Reforma do PIS/Cofins Questões para discussão

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Luís Rosa de Escobar
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1 Reforma do PIS/Cofins Questões para discussão Apresentação para Fórum Nacional da Indústria Centro de Cidadania Fiscal- CCiF Bernard Appy 14/08/2015

2 A propostado Governo

3 Propostado governo Pontosque estãomaisclaros O texto da proposta do governo para a reforma do PIS/Cofinsainda não foi divulgado, mas alguns pontos já são conhecidos Redução significativa do número de setores que permanecerão no regime de incidência cumulativa dos tributos Adoção do regime de crédito financeiro (não está claro se haverá exceções) Adoção do regime de imposto contra imposto, com a discriminação do valor do débito em documento fiscal Sinalização de que haverá ressarcimento tempestivo dos créditos Manutenção de alíquota única no regime não cumulativo

4 Propostado governo Pontosque estãomaisclaros O texto da proposta do governo para a reforma do PIS/Cofinsainda não foi divulgado, mas alguns pontos já são conhecidos Eliminação do tratamento diferenciado para as empresas do regime de lucro presumido Manutenção da possibilidade de opção pelo regime cumulativo para empresas com receita inferior a R$ 3,6 milhões/ano Manutenção do regime cumulativo para as instituições financeiras Sinalização de garantia de manutenção da carga tributária, ajustandose a alíquota do regime não cumulativo por conta das mudanças Início da mudança pelo PIS, com posterior extensão para a Cofins, criando-se uma Contribuição Social para a Seguridade (CSS)

5 Propostado governo Pontosmenosclaros O ponto menos claro da proposta de mudança é o grau em que os atuais regimes especiais serão mantidos ou revogados De forma simplificada, há três categorias de regimes especiais no PIS/Cofins Regimes de incidência monofásica ou através de substituição tributária (provavelmente serão mantidos) Regimes especiais para algumas categorias de investimento, que têm como principal objetivo evitar o acúmulo de créditos (em princípio tornam-se desnecessários se houver um sistema eficaz de ressarcimento dos créditos) Regimes de crédito presumido (não está claro se serão mantidos) Adicionalmente, há a adoção de alíquota zero para uma série de produtos da cesta básica (deve ser mantida)

6 Avaliaçãoda proposta

7 Avaliaçãoda proposta Efeitosgerais De modo geral, a proposta do governo parece avançar no sentido de aproximar o PIS/Cofinsde um IVA clássico, o que tem efeitos positivos sobre a eficiência econômica Crédito financeiro elimina o principal foco de contencioso entre as empresas e o Fisco e regime de imposto contra imposto é necessário para viabilizar o crédito financeiro Ressarcimento tempestivo dos créditos é condição necessária para o funcionamento eficiente de um IVA Alíquota única é padrão dos IVAs modernos Eliminação da diferenciação para empresas do lucro presumido é positivo No entanto, é necessário conhecer o texto do projeto para saber se efetivamente entrega o prometido

8 Avaliaçãoda proposta Efeitosgerais Embora a mudança no PIS/Cofinstenha impactos setoriais diferenciados, é preciso diferenciar duas categorias de impacto: a) Mudanças de preços relativos entre setores b) Mudanças na capacidade competitiva do setor (na exportação e vis-àvis produtos importados) Em princípio não faz sentido posicionar-se contra as mudanças no PIS/Cofinspor conta de seu impacto nos preços relativos, pois esta é a consequência da adoção de um sistema mais neutro e, portanto, mais eficiente Já no que diz respeito à competitividade, de modo geral a mudança é positiva, mas pode afetar negativamente alguns setores em decorrência da revisão de regimes especiais

9 Avaliaçãoda proposta Prováveispontosde divergência Há algumas mudanças que contribuiriam para a melhora da qualidade do PIS/Cofinse para maior segurança dos contribuintes que, provavelmente, não serão incorporadas Eliminação da incidência sobre receitas financeiras de empresas não financeiras (não é valor adicionado) Incidência por fora (com ajuste na alíquota) Adoção de mecanismo que dê segurança de que não haverá aumento da carga tributária (p. ex. faixa de variação do crescimento real da arrecadação) Período de transição longo (no mínimo 12 meses), para permitir ajustes de contratos e de sistemas com a mudança

10 Avaliaçãoda proposta Perspectivaspara tramitação Apesar de positiva, a tramitação da proposta de mudança do PIS/Cofins no Congresso não será fácil, havendo um risco não desprezível de mutilação do texto do governo Risco de forte resistência por parte dos perdedores Alguns setores, como serviços e construção civil, tendem a resistir por conta do aumento da carga (em alguns casos por incompreensão) Mesmo setores que potencialmente serão beneficiados (como a indústria) vêm apresentando resistências Idealmente a mudança deveria ser feita em momento de menor fragilidade política e espaço fiscal para reduzir a carga

11 Avaliaçãoda proposta PossívelAlternativa Uma alternativa a ser considerada (ainda pouco desenvolvida) seria uma migração mais lenta para um novo regime, através da criação de um novo tributo (CVA) cuja alíquota seria progressivamente elevada, à medida em que a alíquota do PIS/Cofins fosse sendo reduzida Num momento inicial a CVA compensaria a adoção do regime financeiro (e do modelo do imposto contra imposto) no âmbito do PIS/Cofins, mantendo-se todas as demais características destes tributos A partir deste momento, a alíquota da CVA seria elevada e a de PIS/Cofins reduzida, até completar a transição (5 anos?/10 anos?) Modelo permite uma legislação da CVA ainda mais próxima de um IVA ideal que a que resultaria de uma reforma do PIS/Cofins

12 Reforma do PIS/Cofins Questões para discussão Apresentação para Fórum Nacional da Indústria Centro de Cidadania Fiscal- CCiF Bernard Appy 14/08/2015

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