RENOVANDO O SUS. Associação Comercial 29/10/2012
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- Catarina Natália Marreiro
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1 RENOVANDO O SUS Associação Comercial 29/10/2012
2 Objetivo Mostrar a necessidade do SUS Apontar a fragmentação do setor saúde entre o público e o privado Os risco que um tem A necessidade de renovação da política para o setor saúde Um caminho da construção de um sistema integrado
3 Saúde pré 1988 Fortíssima ação em saúde coletiva - vacinação - controle de vetores - doenças endêmicas (febre amarela, tuberculose, malária...) - doença mental Sistemas de saúde para empregados formais (via Institutos de Assistência e Previdência) Santas Casas, filantrópicos e hospitais universitários
4 A inovação Constitucional Um direito universal e integral à saúde Sistema Único de Saúde emergiu na via municipalista como execução municipal com repasse federal Orçamento da Seguridade Social não tinha nenhuma unidade entre seus partícipes Rompimento INSS x INAMPS gerou a maior crise da história das políticas públicas
5 Estruturação do SUS Enunciado de uma competência concorrente e da participação dos 3 entes no financiamento das ações de saúde Fundo de Saúde como caixa autônomo gerou grandes divergências em prefeituras e estados NOB 96 foi crucial ao dar uma ideia de sistema às ações transferidas aos Municípios Criadas as estruturas de gestão tripartite e bipartite
6 Da crise de financiamento à EC 29 Criação da CPMF acabou gerando mais descrença por conta da troca de fonte que o TN realizou Maioria dos Estados tinham estruturas débeis e baixa inserção no sistema Municípios tinham compromisso de gasto com ações de saúde muito heterogêneos Injeção de recursos era inócua porque outro ente retirava recursos que aplicava antes
7 Recursos em Saúde ,7% 18,5% 59,8% União Estados Municípios Participação federal era fortemente preponderante
8 Emenda 29 Estabeleceu uma trajetória de gastos federais com base na expansão do PIB nominal Estados deveriam, em 2004, gastar 12% de sua receita disponível em saúde Municípios deveriam, em 2004, gastar 15% de sua receita disponível em saúde Regras de transição (escada) e conceituação do gasto com saúde
9 Gastos em saúde % 90% 80% 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% Municípios Estados União Dados do SIPOS/MS
10 Participação do gasto em saúde na receita disponível Ano União Estados Municípios ,5% 20,3% 21,2% ,6% 22,9% 22,6% ,1% 22,6% 25,3% ,1% 24,5% 25,4% ,2% 26,1% 24,7% ,2% 25,5% 26,3% ,7% 26,3% 27,0% ,8% 26,9% 27,3% ,6% 27,2% 29,1% ,6% 25,8% 27,6% ,8% 26,9% 28,3% União perde participação no gasto continuamente
11 Despesa percapita (R$ de 2010) 800,00 700,00 600,00 Título do Eixo 500,00 400,00 300,00 200,00 100, Mun 82,64 138,48 205,66 Est 79,25 134,22 195,37 Fed 228,17 253,55 324,88 R$ 725,91
12 Redução das diferenças entre Estados e Municípios Em 2000, os Municípios do Estado campeão de gasto em saúde (SP) gastavam 18 vezes o valor gasto pelos municípios com menor gasto municipal (AC) Em 2010, a mesma relação caiu a 2,66 vezes (MS x PA) A obrigatoriedade de gasto produziu um movimento de todo o sistema a favor do setor saúde
13 SUS veio para ficar Não ter o SUS significaria jogar milhões de pessoas numa situação crítica Não há como sustentar politicamente uma situação assim num país como o Brasil Há uma expectativa de direito na sociedade e no Judiciário O País ainda tem metade de sua força de trabalho sem vínculo de trabalho formal
14 Teia de relações federativas e prestadores de serviços
15 Sistema opera um milagre Custo para o Estado é baixo Mas poucos lugares do mundo um pobre pode chegar a um transplante ou a um tratamento de câncer Segmentos do sistema de atenção básica têm uma eficácia enorme Setores da alta complexidade e da Urgência/Emergência são imprescindíveis Programas como AIDS são cruciais
16 Apenas RJ, ES e SP possuem mais que 30% de cobertura de planos
17 Custos crescentes da saúde Equipamentos e medicamentos cada vez mais sofisticados Poder de mercado das empresas do setor saúde Fronteira da cesta de direitos à saúde é móvel qualidade de vida estética e vida funcional Custo do trabalho tende a subir com o mercado de trabalho
18 Transição epidemiológica As doenças não transmissíveis (doenças crônicas, degenerativas e causas externas, entre outras) substituem as doenças transmissíveis (doenças infecciosas) como principais causa de morbidade e mortalidade; O grupo de indivíduos mais velhos passa a ser responsável pela maior carga de doença e mortes (a mortalidade infantil deixa de ser um indicador sensível das condições de saúde desta população)
19 Entraves da gestão pública Administração direta e indireta está presa ao concurso público e à estabilidade Gestão de RH é no estilo departamento de pessoal Licitação em todas as aquisições de bens e serviços => problemas de especificação técnica e qualidade Impessoalidade da e na direção
20 Desafios da gestão do SUS Transitar de um modelo hospitalar para um modelo focado na prevenção e atenção básica Transformar secretarias compradoras de esparadrapo em gestoras de contratos de serviços Planejamento regionalizado da capacidade de atendimento Integração de sistemas locais e regionais
21 Avanços necessários na gestão Parcerias com o setor privado com e sem fins lucrativos Informatização e gestão Abertura da rede para centrais de regulação com poder sobre a capacidade assistencial do sistema Capacitação de RH e adequação do profissional às condições de trabalho
22 Recurso é suficiente? Para padrões internacionais, o gasto é baixo e o gasto público ainda mais insuficiente Mas há uma escolha da sociedade a ser feita: - Chile criou uma máquina de gasto em saúde com uma alíquota de 7% sobre a folha salarial - Índia não tem a saúde como prioridade - EUA têm foco na terceira idade (Medicare) - Reino Unido reflete a situação de Guerra
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25 Comparações internacionais 2005 PAÍS % de Saúde no PIB % Publico- % Privado Per Capita público USD Canadá 9,8 70,3 29, Alemanha 10,7 76,9 23, França 11,2 79,9 20, Espanha 8,2 71,4 28, Portugal 10,2 72,3 27, USA 15,2 45,1 54, Argentina 10, ,5 549 Brasil 7,9 44,10 55,9 333 Saúde pública e universal. Mas a participação pública é menor que a participação privada
26 No mundo, gasto público vai a 60%
27 Conta satélite do setor saúde Gasto total de 8,6% do PIB em 2009
28 Líderes do gasto privado Medicamentos, Planos e saúde bucal explicam a maior parte do gasto privado
29 Saúde Suplementar Saúde privada não mereceu atenção das políticas públicas até 1999 Suplementar decorre da carga ideológica contra a parcela privada da saúde Negligência pública => as mediações entre o público e o privado (muitas) ocorrem na unidade microeconômica de saúde ou pela pela própria arbitragem do paciente Estado perde a capacidade de regular
30 Cobertura da saúde privada
31 Planos de Saúde (Assist. Médica) São 48,7 milhões de brasileiros
32 Modalidade de operadora Medicinas de grupo dominam nas capitais e as Cooperativas médicas, no interior
33 Receita, despesa e sinistralidade
34 Custo é o triplo do custo per capita do SUS Custo da Saúde Privada
35 Valores do ressarcimento são ínfimos
36 Saúde suplementar - problemas Planos funcionam como um mecanismo de receitas e despesas correntes Usuário percebe como uma poupança de longo prazo Dependência das empresas Ação especulativa é fácil com redução de prêmio enquanto a carteira é jovem Ação abala os planos mais antigos (mesmo que solventes)
37 Saúde suplementar - problemas A proliferação de compromissos para os Planos reforça a dúvida em sua solvência no longo prazo O alto risco ser imputado a estruturas pequenas é o caminho para as quebras A Justiça tem dado suporte a uma ampliação de custos não prevista em contrato Confronto com prestadores de serviços e médicos Custos elevados x renda baixa dos usuários => redução da clientela ou risco de insolvência
38 SUS 2.0 A conexão entre os sistemas é feita pelas unidades microeconômicas e pelo próprio usuário do sistema Por questões de escala das unidades e preços, os prestadores precisam compor atendimento público e privado A otimização dos recursos passa pela composição dos sistemas
39 Supostos para um SUS 2.0 A assistência à saúde é uma parte da cesta de consumo da classe média e das classes emergentes O altíssimo risco deve ser bancado pelo estado e não onerar a posição os cálculos de risco dos planos de saúde Os planos devem ter um formato de poupança de longo prazo em saúde
40 Nova relação público-privado V a l o r p a g o Resseguro Público Assistência corrente Fundo de Solvência e Portabilidade - ANS Dinheiro/Assistência ANS Rede hospitalar SUS Atenção Primária SUS
41 Riscos do não ajuste Custos crescentes na área pública Deterioração do serviços na área pública, afetando as ilhas de excelência Planos de saúde expostos Falências e internacionalização Tensão permanente porque o direito à saúde foi assimilado pela população
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