Indústria do futebol brasileiro

Transcrição

1 Indústria do futebol brasileiro EAE508 Organização Industrial José Adailton Eric Reis

2 Il calcio è la cosa più importante delle cose meno importanti. ( o futebol é a coisa mais importante dentre as coisas menos importantes ) Arrigo Sacchi 2

3 1. Introdução 3

4 História do Futebol Introducao Civilizações antigas da Ásia e da Europa (Kemaui e Spiskiros) Roma antiga (Harpastum) Idade Média (Soule, Calcio e proibição dos Reis Eduardo II e III em 1314 e 1349). Inglaterra, meados do século XIX - Cisão com o Rugby Divergência quanto a utilização das mãos nas regras do jogo. Criada uma nova modalidade que somente poderia ser praticada com os pés, a qual ficou conhecida como Football. 4

5 História do Futebol Introducao Conferência de Cambridge (1848) - Código único de regras 1863 No dia 26 de outubro é fundado o futebol (Data de fundação da Football Association, na Inglaterra) Criada a figura do goleiro (único jogador que poderia utilizar as mãos) Estabelecida o tempo de 90 (noventa) minutos Estabelecido o pênalti 1907 Criada a regra do impedimento Charles Miller volta da Inglaterra com livros e equipamentos e dá o chute inicial ao esporte aqui no Brasil 5

6 Legislacao Federação Brasileira de Sports (FBS) Federação Brasileira de Futebol (FBF) Confederação Brasileira de Desportos (CBD) Estado Novo Durante o governo de Getúlio Vargas surge as primeiras normas para o ramo desportivo Criada a Comissão Nacional de Desportos que, segundo Lyra Filho, nasceu com a incumbência de realizar minucioso estudo do problema desportivo nacional e apresentar o plano geral de sua regulamentação. Cumprindo sua finalidade, a referida Comissão apresentou o projeto do Código Nacional de Desportos. 6

7 O futebol no Brasil pode ser visto como um poderoso instrumento de integração social. Através do futebol, a sociedade brasileira experimenta um sentido singular de totalidade e unidade, revestindo-se de uma universalidade capaz de mobilizar e gerar paixões em milhões de pessoas. É nesse universo que observamos, com frequência, indivíduos cuja diversidade está estabelecida pelas normas econômicas e sociais da sociedade se transformarem em iguais através de um sistema de comunicação que os leva a abraço e conversas informais nos estádios, ruas, praias e escritórios. Ronaldo Helal 7

8 Legislacao 1976 Lei do Passe (Lei n.º 6.354) Início da Profissionalização 1980 Criação da CBF 1993 Lei Zico Proposta de transformação dos clubes de futebol em empresas. Admitia a finalidade lucrativa dos clubes, abrindo espaço para investimentos advindos do setor privado Lei Pelé Instituiu normas gerais referente à relação profissional entre clubes e atletas profissionais de futebol. Como a extinção do passe do jogador. Obrigatoriedade dos clubes se transformarem em sociedades empresárias 8

9 2. Estrutura 9

10 Modelos de Contratos de Televisionamento Brasil Itália Inglaterra Alemanha Espanha Negociações individuais entre clubes e TV Contratos coletivos Contratos coletivos Contratos coletivos Contratos coletivos R$2,08Bi 1,24Bi 3,22Bi 960 Mi 1,48Bi Cotas são negociadas individualmente por cada time 40% divididos igualmente entre todos os clubes; 25% Tamanho da torcida; 15% Classificação das últimas cinco temporadas; 10% Classificação histórica desde 46/47; 5% População da cidade no qual o time se encontra; 5% Classificação final do campeonato. DIVISÃO DOS VALORES 50% dividido igualitariamente; 25% pelo Mérito Esportivo - Desempenho do Ano Anterior; 25% de acordo com a quantidade de jogos transmitidos 10 79% distribuídos para os clubes participantes da Bundesliga, conforme a classificação final (proporção de 2 para 1); 21% distribuídos para os clubes participantes da Bundesliga 2, conforme a classificação final (proporção de 2 para 1); 50% de forma equitativa entre todas as equipes; 25% em função dos resultados das últimas cinco temporadas; e 25% de acordo com outros aspectos, como o número de torcedores e a audiência gerada. Fonte: Elaboração Própria

11 Receitas Operacionais *Foram utilizados 27 clubes nacionais que disputam ou disputaram o Brasileirão Série A nos últimos anos. Os gráficos tem como fonte os Balanços e dados econômico-financeiros dos Clubes Brasileiros publicados em seus sites oficiais. 11 Fonte: Demonstrativos dos times ** Exclui as receitas oriundas da venda de Direitos Econômicos de Atletas. Tal atitude é ideal para fins de analisar a gestão, já que essa receita é muito errática.

12 Receitas Valor Presente Fonte: Demonstrativos dos times Pelo segundo ano seguido, as receitas cresceram acima da inflação. Ou seja, de forma agregada a indústria do futebol teve desempenho acima da média da economia como um todo. 12

13 Receitas - Origem Fonte: Demonstrativos dos times São 4 as grandes fontes de receita do futebol brasileiro, são elas: 13 - Direitos de TV - Publicidade e Propaganda - Transação de atletas - Bilheteria /ST

14 Comparacao entre Brasil e Europa Receitas Top-20 Europeu Fonte: Demonstrativos dos times 14

15 Comparacao entre Brasil e Europa 15 Comportamento das receitas por origem dos países europeus

16 As 5 forças de Porter 16

17 As 5 forças de Porter Fornecedores Aqui, os jogadores são os principais fornecedores e, principalmente em função de um mercado externo forte (desvalorização do real perante outras moedas) acabam tendo grande poder de barganha em seus pleitos. Substitutos Essa força pode ser mensurada através da grande quantidade de opções de entretenimento competindo pelo tempo e renda dos fãs do futebol, que mesmo sendo fiéis aos seus clubes, podem trocar de diversão tanto em função de um possível mau desempenho de seu time, quanto das dificuldades em acompanhar o campeonato, incluise aqui custos, horários e conveniência. 17

18 As 5 forças de Porter Novos Entrantes Novos entrantes neste setor são raros em função da necessidade de economias de escala, diferenciação de produto (construção de uma marca com tradição e credibilidade) negociação dos direitos de transmissão e atratividade para arregimentar equipes e jogadores de qualidade. Rivalidade Maturidade do mercado (grande potencial ainda inexplorado de diversas fontes de receitas) Equilíbrio competitivo - Apesar que o equilibro deriva muito mais da imprevisibilidade do que da real busca e aperfeiçoamento. O que faz com que ocorra uma maior rotação entre os campeões. Custos fixos elevados - elevadas folhas salariais. 18

19 As 5 forças de Porter Poder dos clientes Essa condição é satisfeita quando os clientes têm facilidade para mudar de fornecedor. No futebol existem três tipos de clientes diretos: Torcedores que são responsáveis pelas receitas de bilheteria e de produtos associados ao clube. Meios de comunicação, que pagam pelos direitos de transmissão. Patrocinadores, que além de comprarem o espaço para exposição de suas marcas, também adquirirem bilhetes e camarotes para se relacionarem com seus clientes. Em tese, há a possibilidade de todos esses clientes mudarem de modalidade esportiva. 19

20 3. Conduta 20

21 Direitos de TV Fonte: Demonstrativos dos times A partir de 2019 haverá uma mudança importante na distribuição das receitas de TV Aberta, deixando de serem realizadas individualmente. Serão distribuídas da seguinte forma: 40% de forma igualitária entre os 20 clubes da Série A; 30% em função do desempenho no campeonato (classificação, onde o campeão recebe mais); 30% pela presença ao vivo na TV (haverá equilíbrio de transmissões baseadas nas audiências históricas e tamanho das torcidas). 21

22 Direitos de TV Valor nominal e Valor real Var % Nominal Var % Corrigida % 39% % 42% % -19% % 4% % 13% % 27% % 0% Fonte: Demonstrativos dos times Esta receita é a soma de todos os campeonatos disputados ao longo do ano. Não se trata apenas do Campeonato Brasileiro. Aqui estão o Estadual, Copa do Brasil, Libertadores, Sulamericana e Brasileiro, que se divide entre TV Aberta, TV Paga e Pay-Per-View. 22

23 Venda de direitos federativos Fonte: Demonstrativos dos times Representa a segunda maior fonte de receitas em Porém apresenta um comportamento errático. Como qualquer produto de exportação, há forte impacto do câmbio na conta, pois os negócios são feitos em Dólares e Euros mas o que entra no caixa dos clubes são Reais. Houve aumento de 72% nas receitas em Dólares, o que significou 59% a mais em Reais. 23

24 Venda de direitos federativos Fonte: Demonstrativos dos times Em muitos casos, a venda de atletas se tornou parte do negócio, de maneira equivocada. Cobre buracos no lugar de servir de fonte de recursos para novos investimentos. Esportivamente empobrece a qualidade do espetáculo, pois os clubes vendem atletas que estão bem e são obrigados a contratar outros que são apostas e que demandam tempo de adaptação. 24

25 Publicidade em alta Fonte: Demonstrativos dos times Após algum tempo de estabilização em termos nominais e queda em termos reais, as receitas com Publicidade voltaram a apresentar um crescimento relevante em 2017: foram 27% em termos nominais e 24% em termos reais. Mas será que foi um movimento de maior demanda pelo produto futebol ou foi algo pontual? 25

26 Publicidade Será que há um efeito concentrado? Para isso, estudamos a distribuição da variação do último ano. Fonte: Demonstrativos dos times Na prática o que observamos foi um aumento absolutamente concentrado em 4 clubes, com outros 3 clubes se beneficiando em menor escala (85% do valor ficou com esses clubes) 26

27 Publicidade Brasil e o Mundo Tamanho do Mercado Publicitário - Milhões Moeda País Fonte Euro Alemanha , ,00 emarketer / VPRT Euro Euro Itália Espanha 6.400, , , ,00 Nielsen emarketer / MUVI Euro França , ,00 emarketer Euro Inglaterra , ,00 Ad Association Euro Brasil , ,00 Ibope / Kantar Fonte: Demonstrativos dos times 27

28 Publicidade Brasil e o Mundo Comparando o que se investe em Publicidade no Futebol Brasileiro com ligas europeias observamos que estamos muito aquém em termos de valores recebidos. Apesar do mercado publicitário brasileiro ser muito grande, maior que os europeus, o que é destinado ao futebol é uma pequena fração. Se chegássemos ao percentual observado na França, nossa receita com publicidade saltaria para algo como R$ 3,9 bilhões anuais. 28

29 Bilheteria e Sócio Torcedor Fonte: Demonstrativos dos times Após anos de queda na evolução das receitas real, a bilheteria voltou a crescer no último ano, no qual representou 15% de todas as receitas do futebol brasileiro. 29

30 Concentração de Receitas Desde 2015 vemos crescer a concentração nos 5 maiores clubes em receitas (que nem sempre são os mesmos), como veremos a seguir. Fonte: Demonstrativos dos times 30

31 TOP 5 Clubes com as 5 Maiores Receitas do Futebol Brasileiro por ano Corinthians Corinthians SPFC Flamengo Flamengo Palmeiras Flamengo SPFC SPFC Corinthians Corinthians Palmeiras Flamengo Palmeiras Santos Internacional Flamengo SPFC Corinthians SPFC SPFC Internacional Flamengo Internacional Cruzeiro Cruzeiro Corinthians Corinthians Flamengo Santos Atlético MG Grêmio SPFC Atlético MG Grêmio Campeão Brasileiro Corinthians Fluminense Cruzeiro Cruzeiro Corinthians Palmeiras Corinthians Campeao Copa do Brasil Vasco Palmeiras Flamengo Atlético MG Palmeiras Grêmio Cruzeiro 31

32 4. Performance 32

33 ANÁLISE SWOT 33

34 FRAQUEZAS Ausência de um padrão de formação de atletas e condução de carreira; Pouco método de gestão corporativa, governança e processos; Instalações de sedes inadequadas ou mal administradas; Pouco número de sócios contribuintes e com alta inadimplência destes; Composição de equipe com Jogadores fatiados de empresários; Total desentendimento entre os poderes constituídos; Falta de representatividade nas áreas externas; Valorização dos projetos pessoais e políticos em detrimento do clube; ANÁLISE SWOT FORCAS Torcida apaixonada e espalhada por todo o país País de tamanho continental Conquistas, tradição e formação de ídolos; Futebol brasileiro com uma das maiores marcas do mundo Popularidade internacional. Torcedores famosos e influentes financeiramente. Identificação cultural com a modalidade Alto número de praticantes da modalidade em território nacional 34

35 ANÁLISE SWOT AMEACAS OPORTUNIDADES Receitas bloqueadas por ações judiciais e o não cumprimento de acordos; Inadimplência; Profissionalização dos adversários; Imagem dos administradores comprometida por causa de atitudes; Acirramento de problemas financeiros; Atuação de empresários de jogadores desde a base; Dependência de empréstimos de conselheiros e empresários. Estagnação e redução do número de novos torcedores. Possibilidade de profissionalização Expansão de novas receitas através de novas explorações comerciais Utilização de parcerias estratégicas comerciais, técnicas, esportivas, sociais e de voluntários; Melhor exploração de planos de sócios torcedores e aumento do número de torcedores; Captação de incentivos fiscais para formação de atletas; Utilização de marcos e ídolos históricos para gerar receitas; 35

36 Case Mov Corinthians Grande - ANÁLISE SWOT FRAQUEZAS Gestão política amadora e conturbada Dívida elevada impactando o fluxo de caixa Falta de transparência Poucos associados ao clube tornando-o altamente deficitário Gestão ineficiente do estádio Poder político historicamente personificado Vinculação com Escândalos Políticos Falta de estrutura corporativa Estrutura comercial terceirizada Contratos comerciais de longa duração FORCAS 36 Torcida enorme e engajada Marca Corinthians Estádio e centro de treinamentos modernos História gloriosa Novo estádio localizado em região com grande densidade populacional, grande atração pelo futebol e com poucas alternativas de entretenimento Influência política em âmbito municipal, estadual e nacional Relevância de mídia nacional Grande distribuição de torcedores pelo país Boa média de público no seu estádio para os padrões brasileiros Bom reconhecimento de marca internacional Ser baseado na maior e mais rica cidade do país

37 Case Mov Corinthians Grande - ANÁLISE SWOT AMEACAS Política interna Alto poder aquisitivo e marketing de expansão agressivo dos clubes estrangeiros Processo de deterioração da marca do clube. Reestruturação administrativa e financeira dos principais rivais Posição de refém da relação com agentes Dívida da construção do estádio Competitividade de mercados internacionais por talento OPORTUNIDADES Reformular o Fiel Torcedor e ativa-lo comercialmente Reestruturar a dívida do estádio /arena e torná-ló rentável Ampliar a base de associados e as receitas do clube social Monetização da base de dados e participações em redes sociais Possibilidade de expansão da base de torcedores Remodelar o funcionamento e operação do departamento de formação de atletas Desenvolvimento de streaming e mídias online Crescimento de valores de transferência de atletas na Europa Aumento das tomadas de decisões esportivas baseadas em estatísticas Desenvolvimento do futebol em mercados periféricos Desenvolvimento do mercado de capitais 37

38 EBITDA Sob o ponto-de-vista consolidado, o desempenho de custos e despesas foi bastante positivo nos últimos anos. Em 2017, o crescimento observado de 8% ficou abaixo da variação das receitas totais, o que fez com que o EBITDA atingisse R$ 1,09 bilhão em termos totais. Isto, sem dúvida alavancado pelo expressivo volume de venda de atletas, como veremos a seguir. 38

39 Margem EBITDA Quando analisamos em termos recorrentes, sem a venda de atletas, o que temos é uma manutenção do EBITDA, que saiu de R$ 272 milhões em 2016 (que seria R$ 280 milhões corrigido pela inflação) para R$ 279 milhões em Isto se reflete na Margem EBITDA, que é o quanto da receita se transformou em Geração de Caixa. Em termos totais o número cresceu de 19% para 23%, mas em termos recorrentes se manteve estável em 6%. Fonte: Demonstrativos dos times 39

40 Relação Custos x Receitas Fonte: Demonstrativos dos times Este comportamento mostra que, de maneira consolidada, os clubes conseguiram gastar menos do que cresceram de receitas. Mas como dados consolidados dão dimensões gerais e não específicas, vamos a seguir analisar alguns efeitos que podem nos levar, novamente, a avaliar se este foi um movimento generalizado ou específico de algum clube. 40

41 Efeito Flamengo e Palmeiras Quando analisamos separadamente em termos de Receitas e Geração de Caixa (EBITDA), Palmeiras e Flamengo representaram 22% das Receitas Totais em 2017, e 38% de Geração de Caixa, sendo que o Flamengo representou praticamente ¼ de toda a geração de caixa do futebol brasileiro no ano passado. Estes números comprovam a força financeira dos dois clubes, que os colocam em posição de destaque no confronto fora de campo. Fonte: Demonstrativos dos times 41

42 Investimentos Os Investimentos Totais permaneceram estáveis em 2017, mesmo com o crescimento expressivo da geração de caixa total. Isto fez com que a participação dos Investimentos na geração de caixa fosse reduzida de 110% em 2016 para 80% em Isto significa claramente que parte da geração foi revertida para outras finalidades, como pagar dívidas, por exemplo. 42

43 Investimentos Do total investido vemos que a estrutura vem recebendo menos recursos, assim como as Categorias de Base, e os valores tem sido direcionados à Formação de Elenco profissional, com contratação de atletas já formados. Os investimentos em base são erráticos, e da mesma forma que já atingiram 19% do total de investimentos em 2011, usualmente apresenta número em níveis próximos aos atuais. 43

44 Investimento O modelo ideal é que os clubes utilizem os recursos das vendas para reformular o elenco e contratar. O que costuma ocorrer, na prática, é que os clubes vendem mais do que contratam e usam o recurso para bancar a operação e reduzir dívidas. Tanto é que a cada ano o saldo direto entre venda e compra de atletas profissionais só aumenta, mas a qualidade do jogo não evolui dentro de campo 44

45 BRASIL COMO PRINCIPAL FORNECEDOR DE MATÉRIA-PRIMA Fonte: Football Observatory Report 45

46 DÍVIDAS As dívidas nos últimos anos se mantiveram constantes, aumentando apenas devido a correção da inflação para pagamento futuro. O comportamento geral quando comparado com a geração de caixa (EBITDA) foi positivo, pois os clubes aumentaram a geração sem aumentar as dívidas. 46

47 Dívidas / Geração de Caixa A informação de dívida isoladamente não significa nada. É melhor dever 500 recebendo como salário ou dever 1 milhão recebendo 10 milhões? Nos rankings fica pior colocado quem deve 1 milhão, quando a situação de quem deve 500 é está numa situação mais difícil. Utilizaremos o EBITDA (Geração de Caixa) porque é com este valor, que vem das receitas menos os Custos e Despesas, que o clube terá que fazer frente às suas dívidas. Nesse sentido, com o aumento da geração de caixa em 2017 e a estabilidade das dívidas, a relação entre elas ficou melhor, saindo de 8,1x em 2016 para 6,1x em

48 Gastos totais e fluxo de caixa Custos e Despesas Categorias de Base Aquisições de Atletas Despesas Financeiras Gastos Totais Fluxo de Caixa Livre será o resultado da soma entre Receitas Líquidas, Custos e Despesas, Investimentos em Base, Aquisição de Atletas e Despesas Financeiras 48

49 Geração de caixa livre Avaliando o Fluxo de Caixa Livre, considerando as Receitas Totais, vemos que o ano de 2017 mostra uma reversão da tendência que era a de saldo negativo. Entretanto, observando apenas as Receitas Recorrentes, o saldo ainda continua negativo, o que confirma a enorme dependência que os clubes tem da venda de atletas para fechar suas contas. Em termos de Receitas Totais o resultado positivo veio por conta da redução das despesas financeiras e investimentos em base, em conjunto com o bom aumento das receitas. 49

50 Obrigado! Alguma questão? 50