PROJETO PEDAGÓGICO. 2.3 Justificativa pela escolha da formação inicial e continuada / qualificação profissional:
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- Isaque Dreer Figueira
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1 PROJETO PEDAGÓGICO 1 Identificação: Curso de Extensão em Navegação Marítima Básica Contextualização da(s) localidade(s) onde ocorrerá o curso: O curso será oferecido no CRPNM ( Centro de Referência em Pesca e Navagação Marítima), localizadas na cidade de Cabedelo no estado da Paraíba. O município de Cabedelo tem habitantes, de um total de da região metropolitana (IBGE/2006), constituída por nove municípios (Lei Complementar Estadual nº 59, de 2003). As principais atividades econômicas são indústria, comércio e prestação de serviços, além de um significativo número de pescadores e marisqueiras, que sobrevivem da pesca artesanal. A cidade conta com 22% de analfabetos e com proporção de 22,8% de pessoas de 15 anos ou mais de idade com menos de 4 anos de estudo. 2.3 Justificativa pela escolha da formação inicial e continuada / qualificação profissional: O pólo pesqueiro do Estado da Paraíba concentra-se destacadamente na costa litorânea e tem a pesca artesanal predominante no setor, abrangendo mais de 80% da frota pesqueira paraibana. Entretanto, o pescador artesanal sem acesso a novas tecnologias e conhecimentos que permitam a utilização dos instrumentos náuticos e eletrônicos de auxílio à navegação, ainda executam técnicas rudimentares na sua atividade laboral, consequentemente resultando uma baixa produção, por isto se faz necessário uma qualificação focada em conteúdos de navegação, instrumentos náuticos e legislação marítima para que possam melhorar e desenvolver de forma rentável e eficiente sua atividade no mar. No caso dos pescadores industriais o curso possibilita o aperfeiçoamento e atualizações dos conhecimentos já adquirido nesta área. Então se faz mister a intervenção do IFPB, através do processo de formação inicial e continuada, qualificar essa categoria, com o objetivo de proporcionar novos saberes àqueles que estes agentes já possuem melhorando sua relação com o seu ambiente de trabalho, que é o mar, além de melhorar a qualidade de vida de sua família e da comunidade. 2.4 Objetivos do curso: - Qualificar pescadores artesanais e industriais, seus familiares e pessoas da comunidade em geral que tenha interesse em atuar na área de pesca e transporte marítimo, quanto as técnicas e métodos da arte da navegação marítima costeira, estimada e eletrônica, como o uso da carta náutica e instrumentos náuticos, legislação marítima e instrumentos eletrônicos de auxílio à navegação. - Habilitar os pescadores em realizar uma navegação marítima segura e com utilização de instrumentos de auxílio á navegação; - Favorecer a perspectiva de empregabilidade em embarcações mais modernas e equipadas da pesca industrial.
2 2.5 Carga horária Total: 156h 2.6 Duração do curso: 1 semestre Carga Horária Formação Profissional: 96h 2.7 Quantidade de vagas ofertadas: 25 vagas Carga Horária Complementar: 60h 2.8 Quantidade de turmas ofertadas: 01 (duas) 2.9 Requisito de escolaridade para acesso ao curso: Ter concluído a 1ª Etapa do Ensino Fundamental Descrição da forma de acesso / processo de seleção que será utilizado: O acesso será semestral através de seleção pública definida por edital, onde os critérios serão: Ser pescador ou familiar de pescador; Possuir a escolaridade exigida; Ordem na inscrição Perfil profissional do egresso do curso (até 15 linhas): O egresso do Curso de formação inicial e continuada em Navegação Marítima Básica deverá apresentar, ao final do curso, as seguintes competências: Conhecer a legislação marítima; Identificar os tipos e classificação da navegação; Identificar e utilizar os instrumentos náuticos; Compreender o sistema de coordenadas geográficas; Conhecer o sistema de direção no mar; Aplicar as LDP linha de posição; Interpretar e utilizar a carta náutica: marcar ponto, traçar rumo, medir distância, achar uma posição; Compreender e aplicar os métodos de navegação costeira, estimada e por instrumentos eletrônicos; Operar instrumentos eletrônicos de auxílio à navegação; Planejar e traçar uma derrota; Realizar uma navegação marítima segura Critérios de avaliação da aprendizagem: A avaliação da aprendizagem definida para o Centro de Referência em Pesca e Navegação Marítima do IFPB deve englobar todos os momentos e recursos da aprendizagem, cujo foco deverá ser o acompanhamento sistemático do processo formativo dos educandos e a avaliação do projeto pedagógico de cada curso. Tal proposta considera a avaliação como um elemento substancial do processo ensinoaprendizagem que deve direcionar-se para o diagnóstico dos resultados a serem alcançados pelos discentes, priorizando os aspectos qualitativos sobre os quantitativos, conforme o que preconiza a LDB nº 9.349/96 e as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação de Jovens e Adultos. Nesse sentido, deve-se garantir que as situações de aprendizagem sejam contextualizadas, interdisciplinares e, sobretudo, significativas para o educando, bem como a manutenção de diálogo contínuo professor e educando para detectar os avanços e pontos vulneráveis, além dos aspectos a serem aperfeiçoados na sua ação educativa. Para tanto, faz-se necessário, também, que os critérios e instrumentos de avaliação sejam planejados em
3 consonância com a sua função formativa, utilizando-se de instrumentos diversificados, reconhecendo assim as formas diferenciadas de aprendizagem do educando no seu desenvolvimento intelectual, afetivo e social. O processo avaliativo deverá ser realizado através dos diversos instrumentos, incluindo atividades realizadas em grupo ou individualmente, tais como: projetos, práticas em laboratório e simuladores, pesquisas, estudos de caso, trabalhos, exercícios, relatórios, nos quais a prova também poderá ser utilizada, bem como a inclusão de atividades demandadas pelo alunado e de experiências educativas em que os mesmos possam interagir refletir sobre sua realidade e/ou o objeto de estudo. Desta forma, a avaliação da aprendizagem do curso observará os seguintes aspectos: 1. A construção do conhecimento coerente com a formação integral dos alunos, mediantes interpretações qualitativas dos conhecimentos produzidos e reorganizados pelo educando; 2. A freqüência constando de 75% de participação nas atividades regulares do curso. 3. Situações práticas das atividades específicas dos cursos Descrição das instalações e equipamentos que deverão ser utilizados no curso: Instalações: Salas de aula: Sala de aula ampla, com iluminação adequada, equipada com carteiras estudantis, aparelhos eletrônicos, quadro branco e ar condicionado Laboratórios: O CRPNM possui 2 salas de desenho equipadas de carteiras e pranchetas de desenho. com estrutura de mobiliário adequados a utilização pelos alunos e pelo professor Outros Assistência estudantil: Com o Programa Nacional de Assistência Estudantil PNAES, disposto pelo Decreto de 19 de julho de 2010, e mais particularmente com a Política de Assistência Estudantil do IFPB, aprovada pelo Conselho Superior da Instituição em 25 de fevereiro de 2011 com a resolução nº 12, os alunos tem o direito de acesso a bens e serviços que interfiram direta ou indiretamente sobre sua permanência no curso e êxito escolar. Esse acesso se materializa através de Programas contemplados pela Política de Assistência Estudantil do IFPB e a participação dos alunos varia de acordo com suas necessidades e critérios específicos desses Programas. Atualmente os Programas da Assistência Estudantil do IFPB são: I - Programa de Benefícios Sócioassistenciais; II - Programa de Alimentação; III - Programa de Atenção a Saúde do Estudante; IV - Programa de Moradia; V - Programa de Iniciação ao Trabalho; VI - Programa de Integração dos Estudantes Ingressos; VII - Programa de Material Didático Pedagógico; VIII Programa de Apoio aos Estudantes com Deficiência e/ou Necessidades Educacionais Especiais; IX - Programa de Atualização para o Mundo do Trabalho; X - Programa de Apoio Pedagógico; XI Programa de Auxílio Transporte.
4 COMPLEMENTARES OBRIGATÓRIAS FORMAÇÃO PROFISSIONAL Equipamentos: Embarcação Artesanal Barco Escola Kalifa; Instrumentos Eletrônicos (GPS - Rádio Amador sonda Bússola) Certificados: A Certificação Qualificação Profissional será expedida pelo Centro de Referência em Pesca e Navegação Marítima CRPNM, outorgando o título de Pescador Artesanal Marítimo Proposta de matriz curricular: CONTEÚDO LEGISLAÇÃO MARÍTIMA TIPOS E MÉTODOS DE NAVEGAÇÃO A TERRA E O SISTEMA DE COORDENADAS GEOGRÁFICAS INSTRUMENTOS NÁUTICOS CARTA NÁUTICA DIREÇÃO NO MAR MARCAÇÕES LDP -LINHAS DE POSIÇÕES DETERMINAÇÃO DO PONTO NA NAVEGAÇÃO COSTEIRA PREPARAÇÃO DA DERROTA CONTROLE DA NAVEGAÇÃO PROBLEMAS BÁSICOS DE NAVEGAÇÃO INSTRUMENTOS ELETRÔNICOS DE AUXÍLIO À NAVEGAÇÃO CARGA HORÁRIA FORMAÇÃO PROFISSIONAL 96 H EMPREENDEDORISMO ÉTICA E CIDADANIA RELAÇÕES INTERPESSOAIS MEIO AMBIENTE SEGURANÇA NO MEIO AQUAVIÁRIO SAÚDE E PREVENÇÃO CARGA HORÁRIA DISCIPLINAS COMPLEMENTARES 60 H CARGA HORÁRIA TOTAL 156 H Carga horária ministrada em aulas de 50 minutos
5 2.17 Proposta de metodologias de trabalho: O público alvo do Centro de Referência em Pesca e Navegação Marítima do IFPB constitui-se, principalmente, de pescadores e familiares de pescadores, profissionais marítimos que não conseguiram postos de trabalho na sua primeira formação, além de pessoas com as mais diversas formações que buscam no setor marítimo-pesqueiro uma oportunidade de ingressar no mercado de trabalho. Dessa forma, a metodologia adotada por esse Centro devem ser voltada para educação de jovens e adultos, na perspectiva freiriana, uma vez que muitos dos alunos ingressos não têm uma formação acadêmica consolidada ou possuem uma formação insuficiente; fazendo com que os conteúdos tenham um significado para os alunos, trabalhando de modo interdisciplinar e contextualizada, devendo incluir nessa metodologia o uso de situações simuladas e a exposição de vídeos práticos, uma vez que, a simulação é uma ferramenta fundamental para a avaliação das condições de manobra nos atuais portos e terminais. Fazer Educação de Jovens e Adultos com qualidade, numa área tão específica quanto da pesca, requer do corpo docente uma prática reflexiva, e aprimoramento contínuo da própria prática, imprimindo à sua ação uma intencionalidade, uma decisão pedagógica sustentável. Ensinar a aprender e aprender a ensinar, a pensar, auxiliar o alunado a buscar uma perspectiva crítica dos conteúdos e práticas, a enxergar a realidade em que está inserido. O trabalho com essa perspectiva crítica requer um tempo para o diálogo, invariavelmente, necessário entre educadores, conteúdos e disciplinas, bem como para atividades integradas, buscando trabalhar o conhecimento numa relação respeitosa e construtiva com seu alunado nos diversos momentos de exploração de todas as linguagens e leituras possíveis da realidade. Nessa perspectiva, concebendo o educando como sujeito capaz de se relacionar com o conhecimento de forma ativa, construtiva e criadora, metodologicamente dever-se-á: Fazer uso de todos os procedimentos e atividades que permitam ao aluno reconstruir ou reinventar o conhecimento didaticamente transposto para a sala de aula, entre eles a experimentação, a execução de projetos, e o protagonismo no desenvolvimento de situações profissionais e sociais; Desenvolver Atividades Teórico-Práticas em nível de conhecimentos e de oportunidade de contatos com as situações reais de vida e de trabalho; Inserir atividades demandadas pelo alunado: práticas simuladas de pesca e navegação, dentre outros; Viabilizar atividades de extensão, de campo e visitas técnicas sob a ótica de várias disciplinas. O jovem e o adulto, que ingressam na área pesqueira têm o desejo de aprender, sentem necessidade de aprender, a fim de inserir-se no mercado de trabalho ou aprimorar práticas desenvolvidas, e a instrumentalização prática, através de laboratórios, projetos, simulações, é a melhor maneira de se trabalhar os conteúdos, pois desenvolve a capacidade de pensar e construir competências Quadro de pessoal número total de profissionais envolvidos: Equipe Técnica: Professores da formação complementar; Professores da formação profissional; Pedagogo; Assistente social; Psicóloga; Coordenador de Ensino; Coordenador do Centro de Formação em Pesca e Cultura Marinha.
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