AS HISTÓRIAS D A PEDRA DO REINO

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1 2767 AS HISTÓRIAS D A PEDRA DO REINO Solange Peixe Pinheiro de Carvalho USP Ariano Suassuna, ao escrever seu romance A Pedra do Reino, fez um cruzamento da História oficial (a de Portugal, pelas menções à batalha de Alcácer-Quibir e o Sebastianismo; a do Brasil, caracterizada pelas referências ao movimento messiânico que teve ligações com o Sebastianismo, ocorrido na Pedra do Reino no século XIX, bem como aos fatos relativos à revolução de 1930); da história pessoal do narrador do romance, Quaderna (presente, sobretudo, no relato que ele faz de sua ascendência, provando descender em linha direta dos seguidores do movimento da Pedra do Reino), e da história da literatura mundial (a permanência dos romances de cavalaria na literatura oral do Nordeste brasileiro e sua influência na vida de Quaderna). As referências às novelas de cavalaria ao longo da narrativa são muito claras e de grande importância para a estrutura geral do relato feito por Quaderna, fato que levou a professora Guaraciaba Micheletti a definir esse subgênero como um dos pilares (1997, p. 64) da obra de Suassuna, na qual a polifonia desempenha um papel tão importante tanto para a composição do texto quanto para sua compreensão. Outro dado importante é a filiação de A Pedra do Reino ao Movimento Armorial, cujo objetivo é, partindo da mistura de elementos da cultura dos negros, dos brancos e dos índios, criar uma arte popular brasileira com raízes eruditas. Recorrendo, então, a essas fontes populares e eruditas, Suassuna escreveu uma obra de difícil catalogação, por ser uma narrativa que apresenta diversas faces ao leitor/pesquisador que se dedique a estudá-la. Uma das possibilidades para analisar essa obra singular é a abordagem por meio da Estilística, pois a polifonia realidade/ficção/literatura é percebida não somente na composição da obra, mas também nas inúmeras criações lexicais encontradas ao longo da narrativa, devido ao fato de elas oferecerem um vasto material para estudo que ainda não foi devidamente explorado por alunos e pesquisadores. Este projeto de pesquisa está ligado principalmente à Estilística da palavra, pois esta, segundo Nilce Sant Anna Martins, se dedica a estudar os aspectos expressivos das palavras ligados aos seus componentes semânticos e morfológicos, os quais, entretanto, não podem ser completamente separados dos aspectos sintáticos e contextuais. (2000, p. 71) A colaboração dos estudos estilísticos para uma compreensão mais ampla de A Pedra do Reino também pode ser confirmada com as palavras de Guaraciaba Micheletti: Grosso modo, a Estilística busca encontrar no material lingüístico a expressividade de um sujeito... (2006, p. 22) Levando em conta essa afirmação, pretendemos analisar a expressividade do autor Ariano Suassuna, usando como base teórica textos de autores como Maria Aparecida Barbosa, Guiraud e Rodrigues Lapa, demonstrando como a recorrência de determinadas palavras, usadas por Suassuna como base para criações lexicais, remetem à polifonia que compõe a estrutura da narrativa de Quaderna, relacionando-se não apenas às idéias dele a respeito da cultura brasileira, mas também à presença e permanência da novela de cavalaria na cultura do nordeste do Brasil, bem como às referências históricas encontradas no romance, ajudando a conduzir o leitor para esse encontro entre a História e as histórias. A presente análise será feita a partir de palavras como castanho, cavalaria, sertanejo, cangaceiro e epopéia, procurando verificar qual é o efeito causado pelas criações desenvolvidas a partir delas nos leitores, tanto naqueles que lêem por prazer, como os pesquisadores voltados para estudos estilísticos. Quaderna, o narrador-protagonista do romance A Pedra do Reino, cria com sua narrativa uma obra na qual a História oficial e sua história pessoal se mesclam de modo contínuo. A História é usada por ele como instrumento para justificar suas pretensões e seus argumentos enquanto presta depoimento para o Senhor Corregedor; por sua vez, Suassuna se baseia em documentos reais para criar as bases a partir das quais a personagem fictícia Quaderna tece suas justificativas, e por isso o leitor se depara com uma trama na qual muitas vezes os fatos reais e a ficção parecem se confundir, tornando o Romance d'a Pedra do Reino uma obra de difícil classificação devido a sua complexidade e riqueza. As referências históricas encontradas em A Pedra do Reino não se limitam à história oficial do Brasil, mas também à de Portugal, bem como à história da literatura mundial. Um exemplo desta última

2 2768 pode ser encontrado nas constantes menções à novela de cavalaria que, como definiu Micheletti, é um dos pilares que sustentam a narrativa (1997, p. 64). Contudo, tanto a novela de cavalaria quanto os fatos históricos e referências culturais encontrados na narrativa de Quaderna são apresentados ao leitor não de forma direta, mas inúmeras vezes por meio de criações lexicais extremamente sugestivas. Portanto, um dos modos de analisar a influência e a presença das várias Histórias no Romance d'a Pedra do Reino é por meio da Estilística, pois esta estuda a expressividade do sujeito falante bem como a de nossa língua, ou seja, os meios que ela oferece aos que falam ou escrevem para manifestarem estados emotivos e julgamentos de valor, de modo a despertarem em quem ouve ou lê uma reação também de ordem afetiva. (MARTINS, 2000, p. 23) A Estilística se dedica ao estudo dos desvios da norma oficial da língua; estes desvios muitas vezes são vistos por leigos no assunto como simples erros ou falta de conhecimento do escritor, pois existe na comunidade de falantes de qualquer língua a impressão de que apenas a norma considerada culta é válida para a expressão de ideias e de sentimentos mais refinados como os encontrados em textos literários. Contudo, o que é visto como erro pelo leigo é, na verdade, o desejo que o sujeito falante no caso, um escritor tem de descrever o mundo onde vive com suas próprias palavras, afastando-se de normas e de convenções cristalizadas que, embora respeitem regras, normalmente não possuem grande individualidade ou criatividade. Nesse momento, a Estilística nos mostra como os escritores conseguem subverter normas e regras criando novas palavras ou dando novo vigor a palavras antigas, com isso tornando seus textos mais agradáveis e instigantes para o leitor. Em Estilística da Língua Portuguesa, Lapa faz o seguinte comentário a respeito da expressividade ou do valor afetivo das palavras: As palavras suscitam em nós as imagens das coisas a que se referem; mas como essas coisas podem revestir vários aspectos, cada um de nós apreende na palavra o seu aspecto pessoal, aquele que particularmente lhe interessa (1977, p. 9). Na qualidade de narrador e protagonista do Romance d'a Pedra do Reino, Quaderna mostra para o leitor de sua obra o mundo visto através de seus olhos uma das características mais marcantes de sua narrativa é a valorização do Sertão do Brasil, em detrimento dos grandes centros urbanos. E além dessa valorização do Sertão, o leitor pode perceber também a influência exercida pelas novelas de cavalaria no desenvolvimento pessoal de Quaderna: essa influência transparece em seu discurso e nas constantes referências feitas por ele a obras e a personagens do ciclo de novelas de cavalaria da Europa dos séculos XIII a XVI. Essas duas características se inserem no que poderíamos chamar de visão de mundo do autor, pois fazem parte de sua formação pessoal e de sua vivência, e podem ser percebidas nas escolhas lexicais feitas por ele no ato de criar. Para estudarmos as criações lexicais e verificarmos quais as possíveis interpretações que podem ser feitas a partir da presença delas em um texto literário, vários aspectos podem ser levados em consideração: a formação cultural do autor, a época em que ele viveu, suas influências literárias, o contexto social no qual ele se inseriu. Verificadas estas condições, é possível analisar o efeito causado pelas criações no leitor/interlocutor, que é o destinatário final delas: O efeito que provoca o neologismo no interlocutor, quando portador do conhecimento da substância de conteúdo de um referente, ou seja, o efeito de uma mudança ideológica, isto é, da visão do mundo, no interlocutor (BARBOSA, 1981, p. 81) é um dos pontos críticos dessa análise. Afinal, o autor sente o desejo de expressar sua visão de mundo de modo particular, mas sem a presença do leitor, essas criações não ultrapassariam os limites do mundo de quem as criou. O leitor, longe de ser uma presença passiva, é uma figura importante no processo, pois assim como o autor, ao escrever, tenta mostrar sua visão de mundo, suas criações, ao chegarem às mãos do leitor, passarão por um processo de interpretação que dependerá em igual medida dos aspectos mencionados acima: formação cultural do leitor, época em que este leu o texto literário, o contexto social no qual ele se insere. Vemos, com isso, que a criação lexical é um processo que está em constante renovação, e que suas interpretações são virtualmente inesgotáveis, abrindo com isso um campo muito rico de pesquisas para os estudiosos no assunto. Nos exemplos a seguir, apresentaremos algumas das criações lexicais encontradas no Romance d'a Pedra do Reino, de Ariano Suassuna, com possíveis interpretações para elas:

3 2769 Aliás, Vossa Excelência já deve ter notado isso, quando ouviu, há pouco, a história da Pedra do Reino que eu li para o senhor, porque tudo aquilo que aconteceu por lá eram os rituais executados por meus antepassados em sua extraordinária Desaventura trágico-epopéica. (p. 550) Na criação trágico-epopéica temos uma formação por composição cujas bases se referem a termos da literatura mundial: trágico (tragédia) e epopéico (epopéia). Embora vários autores das áreas de literatura e de teoria literária tenham definido tragédia e epopéia, na concepção popular essas duas noções afastam-se das definições acadêmicas: a tragédia é qualquer acontecimento que envolva paixões humanas e suas conseqüências normalmente fatais; a epopéia é um acontecimento ou série de acontecimentos envolvendo feitos heróicos cujos protagonistas conseguem, com grande esforço, realizar feitos que estão acima da capacidade dos seres humanos comuns. Para Quaderna, o trágico-epopéico é um acontecimento que ultrapassa a esfera do comum, de algo que pode acontecer na vida de qualquer pessoa, envolve feitos grandiosos e cujo resultado não é o esperado por seus protagonistas ou espectadores. Porém, a formação trágico-epopéica serve como qualificativo para Desaventura que, por sua vez, é formada pelo prefixo des-+aventura. A palavra aventura é uma das mais importantes e mais recorrentes na Demanda do Santo Graal, obra a respeito da qual Suassuna disse que é uma novela-de-cavalaria que sempre exerceu sobre mim um fascínio tão forte quanto o da novela-picaresca (2008, p. 278). Na edição da Demanda sob os cuidados do professor Heitor Megale, pode ser encontrada no glossário a definição de aventura: coisas que estão por vir, acontecimento arriscado, um feito perigoso, incomum, e incerto quanto ao resultado. (1988, p. 529) Lembrando que o prefixo des- indica afastamento, ação contrária, privação ou negação, e juntamente com o fato de Quaderna narrar fatos acontecidos no passado, podemos pensar que em desaventura temos a negação daquilo que já foi, de acontecimentos arriscados, dos feitos perigosos e incomuns, e cujo resultado já é certo e negativo. Porém, essa desaventura não foi apenas um acontecimento negativo qualquer, suas conseqüências foram trágicas (envolvendo a morte de diversas pessoas, entre as quais membros da família de Quaderna); e os acontecimentos que levaram à morte dessas pessoas, aos olhos de Quaderna, ultrapassaram os limites do quotidiano: seus antepassados realizaram feitos grandiosos que estavam acima da capacidade dos seres humanos comuns, por isso a desaventura deles pode merecer o qualificativo epopéica. Quando terminei de recitar esse maravilhoso romance-epopéico, marítimo e bandeiroso, Samuel veio logo com seus achincalhes. (p. 222) Temos outra criação lexical com um derivado da palavra epopéia: romance-epopéico. Essa formação também sugere a junção de dois elementos de culturas diferentes: o romance, apesar de ter se originado na Europa, foi trazido para o Brasil e preservado no Nordeste, onde até hoje é uma forma muito comum de transmissão e divulgação da cultura popular; para epopéico vale a mesma definição dada no exemplo anterior, ou seja, ao usá-lo, Quaderna não pensa nas definições tradicionais e acadêmicas de epopéia, mas sim, na concepção popular do termo. A referência dele é a Nau Catarineta, um romance que narra a história de marujos perdidos no mar, que decidem matar um de seus companheiros para ter com que se alimentar enquanto esperam pelo socorro; já Samuel se referia aos fatos ocorridos na Batalha de Alcácer-Quibir, também os relacionando a uma epopéia. Portanto, para Quaderna, as aventuras dos marujos da Nau Catarineta (uma narrativa de ficção) são equivalentes aos feitos dos portugueses em terras africanas (fatos historicamente comprovados, ainda que possivelmente mesclados com um pouco de lenda com o passar dos anos) e às narradas nas epopéias clássicas (obras também ficcionais), pois envolvem decisões e atos que devem ser tomados enquanto os protagonistas se encontram em uma situação inusitada, cuja solução não pode ser encontrada por seres humanos normais. A composição romanceepopéico evoca com muita força a mescla das culturas erudita e popular no Nordeste, bem como, dentro do contexto maior em que ela se insere no romance a narrativa de Samuel também mostrar mais uma vez a junção História/ficção tantas vezes presente na obra de Suassuna.

4 2770 Em bandeiroso temos uma criação sufixal, bandeira+-oso. O sufixo -oso é bastante produtivo, e pode formar adjetivos que indicam abudância ou qualidade. Podemos compreender bandeiroso como algo cheio de bandeiras ; a bandeira, por sua vez, pode ser vista nesse exemplo em seu aspecto mais simbólico: nas cruzadas medievais, ela era conduzida à frente do exército, servindo de instrumento de identificação e mesmo como um elemento de aglutinação os combatentes que se uniam sob uma mesma bandeira, lutando unidos por um único ideal. Ela também pode ser vista, em termos mais modernos, como símbolo de uma pátria ou de um estado, novamente tendo essa característica de representar uma coletividade. Ao dizer que o romance era bandeiroso, Quaderna pode ter em mente a ideia da bandeira desfraldada no mastro da embarcação, servindo para os marinheiros como uma recordação e um apanágio de sua nação, de seus ideais e de suas motivações. Outro exemplo da junção História/história na narrativa de Quaderna pode ser encontrado em criações lexicais com a palavra castanho. Para Suassuna, castanho 1 representa não apenas a cor (usada para se referir à cor dos cabelos e olhos dos seres humanos), mas, sobretudo, uma junção das três raças que formaram o Brasil e a cultura brasileira: os brancos, os negros e os índios. Da fusão desses três elementos surge, na opinião do autor, uma cultura popular com raízes eruditas que é encontrada principalmente na região Nordeste devido à permanência dos romances ibéricos transmitidos e divulgados entre a população pelos cantadores e artistas populares essa noção é uma das ideias básicas do Movimento Armorial. Recorrente em toda a narrativa d O Romance d'a Pedra do Reino, a palavra castanho também serve de base para criações lexicais sugestivas: Finalmente, o Gênio da Raça devia ser felino e, para isso, eu tinha o Oncismo, de Clemente; devia ser dotado de pungente ironia, formidavelmente grandíloquo e cruelmente mordaz, pois só assim seria capaz de fazer um livro, (ou de erguer um Castelo) rubro por dentro e por fora ; uma obra flamejante, capaz de vir a ser a luminosa ogiva de toda a construção intelectual da Raça Latina e o Tapirismo de Samuel não me deixaria falhar, unindo eu o Sebastianismo negro de um e o Sebastianismo ibérico do outro, numa nova espécie de Sebastianismo castanho que realizasse o sonho da Pedra do Reino num futuro ainda mais ensolarado e acastelado! (p. 238) Em Sebastianismo castanho encontramos mais uma vez a referência à História oficial e a um elemento da cultura local brasileira. O Sebastianismo, iniciado em Portugal logo após a derrota das forças portuguesas na batalha de Alcácer-Quibir, preconizava a volta de D. Sebastião e a instauração de um novo império cristão no mundo, sob o comando do reino português. Presente em obras como Os Lusíadas (com a menção às profecias de Bandarra), o mito sebastianista foi trazido para o Brasil, onde teve defensores como o Padre Antonio Vieira, e se fixou também no Nordeste, tendo sido uma das bases para movimentos como Canudos e os incidentes da Pedra Bonita, no século XIX. Ao qualificar o Sebastianismo de castanho, Quaderna mostra a junção das ideias vindas da Europa a volta do rei D. Sebastião com a apropriação do mito pelos brasileiros, que não mais pensavam unicamente na volta de D. Sebastião para salvar Portugal, mas sim, acreditavam na possibilidade de um movimento que pudesse mudar a situação de vida do povo brasileiro pobre que vivia em condições precárias. Outro distanciamento que pode ser notado é o fato de o Sebastianismo castanho não contar necessariamente com a volta e a liderança de D. Sebastião, mas sim, ter no próprio Quaderna, em torno do qual as esperanças do povo brasileiro se concentrariam, o líder do movimento que instauraria mudanças na sociedade brasileira. Ariano Suassuna utiliza praticamente todos os tipos de formação de palavras em suas criações lexicais no Romance d'a Pedra do Reino, mas um dos mais produtivos é, sem dúvida, a composição, com 1 A esse respeito, consultar DIDIER, Maria Thereza. Emblemas da Sagração Armorial. Recife: Editora Universitária da UFPE, 2000 e NOGUEIRA, Maria Aparecida Lopes. Ariano Suassuna: o cabreiro tresmalhado. São Paulo: Palas Athena, 2002.

5 2771 a qual o autor exercita de forma criativa a capacidade de unir elementos da cultura erudita e popular. Essas criações muitas vezes assumem formas inesperadas para o leitor, como pode ser visto no exemplo a seguir: Preciso me preparar também, para que o nosso ordálio-brasileiro tenha todos os requisitos de um bom duelo medieval-sertanejo! (p. 286) Temos no exemplo acima duas composições, ordálio-brasileiro e medieval-sertanejo. Segundo Martins, os lexemas formadores de substantivos compostos são mais fortemente motivados que os derivados (op. cit., p. 122), e ela diz que, em muitos casos, os elementos combinados indicam o sentido do conjunto (op. cit., p. 123). Nas duas formações acima encontramos, também, a união de um elemento da cultura europeia com um elemento da cultura brasileira. Um ordálio era um processo judicial de uso corrente na Idade Média e que servia para demonstrar a culpa ou inocência de um acusado de crimes ligados, sobretudo, a práticas religiosas condenadas pela Igreja Católica; entretanto, Quaderna propõe que os dois litigantes, Samuel e Clemente, recorram a um ordálio-brasileiro para resolver suas questões. Esse ordálio teria características diferentes daquele praticado na Idade Média, sofrendo uma espécie de adaptação para ser adequado à situação do Brasil e às condições nas quais seria travado. Esse aspecto da questão nos leva à interpretação de brasileiro: dadas as diferenças existentes entre o Brasil da primeira metade do século XX e a Europa da Idade Média, é importante observar que a razão pela qual o ordálio aconteceria não era uma questão religiosa, como na Idade Média, mas sim, uma disputa política motivada por visões extremadas da Direita e da Esquerda, cujos representantes na localidade de Taperoá eram, respectivamente, Samuel e Clemente. O ordálio-brasileiro, portanto, não teria por objetivo estabelecer a culpa ou a inocência de uma pessoa em questões religiosas, mas decidiria qual das visões políticas era a melhor. Samuel e Clemente entrariam simplesmente em uma disputa pela supremacia de uma corrente de pensamento em uma época na qual a sociedade brasileira se encontrava dividida entre facções políticas opostas, aparentemente sem possibilidades de conciliação. A mesma distinção se aplica a medieval-sertanejo, criação lexical que caracteriza o duelo proposto por Quaderna. Medieval remete à parte tradicional do duelo, ou seja, os cavaleiros, as armas escolhidas pelo desafiante, os padrinhos; já a palavra sertanejo indica que o duelo, apesar de manter algumas das características estabelecidas pela tradição, vai sofrer modificações, ou seja, ele apresentará também alguns detalhes que indicam a influência da cultura brasileira em sua elaboração e execução. No presente caso, esses detalhes seriam os apetrechos usados nas cavalhadas que Quaderna escolhe para cada um dos participantes, bem como as armas selecionadas por Clemente. Vemos, conforme disse Martins, que a combinação dos elementos nessas duas criações por composição são fundamentais para a compreensão do conjunto, pois cada parte formadora já traz em si um indicador dessa união da cultura europeia com a cultura brasileira, característica da obra analisada. Considero-me, apenas, um servo da Estrela das minhas posições zodiacais, um pequeno Instrutor poético-sertanejo, filantrópico e litúrgico! (p. 234) A fala citada é da personagem João Melchíades, mestre de cantoria do Sertão da Paraíba, e que, em determinadas ocasiões, segundo Quaderna, dava para falar difícil (p. 234). Essa característica é evidente no exemplo acima: ele se declara um Instrutor poético-sertanejo, filantrópico e litúrgico. A composição poético-sertanejo é bastante sugestiva, pois indica uma junção de poesia+sertão, mostrando que a forma de poesia praticada e apreciada por João Melchíades não é a dos grandes centros urbanos, mas sim, aquela encontrada no sertão, nos romances e nos folhetos de cordel, típicos da cultura nordestina. A mania de falar difícil da personagem pode ser vista no uso que João Melchíades faz das palavras filantrópico e litúrgico. Filantropia é o amor à humanidade, o desejo de ajudar os seres humanos; filantrópico é aquele que pratica a filantropia; essa ação não tem relação evidente com a arte de cantar ou de compor poemas; o mesmo acontece com a palavra litúrgico, referente à liturgia, ou seja, a sequência de

6 2772 preces e de cerimônias que compõem o serviço divino, principalmente da Igreja Católica. Embora as palavras não se relacionem à área artística, João Melchíades as usa como qualificativos para sua profissão de Instrutor de cantoria. Podemos pensar que, mesmo se as definições tradicionais das duas palavras não têm conexão com sua profissão, João Melchíades as usa mais pela sonoridade e por considerá-las bonitas, apropriando-se de um vocabulário que não é seu, de sua linguagem quotidiana, talvez para tentar impressionar Clemente e Samuel, ambos pessoas conhecidas na vila de Taperoá e que tinham cargos públicos importantes, respectivamente advogado e promotor. O uso que João Melchíades faz dos adjetivos filantrópico e litúrgico é de difícil classificação: não podemos pensar na derivação imprópria, pois nesta, segundo Martins, as palavras não sofrem alteração formal, tendo apenas uma mudança de sentido que acompanha uma alteração de seu emprego e de sua classe... (op. cit, p. 120); na fala de João Melchíades não existe essa mudança de classe gramatical, pois as duas palavras estão qualificando Instrutor e continuam exercendo a função de adjetivos, o que temos é uma junção substantivo+adjetivo, que chama a atenção do leitor justamente pelo que tem de inusitado. Havia os romances cangaceiros e cavalarianos como, por exemplo, O Encontro de Antônio Silvino com o Valente Nicácio. (p. 101) No trecho acima, a palavra cangaceiros está sendo usada para qualificar o substantivo romance. Temos, então, um caso de derivação imprópria, pois cangaceiro é um substantivo da língua portuguesa, que passou a ser usado como adjetivo, ou seja, houve uma mudança de classe gramatical e de emprego no discurso. Podemos interpretar tal uso de cangaceiros pensando nas características atribuídas a tais pessoas: a coragem, a força física, o uso da violência, os confrontos com a polícia, o saque às vilas e cidades do Nordeste. Neste caso, um romance cangaceiro seria a obra literária que apresentasse não apenas os relatos das investidas dos cangaceiros, mas sim, que tivesse em seu conjunto algumas das qualidades atribuídas a eles, como relatos de violência e protagonistas que vivessem à margem da sociedade. O mesmo tipo de derivação imprópria pode ser visto no uso de cavalarianos como qualificativo para o substantivo romance. Cavalariano, segundo a definição tradicional dos dicionários, é a pessoa que vende ou compra cavalos; no trecho acima, uma interpretação possível para o uso de cavalariano como adjetivo é o fato de nos romances mencionados por Quaderna, os cavalos serem personagens quase tão importantes quanto os seres humanos, pois até o fim do século XIX, o cavalo era um meio de transporte essencial nas cidades do interior do país. Além disso, é possível pensar nas novelas de cavalaria que tanto impressionavam Quaderna: nelas, o cavalo é uma figura inseparável do cavaleiro andante, e merece por parte deste um cuidado e uma atenção especiais. Portanto, cavalariano poderia ser uma criação formada não por derivação imprópria, mas sim, por sufixação: cavalaria+-ano, o sufixo -ano podendo transmitir a ideia de pertencimento ou de referência a algo, no caso, pertencente ou referente às novelas de cavalaria e a sua ambientação e personagens. Conclusão A partir das análises dos exemplos selecionados, é possível constatar que Ariano Suassuna usa elementos das culturas erudita e popular em suas criações lexicais, criando com isso uma narrativa que atrai o leitor justamente pela confluência harmoniosa de elementos aparentemente incompatíveis entre si. As referências à Demanda do Santo Graal e ao Sebastianismo constituem a base histórica (tanto em termos literários quanto oficiais) de que Quaderna lança mão para construir sua narrativa; por outro lado, as referências às palavras castanho e sertanejo mostram que, por maior que tenha sido a influência da cultura europeia na formação do narrador, suas raízes são profundamente brasileiras, com a valorização do elemento local (o sertanejo) e da miscigenação das raças para a criação de uma cultura tipicamente brasileira. É interessante notar que os elementos que compõem as criações lexicais podem ter referentes claros como a palavra sertanejo ou mais indiretos, como a palavra desaventura, cujas ligações com as novelas de cavalaria são vistas somente pelos leitores que se interessarem pelo assunto. Do mesmo modo, a palavra castanho, de tão grande importância para as concepções de cultura brasileira para Ariano

7 2773 Suassuna, pode não ocasionar grande interesse para o leitor que não esteja familiarizado com as ideias do autor a respeito do assunto. Contudo, quer as referências sejam imediatamente percebidas pelo leitor ou não, é inegável que as criações lexicais encontradas no romance chamam a atenção dos leitores pela originalidade e pelo inusitado de suas formas. Ao conseguir conciliar a tradição europeia com a cultura brasileira, Ariano Suassuna criou uma novela de cavalaria do século XX, prestando homenagem a seus modelos clássicos, como a Demanda do Santo Graal, e ao mesmo tempo dando um passo adiante, colocando como pano de fundo para sua novela de cavalaria moderna não a Europa, mas sim um cenário bastante improvável, o Sertão do Brasil e a fala do povo brasileiro. Referências A Demanda do Santo Graal texto sob os cuidados de Heitor Megale. São Paulo: T.A. Queiroz, Editor; Editora da Universidade de São Paulo, LAPA, M. Rodrigues. Estilística da Língua Portuguesa. 9ed. revista e acrescentada. Coimbra: Coimbra Editora, Limitada, MARTINS, Nilce Sant Anna. Introdução à Estilística. 3ed. revista e aumentada. São Paulo: T.A.Queiroz Editor, MICHELETTI, Guaraciaba. Na confluência das formas: o discurso polifônico de Quaderna/Suassuna. São Paulo: Clíper Editora, (coord.) Estilística: um modo de ler... poesia (v. 1) 2 ed. revista e ampliada. São Paulo: Andross, SUASSUNA, Ariano. Romance d A Pedra do Reino e o Príncipe do Sangue do vai-e-volta. 10ed. Rio de Janeiro: José Olympio, Almanaque Armorial. Seleção, organização e prefácio de Carlos Newton Junior. Rio de Janeiro: José Olympio, 2008.

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