e da recriação e um ambiente favorável à eficiência da gestão no marco dos debates sobre a reforma tributária?
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- Bruna Cordeiro
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2 } O que aconteceu com a nossa federação? } Em que medida os problemas, que se acumularam em 3 décadas, comprometem a qualidade e a eficiência da gestão municipal? } Como tratar dos desequilibrios federativos e da recriação e um ambiente favorável à eficiência da gestão no marco dos debates sobre a reforma tributária?
3 } O federalismo não foi devidamente discutido na Constituinte- A fonte original foi abandonada } Desatenção aos possíveis desdobramentos das modificações efetuadas em } O plantio de uma árvore exótica reverteu as intenções de fortalecer a federação } Os sucessivos remendos aplicados nas últimas décadas contribuíram para acentuar as distorções e agravar os desequilíbrios federativos. } A jabuticaba plantada em 1988 cresceu rapidamente e invadiu o terreno da federação
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5 } Uma nova solução para um velho conflito? } Demandas da federação reproduziram velho padrão: redistribuir receitas tributárias, ignorando riscos das medidas adotadas para implementar a nova agenda. } Nova agenda do Estado foi centralizada no governo federal financiamento e regulação. } Medidas defendidas pelos estados e municípios para redistribuir receitas facilitaram a ampliação de conflitos (imp únicos, aliquotas, desequilibrios representação, serviços, Confaz, base fundos, congelamento de percentuais...)
6 } Riscos envolvidos na dualidade de regimes tributários não foram bem avaliados. } Eles se manifestaram com clareza quando foi necessário fazer um forte ajuste fiscal para salvar o real. } Os benefícios da estabilização monetária patrocinaram o casamento das agendas macroeconômica e social do GF. } Essa união invadiu as competências tributárias de estados e municípios, esvaziou as bases dos fundos constitucionais e acarretou grandes desequilíbrios na repartição das receitas municipais.
7 Evolução da Arrecadação de Contribuições Sociais e dos Gastos com Seguridade Social e Seguro- Desemprego: Índice calculado com base em valores corrigidos pelo DI do PIB (1995 =100)!
8 } O reconhecimento da impossibilidade de solucionar os problemas por meio de arranjos improvisados e pontuais- cada caso tem suas particularidades.- a identidade está nos problemas mas as explicações são diferentes. } A superação das dificuldades para formar uma agenda coletiva dos interesses municipalistas no contexto das enormes disparidades existentes. }
9 } A centralização do poder promoveu a uniformidade na diversidade. } A mistura desses ingredientes antagônicos acarretou a perda de controle dos municipios sobre seus orçamentos. As despesas estão predeterminadas } A localização e a destinação das receitas não guarda relação como perfil das demandas de suas populações. Tem mais dinheiro onde tem menos problemas e vice versa. } E não há condições efetivas para a coordenacao das ações locais em aglomerados urbanos
10 R$ Per Capita Até Acima Capitais Faixas Populacionais 10
11 Distribuição da população nos municípios conforme sua capacidade fiscal 100% 98% 100% 90% 80% 84% 89% População acumulada 70% 60% 50% 40% 30% 29% 39% 50% 60% 70% 20% 19% 10% 0% 0% 0% 10% 20% 30% 40% 50% 60% 70% 80% 90% 100% Municípios ordenados conforme sua capacidade fiscal per capita
12 } Metrópoles e demais aglomerados urbanos concentram o grosso da população, do PIB e do eleitorado brasileiro } O caso do G municípios de SP estão no grupo: Carapicuíba; Itaquaquecetuba;Ferraz de Vasconcelos e Francisco Morato. } Mas, disparidades, divergências, incoerências e rivalidades criam limitações à cooperação na ausência de incentivos para isso. } Tudo isso junto gera um ambiente hostil à qualidade da gestão municipal.
13 } O gestor não conhece seu fluxo de caixaorçamento e execução da despesa } Mudanças nas normas e instabilidade das regras que comandam o recebimento de repasses não automáticos de recursos:leis estaduais ICMS, repasses federais SUS, convênios sistemas nacionais } Incertezas comprometem a execução dos investimentos e o custeio de serviços essenciaissaude, educação e segurança } Crescente interferência do governo federal e do judiciário nas finanças municipais - prejudicados demandam garantias judiciais.
14 } Redirecionar o foco do diagnóstico para o orçamento a tripla face dos desequilíbrios financeiros carência, ingerência e falta de aderência vícios da centralização e virtudes da cooperação. } O foco na repartição das receitas estimula o conflito ( federalismo e seguridade social) O foco no orçamento favorece a cooperação. } Não se trata apenas de discutir a reforma tributária. Importa tratar de um novo modelo de federalismo fiscal
15 } A aplicação do estatuto da metrópole criará novos desafios para os municípios metropolitanos. as dificuldades de construir o PDUI e de coordenar a execução das ações a cargo da União, estados e municípios no espaço metropolitano. a conformação da estrutura de governança interfederativa, incluindo a organização administrativa e o sistema integrado de alocação de recursos e de prestação de contas; } O teto para os gastos criará limitações à obtenção de apoio financeiro do governo federal. } A inserção dessas questões nos debates sobre as reformas que precisam ser feitas para corrigir os desequilíbrios federativos e criar condições favoráveis à qualidade da gestão
16 } Direcionar o foco para as responsabilidades: urbanização, demandas sociais e a revisão da agenda do Estado brasileiro. } Por em debate a repartição das responsabilidades substituir centralização por cooperação } Construir um novo modelo de federalismo fiscal equilíbrio na repartição de responsabilidades e de recursos
17 } Um sistema tributário nacional harmonização e compartilhamento de bases tributárias } Um moderno regime de transferências Cooperação e Equiparação } Uma modernização do processo orçamentário Equilíbrio recursos e responsabilidades Aperfeiçoar o regime de garantias financeiras dos direitos sociais. } Uma nova política de desenvolvimento regional Aproveitamento vocações regionais e convergência de rendas -Tripé educação, infraestrutura e tecnologia
18 } Recuperar as virtudes do regime federativo: conciliar a diversidade de situações com a unidade de propósitos. } Destacar sua importância para o fortalecimento da democracia. } Promover e sustentar a cooperação dos entes federados com vistas à estabilidade macroeconômica, o desenvolvimento do país e o bem-estar dos cidadãos.. } Evitar que o avanço do processo de integração internacional concorra para a desintegração nacional.
19 } o uso da preposição na para conectar as duas palavras procura ressaltar que a unidade pode estar ancorada na diversidade, que a diversidade pode contribuir para a unidade, que a unidade não deve dissolver a diversidade na homogeneidade, e que unidade e diversidade não podem ser necessariamente vistas como contraditórias (Watts e Kincaid, conferência internacional sobre o federalismo, Índia, 2007).
Por que a surpresa? Há muito tempo que a realidade vem sendo escondida A novilíngua orçamentária e a limitação dos debates. O acúmulo de vícios.
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