UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA
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- Judite Rocha Bastos
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1 1 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA O ESTRESSE E O COMPORTAMENTO HUMANOS NAS ORGANIZAÇÕES Por: Maria Cláudia Bandeira Orientador Profª. Fabiane Muniz Niterói 2012
2 2 UNIVERSIDADE CANDIDO MENDES PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU AVM FACULDADE INTEGRADA A IMPORTÂNCIA DOS PROCESSOS DE TREINAMENTO E DESENVOLVIMENTO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL DE DIRETORES DA REDE PÚBLICA Apresentação de monografia à AVM Faculdade Integrada como requisito parcial para obtenção do grau de especialista em Gestão de Recursos Humanos. Por: Maria Cláudia Bandeira
3 3 AGRADECIMENTOS A Deus, que tudo me deu, tudo fez por mim.
4 4 DEDICATÓRIA Dedico este trabalho a meus pais, minha irmã, por todo apoio e colaboração.
5 5 RESUMO Esta pesquisa trata de um estudo relacionado ao estresse no trabalho em r,pois estes são gerados nas diversas áreas da vida humana, mais especificamente na relação homem e o trabalho. O estresse sempre existiu, desde a antiguidade; a consciência de seus efeitos positivos e negativos, nas pessoas e nos locais de trabalho. Já a qualidade de vida no trabalho, é cada vez mais um motivo para discursões, haja vista o valor que se tem dado às pessoas nas organizações. O objetivo do presente estudo é apontar os fatores relacionados com o estresse e outras doenças causadas nas organizações, bem como programas de redução das mesmas. O tipo de desgaste a que as pessoas são submetidas permanentemente nos ambientes e as relações com o trabalho são fatores determinantes de doenças e também de transtornos relacionados ao estresse, como é o caso das depressões,ansiedade patológica, pânico, fobias, doenças psicossomáticas. Em resumo, o colaborador com causas de estresse ocupacional não responde à demanda do trabalho. O estresse no trabalho ainda é agravado pela limitação a que a sociedade submete as pessoas quanto às manifestações de suas angústias, frustrações e emoções. A saúde do trabalho, o bem-estar físico e mental são temas relacionados a percepções subjetivas, que nos últimos anos, têm sido explorados por muitos pesquisadores sob a luz do conceito do estresse. Em geral, não se observa a preocupação com a saúde do trabalhador. Assim sendo, o trabalho em ambiente quando causa estresse contribui não só para a ocorrência de acidentes de trabalho, como também para desencadear freqüentes situações d de fadiga física e mental. Tendo em vista os motivos elencados, considera-se de grande interesse proceder a uma análise dos fatores de estresse do ambiente de trabalho.
6 6 Assim, o estudo abordou algumas das situações de estresse, bem como os aspectos técnicos e relacionais do trabalho destes profissionais, apresentando sugestões quanto a programas de combate envolvendo redefinição de funções, adequação do ambiente físico, além de sessões de interação entre os funcionários visando diminuir ou prevenir os níveis de estresse detectados. Através de um estudo percebe-se que os níveis de estresse e quando muito altos no trabalho, podem ocasionar perdas no desempenho profissional. Podemos concluir através deste estudo que o estresse, quando utilizado em quantidade equilibrada torna-se importante para que o indivíduo tente conquistar seus objetivos com mais garra e persistência.
7 7 SUMÁRIO Introdução...09 CAPÍTULO O estresse O estresse e as mudanças de vida CAPÍTULO A Sindrome de Burnout CAPÍTULO A qualidade de vida nas organizações...21 CAPÍTULO A motivação no ambiente de trabalho Considerações finais...32 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS... 35
8 8 METODOLOGIA A metodologia da pesquisa utilizou-se tanto do estudo teórico quanto do empírico. Baseou-se em bibliografias de autores especializados nas áreas de Gestão de Recursos Humanos, que produziram livros, trabalhos acadêmicos e periódicos.
9 9 INTRODUÇÃO Através da presente monografia podemos observar a importância da Qualidade de Vida para os funcionários no ambiente, abordando assim o desenvolvimento destes funcionários nas organizações e de seus colaboradores, podendo causar prejuízos tanto para os funcionários como para a sua organização. O ser humano passa grande parte de sua vida no trabalho e a qualidade de vida no ambiente de trabalho tem sido tema de preocupação, os colaboradores tema presentado problemas de saúde, estresse e depressão. Nas empresas, o sofrimento no trabalho geralmente tem sido tratado como fenômeno individual, como predisposição ou falta de resistência do sujeito. Não há como negar que o sofrimento é individual, mas sua raiz é social. A dificuldade de relacionamento com os líderes ou com colegas, de adaptação a mudanças e o sentimento de não estar à altura das exigências, são expressões de um mal estar produzido por relações sociais degradadas impostas pelo capitalismo. A gestão das mudanças e do estresse organizacional tem se tornado um assunto estratégico para as organizações,preocupadas com o crescimento dos problemas de saúde e produção relacionados a estes fenômenos. Os estímulos físicos e psicossociais do estresse podem ser considerados grandes inimigos da saúde, qualidade de vida e produtividade. Muitas são as doenças que afligem os trabalhadores das empresas em todo o mundo. Muitas técnicas são desenvolvidas para amenizar essa situação que aflige muito os empregadores e principalmente seus empregados. Cada ano mais aumenta o número de pessoas que precisam se afastar temporariamente
10 10 dos seus empregos por estarem com doenças psicológicas. As principais são o estresse, depressão, burnout e outras doenças onde a causa geralmente é direcionada pelas correrias do dia-a-dia no âmbito de trabalho. Assim, o estudo que segue abordará algumas das situações de estresse, mais comuns vivenciadas pelos trabalhadores, bem como os aspectos técnicos e relacionais do trabalho destes profissionais, por se tratar de um assunto de grande interesse. Deve-se buscar uma postura onde o estresse seja um acontecimento positivo e não um empecilho ao desempenho pessoal, à saúde e à felicidade (CARVALHO E SERAFIM, 2002, p. 21). Dentro dos fatores que fazem parte da vida do indivíduo, o trabalho constitui um importante, se não o principal,determinante da forma de organização das sociedades, sendo o meio através do qual o homem constrói o seu ambiente e a si mesmo (CAMELO E ANGERAMI,2004). O sistema capitalista é o que provocou profundas transformações no mundo do trabalho, destacando-se a separação do trabalhador dos meios de produção e do produto do trabalho a partir do surgimento de movimentos como os taylorista/fordista no século XX. Esses movimentos foram responsáveis por um aumento de produtividade e redução dos custos de produção, possibilitando o acesso de uma parcela cada vez maior da população aos bens de consumo (MORAES, FERREIRA E ROCHA, 2003).
11 11 1 O ESTRESSE O termo estresse foi tomado emprestado da física, onde designa a tensão e o desgaste a que estão expostos os materiais, e usado pela primeira vez no sentido hodierno em 1936 pelo médico Hans Selye na revista científica Nature.O estresse é uma das principais doenças que afetam a classe trabalhadora e até mesmo donos de empresas. O estresse é uma reação do organismo com componentes psicológicos, físicos, mentais e hormonais. Ele ocorre quando surge a necessidade de uma grande adaptação a um evento ou uma situação de importância. Este evento pode ser algo negativo ou positivo Hans Selye, que em 1926, utilizou este termo pela primeira vez, definindo o estresse como um conjunto de reações que o organismo desenvolve ao ser submetido a uma situação que exige esforço para adaptação, e estressor é todo agente ou demanda que evoca reação de estresse, seja de natureza física,mental ou emocional (apud CARVALHO & SERAFIM, 2002).O termo estresse possui várias definições de acordo com diferentes autores. ( Estresse é um conjunto de reações físicas, químicas e mentais de uma pessoa decorrentes de estímulos ou estressores que existem no ambiente ) CHIAVENATO, 2004, p. 433). O estresse é a alteração global de nosso organismo para adaptar-se a uma situação nova ou às mudanças de um modo geral (Deitos, 1997a).
12 12 Estresse saudável é a ativação do organismo para adaptar-se a uma situação interpretada como desafio positivo e ao qual se segue uma percepção de realização e desativação (DOLAN, 2006, p. 53). Segundo Limongi e Rodrigues (1994), um grande número de mortes no Brasil deve-se a doenças cardiovasculares e ocorrem com mais frequência em indivíduos jovens e em determinadas profissões. De acordo o Dr. Bernik (2010), o estresse pode ser considerado uma preocupação de saúde pública. Enquanto para Carvalhal, em (2008): O estresse é uma pressão (física ou psicológica) que leva a pessoa ao desequilíbrio....embora que existam vários autores, com definições diferentes, o estresse no ambiente organizacional têm chamado a atenção de um número cada vez maior de organizações, preocupadas com o crescimento dos problemas de saúde e produção relacionados a estes fenômenos. Os estímulos físicos e psicossociais do estresse podem ser considerados grandes inimigos da saúde, qualidade de vida e produtividade. O estresse é um mecanismo normal e necessário ao organismo, pois faz com que o ser humano fique mais ativo e sensível diante de situações do dia-a-dia que exijam respostas ou adaptações, diante do perigo ou de dificuldade. O estresse é um mecanismo essencial para o desenvolvimento de nossa sociedade e ele, em si, não é bom nem ruim ( Deitos, 1997b; Goleman, 1997 ). Reconhecendo a competitividade e a pressa do mundo atual, há uma corrente, dentro de muitas empresas, que tenta promover momentos de relaxamento ao seu funcionário no local de trabalho. Aulas de exercício, alongamentos, massagem. São várias as opções que podem ser utilizadas a auxiliar na diminuição da tensão física e emocional do dia a dia. Buscar outras atividades, fora do ambiente laboral, também pode ser um grande aliado para o extravasamento do estresse. Dessa forma, a pessoa
13 13 poderá chegar em casa mais relaxado para aproveitar, mesmo que por pouco tempo, o convívio familiar e os momentos de prazer da vida. Assim, o estresse pode ser entendido como sendo o ponto em que o indivíduo não consegue controlar seus conflitos internos, gerando um excesso de energia, originando, consequentemente, apresentam sintomas de fadiga, cansaço, tristeza, euforia; complexo orgânico sofre alterações diante das transformações químicas ocorridas diante deste estado emocional. Pode ser definido o estresse como a soma de respostas físicas e mentais causadas por determinados estímulos externos e que permitem ao indivíduo humano de superar determinadas exigências do meio ambiente e o desgastefísico e mental causado por esse processo. 1-1 O ESTRESSE E AS MUDANÇAS DE VIDA Reconhecendo a competitividade e a pressa do mundo atual, dentro de muitas empresas, que tenta promover momentos de relaxamento ao seu funcionário no local de trabalho. Aulas de exercício, alongamentos, massagem. São várias as opções que podem ser utilizadas a auxiliar na diminuição da tensão física e emocional do dia a dia. Para França & Rodrigues (1999, p.105), "os estressares psicossociais são os acontecimentos relacionados com o tipo de vida que levamos em nossa sociedade". A inserção dos valores sociais, principalmente nos paises cujo capitalismo é "selvagem", tem gerado um grande número de estressares psicossociais novos e constantes. Se antes as ameaças à sobrevivência física eram a maior preocupação, hoje temos uma infinidade de ameaças subjetivas construídas na complexidade de nossa estrutura social que constantemente leva a pessoa à alienação. De acordo com França & Rodrigues (1999, p.106),
14 14 "a capacidade de gerar riqueza é sinônimo de competência profissional e serve de índice de respeito e consideração que a sociedade emprestará a pessoa". O estresse ocasionado pelas constantes e brutas mudanças representa um grande perigo à saúde das pessoas. Saúde aqui entendida como define a Organização Mundial de Saúde, como o mais completo possível estado de bem estar físico, emocional, social, intelectual e espiritual. As constantes mudanças exigem alterações de papeis sociais de forma rápida e muitas vezes, sem o devido período de transição (Goleman, 1998). Segundo França & Rodrigues (1999, p.107), " É papel é toda função, acompanhada de um conjunto de condutas próprias para aquela função, que a pessoa desempenha em determinado momento de sua vida". A exigência de qualidade nos produtos e serviços, juntamente com a necessidade de redução de despesas nas empresas tem induzido a mudanças e acúmulo de papeis, determinadas por diversos fatores como: as mudanças determinadas pela empresa, devidas á novas tecnologias, devidas ao mercado e mudanças auto-impostas para sobrevivência no mercado de trabalho. Para Maslach (1998), é de muita importância que a pessoa desempenhe um papel adequado e coerente com suas condições pessoais e profissionais, pois isso motiva e facilita o bom desempenho. As mudanças determinadas pela empresa podem ser originadas por uma nova chefia ou devido à nova orientação geral da empresa, seja por causa de
15 15 alguma fusão ou aquisição da empresa. Normalmente esse tipo de mudança gera muita insegurança. O aumento do nível de estresse, inevitavelmente acontece diante das mudanças. O que mais se solicita das pessoas é a adaptação aos novos papeis, portanto, é o momento onde o estresse está acontecendo. As pessoas possuidoras de dificuldades físicas, emocionais ou sociais, naturalmente sofrerão mais nesse processo. Buscar outras atividades, fora do ambiente laboral, também pode ser um grande aliado para o extravasamento do estresse. Dessa forma, a pessoa poderá chegar em casa mais relaxado para aproveitar, mesmo que por pouco tempo, o convívio familiar e os momentos de prazer da vida. A diferenciação entre o estresse e a síndrome é sutil e, às vezes, difícil de ser realizada. Quando esse estresse profissional torna-se crônico, passa a gerar problemas na vida pessoal e profissional da pessoa e está associado a alterações psíquicas e comportamentais, enquanto que o estresse do dia a dia está mais relacionado a alterações físicas e passageiras. O trabalhador quando apresenta alguns comportamentos deve demonstrar sintomas principais, como a exaustão emocional, que é um esgotamento que gera falta de interesse e força para realizar as tarefas; despersonalização, ou seja, momento em que o profissional passa a tratar as pessoas a sua volta (no ambiente laboral) de forma hostil, indiferente, ausente de afetos, como se fossem objetos; e diminuição da realização pessoal no trabalho, caracterizada por uma baixa na autoestima e insatisfação com seus resultados.
16 A SÍNDROME DE BURNOUT O Burnout surgiu aproximandamente em e quem aplicou este termo foi o psicólogo Fregenbauer, que constatou esta Síndrome em um de seus pacientes que trazia consigo energias negativas, impotência relacionado ao desgaste profissional. A Síndrome de Burnout é definida por alguns autores, entre eles Codo (2006), Benevides-Pereira (2002), Esteve (1999), Carlotto (2002), como uma das mais marcantes conseqüências do estresse profissional, caracterizando-se por exaustão emocional, avaliação negativa de si mesmo, depressão e insensibilidade com relação a quase tudo e todos (defesa emocional). A pessoa que se encontra em Burnout consome-se física e emocionalmente, passando a apresentar um comportamento agressivo e irritadiço. O termo Burnout é uma composição de traduzindo para o português significa perda de energia ou queimar para fora, fazendo a pessoa adquirir esse tipo de estresse tendo reações físicas e emocionais, passando a apresentar um tipo de comportamento agressivo. No estresse existem maneiras de controlá-lo, como exemplo, um trabalhador estressado quando tira férias volta novo para o trabalho, mas isso não acontece com um trabalhador que esteja sofrendo a Síndrome de Burnout. Assim que ele retorna ao trabalho os problemas voltam a surgir novamente. Enquanto, a síndrome apesar de ser bastante semelhante ao estresse, o Burnout não deve
17 17 ser confundido com o mesmo, pois o Burnout é muito mais perigoso para a saúde. Delvaux em 1980, o conceito de Durnout tem o significado de desgaste, tanto físico como mental; tornar-se exausto em função de um excessivo esforço que a pessoa faz para responder às constantes solicitações de energia, força ou recursos. Atualmente, a Síndrome de Durnout é considerado uma das conseqüências mais importantes do estresse profissional, segundo (França & Rodrigues, 1996, p. 71). Freudenberger (apud SILVA, 2002), afirma que o Burnout é resultado de esgotamento, decepção e perda de interesse pela atividade de trabalho que surge nas profissões que trabalham em contato direto com pessoas em prestação de serviço como conseqüência desse contato diário no seu trabalho. O Burnout está associado com tudo aquilo que se investe no trabalho, e o que ele recebe, isto é, reconhecimento de seus supervisores, de sua equipe de trabalho. Muitas vezes, o profissional dá tudo de si e não é valorizado, fazendo com que fique frustrado, tendo a sensação de inutilidade para com o trabalho. Definida como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto, excessivo devido as longas jornadas de trabalho, faz o indivíduo perder a sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixem de ter importância e que qualquer esforço que faça será inútil. Qualquer trabalhador pode apresentar o Burnout, porém vale ressaltar que essa Síndrome aparece mais em profissionais que trabalham em atividades onde se tenha responsabilidade pelo outro, seja por sua vida ou por seu desenvolvimento. Essa Síndrome, normalmente é apresentada em profissionais que tenham contato interpessoal mais exigentes. Exempllos como é o caso dos profissionais que estão ligados na área da educação e saúde, atendentes públicos, funcionários que dentro da Organização exercem cargos de gerente, diretores, chefias e telemarketing.
18 18 forma: A síndrome de Burnout pode ser caracterizado da seguinte 1. Exaustão emocional ocorre quando a pessoa percebe nela mesmo a impressão de que não dispõe de recursos suficientes para dar aos outros, apresentam também sintomas de cansaço, irritabilidade e com isso a propensão a acidentes, sinais de depressão, sinais de ansiedade, uso abusivo de álcool, cigarros ou outras drogas. 2. Diminuição da realização e produtividade profissional, geralmente conduz a uma avaliação negativa e baixa de si mesmo. 3. Depressão : a sensação de ausência de prazer de viver, tristeza que afeta os pensamentos, sentimentos e o comportamento social. Estas podem ser breves, moderadas ou até graves; e entre outros sintomas. Segundo Ballone (2002): a síndrome de burnout é definida como uma reação à tensão emocional crônica gerada a partir do contato direto, excessivo e estressante com o trabalho, essa doença faz com que a pessoa perca a maior parte do interesse em sua relação com o trabalho, de forma que as coisas deixam de ter importância e qualquer esforço pessoal passa a parecer inútil. Entre os fatores aparentemente associados ao desenvolvimento da Síndrome de Burnout está a pouca autonomia no desempenho profissional,
19 19 problemas de relacionamento com as chefias, problemas de relacionamento com colegas ou clientes, conflito entre trabalho e família, sentimento de desqualificação e falta de cooperação da equipe. Um profissional que entra em Burnout, assume um comportamento de frieza com seus clientes e com quem trabalha. As relações pessoais são cortadas, passam a agir como se estivessem em contato com objetos, também ocorre a perda da sensibilidade afetiva, deixando de se responsabilizar pelos problemas e dificuldades das pessoas que cuidam. Análise feita mostra que a violência, a falta de segurança no emprego, burocracia no processo de trabalho, falta de autonomia, baixos salários, tendência a se isolar das pessoas que trabalham, falta de apoio, também são fatores que estão relacionados ao Burnout. A falta de perspectiva com relação a ascensão na carreira profissional, pode gerar sentimentos de ansiedade e frustração constante no cotidiano do trabalho. Quando o profissional está afetado pela Síndrome, as idéias pessimistas, o medo, predominam com uma certa influência no local de trabalho Esgotamento emocional, perda da sensibilidade afetiva; perda fácil do senso de humor, perda de memória, cansaço permanente, dificuldade para levantar-se pela manhã, em algumas pacientes, ocorre a suspensão da menstruação e dores gastrointestinais; Despersonalização que resulta com atitudes negativas que a pessoa faz da sua própria imagem, relação de cinismo, e ironia para com as pessoas na organização; Manifestações emocionais relacionadas com a falta de realização emocional, esgotamento profissional, sentimento de frustração, baixa auto estima, desmotivação para com o trabalho; Reações físicas: fadiga, problemas de hipertensão arterial, ataques cardíacos, perda de peso, dores de cabeça, dores nas costas etc.;
20 20 Reações comportamentais: consumo acelerado de cigarros, álcool, café e drogas ilícitas. Apresenta comportamentos irritadiços e violentos, distanciamento afetivo dos clientes e dos colegas de trabalho, perda da concentração, elevada taxa de absenteísmo ocupacional e constantes conflitos interpessoais tanto no trabalho como no próprio ambiente familiar. A síndrome de Burnout ou Síndrome do Esgotamento Profissional é reconhecida pelo Ministério da Saúde brasileiro (2001) como um tipo de resposta prolongada a estressores emocionais e interpessoais crônicos no trabalho, que afeta principalmente profissionais da área de serviços, quando em contato direto com os usuários, como os trabalhadores da educação, da saúde, policiais, assistentes sociais,à gentes penitenciários, entre outros. França e Rodrigues (1997) recomenda como forma de prevenção do Burnout, modificar com uma certa freqüência a atividade de rotina, evitando a monotonia, reduzindo o excesso de longas jornadas de trabalho, melhorar na qualidade das relações sociais, das condições físicas no trabalho e investir no aperfeiçoamento profissional e pessoal dos trabalhadores. Pesquisas informam que as mulheres têm mais chance do que os homens de adquirir a Síndrome de Burnout devido a sua dupla jornada de trabalho que administra tanto as tarefas do emprego, como as tarefas domiciliares. É importante enfatizar que quando o trabalhador é diagnosticado com Burnout é necessário que este seja afastado do emprego e que, durante este período, continue recebendo todas as sua garantias.
21 21 3- A QUALIDADE DE VIDA NAS ORGANIZAÇÕES Nas últimas décadas, houve uma preocupação com a Qualidade de Vida do ser humano. A expressão qualidade de vida tem sido utilizada como popularmente como um sinônimo de saúde, bem estar, estilo de vida e satisfação pessoal. Segundo CHIAVENATO (1999): O termo Qualidade de Vida no Trabalho (QVT) foi descrito por Lous Davis, na década de 1970, quando desenvolvido um projeto sobre desenho de cargos. Para ele, o conceito de QVT refere-se a preocupação com o bem-estar geral e a saúde dos trabalhadores no desempenho das tarefas. A qualidade de vida sempre esteve presente, de uma certa forma em nossa sociedade. Para França (1997 apud VASCONCELLOS, 2001, p.80):... Qualidade de vida no trabalho (QVT) é o conjunto das ações de uma empresa que envolvem a implantação de melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho. A construção da qualidade de vida no trabalho ocorre a partir do momento em que se olha a empresa e as pessoas como um todo, o que chamamos de enfoque
22 22 biopsicossocial. O posicionamento diagnóstico, campanhas, criação de serviços e implantação de projetos voltados para a preservação e desenvolvimento das pessoas, durante o trabalho na empresa... Segundo a Organização Mundial da Saúde, qualidade de vida é um conceito relativo à percepção dos indivíduos de suas posições na vida, em um contexto cultural e em um siste ma de valores, no qual eles vivem em relação a suas metas, expectativas, padrões e conceitos (WHO, 1993). Qualidade de vida é um conceito abrangente que implica em uma articulação equilibrada de um conjunto de realizações na esfera vital em vários campos como: saúde, trabalho, lazer, sexo, família, posição social, desenvolvimento cultural, espiritual e emocional, processo dinâmico em que o trabalho ocupa uma parcela significativa de tempo, envolvimento e energia o indivíduo. A QVT tem sido usado, segundo Silva e Tolfo (1999), temas como motivação, satisfação, condições de trabalho, gerenciamento do stress e estilos de liderança. Essas autoras consideram QVT como a preocupação com o bem-estar geral dos trabalhadores e sua saúde no desempenho de suas tarefas. A QVT, segundo Rodrigues (1991), é um modelo que surgiu na década de 50, na Inglaterra, a partir dos estudos de Eric Trist e colaboradores, do Tavistock Institute,pretendendo analisar a relação indivíduo-trabalho-organização. Esses pesquisadores desenvolveram uma abordagem sócio-técnica da organização do trabalho, tendo como base a satisfação do trabalhador no trabalho e em relação a ele. No entanto, só a partir da década de 60, houve um novo impulso nos movimentos de QVT, sendo desenvolvidas inúmeras pesquisas sobre melhores formas de realizar o trabalho, enfocando aspectos da saúde e bem-estar geral dos trabalhadores. A QVT tem sido pesquisada em diversos países.
23 23 No Brasil, só a partir dos anos 80, foram realizados alguns estudos, ainda muito influenciados pelos modelos estrangeiros. Dentre os pólos de desenvolvimento dessas pesquisas no país, destacam-se a Embrapa, em Brasília, e as Universidades Federais dorio Grande do Sul e Minas Gerais. Apesar de inúmeros estudos sobre essa temática, o conceito de QVT está longe da unanimidade. Fernandes (1988) esclarece, no entanto, que os diversos conceitos de QVT voltam-se, geralmente, para três principais aspectos: a reestruturação do desenho dos cargos e novas formas de organizar o trabalho; a formação de equipes de trabalho semiautônomas ou auto-gerenciadas; e a melhoria do meio ambiente organizacional. No entanto, não se alcança esta condição tão exigente ou mesmo idealizada, sem articular aspectos que gerem bemestar no trabalho com as outras interfaces da vida extra-laboral. Para Vasconcellos (1997), a Qualidade de vida no trabalho é o conjunto das ações de uma empresa que envolve a implantação de melhorias e inovações gerenciais e tecnológicas no ambiente de trabalho. A construção da qualidade de vida no trabalho ocorre a partir do momento em que se olha a empresa e as pessoas como um todo, o que chamamos de enfoque biopsicossocial. Alguns fatores que podem afetar a QVT são: falta de estímulos, ruídos, alteração de sono, falta de perspectivas e mudanças. A política de qualidade aplicada às condições de trabalho, visa a melhoria do ambiente físico e psicossocial do trabalhador, como forma de aumentar a produtividade, o bem-estar e a segurança. Trata-se de uma abordagem mais dinâmica, essencialmente de
24 24 matriz preventiva, incidindo sobre as causas dos acidentes e das formas de as eliminar e/ou diminuir, ao invés de uma visão estática, centrada nos seus efeitos. Segundo, (Carvalho, 2008): Alguns fatores que podem afetar a Qualidade de Vida no Trabalho são: falta de estímulo, ruído, alteração de sono, falta de perspectivas e mudanças... Embora que hoje sejam disponíveis máquinas e equipamentos modernos, continuamos ocupando grande parte do nosso tempo no trabalho e assim cada vez mais, temos menos tempo para nós mesmos. A Qualidade de Vida no Trabalho é mais do que a segurança e saúde no trabalho. É necessário associá-la a qualidade total e a melhoria do clima organizacional, dar condições adequadas, respeitar e ser respeitado como profissional Para alguns autores, a QTV é uma busca de humanização no trabalho, com o objetivo de alterar características deste, permitindo uma maior satisfação do trabalhador, bem como uma maior produtividade organizacional. Segundo eles, inicialmente a questão da Qualidade de Vida no Trabalho foi encarada como uma reação individual ao trabalho, em seguida passou a ser uma preocupação dos gestores na medida que pode contribuir para o aumento da produtividade e atualmente seu conceito extrapola o ambiente organizacional e passa a possuir uma preocupação mais global para o ser humano. E acrescentam que a QVT está relacionada à responsabilidade social da empresa, envolvendo o atendimento de necessidades e aspirações do indivíduo, através da reestruturação
25 25 do desenho de cargos e equipes de trabalho, aliada a uma formação de equipes de trabalho com um maior poder de autonomia e a uma melhoria do meio organizacional. A partir desses todos esses conceitos pode-se compreender que ações que promovam a Qualidade de Vida no Trabalho são importantes não só do ponto de vista do trabalhador, mas também dos empregadores e da sociedade em geral A QUALIDADE DE VIDA E O ESTRESSE APARTIR DOS FATORES ORNANIZACIONAIS De acordo com IDA (1992):...Com o surgimento da Segunda Guerra Mundial ( ), utilizaram-se os conhecimentos disponíveis para construir instrumentos bélicos relativamente complexos como, submarinos, aviões, tanques, radares, etc... Estes instrumentos exigiam muitas habilidades do operador, que operava em condições ambientais bastante desfavoráveis e tensas no campo de batalha. Os erros e acidentes com conseqüências fatais eram freqüentes. Isto fez com que aumentassem as pesquisas para adaptar os instrumentos bélicos às características e capacidades do operador, reduzindo a fadiga e os acidentes, segundo Ida (1992). De acordo com o autor, logo após o término da guerra, a ergonomia tentou melhorar as condições de vida da população e também dos trabalhadores em particular, mas era o Departamento de Defesa dos Estados Unidos quem apoiava as pesquisas na área. Conforme informado no texto acima, desde o início da humanidade, o homem se preocupava em procurar objetos artificiais para que se tornassem utilitários e dessa forma a produção artesanal não
26 26 mecanizada surgiu sem nenhum controle ou melhor, sem intencionalidade e sim como objeto de sobrevivência. Mas a Revolução Industrial trouxe maiores complicações a esse tipo de produção, uma vez que não havia preocupação em se resguardar a saúde dos funcionários. As primeiras fábricas eram sujas, barulhentas, escuras, perigosas e as jornadas de trabalho chegavam a ter 16 horas diárias, sem férias e em regime de semi-escravidão. Alguns profissionais valorizam ações como fazer hora extra, levar trabalho para casa, viajar a trabalho, permanecendo assim, longe da família e a pópia forma com que as organizações atuam gera váris situações estressantes, que podem comprometer a saúde do trabalhador (física, emocional e mental). No Brasil segundo pesquisa do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística(IBGE), a média de horas trabalhadas bateu 41 horas por semana no final dos anos 1990, contra 39 do começo da década. Parece pouco, mas não é: duas horas a mais por semana significam oito a dez horas a mais por mês, cerca de cem horas a mais portanto. Isso coloca o Brasil em oitavo lugar em horas trabalhadas, por ano, no mundo pior do que o workaholic dos EUA, que têm mais férias!. Segundo Carvalho (2008). O estresse é um fator que afeta a QVT no trabalho. esforço de adaptação do organismo para enfrentar situações que considere ameaçadas a sua vida e a seu equilíbrio interno Portanto, o estresse é uma reação fisiológica natural de sobrevivência e com isso a questão está na forma como lidamos com as situações estressantes. O que pode ser estressante para outro.
27 27 Quando o indivíduo apresenta dificuldadesde se adptar às situações ameaçadoras, o estresse pode tornar-se patológico, levando a uma alteração hormonal crônica, podendo resultar em distúrbios passageiros e até a doenças mais graves, como já podemos observar. O estresse no trabalho sempre estará presente, pois ele faz parte do indivíduo, mas deve-se procurar meios para que haja um equilíbrio e as suas consequências se tornem menos rejudiciais a organizações e a seus funcionários.
28 A MOTIVAÇÃO NO AMBIENTE DO TRABALHO Segundo Michaelis, (2002): A Motivação mo.ti.va.ção sf (motivar+ção) 1 - Ato de motivar. 2 - Exposição de motivos. 3 Psicol Espécie de energia psicológica ou tensão que põe em movimento o organismo humano, determinando um dado comportamento. 4 - Sociol Processo de iniciação de uma ação consciente e voluntária. A motivação é algo que interfere diretamente na vida social de um individuo sendo responsável por suas ações. É ela que fornece as forças e entusiasmo para a realização das atividades que temos que desenvolver no decorrer do nosso dia. Quando o trabalhador não tem motivação em seu ambiente de trabalho, acarreta em vários problemas como por exemplo: a depressão e o estresse, exemplos já citados informados. A depressão requer tratamento médico e psicológico, pois pode comprometer de várias formas a vida de pessoas que sofrem com esses sintomas. Assim a Personalidade torna-se um conjunto de traços psicológicos com propriedades particulares, relativamente permanentes e organizadas de forma própria. Para Cury (2000, p.115), uma organização é definida como : um tipo de associação em que os indivíduos se dedicam a tarefas complexas e estão entre si relacionadas por um consciente e sistemático estabelecimento e consecução de objetivos,mutuamente aceitos. Compromete também na atividade profissional, ou seja, o individuo apresenta dificuldade para desempenhar suas funções e não consegue se concentrar, entre outros sintomas. Existem também outros autores
29 29 como Herzberg (1968) que aborda outros assuntos como a teoria da motivação. Os fatores motivadores compreendem em: realização, reconhecimento, o próprio trabalho, responsabilidade, progresso ou desenvolvimento onde ele diz que: Existem fatores que produzem satisfação foram chamados de motivadores. Estes fatores relacionam-se com aquela característica humana singular que é a capacidade de realizar e, através da realização desenvolver-se psicologicamente. (Herzberg 1968 apud Rodrigues, 2007, p.57) Chiavenato (2003) define Motivação como: Forças internas que levam um indivíduo a realizar determinadas atividades e é uma mistura de três fatores básicos: incentivos benefícios e treinamento. Benefícios é a complementação salarial que a empresa oferece, como por exemplo, ticket alimentação, planos de saúde, auxílio babá, etc. Incentivos é o reconhecimento do patrão para com o seu funcionário, por meio de premiações por metas alcançadas, diálogos constantes com a equipe e até mesmo elogios pela boa realização do seu trabalho. E treinamento é proporcionar aos seus associados maior grau de conhecimento técnico por meio de palestras, seminários, leituras e cursos para que se possam se profissionalizar e fazer um melhor atendimento. Para tanto dentro das empresas uma das grandes responsabilidades do líder é trabalhar a motivação dos seus funcionários, buscando bons resultados e favorecendo no desempenho e realização das metas da empresa. É muito comum ouvir de executivos e chefes que a maior parte de seus subordinados não se motiva, que há problemas de integração, que as pessoas têm problemas emocionais e que não foram atingidas a produtividade e a contribuição que deles esperava.
30 30 Compromete também na atividade profissional, ou seja, o individuo apresenta dificuldade para desempenhar suas funções e não consegue se concentrar, entre outros sintomas. Existem também outros autores como Herzberg (1968) que aborda outros assuntos como a teoria da motivação. Os fatores motivadores compreendem em: realização, reconhecimento, o próprio trabalho, responsabilidade, progresso ou desenvolvimento onde ele diz que: Os fatores que produzem satisfação foram chamados de motivadores. Estes fatores relacionam-se com aquela característica humana singular que é a capacidade de realizar e, através da realização desenvolver-se psicologicamente. (Herzberg 1968 apud Rodrigues, 2007, p.57) Portanto dentro das empresas uma das grandes responsabilidades do empregador é trabalhar a motivação dos seus funcionários buscando bons Segundo Aguiar as causas de motivação encontradas nos indivíduos estão nos próprios indivíduos, em suas características de personalidade. De acordo com alguns autores, o modo como se formam e desenvolvem as características psicológicas dos indivíduos é resultado da interação entre os fatores hereditariedade e meio ambiente, que se desenvolvem no decorrer da vida do indivíduo. A empresa pode facilitar para que a motivação se desenvolva em seus funcionários, porém o maior responsável para que isso ocorra é o próprio indivíduo. Afirma a autora (Aguiar, Maria Aparecida Ferreira de, 1980, p.97) que: Embora a personalidade se mantenha relativamente estável ao longo do tempo, ela não deixa sofrer a influência do meio ao interagir com ele. Os traços psicológicos podem ser desenvolvidos ou modificados. Os traços de personalidade podem ser modificados ao longo da vida do indivíduo, devido à influência do meio em que a pessoa está inserida, família, amigos e ambiente organizacional. As frustrações, as pressões, quer sejam físicas quer psicológicas, e o estresse sob o qual o indivíduo vive são
31 31 alguns fatores que podem levar a desintegração da personalidade e, portanto, a um desajustamento emocional. Essa desajuste emocional causado pelo estresse interfere na motivação da pessoa, por não ter ânimo e interesse para executar certas atividades, prejudica o desempenho e conseqüentemente interferindo na produtividade da sua empresa. Segundo Herzberg (Herzberg apud Aguiar, Maria aparecida Ferreira de, 1980,p.150), os fatores motivadores do trabalho são aqueles que se referem à tarefa e à sua execução, mostrando uma relação direta e uma dependência entre produtividade e motivação. (...) Fatores tais como a liberdade de criar, de inovar, de procurar formas próprias e únicas de atingir os resultados de uma tarefa constituem basicamente os fatores motivadores na organização. Conforme o raciocínio da autora acima, constata a importância do interesse por parte dos gestores da organização de manter um ambiente agradável e propício para que seus colaboradores possam estar sempre motivados e existem inúmeras formas facilitadoras para a motivação de um funcionário, como o reconhecimento do seu trabalho, a liberdade para a tomada de algumas decisões, propiciar um ambiente agradável, entre outras.
32 32 4 CONSIDERAÇÕES FINAIS Após a conclusão deste trabalho, identificou-se a importância de uma gestão voltada a melhor qualidade de vida dentro das organizações, assim como a criação de programas decontrole do estresse no ambiente de trabalho. A partir do estudo acima é importante descrever uma citação de Andrews (2003, p.24). Ele diz que: se não fosse pelo estresse não haveria ser humano, ou mesmo qualquer outra criatura neste planeta. Ele ainda acrescenta dizendo que o estresse é uma reação biológica em todos os animais, desenvolvida através de milhões de anos de evolução, para salvar suas vidas numa emergência. Faz-se necessário que cada vez mais haja uma preocupação no modo de conduzir os processos de mudanças que ocorrem, principalmente, na área trabalhista, pois, nos diversos setores têm surgido exigências mais rígidas em relação a tudo que se refere ao novo e que acabam exercendo um profundo impacto sobre a ansiedade e o estresse. O estresse está presente no ambiente de trabalho e deve ser visto pelos gestores com atenção. Quando há um desequilíbrio entre as necessidades dos funcionários e suas obrigações profissionais, começam a surgir problemas físicos e emocionais relacionados a um ambiente de trabalho desagradável. O bom gestor é aquele que consegue identificar as fontes geradoras desses conflitos e busca soluções para amenizar os problemas que possam surgir. As empresas que conseguem identificar as necessidades de seus colaboradores, que investem na qualidade de
33 33 vida de seus funcionários e que valorizam os recursos humanos da empresa têm como resultado pessoas mais dispostas e motivadas. O estresse diário pode ser controlado de diversas maneiras, mas isto depende de cada pessoa, como ela desenvolve e como lida com variadas situações conflituosas.. As pessoas possuem características consideradas adequadas para a possível redução dos fatores estressantes diário como autocontrole, autoconfiança e conscientização, considerados alternativas imprescindíveis, além de outras opções como manter o bom humor, dormir bem, alimentar-se corretamente, ter ocupações alternativas, entre outras opções que podem ser muito úteis neste processo. Entretanto as empresas também devem favorecer para a redução do estresse organizacional propondo políticas que beneficiem a Qualidade Total dentro da empresa, bem como treinamentos e palestras profissionalizantes, além de medidas simples como a prática de exercícios físicos, como alongamentos e relaxamento muscular, dentre outras técnicas que podem ser de extrema importância na redução do estresse e melhoria da Qualidade de Vida na organização. Segundo Chiavenato (2003) O profissional estressado tem grandes dificuldades na realização de suas tarefas dentro da organização. O clima organizacional é um dos fatores que agrava o estresse principalmente quando existe a dificuldade de relacionamento com os colegas de trabalho e com o supervisor imediato, cobranças, excesso de responsabilidade, o não reconhecimento do trabalho realizado pelo trabalhador, tudo isso são fatores que interferem diretamente na produtividade do funcionário fazendo assim com que ele se isole ainda mais.
34 34 É fundamental a participação dos gestores na implantação de melhorias na qualidade de vida dos trabalhadores e gerenciamento do estressel, pois eles são os responsáveis pelos resultados das equipes de trabalho. Diante disso, seria importante a organização utilizar alguns fatores como: delegar funções, demonstrar reconhecimento pelo serviço prestado pelo funcionário sistemas adequados de informações, planos de carreira, identificar as habilidades individuais, programas de relaxamento como ginástica laboral para evitar problemas de saúde para os funcionários, treinamentos que possibilitem ao trabalhador um bom aprendizado. Vale ressaltar que as pessoas são a base para o bom funcionamento da organização. Elas não podem ser vistas apenas como máquinas ou equipamentos, mas sim como seres humanos que necessitam de respeito e reconhecimento.
35 35 REFERÊNCIAS CHIAVENATO, Idalberto. Gestão de pessoas: o novo papel dos recursos humanos nas organizações. Rio Janeiro: Elsevier, ANDREWS, Susan. Stress a seu favor: como gerenciar sua vida em tempos de crise. SãoPaulo: Agora, ARDEN, B. John. Sobrevivendo ao Estresse do Trabalho. Rio de Janeiro: Atlas, ANEZ, Ciro Romélio Rodriguez; DAVID, Denize Elizabeth Hey; LOBO, Márcia. Ergonomia, Estresse e Trabalho BACARRO, Acrimedes. Vencendo o estresse: como detectá-lo e superá-lo. 4. ed. Petrópolis:Vozes, CAMELO S. H. H.; ANGERAMI E. L. S. Sintomas de estresse nos trabalhadores atuantes em cinco núcleos de saúde da família. Revista Latino-Americana Enfermagem. v.12, n.1. Rio de Janeiro, CURY, Augusto Jorge. Revolucione sua qualidade vida: navegando nas águas da emoção. Rio de Janeiro: Sextante, FORMAN, Adriene, M.S., STONE, Neli. Controle do estresse e doença coronariana. GIL, Antônio Carlos. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5. ed. São Paulo: Atlas, LIMONGI França. Stress e Trabalho: uma abordagem psicossomática. 3. ed. São Paulo: Atlas, LIPP, Marilda Novaes e MALAGRIS; Lúcia Novaes. Manejo do estresse. In: RANGÉ, Bernard. Psicoterapia comportamental e cognitiva: pesquisa, prática, aplicações e problemas. Campinas: PSY, FERNANDES, Eda C. Qualidade de vida no trabalho: como medir para melhorar.salvador: Casa da Qualidade, BENEVIDES-PEREIRA, A. M. Burnout: quando o trabalho ameaça o bem-estar do trabalhador. São Paulo: Ed. Casa do Psicólogo, 2002.
36 36.O estado da arte do burnout no Brasil CAMELO, S. H. H.; ANGERAMI, E. L. S. Sintomas de estresse em trabalhadores e cinco núcleos de Saúde da Família. Rev. Latino-Am. Enfermagem.
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