A internacionalização do setor sucro-alcooleiro do Brasil através da teoria de Born Global

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1 RAMOS, Heidy R. ; SOARES, Marina Carrilho ; ETCHEBARNE, M. S.l ; GELDRES, V. V ; ALMEIDA, Martinho Isnard Ribeiro de. A internacionalização do setor sucro-alcooleiro do Brasil através da teoria de Born Global. In: 2º Encontro Luso-Brasileiro de Estratégia / 2º Encontro SLADE Brasil, 2008, Lisboa. ELBE Lisboa : SLADE, v. 1. p A internacionalização do setor sucro-alcooleiro do Brasil através da teoria de Born Global Resumo A discussão acerca dos biocombustíveis e, mais especificamente, sobre o etanol, vem crescendo e adquirindo importância cada vez mais significativa no cenário mundial. Neste contexto, muitos produtores do setor sucro-alcooleiro do Brasil vêm se preocupando em ampliar suas vantagens competitivas para atender ao mercado externo, o qual apresenta perspectivas promissoras. Não apenas os produtores brasileiros deste segmento, mas, também, produtores internacionais que já atuam no ramo e mesmo aqueles que vêm de outros setores da economia vêm investindo em novas plantas no território brasileiro, tendo em vista estas oportunidades e a competitividade do Brasil, no que se refere à produção de açúcar e, principalmente, de álcool. Assim, muitas novas usinas vêm nascendo com foco no atendimento à demanda internacional crescente, mesmo que em uma segunda etapa. Neste artigo procurou-se identificar alguns exemplos de novos entrantes do mercado brasileiro de açúcar e álcool carburante, focando na viabilidade da aplicação do fenômeno de born global, empresas novas que nascem para internacionalizar-se- a estas novas unidades produtoras. Ao longo do estudo foram evidenciadas algumas características destes novos projetos, considerando-se, ainda, a opinião de produtores e especialistas do setor, as quais permitem aplicar, ainda que de forma limitada, este conceito aos exemplos estudados. 1. INTRODUÇÃO O avanço no processo de internacionalização e globalização das relações econômicas tem sido um dos acontecimentos mais importantes das últimas décadas, influenciado por fatores tecnológicos, políticas de abertura comercial, apoio ao comércio internacional por parte dos governos e instituições, aumento da competitividade global, entre outros fatores. Como conseqüência deste processo, observase que a interdependência entre os países tem aumentado significativamente e, nesse contexto, as empresas têm sido as principais protagonistas desse processo, uma vez que devem ser capazes de competir eficazmente com um número maior de concorrentes, em mercados de maior amplitude. Em particular, as Pequenas e Médias Empresas (PMEs) têm adquirido lugar de destaque nesse processo. O potencial exportador das mesmas e as vantagens que podem gerar, tais como a geração de empregos, criação de valor e mesmo o desenvolvimento econômico, têm despertado interesse da 1

2 comunidade empresarial e incentivado estudos recentes acerca de sua participação no comércio mundial, considerando seus processos de internacionalização. Estudos recentes têm evidenciado a importância das PMEs pela sua capacidade de proporcionar empregos, inovação e o crescimento, com um enfoque no seu desenvolvimento internacional. (ANDERSSON e WIKTOR, 2003). Parece existir um consenso sobre a relevância da internacionalização das PME s. Conforme se apresenta em documento do Eurochile: A internacionalização é uma maneira de conseguir competitividade de grande alcance na cadeia de valor e gerar uma vantagem competitiva sustentável. Neste sentido, o mesmo documento destaca uma preocupação dos países da União Européia (UE), para o desenvolvimento de políticas públicas para incentivar os processos de internacionalização, assim como a capacidade empreendedora, diferenciando às empresas e/ou países segundo suas características. Porém, conforme Autio (2005), a ênfases deveria estar nas Novas Empresas com Alto Potencial de Crescimento (NEAPC), pela sua capacidade para transformar e dinamizar as economias, através da inovação e o emprego. Entre estas últimas empresas se encontram as denominadas empresas born globals, que nascem para os mercados internacionais e que serão abordadas na atual pesquisa. Considerando estes tópicos e o cenário exposto, observamos um caso que vem se tornando centro de discussões em nível internacional, e considerado estratégico para o Brasil: é o caso do setor sucroalcooleiro, e em especial, a produção de álcool carburante, dada a crescente preocupação por parte dos países no uso de energias limpas e renováveis, que permitam suprir a demanda energética futura dos novos players mundiais. O álcool se insere neste contexto, por ser reconhecido como um dos substitutos dos combustíveis fósseis, impactando na redução do efeito estufa. Estes fatores têm refletido num aumento na demanda deste combustível e o Brasil, por ser o mais competitivo e um dos maiores produtores deste produto, vem recebendo investimentos cada vez mais expressivos, 2

3 principalmente de grupos estrangeiros, que visam usufruir destas oportunidades através da participação em grupos produtores e construção de usinas. O objetivo do presente trabalho é, portanto, explorar as teorias clássicas e emergentes em internacionalização, especificamente o conceito de born global, e procurar aplicar este conceito ao setor sucro-alcooleiro do Brasil, buscando exemplos de produtores que têm realizado projetos recentes de construção de novas usinas. Dessa maneira, o estudo tem a finalidade de contrapor os conceitos teóricos àquilo que vem sendo praticado no setor. 2. REVISÃO DA LITERATURA A área de estudo da internacionalização das empresas tem sido fonte de inspiração para muitos pesquisadores durante décadas, tendo sido incrementada com maior força nos últimos anos, devido, principalmente, ao maior desenvolvimento dos negócios internacionais em nível internacional, incentivado pelo fenômeno da globalização. (ANDERSSON, 2000). Quando uma empresa toma a decisão de iniciar seu processo de internacionalização, deve ser empreendida uma série de mudanças na organização, especificamente nos aspectos internos, além de assumir novos desafios. Segundo Schumpeter (1944), a internacionalização das empresas é um exemplo de mudança na estratégia que pode ser definida como um ato empreendedor, e neste sentido, Andersson (2000), propõe a teoria de entrepreneurship, que pode ser usada também para analisar a conduta internacional da organização e que será abordada no item seguinte. 2.1 Teoria de Entrepreneurship Atualmente, é freqüente o uso do conceito de espírito empresarial ou empreendedorismo (entrepreneurship). No âmbito da economia, foi Schumpeter, na década de 30, quem utilizou pela primeira vez o termo entrepreneur para referir-se a aqueles indivíduos que com suas atividades 3

4 geraram instabilidade nos mercados. De encontro com esta teoria, a Escola Austríaca manifestou uma discrepância em relação ao termo, já que muitos empreendedores conseguiam aperfeiçoar e tornar a rede comercial mais eficiente, anulando as turbulências e criando novas fontes de riquezas. (CASTILLO, 1999). Neste contexto, Adaman e Devine (2002), destacam que no campo da teoria econômica, o conceito de empreendimento é usado exclusivamente para referir-se à inovação ou atividades que equilibram mercados e que são executadas por indivíduos ou empresas em condições de incertezas. É assim como Andersson (2000), apresenta que a definição de empreendedor de Schumpeter considera muitos outros conceitos, não incluindo apenas a introdução de novos produtos, mas, também, de novos métodos de produção, a abertura de novos mercados, o domínio de novas fontes de fornecimento e de matérias-primas, e mesmo a reorganização de uma indústria. (SCHUMPETER, 1944). O empresário-empreendedor possui uma série de características pessoais, identificadas e desenvolvidas pela literatura especializada, as quais incluem o desenvolvimento de inovações, com uma aceitação calculada de riscos em sua atividade empresarial e uma atitude diretiva proativa (RIPOLLÉS, 1994). O conceito de empreendedorismo também tem sido aplicado no âmbito da organização como um todo, e vem sendo desenvolvido um conceito que representa uma forma de atuar empreendedora das organizações, denominado orientação empreendedora. Esta dimensão é formada por três variáveis fundamentais: a inovação, a tomada de risco e a pró-atividade, utilizada por autores como Miller e Friesen (1983); Covin e Slevin (1989); Jennings e Young (1990); Miles e Arnold (1991); Morris, et al., (1993), entre outros. 2.2 International Entrepreneurship 4

5 De acordo com McDougall e Oviatt (2000), a internacionalização dos mercados e o proeminente aumento de empresas empreendedoras na economia global, refletem que as trajetórias da pesquisa de negócios internacionais e do espírito empreendedor estão se intersectando com maior freqüência. O conceito de intenational entrepreneurship é definido como uma combinação de conduta inovadora, proativa e na procura de riscos que cruza as fronteiras nacionais e tenta criar valor nas organizações. (MCDOUGALL e OVIATT, 2000). É descrito como um processo organizacional amplo, que inclui a cultura organizacional da empresa, e que busca gerar valor através da exploração de oportunidades no mercado internacional (DIMITRATOS e PLAKOYIANNAKI, 2003). No marco do empreendimento internacional, surge o conceito das empresas born globals, conceito este que será apresentado na próxima sessão, caracterizado por empresas que nascem para os mercados internacionais. 2.3 Born Globals (BG) As críticas às teorias tradicionais de internacionalização, somado ao fato de que a economia mundial tem mudado drasticamente nas últimas décadas, principalmente no que se refere ao aspectos relacionados aos intercâmbios e negócios internacionais, têm levado ao surgimento de novas teorias que visam a complementar os modelos tradicionais que explicam os processos de internacionalização das organizações. O modelo mais importante é o que se refere ao fenômeno das Born Globals (BG) ou Internacional New Ventures, que tem como foco principal as PMEs que nascem para serem internacionais. São diversos os nomes para designar este fenômeno que descreve uma nova forma de internacionalização. Moen (2001) destaca que os mais utilizados são: born globals (RENNIE, 1993; KNIGHT e CAVUSGIL, 1996; MADSEN e SERVAIS, 1997), global start-ups (MAMIS, 1989; JOLLY et al 1992); international new ventures (McDOUGALL et. Al, 1994); e instant 5

6 international (PREECE et al., 1998). Na tabela 1, se observam os fatores que tem incidido no surgimento das empresas BG. Âmbito Mudanças Incremento na velocidade, qualidade e eficiência de comunicações e transporte Tecnológico internacional. Desenvolvimento em tecnologias de informação. Novas e flexíveis tecnologias de produção. Incremento na homogeneização de mercados em países distantes. Mercado Incremento da importância de nichos de mercado. Incremento no número de executivos e empreendedores com experiência previa em Cultural negócios internacionais. Incremento da mobilidade do capital humano. Incremento no número de estudantes com experiência internacional. Político Redução das barreiras com aranceis. Financeiro Aumento da viabilidade de oportunidades financeiras internacionais. Tabela 1 - Fatores que incidiram no surgimento das born globals Fonte: Räisänen (2003), adaptado de Oviatt e McDougall (1994); Madsen e Servais (1997); Moen e Servais (2002) O conceito de BG é definido por Oviatt e McDougall (1993) como organizações comerciais que, desde o principio, buscam desenvolver uma vantagem competitiva significativa do uso de recursos e da venda de produtos ou serviços em múltiplos países. Oviatt e McDougall (1994) as definem como aquelas empresas que têm uma proativa estratégia internacional e um compromisso para vender seus produtos ou serviços nos mercados internacionais, mas não necessariamente possuem ativos no exterior. Madsen e Servais (1997) descrevem as BG como as empresas que adotam uma postura internacional ou proximidade global desde seu nascimento ou muito brevemente depois disto. Knight e Cavusgil (1996) fazem una descrição mais específica e definem as BG como sempresas que têm, pelo menos, 25% de suas vendas no exterior, tendo iniciado as atividades de exportação dentro dos três anos após seu nascimento. Na tabela 2, se apresentam as principais diferenças entre as empresas tradicionais e as empresas born globals. Empresas Tradicionais Empresas Born Globals 6

7 Motivação para se internacionalizar Objetivos Internacionais Modelo de Expansão Internacional Passos Método de Distribuição Estratégia Internacional Reativo Adverso a condições de mercado interno As ordens lhes são requeridas, não as solicita. Gestores relutantes. Os custos de novos processos de produção obrigam o início da exportação Crescimento e sobrevivência da firma. Incrementar os volumes de venda. Ganhar participação de mercado. Estender o ciclo de vida do produto born again. Incremental. Primeiro, expansão doméstica. Foco em mercados psíquicos Low tech / menos sofisticados mercados targeted. Limitada evidência de redes. Gradual Lenta internacionalização (pequeno número de mercados de exportação) Um só mercado por um tempo. Adaptação da oferta existente. Convencional Uso de agentes distribuidores ou varejo. Direto aos clientes. Ad-hoc e oportunista. Evidência de uma continua conduta reativa às oportunidades de exportação. Expansão atomizada com novos clientes/mercados não relacionados. Proativo Nichos de mercado globais. Buscador Ativo Gestores comprometidos. Internacional desde sua concepção. Vantagem Competitiva. Ser o primeiro em mover-se. Observar os clientes. Rápida penetração de nichos globais ou segmentos. Proteção e exploração da propriedade do conhecimento. Coexistente. Expansão doméstica e exportações simultâneas ou próximas. Foco em mercados primazia Evidência de clientes followership Forte evidência de redes Rápido Rápida internacionalização (ampliação do número de mercados de exportação) Muitos mercados ao mesmo tempo. Desenvolvimento de novos produtos globais. Flexível Uso de agentes ou distribuidores, mas também, evidência de integração com os canais de clientes, uso de licenças, joint ventures, produção no estrangeiro, etc. Estruturada. Evidência de planejamento da expansão internacional. Expansão de redes internacionais. Tabela 2 - Diferenças na Internacionalização de Empresas Tradicionais e Born Globals Fonte: Bell e McNaughton (2001) 7

8 Tradicionalmente, os estudos de BG têm sido focados em setores intensivos em conhecimento, porém, Bell e McNaughton (2001), realizaram um estudo empírico no setor pesqueiro de Nova Zelândia donde encontraram que a maioria das empresas tinham se internacionalizado da mesma forma que as BG. Eles concluíram sua pesquisa destacando que embora a literatura de BG tem se focado principalmente nas empresas intensivas em conhecimento e considerem que o fenômeno é recente e se restringe a tais empresas, nesta pesquisa os resultados mostram que este fenômenos também se apresenta em um setor tradicional (como é o caso de setor pesqueiro neste país) e não intensivo em conhecimento, além de não ter uma origem recente. 3. METODOLOGIA O atual trabalho caracteriza-se por ser uma pesquisa qualitativa, considerando que foi feita uma coleta de dados sem medição numérica para desenvolver ou aperfeiçoar o problema de pesquisa, conforme definido por Sampieri et al (2006, p. 6). Quanto à classificação do tipo de pesquisa, o estudo se caracterizada por ser uma pesquisa descritiva, a qual procura especificar as propriedades, as características e os perfis importantes de pessoas, grupos, comunidades ou qualquer outro fenômeno que se submeta a análise (DANKE, 1989 apud SAMPIERI et al, 2006, p. 101). Para os efeitos deste estudo, os fenômenos que serão analisados são a internacionalização do álcool carburante brasileiro e a existência de novos empreendimentos de caráter internacional, os quais constituem o problema de pesquisa. Foram escolhidos cinco exemplos de empresas com o perfil buscado, selecionadas com base em lista divulgada pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e, também, com base em comentários do Sr. Artur Milanez, analista do Departamento de Biocombustíveis do Banco e de produtores. Foram, portanto, utilizados dados primários obtidos através de entrevistas via 8

9 telefone e aplicação de um questionário semi-estruturado, assim como dados secundários, através de levantamento bibliográfico e pesquisa setorial das empresas estudadas 4. APRESENTAÇÃO DO SETOR SUCRO-ALCOOLEIRO DO BRASIL 4.1 Antes do processo de desregulamentação do setor O plantio da cana-de-açúcar no Brasil e sua transformação industrial, é uma das atividades econômicas mais antigas e tradicionais do Brasil. Os anos 30 e 40 do século passado correspondem a uma etapa de grande desenvolvimento açucareiro do Brasil, agora estendido principalmente ao Estado de São Paulo e à região norte do Estado do Rio de Janeiro. A escassez de derivados de petróleo, decorrente da 2 ª Guerra Mundial, fez o governo criar diversos incentivos para a produção de álcool. Em 1941, fixou-se em 20% o teor de álcool anidro na mistura com a gasolina. Em 1942, pelo Decreto-Lei No , foram estabelecidos preços mínimos para o álcool e para as matérias-primas destinadas à sua fabricação. Em 1945, numa tentativa fracassada de aumentar a produção de álcool anidro, o governo impôs a criação de destilarias às usinas que quisessem aumentar suas cotas de produção de açúcar. No que se refere à produção de açúcar na década de 1950, SZMRECSÁNYI explica: Essa expansão foi determinada em boa parte pela crescente demanda do mercado interno, devido aos efeitos de uma intensa industrialização e urbanização no centro-sul do país. Esse crescimento da produção açucareira superou amplamente o seu consumo, e fez com que o país voltasse a figurar entre os grandes exportadores do produto. (SZMRECSÁNYI, 1979; p. 46). A década de 1960 foi marcada por diversas medidas do governo com a finalidade de incentivar as exportações de açúcar, culminando, entretanto, com uma superprodução e deterioração dos preços no mercado mundial em meados de Já a década de 70 foi caracterizada por alguns incentivos criados pelo governo para aumentar a produtividade agrícola e industrial do setor canavieiro e assim, aumentar a produção, reduzir custos e, conseqüentemente, incrementar as exportações. 9

10 Voltando à questão do álcool, mais especificamente na segunda metade da década de 1970, esse produto passou a ter uma maior importância na política energética do Brasil, em vista da vulnerabilidade do País frente ao aumento do preço do barril de petróleo pelos países membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), ocorrido em 1973, os quais elevaram sensivelmente o preço do barril de US$ 2,90 para US$ 11,65 em apenas três meses, devido à guerra entre árabes e israelenses. O segundo choque aconteceu em 1979, como conseqüência da paralisação da produção iraniana, elevando o preço médio do barril ao equivalente a US$ 80 daquela época. (FOLHA ONLINE, 2005). Países como o Brasil, em que o petróleo era o principal energético, correspondendo a 43% da sua matriz energética e considerando que 78% do petróleo consumido era importado, tiveram um grande déficit em suas balanças comerciais. (ENERGIA BRASIL, 2004). Com o intuito de com o intuito de criar autonomia energética mediante o uso de um combustível limpo e renovável, o presidente Geisel desenvolve o Programa Brasileiro de Álcool Combustível (PROÁLCOOL), em 1975, sendo este um exemplo de programa energético. Com o lançamento do Proálcool foram criados diversos incentivos e subsídios por parte do governo, tanto para os usineiros, quanto para a indústria automobilística, com a finalidade de viabilizar o programa, que prometia ser o propulsor da utilização em larga escala do álcool. (RAMOS, 2003). 4.2 Após o processo de desregulamentação O processo de desregulamentação e abertura econômica do Brasil, no final da década de 80 e início dos anos 90, afetou diretamente o sucesso deste programa energético. De acordo com Moraes (2000), a desregulamentação da economia, iniciada no ano de 1988, fez com que o setor enfrentasse uma enorme crise, em vista do afastamento da intervenção do governo na política do setor, eliminandose, paulatinamente, todos os subsídios, financiamentos, incentivos e regulamentações. Para agravar 10

11 ainda mais essa situação, o preço internacional do petróleo nesses anos diminui, reduzindo o diferencial de preços entre a gasolina e o álcool, o qual afetou diretamente a competitividade do álcool. Além disso, o aumento do preço internacional do açúcar entre 1989 e 1990, deu aos usineiros a oportunidade de vendê-lo em dólar no mercado internacional, minimizando a produção e oferta de álcool, agravada pela falta de competitividade do produto no mercado interno. Por tal motivo, houve uma escassez do combustível no mercado, refletindo negativamente na produção e venda de carros a álcool, sendo que a produção caiu de 63% em 1988 até chegar a 0,09% em O processo de desregulamentação trouxe importantes mudanças para o setor impactando através das novas regulamentações e transformações necessárias para que este processo fosse levado a cabo. Diante deste novo cenário, o setor ficou sem nenhum tipo de quotas ou limitações que fixassem os volumes de produção ou os preços dos produtos finais, os quais ficaram submetidos totalmente às condições de mercado até os dias de hoje. Algumas das empresas produtoras de açúcar e álcool não se adaptaram à nova situação com a velocidade requerida e conseqüentemente não conseguiram sobreviver à crise antes mencionada. Por exemplo, em 1996 o Brasil contava com 320 unidades produtoras, atualmente, 28 delas desapareceram. A explicação do Departamento de Açúcar e Álcool do Ministério de Agricultura é simples e objetiva: com a desregulamentação sobreviveu quem ainda mantinha um elevado nível de competitividade. A redução foi principalmente nas destilarias autônomas cujo número passou de 170 para 50. (JORNALCANA, 2003; p. 18). Da mesma forma, ocorreu um importante processo de concentração da produção e mais recentemente, a entrada de capital estrangeiro no setor açucareiro brasileiro. Um exemplo disso são alguns importantes grupos açucareiros internacionais, como Louis Dreyfus, Glencore e Béghin-Say, os quais adquiriram ações e/ou unidades completas de produção de açúcar e álcool no Brasil, sendo um 11

12 forte indicador de que o processo de desregulamentação do setor tem atingido um nível de estabilidade e que existe uma opinião favorável em nível internacional de um futuro promissor para o setor. Entre os anos 2000 e 2002, pelo menos 40 unidades, a maior parte da região Centro/Sul, se fundiram e foram adquiridas por grupos maiores. Se destacam nesse processo de incorporação de unidades alguns grupos como o COSAN, que com 12 unidades, entre elas algumas das maiores do país, como Usina da Barra e Costa Pinto, é hoje uma das maiores empresas açucareiras do mundo. O Grupo José Pessoa manteve também nos últimos anos um paulatino processo de aquisição de unidades, em diferentes estados, e dispõe hoje de um total de 8 fábricas em operação. Este fenômeno de fusão se encontra ainda em processo de desenvolvimento, mas já pode ser observada uma tendência importante no que se refere à criação de novas unidades, principalmente em algumas regiões como o oeste de São Paulo (região de Araçatuba e Rio Preto, na divisa com Mato Grosso do Sul) e no Sul de Minas Gerais (Triângulo Mineiro). Se por um lado, a desregulamentação gerou uma crise no país, obrigou ao setor a criar uma série de ações voltadas a aumentar a eficiência produtiva, sendo hoje o mais eficiente e um dos maiores produtores desse combustível. Estima-se que o Proálcool representou, até o ano de 2000, uma economia de divisas ao País da ordem de U$ 43,5 bilhões de dólares. (SINDAÇÚCAR, 2005). Nos últimos anos, face à tendência de alta no preço do barril do petróleo, evidencia-se uma retomada na preocupação de incentivar o uso do álcool como combustível, motivado também, pela comercialização dos carros flex-fuel. 4.3 Entrada de capital estrangeiro no setor, surgimento de novos entrantes e novos pedidos de estabelecimento de usinas O setor sucro-alcooleiro vem adquirindo características bastante particulares após a desregulamentação ocorrida nas últimas décadas. A forte demanda pelo combustível, gerada por um mercado interno grande e expressivo e, também, por um mercado externo crescente, impulsionam 12

13 produtores nacionais a expandirem sua oferta e estrangeiros a se inserirem neste mercado, fato que é comprovado pelo aumento do investimento em novas plantas e ampliações e modernizações de unidades produtoras já existentes. Uma evidência disto é, o número de usinas em operação no país, o qual vem aumentando consistentemente de um ano para outro: enquanto que no final de 2007 o número de usinas em operação era 371 unidades com produção de açúcar, álcool ou mista; em meados de 2008 este número já registrava 392 unidades, ou seja, houve um acréscimo de 21 novas unidades que entraram em operação (MINISTÉRIO DA AGRICULTURA, PECUÁRIA E ABASTECIMENTO- DEPARTAMENTO DA CANA-DE-AÇÚCAR E BIOENERGIA, 2008). Os pedidos de construção de novas usinas vêm, portanto, crescendo em ritmo acelerado. Dentro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), órgão que tem como objetivo apoiar empreendimentos que possam contribuir com o desenvolvimento do país, foi criado um Departamento de Biocombustíveis (DEBIO), no final do ano de 2007, e que já possui em carteira 77 novas operações, fato que pode mesmo demonstrar a atenção que o tema vem adquirindo dentro das esferas públicas, seguindo uma tendência mundial em direção à substituição de combustíveis fósseis por outras fontes alternativas de energia. A criação do departamento foi motivada por este crescimento no número de pedidos para implantação de novas unidades produtoras, revelando a prioridade da organização em apoiar um setor que vem se mostrando estratégico para o país. Para financiamentos destinados exclusivamente ao setor sucro-alcooleiro, o banco dispõe de uma carteira de investimentos que já soma R$ 19,7 bilhões e indica o aumento no número de novos projetos que a instituição deverá apoiar (BNDES, 2007). Segundo declaração de Jorge Kalache, superintendente da área industrial do banco, a produção de etanol nestes novos projetos predomina, em relação a outros produtos derivados da cana-de-açúcar. Ainda, Kalache declara que estas novas empresas já nascem com uma orientação para atender ao mercado externo, tendo em vista as boas oportunidades que este vem sinalizando. Outro foco de 13

14 atuação desenvolvido pelo BNDES é, de fato, o apoio à internacionalização das empresas. (BNDES, 2007).É importante sinalizar o perfil destes novos empreendimentos, uma vez que podem ser apontadas duas tendências no setor: a entrada maciça e crescente de capital estrangeiro no mercado sucro-alcooleiro brasileiro e, também, a entrada de novos conglomerados que não vêm deste setor, originalmente. Alguns dos grandes nomes de grupos estrangeiros que já são renomados neste setor, atualmente, encontram-se gigantes franceses como Tereos, que controla a Açúcar Guarani e Louis Dreyfus Commodities, que vem participando através da compra e construção de novas usinas. O mega investidor George Soros, originário do segmento financeiro, investiu uma grande quantia recentemente para a construção do que deverá ser o maior projeto de produção de etanol do Brasil. (ISTO É DINHEIRO, 2007). Estas tendências vêm se consolidando, conforme exposto no item anterior, através de processos de fusões, aquisições, participações societárias em grupos produtores e até mesmo mediante a construção de novas plantas produtoras, em projetos de greenfield. Com relação a este último ponto, existem, atualmente, alguns exemplos importantes demega projetos de construções de novas plantas por grupos como Louis Dreyfus Commodities, ETH (empresa do grupo de construção e petroquímica Odebrecht) e Brenco, que serão apresentados nos próximos itens. Segundo detalhamento de novos projetos já aprovados e contratados até maio de 2008, disponibilizado pelo Sr. Artur Milanez, funcionário do BNDES, em contato estabelecido via telefone e correio eletrônico, foram apoiados 14 projetos destinados apenas à produção de etanol, dentro de uma carteira de 59 novas unidades. Segundo o entrevistado, a orientação estratégica destes novos projetos ainda é o mercado interno, estando, porém, implícita uma estratégia exportadora, ainda que em uma fase posterior, em virtude dos entraves atuais que se colocam à comercialização mundial do combustível. De acordo com o mesmo, o principal mercado consumidor do etanol brasileiro ainda são os Estados Unidos, os quais 14

15 possuem, ao mesmo tempo, uma grande produção de etanol com fortes subsídios, além de praticarem altas tarifas de importação ao etanol brasileiro. Além dos Estados Unidos, o Japão vem demonstrando ser um mercado mais acessível, uma vez que possui uma produção interna quase insignificante, sendo que a japonesa Mitsui e a Petrobras têm declarado investimentos em parcerias, tanto na construção de novas usinas, quanto na construção do alcoolduto que deverá ligar Goiás e São Paulo. Grande parte destes novos projetos está focada, ainda, na região Sudeste do país, maior região produtora, com concentração nos Estados de São Paulo e Minas Gerais. Porém, evidencia-se um crescimento no número de projetos com vistas aos Estados da região Centro-Oeste, tais como Goiás e Mato Grosso do Sul, uma vez que vem sendo estudada a viabilidade de implantação de um alcoolduto, já mencionado anteriormente, que deve ligar cidades desta última região com terminais do Sudeste, facilitando o escoamento da produção e constituindo uma via que fará parte do corredor de exportação do etanol (PROCANA, 2008). Um aspecto que merece atenção é o fato de que a construção deste duto vem sendo motivada pelas intenções de inserção no mercado de etanol da Petrobrás (tradicional companhia nacional que atua na exploração de petróleo), a qual pretende ser acionista de novas destilarias, principalmente nos Estados de Goiás e Minas Gerais, com vistas a exportar toda a produção. A seguir serão explorados alguns exemplos de novos nomes do setor sucro-alcooleiro que constituem exemplos claros de novos projetos que visam a usufruir das boas perspectivas de ganhos no mercado externo tendo uma clara orientação para este mercado ETH Bioenergia A ETH Bioenergia é uma empresa pertencente ao grupo Odebrecht, criada em meados de 2007 para atuar na produção de açúcar, álcool carburante e energia, integrando comercialização e logística à sua produção. O objetivo desta nova empresa é tornar-se um dos líderes deste segmento nos próximos dez anos e, para isso, vem disponibilizando em torno de R$ 5 bilhões apara a construção de três pólos 15

16 produtivos nos Estados de São Paulo, Goiás e Mato Grosso do Sul, totalizando 11 novas usinas (ETH, 2008). A opção de atuar no setor sucro-alcooleiro faz parte das decisões do Grupo Odebrecht de ampliar e diversificar suas áreas de atuação, sendo que o setor foi escolhido deliberadamente, em virtude de seu alto potencial de crescimento nacional e internacionalmente, além de usufruir da alta competitividade do Brasil neste segmento. A empresa possui duas plantas já em operação, resultado da compra de duas usinas, sendo uma no Estado de São Paulo- a Destilaria Alcídia- e outra no Estado do Mato Grosso do Sul, localização estratégica em vista do pólo que está sendo implementado na região, com a construção de futuras unidades industriais que deverão facilitar o escoamento dos produtos. Além destas, mais nove unidades estão em construção, devendo iniciar suas atividades no futuro. Indicada pelo Sr. Artur Milanez, do BNDES, como um dos grandes projetos em construção que deverão possuir uma forte orientação para o atendimento ao mercado externo, em virtude da magnitude de investimentos, a ETH Bioenergia deverá adotar tecnologia avançada para obter economias de escala e ganhos em produtividade no cultivo da matéria-prima. Além disso, para garantir o atendimento dos mercados nacional e internacional, a organização deverá atuar como uma trading, de maneira a integrar produtores independentes à sua cadeia (ETH, 2008). É fundamental destacar o alto planejamento e investimento em logística para que estes objetivos sejam alcançados, tanto no Brasil, quanto no exterior. A empresa já vem avaliando sua participação em alcooldutos, hidrovias e terminais que deverão levar o etanol produzido aos portos e mercados, além de já estar iniciando aportes significativos em infra-estrutura para o combustível no exterior, a começar com unidades de armazenamento e três portos no Estado americano da Flórida, nas cidades de Tampa, Jacksonville, e Port Everglades. A empresa já conta com um escritório comercial e de desenvolvimento de novos negócios neste país, uma vez que o mercado norte-americano é considerado estratégico para o grupo. Na Flórida 16

17 ainda não se exige que uma porcentagem de álcool seja adicionada à gasolina, porém, um projeto de lei em discussão visa a tornar esta mistura obrigatória, podendo movimentar 3,2 bilhões de litros por ano. Dessa forma, a empresa deverá constituir uma usina de desidratação no Caribe, que servirá de base para exportação do álcool para os Estados Unidos. Em sua participação acionária, podemos observar, desde o início, as tendências apontadas anteriormente, para a entrada de grupos de outros segmentos neste setor e para o ingresso maciço de capital estrangeiro nas estruturas de capital das empresas. Neste caso, a ETH Bioenergia é a mais nova empresa controlada pelo Grupo Odebrecht, líder na América Latina nos setores de engenharia, construção, química e petroquímica. Um parceiro na ETH desde o final de 2007, é a japonesa Sojitz Corporation, que participa com 33,3% do capital da empresa, sendo, portanto, uma sócia estratégica neste negócio. A Sojitz Corporation é uma trading multinacional que atua na comercialização de commodities através de 72 escritórios e 621 subsidiárias em diversos países. É importante destacar que, apesar de possuir produção mista, o foco da empresa será o mercado do etanol Usina Monterey A Usina Monterey é a segunda usina pertencente ao Grupo Ruette, e está localizada no município de Ubarana, tendo sido inaugurada no mês de abril de Segundo Antônio Celidonio Ruette apud UDOP (2008), a unidade deve iniciar sua primeira safra com uma moagem de mil toneladas de cana-de-açúcar, destinadas à produção do etanol, sendo que o açúcar deverá ser produzido a partir da safra seguinte. Segundo o Sr. José Biéla, coordenador administrativo-financeiro da empresa, em contato estabelecido via correio eletrônico, a usina foi construída para atender a demanda crescente pelo etanol brasileiro, com o objetivo de exportar logo nesta primeira safra 20% da produção do combustível, sendo prospectado, realmente, o mercado exportador, onde a perspectiva de ganhos é 17

18 mais promissora. Os mercados mais atraentes seriam, de fato, os mercados europeus e asiáticos, porém, neste momento, os Estados Unidos continuam sendo o maior importador de etanol. O meio de entrada no mercado externo será feito através de exportações indiretas, utilizando-se os serviços de uma trading, pois a empresa não possui domínio sobre toda a cadeia de produção. No entanto, segundo o entrevistado, o mercado interno possui demanda crescente e significativa, porém o número de usinas que já existem no país é capaz de atendê-la. O crescente número de usinas e destilarias em implantação se deve, efetivamente, ao objetivo de atender principalmente o mercado externo, principalmente em projetos onde há uma expressiva participação de capital estrangeiro em sua composição acionária, a exemplo da Brenco, que será abordado posteriormente LDC Bioenergia O grupo francês Louis Dreyfus é uma organização internacional de empresas que possui como atividade principal o comércio e processamento mundial de commodities agrícolas e de energia. Estas atividades são desenvolvidas desde 1851 e hoje figura entre os três maiores exportadores de açúcar do mundo. No Brasil, suas atividades tiveram início em 2000, com a aquisição da Usina Cresciumal, e atua hoje na produção de açúcar e álcool (LOUIS DREYFUS, 2008). Hoje possui sete unidades industriais em operação, sendo elas: Usinas Maracaju e Passa Tempo, no Estado do Mato Grosso do Sul; Usinas Cresciumal, São Carlos e Luciânia, na região Sudeste do país, nos Estados de Minas Gerais e São Paulo; Usina Estiva e Destilaria Giasa, na região Nordeste. (TRIBUNA DO NORTE, 2008) Indicada pelo entrevistado, Sr. Artur Milanez, como sendo, também, uma empresa com projetos de grande porte e com forte orientação para o mercado exterior, a Louis Dreyfus Commodities apresentou recentes projetos de usinas, tanto de expansão, quanto de implementações, em diversos municípios no Estado do Mato Grosso do Sul, entre eles Rio Brilhante, em um investimento de mais 18

19 de R$ ,00, segundo lista de projetos aprovados e contratados recentemente, disponibilizada pelo BNDES. Para a atual subsidiária do grupo no Brasil, a safra atual deverá ser de recuperação de exportações, o qual pretende dobrar suas exportações de açúcar. No ano anterior o grupo dobrou sua capacidade de moagem ao comprar usinas do grupo Tavares de Melo (UDOP, 2008) Brenco A Companhia de Energia Renovável Brasileira (BRENCO) é uma empresa que iniciou suas operações no início do ano de 2007 e que vem investindo na construção de 10 novas usinas destinadas à produção de álcool anidro e hidratado, com o objetivo de se tornar uma das maiores produtoras mundiais de etanol de cana-de-açúcar, exclusivamente. Também apontada pelo Sr. Artur Milanez, e pelo Sr. José Biela, da Usina Monterey, como um exemplo dos grandes projetos da atualidade que deverão possuir uma forte orientação para o mercado externo. Em virtude da grandeza dos investimentos e dos projetos em desenvolvimento, a empresa busca atuar neste segmento não apenas através da produção do combustível, planejada para cerca de 3,8 bilhões de litros, mas, também, pela comercialização e distribuição, atuando de maneira integrada para desenvolver o mercado do etanol não apenas no mercado interno, mas, também e no mercado externo (SOCIEDADE RURAL BRASILEIRA, 2008). Comprovando as tendências atuais do setor, mencionadas anteriormente e que incluem a entrada de grupos estrangeiros neste mercado e, também, daqueles que não são atores do mesmo, originalmente, vemos, na composição societária da empresa, investidores brasileiros e norteamericanos, que incluem o grupo Khosla Ventures- empresa de capital de risco do mega-investidor indiano Vinod Khosla; The Yucaipa Companies- firma de investimentos do bilionário Ron Burkle; Grupo Semco- grupo que atua nas áreas de equipamentos industriais e soluções para gerenciamento postal e de documentos; Tarpon Investments- uma das maiores gestoras de recursos da América do 19

20 Sul, com foco em investimentos em ações e empresas de capital fechado; Amber Capital- fundo de investimentos americano com sede em Nova Iorque; por fim, Ashmore Energy International- empresa norte-americana que atua no segmento de transportes e distribuição de gás natural e energia. Com relação às questões produtivas, a mesma vem investindo no cultivo da cana-de-açúcar em pólos agroindustriais através de plantas detentoras de tecnologia de ponta. Entre seus objetivos, está o de possuir unidades em pólos bioenergéticos com ao menos duas unidades em um raio de 100 kilômetros, na região Centro-Oeste brasileira. Atualmente existem oito projetos em andamento: Alto de Taquari, no Estado do Mato Grosso. Água Emendada, Morro Vermelho, Petrolândia e Itajá, no Estado de Goiás. Costa Rica, Parnaíba I e Parnaíba II, no Estado do Mato Grosso do Sul. Duas destas unidades deverão entrar em operação em 2009; 4 devem iniciar a produção em 2010 e 4, ainda, deverão iniciar até Para atender seu objetivo de grande escala na produção de álcool, a empresa visa, ainda a possuir a infra-estrutura necessária para o escoamento da produção, tendo escolhido o alcoolduto como sua alternativa de transporte preferencial, sendo que a safra prevista para 2011, período que deve marcar o início das exportações, já deverá ser escoada pelo duto (BRENCO, 2008). 5. ANÁLISE DOS RESULTADOS Pelo que foi exposto até o momento, comprovam-se as tendências apresentadas anteriormente, de que grupos estrangeiros, com atuação prévia no setor ou não, vêm realizando aportes significativos em grandes projetos de usinas, com vistas a serem os maiores produtores mundiais de etanol, principalmente, conforme os exemplos abordados. Deve-se deixar claro que são tais exemplos que estão sendo estudados, procurando-se estabelecer uma relação entre os mesmos e os conceitos de born globals. Tendo-se observado tais considerações, evidencia-se que existem determinadas 20

21 características, presentes nos casos expostos, que permitem a aplicação desse conceito teórico (BG), devendo ser guardadas as devidas proporções. Observando-se o caso da ETH Bioenergia, primeiramente, é possível aplicar o conceito de born global em um primeiro momento, uma vez que se trata de um empreendimento novo, criado em 2007, e com foco, sobretudo, no atendimento ao mercado externo. Isto é visível ao observarmos a idade da empresa, seu objetivo de tornar-se um dos principais players do mercado sucro-alcooleiro mundial e a integração da produção à logística, comprovada pela estrutura criada para facilitar o escoamento de sua produção, havendo locais específicos de armazenagem e escritórios de vendas em outros países. Tudo isso contribui para evidenciar o caráter proativo da organização, ao mover-se em direção a oportunidades que vêm sendo prospectadas para o futuro, comprovando o perfil internacional que a companhia deve adotar a partir das primeiras safras produzidas. No entanto, em uma observação mais cuidadosa, deve-se atentar ao fato de que, contradizendo a teoria, não se trata de um empreendimento de pequeno porte e sim de um megaprojeto, amparado pelo Grupo Odebrecht. Em segundo lugar, observa-se a Usina Monterey, do Grupo Ruette, com 100% de capital nacional, e que passou por um processo de expansão através da construção de uma nova usina, inaugurada em abril de 2008, com vistas ao mercado externo, principalmente EUA e Ásia. Estas perspectivas, podem contribuir para a aplicação do conceito de born global para este caso, especificamente. Apesar de, diferentemente do caso da ETH Bioenergia, esta empresa não esta se antecipando à demanda prospectada para o etanol, mas respondendo à demanda atual por este produto. Ainda, pode ser possível considerar a Usina Monterey um caso de born global do setor, por ter sido criada pelo Grupo Ruette para atender à crescente demanda externa pelo produto brasileiro. Novamente, este exemplo não caracteriza um pequeno empreendimento. Analisando-se o terceiro exemplo, da Louis Dreyfus Commodities Bioenergia, é possível observar características similares. O braço do grupo Louis Dreyfus no Brasil é atualmente, um dos maiores 21

22 produtores do setor sucro-alcooleiro do país, atendendo tanto ao mercado interno, quanto ao mercado externo, com uma produção expressiva. O grupo atua no Brasil desde 2000, e vem passando por um processo de expansão através da compra de usinas de outros grupos e investimentos, e, em função disso, foi indicada pelo especialista do BNDES como um dos projetos com perfil internacional. Com relação à aplicação do conceito de born global neste caso, o mesmo parece não se aplicar totalmente, pois, mesmo tendo ampliado sua capacidade para aumentar suas exportações, as usinas são parte do tradicional grupo francês Louis Dreyfus Commodities, e constituindo projetos de porte grande. A Brenco, citada como quarto exemplo ao longo do trabalho, possui perfil bastante similar ao da ETH Bioenergia. Criada em 2007, constitui um megaprojeto do setor, com vistas a tornar-se um dos maiores produtores mundiais de álcool. Assim como a empresa do Grupo Odebrecht, a Brenco também possui uma postura proativa, movendo-se em direção às oportunidades futuras que estão sendo projetadas para o mercado de etanol, buscando criar mercados nacionais e internacionais para este produto. Outro fato que comprova o caráter internacional desta empresa recém-estabelecida, é a integração da produção aos meios de distribuição, facilitando a comercialização do produto nos principais mercados internacionais. Entretanto, a Brenco também não está totalmente de acordo com a teoria proposta, uma vez que não se trata de um empreendimento pequeno ou médio, e sim de um projeto de grande porte, amparado por investidores renomados no mercado financeiro internacional, que viram no etanol uma oportunidade para diversificar seus investimentos e ampliar seus ganhos. 6. CONSIDERAÇÕES FINAIS O mercado internacional de etanol vem apresentando boas perspectivas para o futuro, atraindo investimentos para o setor sucroalcooleiro do Brasil, tendo-se em vista a competitividade do país neste segmento, em virtude da utilização da cana-de-açúcar como matéria-prima. Com isto, novas empresas e usinas vêm sendo implementadas para que consigam parcelas maiores neste mercado em expansão nacional e internacionalmente. 22

23 No entanto, mesmo sendo empreendimentos de perfil internacional, não se pode aplicar o conceito de born globals em sua totalidade, uma vez que existem algumas particularidades deste setor que inviabilizam a aplicação da teoria a todos os casos. Por exigir um volume alto de investimentos, as novas usinas já nascem com um porte significativo, contrariando a teoria, a qual diz que as born globals são, majoritariamente, pequenas e médias empresas. Além disso, o mercado interno de açúcar e etanol é expressivo, impulsionado, principalmente, pela comercialização dos carros bi-combustíveis, gerando uma demanda interna bastante atraente. É importante ressaltar que muitos grupos de origem nacional visam atender a esta demanda interna, em um primeiro momento e expandir-se posteriormente, caso exista esta necessidade, fato que é possibilitado pela flexibilidade das plantas produtivas. Assim, estes grupos podem não se adequar ao conceito estudado, uma vez que apresentam uma postura mais reativa com relação ao mercado externo. Já os grupos de origem internacional parecem apresentar uma visão de longo prazo maior, com foco na demanda futura do mercado internacional, que deverá expandir-se consideravelmente. Por serem grupos oriundos de outros segmentos, e que buscam no etanol uma maneira de diversificar seus investimentos e usufruir destas boas oportunidades, apresentam um perfil mais proativo, buscando, muitas vezes, integrar a produção à logistica e à comercialização, de maneira a construir uma vantagem competitiva desde o início. Neste sentido, estes grupos podem ser considerados born globals, desde que seja destacado o fato de que não são empreendimentos de pequeno porte, pois isso não é permitido pelo próprio setor de atuação, e que são amparados por grupos vindos de outros segmentos que fazem aportes financeiros expressivos para dar viabilidade a tais projetos. Conclui-se, então, que o conceito de born global se aplica ao setor, porém, de maneira limitada, em virtude das suas características e peculiaridades. Existem, de fato, empreendimentos novos que possuem uma estratégia exportadora implícita, ainda que em um segundo momento. No entanto, são empreendimentos que têm origens diversas daquelas apontadas pela teoria de born global. 23

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