Workshop da FEA/USP sobre a Proposta de Reforma do. Sistema Tributário Brasileiro. Reforma Tributária. Abril de São Paulo. Ministério da Fazenda

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1 Reforma Tributária Workshop da FEA/USP sobre a Proposta de Reforma do Sistema Tributário Brasileiro São Paulo Abril de

2 Objetivos da Reforma Tributária O objetivo do projeto de Reforma Tributária é corrigir distorções na estrutura tributária brasileira que prejudicam o crescimento e e a justiça social e federativa Os principais problemas enfrentados são: A guerra fiscal entre os estados A complexidade da estrutura tributária Os defeitos na estrutura de tributos indiretos que prejudicam os investimentos e as exportações A excessiva tributação da folha de pagamentos O modelo de tributos federais indutor da regressividade Para ser viável, técnica e politicamente, a reforma tributária exige a solução simultânea de uma série de problemas 2

3 O PROJETO DE REFORMA TRIBUTÁRIA 3

4 Fim da Guerra Fiscal e Simplificação do ICMS Para acabar com a guerra fiscal propõe-se a progressiva redução da parcela do imposto devida ao Estado de origem Alíquota residual de 2% na origem (propõe-se mudança no regime de cobrança do ICMS nas transações interestaduais) Prazo longo de mudança permite que benefícios já concedidos sejam progressivamente reduzidos Forte penalização para a concessão de novos benefícios Cobrança no destino é importante para a justiça federativa No final da Transição a legislação do ICMS é unificada Criação do Fundo de Equalização de Receitas para ressarcimento dos estados por eventuais perdas Aprimoramento da Política de Desenvolvimento Regional 4

5 Mudanças na Estrutura dos Tributos Federais Extinção de 5 [4] tributos federais e criação de um imposto sobre o valor adicionado (IVA-F) COFINS PIS IVA-F [CIDE] Salário Educação CSLL IRPJ Mudança no sistema de vinculações e partilha melhora a qualidade das relações federativas e cria condições para uma maior progressividade do sistema tributário brasileiro 5

6 Como é Hoje? IR IPI 10% FPEX 21,5% FPE 23,5% FPM 3% Fundos Constitucionais COFINS CSLL Seguridade Social PIS FAT/BNDES Salário Educação Educação Básica CIDE-Combustíveis Infra-estrutura de transportes etc. (29% para Estados e Municípios) 6

7 Como Fica IR CSLL IPI COFINS PIS Sal. Educação IR IPI IVA-F 39,7% 6,5% 2,3% 2,3% Seguridade FAT/BNDES Educação Infra-Estrutura Básica de Transportes (deduz CIDE) 23,2% 3,11% 0,9% FPE/FPM FNDR FER 7

8 Correção de Distorções e Desoneração Redução da cumulatividade do sistema tributário, com crédito para bens de uso e consumo Desoneração completa das exportações Tributação no destino Sistema de compensação Redução do prazo para a apropriação do crédito na aquisição de bens de capital Desoneração da folha de pagamentos Redução da contribuição patronal sobre folha ao ritmo de 1 ponto percentual ao ano de 2010 a 2015, passando de 20% para 14% Ampliação da progressividade do sistema Ampliação da desoneração da cesta básica 8

9 Aprimoramento das Relações Federativas Revisão do critério de partilha municipal do ICMS, reduzindo as grandes distorções atuais, que resultam essencialmente da repartição do imposto proporcionalmente à produção Transferências de ICMS para os Municípios (R$/ano, dados de 2006) Transferências de ICMS per capita Média Mediana Maior Menor Maior/Menor Pará 133,04 81,03 826,56 21,83 37,9 Bahia 137,48 79, ,02 43,45 106,3 Goiás 274,37 215, ,85 10,94 136,1 São Paulo 446,87 358, ,43 61,44 138,2 Rio Grande do Sul 405,51 336, ,15 49,03 68,7 9

10 IMPACTOS DA REFORMA TRIBUTÁRIA 10

11 Impactos Econômicos Ampliação do volume de investimentos Crédito imediato para bens de capital Desoneração da folha e redução da cumulatividade Redução da insegurança jurídica resultante da guerra fiscal Aumento da competitividade Desoneração completa das exportações Eliminação do favorecimento às importações via guerra fiscal Desoneração da folha e redução da cumulatividade Maior eficiência e produtividade Fim da guerra fiscal Simplificação da estrutura tributária 11

12 Justiça Social e Federativa Redução da regressividade do sistema Criação de condições para a progressiva transferência dos tributos federais da produção/consumo para a renda Desoneração da cesta básica Distribuição mais equitativa dos tributos na federação Transição da cobrança do ICMS da origem para o destino Mudança na regra de partilha municipal do ICMS Estímulo à formalização das empresas e trabalhadores Desoneração da folha de pagamentos Redução da sonegação e elisão fiscal 12

13 Reforma Tributária e Sonegação Eliminação de brechas de sonegação Sistema mais simples e neutro para os tributos indiretos Mudança no modelo de tributação do ICMS nas operações interestaduais Ao reduzir a carga tributária das empresas formais, a Reforma Tributária enfraquece o círculo vicioso entre alta carga e sonegação Possibilidade de explorar melhor a tributação da renda, fechando brechas que reduzem a carga da população de maior renda A implantação do SPED e da Nota Fiscal Eletrônica tem um papel importante na Reforma Tributária 13

14 Impactos sobre o Crescimento A mudança no sistema tributário terá um impacto relevante sobre o potencial de crescimento do País Aumento do PIB Resultante da Reforma Tributária Mudanças Implementadas Impacto (p.p. do PIB) Desoneração dos investimentos (a) 3,3 Redução da cumulatividade 2,6 Extinção do Salário Educação (compensada no IVA-F) 1,3 Redução em 6% da contribuição patronal para a previdência 4,1 Total 11,8 (a) Calculado para um custo de capital correspondente à média da Selic e do capital de giro 14

15 Impactos sobre a Carga Tributária (R$ bi 2008) União -5,9-10,3-14,2-16,0-20,0-24,0 Desoneração folha -4,0-8,0-12,0-16,0-20,0-24,0 Investimentos -1,9-2,3-2,2 Estados -0,9-0,3-1,8-1,1-0,5 0,8 Fim Guerra Fiscal 0,6 1,3 1,3 1,9 2,5 3,8 Invest./BUC -1,5-1,5-3,0-3,0-3,0-3,0 Total -6,8-10,6-16,0-17,1-20,5-23, União -24,0-24,0-24,0-24,0-24,0 Desoneração folha -24,0-24,0-24,0-24,0-24,0 Investimentos Estados 2,0 5,2 6,6 6,2 8,2 Fim Guerra Fiscal 5,0 6,9 10,0 11,3 15,0 Invest./BUC -3,0-1,7-3,4-5,1-6,8 Total -22,0-18,8-17,4-17,9-15,8 15

16 CRISE INTERNACIONAL E REFORMA TRIBUTÁRIA 16

17 Crise e Reforma Tributária Ao longo dos últimos meses têm surgido dúvidas sobre a oportunidade de avançar com o projeto de Reforma Tributária no atual momento de crise econômica mundial A principal preocupação é com o impacto da Reforma sobre as finanças públicas da União e dos Estados O único impacto de curto prazo da Reforma Tributária é uma clara melhora nas expectativas e no ambiente de negócios do País, claramente beneficiando a superação da crise Todos impactos fiscais são de longo prazo e só tem alguma relevância a partir de 2011 No caso dos Estados os impactos são, no conjunto, positivos, e os eventuais perdedores serão compensados através do FER 17

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