4. Modelo Monetarista 4.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM

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1 4. Modelo Monetarista 4.1. Demanda por moeda em Friedman: o restabelecimento da TQM Carvalho et al. (2015: cap. 6) 06/05/2019 1

2 Monetaristas Como reação à síntese neoclássica e a crença no trade-off estável entre inflação e desemprego, os monetaristas reformulam a teoria quantitativa da moeda, retomando as bases propostas na versão de Cambridge e aprimorando a especificação da função de demanda por moeda, mas reafirmam as conclusões principais - o papel determinante da renda em relação à demanda por moeda e a neutralidade da moeda no longo prazo. Em acordo com a tradição clássica, os autores mantêm a determinação do nível de produto e emprego no longo prazo a partir da tecnologia, acumulação de capital, crescimento populacional e preferências, sendo a oferta de moeda capaz de afetar apenas os níveis de preços. Mas reconhecem e formalizam a possibilidade de variações na oferta de moeda terem efeitos reais no curto prazo. 06/05/2019 2

3 Monetaristas e Friedman O autor de maior destaque desta escola é Milton Friedman. Friedman, em seu artigo "A teoria quantitativa da moeda - uma reafirmação" de 1956, identifica a TQM como uma teoria da demanda por moeda (e não do produto ou do nível de preços) inserida no contexto de uma teoria de alocação de portfólio (teoria de capital), sendo a moeda uma espécie de "ativo" que constitui uma alternativa, dentre várias, para se manter a riqueza. Ele compara a decisão de demandar moeda (ou qualquer outro ativo) à decisão de demanda por um bem de consumo, considerando, portanto, a restrição orçamentária (estoque de riqueza), gostos e preferências e o preço e retorno dos diversos ativos em contexto de maximização de utilidade do fluxo de renda gerada pelo portfólio. 06/05/2019 3

4 Restrição Orçamentária A riqueza total, humana e não-humana, estaria associada aos diversos ativos disponíveis (moeda, títulos, propriedades, bens duráveis e capital humano) que são capazes de gerar alguma fonte de renda para seus proprietários. Dada a dificuldade de calcular o estoque de ativos (ex. ativos de diferentes gerações ), então Friedman sugere que a riqueza seja calculada de maneira aproximada como o valor presente do fluxo de renda esperado a partir da posse do conjunto de ativos: W = / r 06/05/2019 4

5 Restrição Orçamentária Vale notar que = W.r representa a renda permanente, isto é, reflete a capacidade de usufruto permanente da riqueza existente, desprezando-se flutuações conjunturais. Seu cálculo é aproximado pelas rendas médias correntes e passadas geradas pelo total de ativos. Assim, a influência da restrição orçamentária associada ao estoque de riqueza sobre a demanda por moeda poderia ser capturada pelo nível de renda permanente da economia: Md = f(), sendo dmd/d > 0. 06/05/2019 5

6 Restrição Orçamentária Moeda M Md a Curva Indiferença Md Md a a CI Z Outras formas de riqueza Z Z CI Z 06/05/2019 6

7 Restrição Orçamentária Capital Humano Ativo com expectativa de fluxo periódico de pagamento sob a forma de salários decorrente do emprego em atividade produtiva. Como o "capital humano" (Rh) é um ativo de baixa liquidez, uma vez que não se negocia o próprio ativo, o ser humano, mas apenas o serviço prestado por ele, o trabalho, que será remunerado sob a forma de salário, então, quão maior a participação do capital humano no estoque de riqueza de um indivíduo, maior será a sua demanda por moeda para compensar a falta de liquidez. Md = f(w), onde dmd/dw > 0, w = Rh / Rnh e Rnh = riqueza não humana. 06/05/2019 7

8 Gostos e preferências Os agentes alocariam a sua riqueza entre os diversos ativos de forma a maximizar a utilidade gerada pela composição do fluxo de renda resultante, dadas as suas preferências. Md = f(u), onde dmd/du > 0 u = preferências e incertezas que afetam a utilidade da moeda (condições estruturais, conjunturais e de expectativa ex. distribuição de renda, estabilidade político-institucional). 06/05/2019 8

9 Gostos e preferências Moeda Md Md a a CI CI Z Z Outras formas de riqueza 06/05/2019 9

10 Preço e Retorno dos Ativos (custo de oportunidade) i) Moeda Ativo aceito como meio de pagamento a valor nominal fixo e com retorno não monetário e subjetivo associado, em geral, à comodidade e segurança, avaliados de diferentes formas e diferentes contextos; Md=f(p e ), onde dmd/dp < 0 Caso se considere a existência de inflação, então o valor nominal fixo representará uma valor real menor, diminuindo a utilidade da moeda. Neste sentido, a demanda por moeda será negativamente afetada pela inflação esperada (p e ). 06/05/

11 Preço e Retorno dos Ativos (custo de oportunidade) ii) Títulos Ativos com direito a fluxos periódicos de pagamento sob a forma de juros prefixados em termos nominais decorrentes da concessão de crédito e potencial valorização/desvalorização; iii) Ações Ativo com direito a fluxos periódicos de pagamento sob a forma de dividendos variáveis em termos nominais decorrentes do retorno das empresas e potencial valorização/desvalorização; 06/05/

12 Preço e Retorno dos Ativos (custo de oportunidade) iv) Bens Físicos Ativo produtivo com expectativa de fluxo periódico de pagamento variável sob a forma de lucro derivado da atividade produtiva das empresas (ex. máquinas bem de capital) ou da remuneração pela prestação de serviços (ex. imóveis) e potencial valorização/desvalorização; 06/05/

13 Preço e Retorno dos Ativos (custo de oportunidade) Assim, os ativos não monetários (títulos, ações e bens físicos) têm, em geral, um fluxo periódico de rendimento, como juros, dividendos, lucros e aluguéis, além de poderem sofrer valorização ou desvalorização como reflexo de mudanças em seus preços relativos. Quão maior o retorno esperado dos ativos não monetários (ra - renda fixa, rb - renda variável), maior o custo de oportunidade de se reter moeda no portfólio, portanto: Md = f(r a, r b ), onde dmd/dr a < 0 e dmd/dr b < 0 06/05/

14 Preço e Retorno dos Ativos (custo de oportunidade) Md = f(r a, r b ), onde dmd/dr a < 0 e dmd/dr b < 0 Moeda M (r a, r b ) >(r a, r b ) Md Z a Curva Indiferença Outras formas de riqueza Md Md a Z a Z CI Z 06/05/

15 Função de demanda por moeda é dada por: Md = f(, w, u, p e, r a, r b ) = renda permanente w = relação entre riqueza humana e não humana u = fatores subjetivos (preferências e incerteza) p e = inflação esperada r a = taxa de retorno esperada de ativos de renda fixa (títulos) r b = taxa de retorno esperada de ativos de renda variável (ações e bens físicos) 06/05/

16 Função de demanda por moeda e o curto prazo A função demanda por moeda, na visão de Friedman, poderia ser escrita de maneira simplificada na forma da TQM tradicional: Md = f(, w, u, p e, r a, r b ) Sendo a participação do capital humano na riqueza total, w, as preferências, u, e a expectativa de inflação, p e, relativamente estáveis no curto prazo, seria possível reescrever a função de demanda por moeda da seguinte maneira: M = k(r).p, onde a sensibilidade-juros da demanda por moeda é baixa e, portanto, k permanece estável, isto é, a velocidade-renda da moeda é previsível, mesmo sem ser constante. 06/05/

17 e a IS-LM Função de demanda por moeda e o curto prazo Md = f(, w, u, p e, r a, r b ) => M = kp Neste sentido, permanecendo k relativamente estável e a demanda por moeda com baixa elasticidade-juros, então, em termos do modelo IS-LM, teríamos: IS: = C+j bi+g 1 c 1 t = αa i LM LM: M P = k hi i Onde h baixo e b alto IS 06/05/

18 e a Política Monetária Função de demanda por moeda e o curto prazo Como, na visão dos monetaristas, a substituição entre moeda e demais ativos é pequena, i.e., a elasticidade-juros da demanda por moeda (h) é baixa, então variações na oferta de moeda, tal como na visão dos clássicos, gera grande impacto sobre a demanda. P d = C + j + b h M P + G P 0 A B 1 c 1 t + bk h d (M 0 ) /05/

19 e a Política Monetária Função de demanda por moeda e o curto prazo Para os monetaristas, no caso de variações da oferta de moeda, será principalmente a variação na renda que irá reequilibrar o mercado monetário, ao contrário da visão dos keynesianos que creditam maior parte do ajuste a variações na taxa de juros. Os monetaristas, no entanto, diferenciam o efeito de variações na oferta de moeda no curto e no longo prazo. No curto prazo, o produto responderia parcialmente ao estímulo da demanda agregada gerado pelo aumento da oferta de moeda, acompanhado de elevação de preços, enquanto, no longo prazo, a pressão de demanda agregada gerada pela expansão monetária se reverteria integralmente em elevação de preços. 06/05/

20 e a PM Curto Prazo Como será visto, o efeito potencial de uma variação da oferta de moeda sobre o produto,, no curto prazo, e não só sobre os preços, P, seria resultado de erro na formação das expectativas dos agentes quanto ao comportamento dos preços, em situação onde a inflação esperada é menor do que a inflação corrente. i LM LM (M 0 /P 0 ) (M LM 1 /P 1 ) (M 1 /P 0 ) P s CP A B B IS B A d (M 1 ) d (M 0 ) /05/ P 1 P 0

21 e a PM No longo prazo, no entanto, quando os agentes já ajustaram suas expectativas, o impacto recairia apenas sobre P, tal como proposto pela TQM. i LP LM (M 0 /P 0 = M 1 /P 1 ) LM (M 1 /P 0 ) P s LP A=B P 1 B B IS P 0 A d (M 1 ) d (M 0 ) /05/

22 Monetaristas e keynesianos demanda por moeda As principais diferenças entre os monetaristas e keynesianos são: Friedman/monetaristas não segmentam a demanda por moeda entre diferentes motivos; A função demanda por moeda para os keynesianos é instável e para os monetaristas é estável; A sensibilidade-juros da demanda por moeda para os keynesianos é alta e para os monetaristas é baixa; Variações na oferta de moeda tem impacto indireto sobre os gastos via juros para keynesianos e direto para os quantitativistas via excesso de saldos monetários. A oferta de moeda seria, em geral, pouco eficaz para estimular a demanda para os keynesianos, enquanto para os monetaristas seria eficaz. 06/05/

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