATAMENTO DA SEPSE GRAVE E CHOQUE SÉPTICO DAS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA)/ ISGH PROTOCOLO DE ABORDAGEM E TRATAMENTO DA SEPSE GRAVE E CHOQUE SÉPTICO DAS UNIDADES DE PRONTO ATENDIMENTO (UPA)/ ISGH 1. APRESENTAÇÃO A SEPSE TEM ALTA INCIDÊNCIA, ALTA LETALIDADE E CUSTO ELEVADO, SENDO A

Leia mais

Mudanças no sistema de tratamento da tuberculose do Brasil Perguntas e respostas freqüentes TRATAMENTO

Mudanças no sistema de tratamento da tuberculose do Brasil Perguntas e respostas freqüentes TRATAMENTO Mudanças no sistema de tratamento da tuberculose do Brasil Perguntas e respostas freqüentes TRATAMENTO 1- O que mudou no tratamento da tuberculose (TB) padronizado no Brasil? A principal mudança consiste

Leia mais

PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS

PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS PNEUMONIAS COMUNITÁRIAS A maior parte dos casos são as chamadas comunitárias ou não nosocomiais Típica Não relacionada à faixa etária. Causada por S. pneumoniae, H. influenzae e S. aureus. Sintomatologia

Leia mais

P N E U M O N I A UNESC ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO ADULTO PROFª: FLÁVIA NUNES 10/09/2015 CONCEITO

P N E U M O N I A UNESC ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO ADULTO PROFª: FLÁVIA NUNES 10/09/2015 CONCEITO UNESC ENFERMAGEM ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM AO ADULTO PROFª: FLÁVIA NUNES P N E U M O N I A CONCEITO Processo inflamatório do parênquima pulmonar que, comumente, é causada por agentes infecciosos. 1 Uma

Leia mais

Pneumonia e Derrame Pleural Protocolo Clínico de Pediatria

Pneumonia e Derrame Pleural Protocolo Clínico de Pediatria 2012 Pneumonia e Derrame Pleural Protocolo Clínico de Pediatria UNIPAC-Araguari Santa Casa de Araguari 2012 2 INTRODUÇÃO Pneumonia é uma inflamação ou infecção dos pulmões que afeta as unidades de troca

Leia mais

SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVO DE NOTIFICAÇÃO. DICIONÁRIO DE DADOS - SINAN NET - Versão 4.0

SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVO DE NOTIFICAÇÃO. DICIONÁRIO DE DADOS - SINAN NET - Versão 4.0 MINISTÉRIO DA SAÚDE SECRETARIA DE VIGILÂNCIA EM SAÚDE DEPARTAMENTO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA CENTRO DE INFORMAÇÕES ESTRATÉGICAS EM VIGILÂNCIA EM SAÚDE GT-SINAN SISTEMA DE INFORMAÇÃO DE AGRAVO DE NOTIFICAÇÃO

Leia mais

ABORDAGEM DO RN COM FATOR DE RISCO PARA SEPSE PRECOCE

ABORDAGEM DO RN COM FATOR DE RISCO PARA SEPSE PRECOCE ABORDAGEM DO RN COM FATOR DE RISCO PARA SEPSE PRECOCE Dra Lilian dos Santos Rodrigues Sadeck Área Técnica da Saúde da Criança e Adolescente CODEPPS SMS DE São Paulo SEPSE NEONATAL PRECOCE DE ORIGEM BACTERIANA

Leia mais

TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA EMPÍRICA DA FEBRE NEUTROPÉNICA

TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA EMPÍRICA DA FEBRE NEUTROPÉNICA TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA EMPÍRICA DA FEBRE NEUTROPÉNICA DEFINIÇÕES Febre neutropénica: T. auricular > 38ºC mantida durante 1 h, em doente com contagem absoluta de neutrófilos (CAN) < 500/mm 3, ou < 1000/mm

Leia mais

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Osteomielite. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA

PROTOCOLO MÉDICO. Assunto: Osteomielite. Especialidade: Infectologia. Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA PROTOCOLO MÉDICO Assunto: Osteomielite Especialidade: Infectologia Autor: Cláudio de Cerqueira Cotrim Neto e Equipe GIPEA Data de Realização: 15/04/2009 Data de Revisão: Data da Última Atualização: 1.

Leia mais

predisposição a diabetes, pois Ablok Plus pode mascarar os sinais e sintomas da hipoglicemia ou causar um aumento na concentração da glicose

predisposição a diabetes, pois Ablok Plus pode mascarar os sinais e sintomas da hipoglicemia ou causar um aumento na concentração da glicose ABLOK PLUS Ablok Plus Atenolol Clortalidona Indicações - ABLOK PLUS No tratamento da hipertensão arterial. A combinação de baixas doses eficazes de um betabloqueador e umdiurético nos comprimidos de 50

Leia mais

www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro

www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro www.printo.it/pediatric-rheumatology/br/intro Artrite de lyme Versão de 2016 1. O QUE É ARTRITE DE LYME 1.1 O que é? A artrite de Lyme é uma das doenças causadas pela bactéria Borrelia burgdorferi (borreliose

Leia mais

Pressão Intracraniana - PIC. Aula 10

Pressão Intracraniana - PIC. Aula 10 Pressão Intracraniana - PIC Aula 10 Definição É a pressão encontrada no interior da caixa craniana. Pressão exercida pelo líquor nas paredes dos ventrículos cerebrais. Quando essa pressão é alterada significa

Leia mais

Raniê Ralph Semio 2. As encefalites causam alterações do nível de consciência, torpor. As meningites podem causar quando complicam.

Raniê Ralph Semio 2. As encefalites causam alterações do nível de consciência, torpor. As meningites podem causar quando complicam. 29 de Outubro de 2007. Professora Vera. Caderno da Sassá. Meningites bacterianas Etiologias H. influenzae. Neisseria meningitidis. Streptococcus pneumoniae. Gram-negative bacilli. Staphylococci. Listeria

Leia mais

Uso de antibióticos no tratamento das feridas. Dra Tâmea Pôssa

Uso de antibióticos no tratamento das feridas. Dra Tâmea Pôssa Uso de antibióticos no tratamento das feridas Dra Tâmea Pôssa Ferida infectada Ruptura da integridade da pele, quebra da barreira de proteção Início do processo inflamatório: Dor Hiperemia Edema Aumento

Leia mais

Tipos de tumores cerebrais

Tipos de tumores cerebrais Tumores Cerebrais: entenda mais sobre os sintomas e tratamentos Os doutores Calil Darzé Neto e Rodrigo Adry explicam sobre os tipos de tumores cerebrais. CONTEÚDO HOMOLOGADO "Os tumores cerebrais, originados

Leia mais

Redação Dr. Maurício de Freitas Lima. Edição ACS - Assessoria de Comunicação Social Maria Isabel Marques - MTB 16.996

Redação Dr. Maurício de Freitas Lima. Edição ACS - Assessoria de Comunicação Social Maria Isabel Marques - MTB 16.996 2 Redação Dr. Maurício de Freitas Lima Edição ACS - Assessoria de Comunicação Social Maria Isabel Marques - MTB 16.996 Produção e Projeto Gráfico Designer Gráfico: Patricia Lopes da Silva Edição - Outubro/2012

Leia mais

MORBIDADE FEBRIL PUERPERAL. Professora Marília da Glória Martins

MORBIDADE FEBRIL PUERPERAL. Professora Marília da Glória Martins MORBIDADE FEBRIL PUERPERAL Professora Marília da Glória Martins Definição Denomina-se infecção puerperal qualquer processo infecioso bacteriano do trato genital, que ocorra nos primeiros dez dias de puerpério,

Leia mais

INTRODUÇÃO. Diabetes & você

INTRODUÇÃO. Diabetes & você INTRODUÇÃO Diabetes & você Uma das coisas mais importantes na vida de uma pessoa com diabetes é a educação sobre a doença. Conhecer e saber lidar diariamente com o diabetes é fundamental para levar uma

Leia mais

Os Atletas e os Medicamentos Perguntas e Respostas

Os Atletas e os Medicamentos Perguntas e Respostas Os Atletas e os Medicamentos Perguntas e Respostas O que posso fazer para evitar um caso positivo motivado pela utilização de um medicamento? Existem duas formas de obter um medicamento: através de uma

Leia mais

TREINAMENTO CLÍNICO EM MANEJO DA DENGUE 2016. Vigilância Epidemiológica Secretaria Municipal de Saúde Volta Redonda

TREINAMENTO CLÍNICO EM MANEJO DA DENGUE 2016. Vigilância Epidemiológica Secretaria Municipal de Saúde Volta Redonda TREINAMENTO CLÍNICO EM MANEJO DA DENGUE 2016 Vigilância Epidemiológica Secretaria Municipal de Saúde Volta Redonda DENGUE O Brasil têm registrado grandes epidemias de dengue nos últimos 10 anos com aumento

Leia mais

Diagnóstico Microbiológico

Diagnóstico Microbiológico Diagnóstico Microbiológico Identificação e Tipagem Bacteriana Prof. Vânia Lúcia Diagnóstico clínico Sinais (mensuráveis) e sintomas (subjetivos) Origem Etiologia Natureza Diagnóstico laboratorial Identificação

Leia mais

INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE CAMPANHA DE SOBREVIVÊNCIA A SEPSE PROTOCOLO CLÍNICO. Atendimento ao paciente com sepse grave/choque séptico

INSTITUTO LATINO AMERICANO DE SEPSE CAMPANHA DE SOBREVIVÊNCIA A SEPSE PROTOCOLO CLÍNICO. Atendimento ao paciente com sepse grave/choque séptico CAMPANHA DE SOBREVIVÊNCIA A SEPSE PROTOCOLO CLÍNICO Atendimento ao paciente com sepse grave/choque séptico 1. Importância do protocolo Elevada prevalência Elevada taxa de morbidade Elevada taxa de mortalidade

Leia mais

TÉCNICAS DE PROGRAMAÇÃO

TÉCNICAS DE PROGRAMAÇÃO TÉCNICAS DE PROGRAMAÇÃO (Adaptado do texto do prof. Adair Santa Catarina) ALGORITMOS COM QUALIDADE MÁXIMAS DE PROGRAMAÇÃO 1) Algoritmos devem ser feitos para serem lidos por seres humanos: Tenha em mente

Leia mais

PCR em Tempo Real (RT-PCR) para o diagnóstico laboratorial das meningites bacterianas

PCR em Tempo Real (RT-PCR) para o diagnóstico laboratorial das meningites bacterianas PCR em Tempo Real (RT-PCR) para o diagnóstico laboratorial das meningites bacterianas Loeci Natalina Timm Daniele Menezes Julho de 2015 E-mail: bacteriologia@fepps.rs.gov.br fone: (51) 3288-4030 Princípios

Leia mais

Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) - Relatório n 115. Recomendação Final

Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no SUS (CONITEC) - Relatório n 115. Recomendação Final TESTE DO CORAÇÃOZINHO (OXIMETRIA DE PULSO) NA TRIAGEM NEONATAL Demandante: Secretaria de Atenção à Saúde do Ministério da Saúde SAS/MS Contexto A Política de Atenção Integral à Saúde da Criança prevê entre

Leia mais

1. O QUE É PARACETAMOL BLUEPHARMA E PARA QUE É UTILIZADO. Grupo Farmacoterapêutico: 2.10 - Sistema Nervoso Central - Analgésicos e antipiréticos

1. O QUE É PARACETAMOL BLUEPHARMA E PARA QUE É UTILIZADO. Grupo Farmacoterapêutico: 2.10 - Sistema Nervoso Central - Analgésicos e antipiréticos Folheto Informativo Informação para o utilizador Paracetamol Bluepharma Paracetamol Este folheto contém informações importantes para si. Leia-o atentamente Este medicamento pode ser adquirido sem receita

Leia mais

Perfil Epidemiológico da Meningite Brasil & Mundo

Perfil Epidemiológico da Meningite Brasil & Mundo Ministério da Saúde Secretaria de Vigilância em Saúde Departamento de Vigilância Epidemiológica Coordenação Geral de Doenças Transmissíveis Unidade Técnica de Doenças de Respiratória e Imunopreveníveis

Leia mais

Rotina para a vigilância epidemiológica. de Meningites

Rotina para a vigilância epidemiológica. de Meningites Rotina para a vigilância epidemiológica de Meningites CID 10 - A17.0: M. tuberculosa - A39.0: M. meningocócica - A87: M. virais - G00.0: M. haemophilus - G00.1: M. pneumocócica Introdução As meningites

Leia mais

Modelo de Texto de Bula. betametasona (como 17-valerato)... 1mg (0,1% p/p) veículo: (carbopol, álcool isopropílico e água purificada q.s.p)...

Modelo de Texto de Bula. betametasona (como 17-valerato)... 1mg (0,1% p/p) veículo: (carbopol, álcool isopropílico e água purificada q.s.p)... Betnovate valerato de betametasona Capilar FORMAS FARMACÊUTICAS E APRESENTAÇÕES: BETNOVATE Capilar é uma solução transparente, levemente viscosa, contendo 17-valerato de betametasona a 0,1% p/p. O veículo

Leia mais

Planejamento - 7. Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos. Mauricio Lyra, PMP

Planejamento - 7. Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos. Mauricio Lyra, PMP Planejamento - 7 Planejamento do Gerenciamento do Risco Identificação dos riscos 1 O que é risco? Evento que representa uma ameaça ou uma oportunidade em potencial Plano de gerenciamento do risco Especifica

Leia mais

Terapia medicamentosa

Terapia medicamentosa www.printo.it/pediatric-rheumatology/pt/intro Terapia medicamentosa Versão de 2016 13. Medicamentos biológicos Nos últimos anos foram introduzidas novas perspetivas terapêuticas com substâncias conhecidas

Leia mais

Hipertensão Arterial no idoso

Hipertensão Arterial no idoso Hipertensão Arterial no idoso Prof. Dr. Sebastião Rodrigues Ferreira-Filho Universidade Federal de Uberlândia, MG, Brasil Departamento de Hipertensão Sociedade Brasileira de Nefrologia Uma história americana:

Leia mais

CASO CLÍNICO. Felipe Santos Passos 2012

CASO CLÍNICO. Felipe Santos Passos 2012 CASO CLÍNICO Felipe Santos Passos 2012 ANAMNESE ESP, feminino, 5 anos, natural e procedente de Salvador. QP - Febre há 12 horas 2 ANAMNESE HMA - Mãe relata que a criança apresentou quadro de febre (39

Leia mais

ANADOR PRT paracetamol 750 mg. Forma farmacêutica e apresentação Comprimidos 750 mg: embalagem com 20 e 256 comprimidos.

ANADOR PRT paracetamol 750 mg. Forma farmacêutica e apresentação Comprimidos 750 mg: embalagem com 20 e 256 comprimidos. ANADOR PRT paracetamol 750 mg Antitérmico e analgésico Forma farmacêutica e apresentação Comprimidos 750 mg: embalagem com 20 e 256 comprimidos. Outra forma farmacêutica e apresentação Solução oral: frasco

Leia mais

XXXIII Congresso Médico da Paraíba. Dr. Marcus Sodré

XXXIII Congresso Médico da Paraíba. Dr. Marcus Sodré XXXIII Congresso Médico da Paraíba Dr. Marcus Sodré Chamamos sinusite aos processos inflamatórios e/ou infecciosos que acometem as cavidades paranasais. Referências anatômicas Nariz : septo, cornetos médios

Leia mais

O que é câncer? Grupo de doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo.

O que é câncer? Grupo de doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. CÂNCER EM CRIANÇAS O que é câncer? Grupo de doenças que têm em comum a proliferação descontrolada de células anormais e que pode ocorrer em qualquer local do organismo. O câncer é comum em crianças? Nos

Leia mais

BULA DE NALDECON DOR COMPRIMIDOS

BULA DE NALDECON DOR COMPRIMIDOS BULA DE NALDECON DOR COMPRIMIDOS BRISTOL-MYERS SQUIBB NALDECON DOR paracetamol Dores em geral Febre Uma dose = 2 comprimidos FORMA FARMACÊUTICA E APRESENTAÇÃO NALDECON DOR é apresentado em displays com

Leia mais

Bula com informações ao Paciente soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético. solução injetável IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO

Bula com informações ao Paciente soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético. solução injetável IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético solução injetável IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético APRESENTAÇÃO O soro antibotrópico (pentavalente) e antilaquético,

Leia mais

I CURSO DE CONDUTAS MÉDICAS NAS INTERCORRÊNCIAS EM PACIENTES INTERNADOS

I CURSO DE CONDUTAS MÉDICAS NAS INTERCORRÊNCIAS EM PACIENTES INTERNADOS Emergência CT de Medicina I CURSO DE CONDUTAS MÉDICAS NAS INTERCORRÊNCIAS EM PACIENTES INTERNADOS CONSELHO FEDERAL DE MEDICINA CREMEC/Conselho Regional de Medicina do Ceará Câmara Técnica de Medicina Intensiva

Leia mais

ALTERAÇÕES A INCLUIR NAS SECÇÕES RELEVANTES DO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DOS MEDICAMENTOS QUE CONTENHAM NIMESULIDA (FORMULAÇÕES SISTÉMICAS)

ALTERAÇÕES A INCLUIR NAS SECÇÕES RELEVANTES DO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DOS MEDICAMENTOS QUE CONTENHAM NIMESULIDA (FORMULAÇÕES SISTÉMICAS) ANEXO III 58 ALTERAÇÕES A INCLUIR NAS SECÇÕES RELEVANTES DO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DOS MEDICAMENTOS QUE CONTENHAM NIMESULIDA (FORMULAÇÕES SISTÉMICAS) Adições aparecem em itálico e sublinhado; rasuras

Leia mais

PNEUMONIA. Internações por Pneumonia segundo regiões no Brasil, 2003

PNEUMONIA. Internações por Pneumonia segundo regiões no Brasil, 2003 PNEUMONIA Este termo refere-se à inflamação do parênquima pulmonar associada com enchimento alveolar por exudato. São infecções das vias respiratórias inferiores gerando um processo inflamatório que compromete

Leia mais

APROVADO EM 04-08-2011 INFARMED. Folheto Informativo: Informação para o utilizador. Paracetamol Azevedos, 500 mg, comprimidos Paracetamol

APROVADO EM 04-08-2011 INFARMED. Folheto Informativo: Informação para o utilizador. Paracetamol Azevedos, 500 mg, comprimidos Paracetamol Folheto Informativo: Informação para o utilizador Paracetamol Azevedos, 500 mg, comprimidos Paracetamol Leia com atenção todo este folheto antes de começar a tomar este medicamento pois contém informação

Leia mais

Sessão 2: Gestão da Asma Sintomática. Melhorar o controlo da asma na comunidade.]

Sessão 2: Gestão da Asma Sintomática. Melhorar o controlo da asma na comunidade.] Sessão 2: Gestão da Asma Sintomática Melhorar o controlo da asma na comunidade.] PROFESSOR VAN DER MOLEN: Que importância tem para os seus doentes que a sua asma esteja controlada? DR RUSSELL: É muito

Leia mais

TESTES RÁPIDOS: CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA SEU USO COM ÊNFASE NA INDICAÇÃO DE TERAPIA ANTI-RETROVIRAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA

TESTES RÁPIDOS: CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA SEU USO COM ÊNFASE NA INDICAÇÃO DE TERAPIA ANTI-RETROVIRAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA TESTES RÁPIDOS: CONSIDERAÇÕES GERAIS PARA SEU USO COM ÊNFASE NA INDICAÇÃO DE TERAPIA ANTI-RETROVIRAL EM SITUAÇÕES DE EMERGÊNCIA Unidade de Assistência, Unidade de Laboratório e Rede de Direitos Humanos

Leia mais

4. COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO MIELOIDE CRÔNICA (LMC)? E MONITORAMENTO DE LMC? É uma doença relativamente rara, que ocorre

4. COMO É FEITO O DIAGNÓSTICO MIELOIDE CRÔNICA (LMC)? E MONITORAMENTO DE LMC? É uma doença relativamente rara, que ocorre ÍNDICE 1. O que é Leucemia Mieloide Crônica (LMC)?... pág 4 2. Quais são os sinais e sintomas?... pág 4 3. Como a LMC evolui?... pág 5 4. Quais são os tratamentos disponíveis para a LMC?... pág 5 5. Como

Leia mais

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA EM SERVIÇOS DE DIÁLISE

VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA EM SERVIÇOS DE DIÁLISE SECRETARIA DE ESTADO DA SAÚDE DE SÃO PAULO COORDENADORIA DE CONTROLE DE DOENÇAS - CCD CENTRO DE VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA "PROF. ALEXANDRE VRANJAC" DIVISÃO DE INFECÇÃO HOSPITALAR VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA

Leia mais

Pesquisa inédita avalia conhecimento da população sobre a tuberculose

Pesquisa inédita avalia conhecimento da população sobre a tuberculose Pesquisa inédita avalia conhecimento da população sobre a tuberculose Uma pesquisa quantitativa de opinião pública realizada pelo Núcleo de Pesquisas da Universidade Federal Fluminense (DataUFF) demonstra

Leia mais

Brochura informativa Síndrome Hemolítico Urémico atípico (SHUa)

Brochura informativa Síndrome Hemolítico Urémico atípico (SHUa) Brochura informativa Síndrome Hemolítico Urémico atípico (SHUa) Doente/ Pais/ Cuidadores de Doentes Informação de Segurança Importante INTRODUÇÃO Este guia é para doentes adultos e adolescentes que sofrem

Leia mais

Sessão De Pediatria. Discussão De Artigos

Sessão De Pediatria. Discussão De Artigos Sessão De Pediatria Discussão De Artigos Evaluation of children with recurrent pneumonia diagnosed by world health organization criteria. Pediatr Infect Dis J. 2002: 21: 108-12. James D. Heffelfinger,

Leia mais

Tylemax Gotas. Natulab Laboratório SA. Solução Oral. 200 mg/ml

Tylemax Gotas. Natulab Laboratório SA. Solução Oral. 200 mg/ml Tylemax Gotas Natulab Laboratório SA. Solução Oral 200 mg/ml TYLEMAX paracetamol APRESENTAÇÕES Solução oral em frasco plástico opaco gotejador com 10, 15 e 20ml, contendo 200mg/mL de paracetamol. USO ADULTO

Leia mais

TYNEO. (paracetamol)

TYNEO. (paracetamol) TYNEO (paracetamol) Brainfarma Indústria Química e Farmacêutica S.A. Solução Oral 200mg/mL I - IDENTIFICAÇÃO DO MEDICAMENTO: TYNEO paracetamol APRESENTAÇÃO Solução oral gotas 200mg/mL: Embalagem com 1

Leia mais

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO

RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO RESUMO DAS CARACTERÍSTICAS DO MEDICAMENTO Página 1 de 12 1. NOME DO MEDICAMENTO VETERINÁRIO Paracilina SP 800 mg, pó para solução oral. 2. COMPOSIÇÃO QUALITATIVA E QUANTITATIVA Cada grama contém: Substância

Leia mais

Prova de revalidação de diplomas de graduação em Medicina obtidos no exterior 2013 Resposta aos recursos da prova teórica de Pediatria

Prova de revalidação de diplomas de graduação em Medicina obtidos no exterior 2013 Resposta aos recursos da prova teórica de Pediatria Prova de revalidação de diplomas de graduação em Medicina obtidos no exterior 2013 Resposta aos recursos da prova teórica de Pediatria Questão 80 Um escolar de 7 anos chega ao ambulatório, pois precisa

Leia mais

Portuguese Summary. Resumo

Portuguese Summary. Resumo Portuguese Summary Resumo 176 Resumo Cerca de 1 em 100 indivíduos não podem comer pão, macarrão ou biscoitos, pois eles têm uma condição chamada de doença celíaca (DC). DC é causada por uma das intolerâncias

Leia mais

Implantes Dentários. Qualquer paciente pode receber implantes?

Implantes Dentários. Qualquer paciente pode receber implantes? Implantes Dentários O que são implantes ósseos integrados? São uma nova geração de implantes, introduzidos a partir da década de 6O, mas que só agora atingem um grau de aceitabilidade pela comunidade científica

Leia mais

Roteiro SENAC. Análise de Riscos. Planejamento do Gerenciamento de Riscos. Planejamento do Gerenciamento de Riscos

Roteiro SENAC. Análise de Riscos. Planejamento do Gerenciamento de Riscos. Planejamento do Gerenciamento de Riscos SENAC Pós-Graduação em Segurança da Informação: Análise de Riscos Parte 2 Leandro Loss, Dr. Eng. loss@gsigma.ufsc.br http://www.gsigma.ufsc.br/~loss Roteiro Introdução Conceitos básicos Riscos Tipos de

Leia mais

MARIOL INDUSTRIAL LTDA.

MARIOL INDUSTRIAL LTDA. PARACETAMOL GOTAS Medicamento genérico Lei n 9.787 de 1999 MARIOL INDUSTRIAL LTDA. Solução Oral (Gotas) 200 mg/ml PARACETAMOL paracetamol DCB: 06827 FORMA FARMACÊUTICA Solução Oral VIA DE ADMINISTRAÇÃO

Leia mais

Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si

Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si Dia Mundial da Diabetes - 14 Novembro de 2012 Controle a diabetes antes que a diabetes o controle a si A função da insulina é fazer com o que o açúcar entre nas células do nosso corpo, para depois poder

Leia mais

Secretaria Municipal de Saúde. Atualização - Dengue. Situação epidemiológica e manejo clínico

Secretaria Municipal de Saúde. Atualização - Dengue. Situação epidemiológica e manejo clínico Secretaria Municipal de Saúde Atualização - Dengue Situação epidemiológica e manejo clínico Agente Etiológico Arbovírus do gênero Flavivírus: Den-1, Den-2, Den-3 e Den- 4. Modo de Transmissão: Aspectos

Leia mais

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras

Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras Teste seus conhecimentos: Caça-Palavras Batizada pelos médicos de diabetes mellitus, a doença ocorre quando há um aumento do açúcar no sangue. Dependendo dos motivos desse disparo, pode ser de dois tipos.

Leia mais

AULA 1 TEÓRICO-PRÁTICA: ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO E METÓDO START. 1.1- Triagem de prioridades na urgência sistema de Manchester.

AULA 1 TEÓRICO-PRÁTICA: ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO E METÓDO START. 1.1- Triagem de prioridades na urgência sistema de Manchester. AULA 1 TEÓRICO-PRÁTICA: ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO E METÓDO START 1- ACOLHIMENTO E CLASSIFICAÇÃO DE RISCO 1.1- Triagem de prioridades na urgência sistema de Manchester. Sistema de triagem inicial

Leia mais

HEMORIO INSTITUTO ESTADUAL DE HEMATOLOGIA ARTHUR DE SIQUEIRA CAVALCANTI

HEMORIO INSTITUTO ESTADUAL DE HEMATOLOGIA ARTHUR DE SIQUEIRA CAVALCANTI MANUAL DO PACIENTE - LEUCEMIA LINFÓIDE AGUDA EDIÇÃO REVISADA 02/2009 HEMORIO INSTITUTO ESTADUAL DE HEMATOLOGIA ARTHUR DE SIQUEIRA CAVALCANTI Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes

Leia mais

NOTA TÉCNICA N o 014/2012

NOTA TÉCNICA N o 014/2012 NOTA TÉCNICA N o 014/2012 Brasília, 28 de agosto de 2012. ÁREA: Área Técnica em Saúde TÍTULO: Alerta sobre o vírus H1N1 REFERÊNCIA(S): Protocolo de Vigilância Epidemiológica da Influenza Pandêmica (H1N1)

Leia mais

Mulheres grávidas ou a amamentar*

Mulheres grávidas ou a amamentar* Doença pelo novo vírus da gripe A(H1N1) Fase Pandémica 6 OMS Mulheres grávidas ou a amamentar* Destaques: A análise dos casos ocorridos, a nível global, confirma que as grávidas constituem um grupo de

Leia mais

finasterida Merck S/A comprimidos revestidos 1 mg

finasterida Merck S/A comprimidos revestidos 1 mg finasterida Merck S/A comprimidos revestidos 1 mg finasterida Medicamento genérico Lei nº 9.787, de 1999. 1 mg APRESENTAÇÕES Comprimidos revestidos de 1 mg em embalagem com 30 ou 60 comprimidos. USO ORAL

Leia mais

Urgências Ortopédicas em Clínica Pediátrica. Dr. Celso Rizzi Ortopedista Pediátrico do INTO

Urgências Ortopédicas em Clínica Pediátrica. Dr. Celso Rizzi Ortopedista Pediátrico do INTO Urgências Ortopédicas em Clínica Pediátrica Dr. Celso Rizzi Ortopedista Pediátrico do INTO Placa de Crescimento Epífise Metáfise Diáfise Metáfise Placa de Crescimento Epífise Osso Imaturo na Criança Fraturas

Leia mais

Anexo III. Alterações a incluir nas secções relevantes do Resumo das Características do Medicamento e do Folheto Informativo

Anexo III. Alterações a incluir nas secções relevantes do Resumo das Características do Medicamento e do Folheto Informativo Anexo III Alterações a incluir nas secções relevantes do Resumo das Características do Medicamento e do Folheto Informativo Nota: Este Resumo das Características do Medicamento, rotulagem e folheto informativo

Leia mais

Drenol hidroclorotiazida. Drenol 50 mg em embalagem contendo 30 comprimidos. Cada comprimido de Drenol contém 50 mg de hidroclorotiazida.

Drenol hidroclorotiazida. Drenol 50 mg em embalagem contendo 30 comprimidos. Cada comprimido de Drenol contém 50 mg de hidroclorotiazida. Drenol hidroclorotiazida PARTE I IDENTIFICAÇÃO DO PRODUTO Nome: Drenol Nome genérico: hidroclorotiazida Forma farmacêutica e apresentações: Drenol 50 mg em embalagem contendo 30 comprimidos. USO ADULTO

Leia mais

ANTIBIOTICOTERAPIA NA NCIA. Dulce Emilia Moreira

ANTIBIOTICOTERAPIA NA NCIA. Dulce Emilia Moreira INFÂ Dulce Emilia Moreira INFÂ O ANTIBIÓTICO TICO É REALMENTE INDICADO DIANTE DOS ACHADOS CLÍNICOS? INFÂ INFECÇÕES BACTERIANAS ÓBVIAS X INFECÇÕES BACTERIANAS PROVÁVEIS VEIS INFÂ Fatores que devem ser considerados

Leia mais

Treinamento para os Núcleos de Epidemiologia

Treinamento para os Núcleos de Epidemiologia Treinamento para os Núcleos de Epidemiologia Módulo 04 Coqueluche 21 e 22 de maio de 2014 Salvador, Ba Maria do Carmo Campos Lima GT DTP/DIVEP/SESAB COQUELUCHE ASPECTOS LEGAIS Arts. 7º e 8º, da Lei nº

Leia mais

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie

ADMINISTRAÇÃO I. Família Pai, mãe, filhos. Criar condições para a perpetuação da espécie 1 INTRODUÇÃO 1.1 ORGANIZAÇÃO E PROCESSOS A administração está diretamente ligada às organizações e aos processos existentes nas mesmas. Portanto, para a melhor compreensão da Administração e sua importância

Leia mais

TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA DA PNEUMONIA DA COMUNIDADE

TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA DA PNEUMONIA DA COMUNIDADE TERAPÊUTICA ANTIBIÓTICA DA PNEUMONIA DA COMUNIDADE Todos os indivíduos com suspeita de Pneumonia Adquirida na Comunidade (PAC) devem realizar telerradiografia do tórax (2 incidências)(nível A). AVALIAÇÃO

Leia mais

ABDOMINOPLASTIA 01) P: QUANTOS QUILOS VOU EMAGRECER COM A PLASTICA ABDOMINAL?

ABDOMINOPLASTIA 01) P: QUANTOS QUILOS VOU EMAGRECER COM A PLASTICA ABDOMINAL? ABDOMINOPLASTIA Também chamada de dermolipectomia abdominal. É um procedimento cirúrgico utilizado para redefinir o contorno abdominal, através da retirada do excesso de pele e gordura depositada, além

Leia mais

PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS PREVENIR É PRECISO MANUAL DE ORIENTAÇÕES AOS SERVIDORES VIGIAS DA PREFEITURA DE MONTES CLAROS

PREVENÇÃO DAS DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS PREVENIR É PRECISO MANUAL DE ORIENTAÇÕES AOS SERVIDORES VIGIAS DA PREFEITURA DE MONTES CLAROS PREVENÇÃO DAS DOENÇAS MANUAL DE ORIENTAÇÕES AOS SERVIDORES CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS VIGIAS DA PREFEITURA DE MONTES CLAROS design ASCOM-PMMC PREVENIR É PRECISO DOENÇAS CRÔNICAS NÃO TRANSMISSÍVEIS No

Leia mais

OTITES MÉDIAS AGUDAS. Prof. Pedro Serafim DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA Universidade Federal do Maranhão - UFMA

OTITES MÉDIAS AGUDAS. Prof. Pedro Serafim DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA Universidade Federal do Maranhão - UFMA OTITES MÉDIAS AGUDAS Prof. Pedro Serafim DISCIPLINA DE OTORRINOLARINGOLOGIA Universidade Federal do Maranhão - UFMA Considerações anatômicas: Considerações funcionais: Energia mecânica (SOM) estímulos

Leia mais

Dor no Ombro. Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo. Dr. Marcello Castiglia

Dor no Ombro. Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo. Dr. Marcello Castiglia Dor no Ombro Dr. Marcello Castiglia Especialista em Cirurgia do Ombro e Cotovelo O que a maioria das pessoas chama de ombro é na verdade um conjunto de articulações que, combinadas aos tendões e músculos

Leia mais

BRONCHO VAXOM. Takeda Pharma Ltda. Granulado. 3,5 mg/sachê

BRONCHO VAXOM. Takeda Pharma Ltda. Granulado. 3,5 mg/sachê BRONCHO VAXOM Takeda Pharma Ltda. Granulado 3,5 mg/sachê APRESENTAÇÕES Granulado de 3,5 mg/ sachê. Embalagem com 30 sachês. USO ORAL USO PEDIÁTRICO. COMPOSIÇÃO Cada sachê contém 3,5 mg de lisado bacteriano

Leia mais

Gerenciamento de Projetos Modulo VIII Riscos

Gerenciamento de Projetos Modulo VIII Riscos Gerenciamento de Projetos Modulo VIII Riscos Prof. Walter Cunha falecomigo@waltercunha.com http://waltercunha.com Bibliografia* Project Management Institute. Conjunto de Conhecimentos em Gerenciamento

Leia mais

Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito da Anemia Hemolítica Auto-Imune.

Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito da Anemia Hemolítica Auto-Imune. MANUAL DO PACIENTE - ANEMIA HEMOLÍTICA AUTO-IMUNE EDIÇÃO REVISADA 02/2004 Este manual tem como objetivo fornecer informações aos pacientes e seus familiares a respeito da Anemia Hemolítica Auto-Imune.

Leia mais

BRONCHO VAXOM. Takeda Pharma Ltda. Cápsula. 3,5 e 7,0 mg

BRONCHO VAXOM. Takeda Pharma Ltda. Cápsula. 3,5 e 7,0 mg BRONCHO VAXOM Takeda Pharma Ltda. Cápsula 3,5 e 7,0 mg APRESENTAÇÕES Pediátrico: Cápsulas de 3,5 mg. Embalagem com 10 unidades. Adulto: Cápsulas de 7 mg. Embalagens com 10 e 30 unidades. USO ORAL USO ADULTO

Leia mais

Apnéia do Sono e Ronco Guia Rápido

Apnéia do Sono e Ronco Guia Rápido Homehealth provider Apnéia do Sono e Ronco Guia Rápido Ronco: atrás do barulho, um problema de saúde mais sério www.airliquide.com.br O que é Apnéia do Sono? Apnéia do sono é uma síndrome que pode levar

Leia mais

Programa Sol Amigo. Diretrizes. Ilustração: Programa Sunwise Environmental Protection Agency - EPA

Programa Sol Amigo. Diretrizes. Ilustração: Programa Sunwise Environmental Protection Agency - EPA Programa Sol Amigo Diretrizes Ilustração: Programa Sunwise Environmental Protection Agency - EPA 2007 CONTEÚDO Coordenador do programa... 3 Introdução... 4 Objetivos... 5 Metodologia... 6 Avaliação do

Leia mais

ROTEIRO DE ESTÁGIO NUTRIÇÃO CLÍNICA AMBULATORIAL

ROTEIRO DE ESTÁGIO NUTRIÇÃO CLÍNICA AMBULATORIAL FACULDADE ASSIS GURGACZ Avenida das Torres, 500 Fone: (45) 3321-3900 ramal 3852 Fax: (045) 3321-3900 CEP: 85.806-095 Cascavel Paraná E-mail: nutricao@fag.edu.br ROTEIRO DE ESTÁGIO NUTRIÇÃO CLÍNICA AMBULATORIAL

Leia mais