O Papel do Operador Portuário Privado. Desafios para o investimento e para a exploração
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- Manoela Dias Sacramento
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1 O Papel do Operador Portuário Privado Desafios para o investimento e para a exploração Port Finance International Brasil 2015 Rio de Janeiro, 5 de março de 2015
2 Propósito da Lei de 2013 Fortalecimento do investimento privado na exploração da atividade portuária, eliminando gargalos e restrições O conflito da carga própria x carga de terceiros estava inibindo novos investimentos e, portanto, precisava ser solucionado.
3 Expectativas do segmento portuário privado: Exercício de planejamento e de gestões com liberdade; Ausência de restrições e impedimentos à operação e ao crescimento; Investimento contínuo automático e sem burocracia.
4 O efeito prático: A liberdade de movimentação de quaisquer cargas por parte dos terminais de uso privado foi extremamente positiva, mas trouxe algumas contrapartidas onerosas e burocráticas que estão sendo discutidas pelo setor.
5 2012-II 2012-III 2012-IV 2013-I 2013-II 2013-III 2013-IV 2014-I 2014-II 2014-III A Força dos TUP Total Geral de Cargas Movimentação Trimestral (milhões de toneladas) TOTAL P PUBLICOS TUP 0 FONTE: ANTAQ Média de 65%
6 Modelos de exploração Concessão Cessão onerosa de porto público, com vistas à administração e à exploração de sua infraestrutura, por prazo determinado. Arrendamento Cessão onerosa de área e infraestrutura públicas localizadas dentro do porto organizado, para exploração por tempo determinado. Autorização Outorga de direito à exploração de instalação portuária localizada fora da área do porto público e formalizada mediante contrato de adesão
7 Estrutura Organizacional do Setor Portuário PRESIDENCIA DA REPÚBLICA CONAPORTOS CONIT SEP PODER CONCEDENTE INPH ANTAQ PORTOS MARÍTIMOS, FLUVIAIS E LACUSTRES CAP ADMINISTRAÇÕES PORTUÁRIAS (ARRENDAMENTOS) INSTALAÇÕES PORTUÁRIAS PRIVADAS AUTORIZADAS
8 A exploração da atividade Porto Público: a movimentação de passageiros ou a movimentação e armazenagem de cargas é realizada pelo Operador Portuário, pré-qualificado pela Administração do porto. Terminal de Uso Privado: a exploração é realizada diretamente pelo autorizatário. No TUP, o autorizatário se confunde com o operador portuário e com a administração do terminal.
9 A operação privada Autorizatário é a pessoa jurídica constituída sob as leis brasileiras, com sede e administração no país, autorizada pelo Poder Concedente a construir, explorar e ampliar instalação portuária, em área particular localizada fora do porto organizado, nos termos estabelecidos em Contrato de Adesão padrão, após o desenvolvimento de um processo público de autorização.
10 Processo de Autorização Anúncio público iniciado pela ANTAQ, mediante provocação do interessado; Chamada Pública iniciada pela ANTAQ, mediante determinação da SEP; Processo Seletivo Público iniciado e conduzido pela ANTAQ, quando é determinada a inviabilidade locacional para mais de um projeto, visando a identificar a melhor proposta.
11 Características dos TUP Investimentos por conta e risco do empreendedor; A autorização é formalizada por meio de contrato de adesão; Prazo de autorização de 25 anos, podendo ser prorrogado por períodos sucessivos, desde que a atividade seja mantida e sejam promovidos investimentos; A Lei assegura liberdade de contratação da mão-de-obra portuária; Exercício de atividade econômica privada regulada.
12 Vantagens dos TUP Planejamento e gestão de longo prazo; Seleção de área com boas condições de acessibilidade aquaviária e terrestre; Controle positivo sobre a manutenção da infraestrutura aquaviária; Controle efetivo sobre a gestão da mão-de-obra.
13 CENTRALIZAÇÃO CUSTOS EXTRAS BUROCRACIA RESTRIÇÕES Os desafios a serem superados Fortalecimento do investimento privado na exploração da atividade portuária Insegurança Jurídica Maior cautela do investimento
14 Autorizações segundo a Lei Contratos SEP Todas as novas autorizações referem-se a projetos que já aguardavam outorga pelo modelo antigo ou que estavam em avançado estágio de desenvolvimento na mudança de marco regulatório. Ex: instalações portuárias destinadas à movimentação de grãos pela região norte.
15 Principais Desafios: definição sobre a natureza da atividade OPERAÇÃO PORTUÁRIA PRIVADA AUTONOMIA X REGULAÇÃO
16 Principais Desafios: Regulação do segmento privado por autorização Autorização em face do direito administrativo. Contrato de Adesão. Regulação portuária. Necessidade de tratamento adequado aos terminais privados.
17 Principais Desafios: Fortalecimento do Contrato de Adesão Redução da insegurança jurídica embutida nos contratos de adesão celebrados com o Poder Concedente
18 Principais Desafios: Burocracia e centralização Demasiada influência do Poder Concedente; Excessivo tempo de processamento e número de documentos exigidos; Duplicidade de esforços nas análises técnica e jurídica realizadas pela Antaq e SEP nos anúncios públicos.
19 Principais Desafios: Burocracia A apresentação do termo de referência do EIA-RIMA só serviu para alterar a velocidade da fase inicial do processo de anúncio público na Antaq. O processo de licenciamento ambiental continua lento e burocrático; As legislações dos demais órgãos intervenientes no processo (SPU e IBAMA/OEMA) não estão sintonizadas com a legislação portuária; Portarias e Normas da ANTAQ cada vez mais restritivas, intervencionistas e, portanto, geradoras de insegurança jurídica.
20 Principais Desafios: Política de ampliação de instalações portuárias privadas A exploração da instalação portuária é realizada por conta e risco da Autorizada; Ampliações devem ser consideradas como consequência natural do planejamento estratégico do negócio portuário; É questionável a eficácia da regulação realizada com base no engessamento e na limitação das ampliações dos investimentos privados; Prejuízos decorrentes da imobilização de áreas privadas com vocação portuária dentro das APO; Insegurança jurídica e desconfiança provocada pela limitação dos 25% fora da APO.
21 Principais Desafios: Definição das poligonais dos Portos Organizados A nova definição de APO da Lei incluiu o conceito de bem público ; O setor está acompanhando com atenção o trabalho iniciado pelas APO definidas por Portaria; Os resultados apresentados até o momento são considerados satisfatórios, pois estão alinhados com os Master Plans dos portos, sem deixar de considerar os direitos privados; O setor espera que o trabalho tenha continuidade em outros portos, com a mesma prioridade inicial; O trabalho realizado na poligonal do porto de Vila do Conde foi considerado bem sucedido pelo terminais privados associados à ATP.
22 Principais Desafios: Contratação de trabalhadores Autonomia baseada em Lei e em observância aos preceitos estabelecidos pela Convenção da OIT; Alinhamento com a política pública de estímulo ao trabalho formal - Trabalhador regularizado; Qualidade dos serviços prestados, comprovada por meio de altos índices de produtividade; Satisfação dos colaboradores nos terminais portuários privados; e Comportamento dos Sindicatos e Federações dos trabalhadores portuários.
23 Principais Desafios: Licenciamento Ambiental Aperfeiçoamento do processo e unificação de procedimentos e exigências Continua sendo o principal desafio para o desenvolvimento do investimento portuário privado. Duração média de um projeto normal: 2 anos até a LI; Processo complexo, burocrático, e caro; O licenciamento, normalmente, importa em custos socio-ambientais e de compensação ambiental. Em alguns casos o processo impõe ao empreendedor responsabilidades financeiras não relacionadas com a atividade portuária.
24 Principais Desafios: Custos Governamentais - SPU O uso essencial dos espaço aquático pelas instalações do terminal; A autorização deveria considerar as áreas terrestre e aquática para a operação do terminal; A falta de informações tem afetado o planejamento e a regularização dos empreendimentos; É necessário estabelecer uma nova legislação sintonizada com a lei dos portos.
25 Perspectivas Novo cenário de investimentos em instalações portuárias privadas; Disposição e expectativa positiva para encontrar soluções para os desafios apresentados ; Confiança na plena implantação de um novo modelo pautado na valorização do investimento privado, com mais liberdade, segurança jurídica e estabilidade de regras para o desenvolvimento contínuo da atividade econômica.
26 Murillo de Moraes Rego Corrêa Barbosa Diretor-Presidente da ATP /
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