Lição 1 - Apresentando o Evangelho Texto Bíblico Romanos 1.16,17

Transcrição

1 Lição 1 - Apresentando o Evangelho Texto Bíblico Romanos 1.16,17 Paulo escreveu uma carta à Igreja de Roma, mas não foi ele o instrumento que Deus usou para fazer acontecer uma Agência do Reino de Deus na capital do Império Romano. Certamente, no projeto de Deus a Igreja de Roma também precisava ser alcançada pelos escritos paulinos. Naquela comunidade estavam presentes gentios e judeus que, possivelmente, foram alcançados pela pregação no Dia de Pentecostes, e juntos formavam a Igreja do Nosso Senhor Jesus Cristo. Quando o Império dominava quase todo o mundo conhecido da época, o Espírito Santo usou a instrumentalidade do apóstolo Paulo para fazer a apresentação do Evange-lho. A carta aos Romanos vai revelarque todos estão no alcance divino, começando pela responsabilidade pessoal e culminando na possibilidade de qualquer pessoa receber a dádiva da salvação em Cristo Jesus. Vivemos momentos difíceis em que surgem muitos outros evangelhos, que se possível for, enganariam até os escolhidos. Precisa ser nosso o Evangelho apresentado por Paulo aos Romanos, sem acréscimos ou supressão. Não precisamos usar os métodos do confronto, precisamos ensinar ao povo de Deus, incluindo cada crente na sua individualidade, o Evangelho conforme ensinado por Paulo através da carta que escreveu à Igreja em Roma. Lembramos que Roma foi a destinatária inicial desta carta, mas, porextensão, todas as nossas Igrejas são também destinatárias que o Espírito Santo deseja alcançar. 1. Não me envergonho do Evangelho Envergonhar-se é não ter condições de assumir uma determinada posição em relação a alguma coisa. Diante de tal situação, evita-se dizer ou demonstrar ser parte de uma determinada posição. Envergonhar-se pode acontecer por razões que se justifiquem, mas também pode acontecer sem nenhuma razão aceitável, pode até significar fraqueza ou caráter falho. O apóstolo Paulo teve uma postura altamente positiva na sua apresentação do Evangelho. Ele tinha total consciência da importância dos seus escritos junto à Igreja de Roma e, por extensão, para todos quanto teriam

2 contato com esta Carta no futuro, por todos os lugares e por todo o tempo. O Espírito Santo de Deus estava usando-o como instrumento para produzir uma parte da Palavra de Deus. Não era a palavra de Paulo que estava sendo endereçada à Igreja de Roma, não era o evangelho de Paulo, mas era a própria Palavra de Deus. Nos tempos de Paulo havia fortes correntes de pensamentos humanos, e até na área religiosa. Seus defensores faziam questão de anunciá-los e defendê-los. É neste contexto que Paulo vai apresentar o Evangelho à Igreja de Roma. Eles já tinham sido alcançados por outros instrumentos humanos, alguns pela mensagem pregada por Pedro no Dia de Pentecostes.Este era o momento de consolidar a fé dos crentes em Roma, e Paulo declara por sua experiência pessoal: Não me envergonho do Evangelho de Cristo. As boasnovas do Evangelho eram do próprio Cristo. Desde a sua experiência pessoal com Cristo no caminho de Damasco, Paulo sabia dos efeitos que esta mensagem produziu na sua vida e nos seus planos. Por isso, ele passou de perseguidor da Igreja de Cristo, a perseguido por sua fidelidade a Jesus Cristo. A partir do seu momento em Damasco, com a consciência de que Deus tinha para ele uma missão especial no seu Reino, ele não leva em consideração qualquer outra forma de pensamento concorrente, para dizer aos romanos que ele não se envergonhava do Evangelho por uma questão de fé exclusiva em Cristo. O que daria toda a autoridade aos seus escritos é que o Evangelho não era de nenhum dos apóstolos, mas do próprio Cristo. Esta certeza conduzia o apóstolo Paulo a não se envergonhar do Evangelho, qualquer que fossem as circunstâncias. 2. É o poder de Deus para a salvação No passado, as guerras entre os grandes impérios eram tentativas de marcar superioridade ou poder. Na maioria das situações os povos vencidos tornavam-se escravos do povo vencedor. Isso representava a materialização de uma superioridade, que em algumas situações significava a total ou parcial extinção do império vencido. Sempre houve diversas correntes religiosas. A Igreja de Roma certamente convivia com muitos desses pensamentos dentro do Império Romano. Havia sempre uma tentativa de supremacia que colocava à margem outros caminhos

3 religiosos. A fraqueza religiosa de alguns defendia o princípio de que todos os caminhos levam a Deus, como uma forma de convivência, sem que isso significasse uma resposta real para as necessidades do coração humano. Ainda perdurava o sentimento da pergunta de Pilatos a Jesus: O que é a verdade? O governador perdeu uma preciosa oportunidade porque estava diante da própria verdade, mas não teve a humildade de reconhecê-la, mesmo contando com o testemunho de sua esposa, que em sonho viu a Jesus como o justo. O apóstolo Paulo, agora, apresenta à Igreja de Roma o Evangelho como o poder de Deus para a salvação de todo aquele que crê. Não era um poder concorrente com outro qualquer, por mais expressivo que se apresentasse. O poder é de Deus, e com Ele não há concorrente. A salvação é uma necessidade para todas as pessoas e em todos os tempos e lugares. Não havia uma só pessoa que pudesse concretizar o seu divino plano de salvação. Por isso, Ele teve que enviar o seu único Filho à terra, assumindo a forma humana, mas sem pecado, para trilhar a caminhada da manjedoura em Belém até o Calvário, onde entregaria a sua vida para resgate de todo aquele que nele cresse. Ao longo dos tempos, os que crêem em Jesus podem cantar o estribilho do hino 372 do CantorCristão: Salvo! Salvo! Eu salvo das penas eternas já sou! Salvo! Salvo! Pela graça de Cristo Jesus salvo estou! 3. Justiça de Deus revelada na experiência da fé Paulo começa a trabalhar e praticar a visão de Deus sobre cada pessoa:... pois o homem vê o que está diante dos olhos, porém o Senhor olha para o coração (1Sm 16.7c). Quando Samuel foi à casa de Jessé escolher, a mando de Deus, o substituto de Saul, a sua visão humana não conseguia perceber o escolhido de Deus. O ser humano só pode perceber o exterior, neste particular Samuel era como qualquer um de nós. Naquele momento, ele aprendeu que Deus olha para o coração, ou seja, as verdadeiras intenções de uma pessoa, que está em seu interior, e não necessariamente na aparência externa. Os romanos precisaram compreender que a experiência de salvação segue, necessariamente, por uma fé salvadora em Cristo Jesus. A fé deve significar uma real aceitação interior da Pessoa de Jesus e confiar sem reservas nas promessas de perdão dos pecados, paz, certeza de céu e pre-

4 sença permanente do Espírito Santo na vida. Desfrutar dessa experiência é ser parte da declaração de 2Coríntios 5.17: Assim que, se alguém está em cristo, nova criatura é: as coisas velhas já passaram; eis que tudo se fez novo. Quanto à Igreja de Jerusalém, o texto bíblico declara que Deus ia acrescentando à Igreja aqueles que iam sendo salvos. Certamente uma grande parcela dos novos salvos era resultado do compartilhar da fé. Este é um caminho natural do crescimento da Igreja em que fica evidente a justiça de Deus pela efetiva participação dos salvos reconhecendo a urgência de somar outras vidas para também terem a certeza de sua salvação. Paulo apresenta o Evangelho que caminha pela fé, que é a mais nobre da experiência com Deus, porque é tê-lo agora e para toda eternidade. 4. O justo viverá da fé A redenção do homem somente aconteceria pela intervenção divina. Agora alguns são chamados de o justo. Não apareceram pessoas boas para Deus. O justo significa o justificado. Ao aceitarmos a Jesus, Ele cancela a dívida dos nossos pecados, passamos a estar no abrigo da divina promessa:... dos teus pecados não me lembrarei mais (Is 43.25b). Cancelados foram os nossos pecados por Deus, porque Jesus pagou o preço para o perdão conforme anunciou o apóstolo João:... o sangue de Jesus Cristo, seu filho, nos purifica de todo o pecado (1Jo 1.7b). Deus, então, nos declara justificados, ou seja, sem a culpa pelos pecados, porque Cristo já pagou o preço com o seu sacrifício na cruz do Calvário. Os justificados passam a ser os justos pela divina intervenção. Como passam a viver o justificado ou o justo? Pela fé. O relacionamento íntimo com Deus coopera para o crescimento da fé ou na fé. É necessário entender que a fé não pode ser apenas aceitar que Deus existe, porque nesta mesma proporção até o inimigo das nossas almas acredita. A fé do justo ou do justificado deve ser essencialmente experimental. Precisamos ter a mesma humildade dos apóstolos e clamar constantemente: Senhor, aumenta-nos a fé (Lc 17.5). Viver na fé ou viver pela fé deve ser o modelo de vida do justificado; não pode ser momentos acidentais ou ocasionais, precisa ser a maneira correta de agir no dia-a-dia. Quando se vive pela fé é possível alguém falar sobre nós o que disse a mulher sunamita sobre o profeta Eliseu: E ela disse a

5 seu marido: Eis que tenho observado que este que passa sempre por nós é um santo homem de Deus (2Rs 4.9). Para pensar e agir: Porque outros evangelhos têm atraído alguns crentes neste tempo? Estamos prontos para sermos instrumentos de Deus, para apresentarmos o genuíno Evangelho de Cristo? Temos ajudado outras pessoas a experimentarem o poder do Evangelho? Tenho me colocado disponível para Deus, para que salvos sejam acrescentados à minha Igreja? Olhar aparências tem dominado o meu proceder? Tenho agradecido a Deus por ser um dos justificados por Ele? Leitura bíblica diária Segunda-feira:1Coríntios 9.16; 1.16 Terça-feira: Salmos 40:9-10 Quarta-feira: Marcos 8.38; 2Timóteo 1.8 Quinta-feira:1Coríntios 1.18; Atos 3.26 Sexta-feira: Romanos 3.21; João 3.36 Sábado: Gálatas 3.11; Hebreus Domingo: Hebreus 1.18