Danças Luso Ibéricas 2011
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- Martim Stachinski Brezinski
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1 Danças Luso Ibéricas Sevilhanas Pilar Madeira 11
2 Conteúdo 1. Introdução: Identificação de necessidades: Fundamentação da acção: Objectivo geral: Objectivo específico: Caracterização do publico alvo: Número de pessoas: Perfil de entrada: Perfil de saída: Estrutura modular: Níveis de qualificação: Conteúdos programáticos: Metodologias: Competências a desenvolver:
3 1. Introdução: As sevilhanas são um tipo de música popular, cantada e escrita em Sevilha. Derivam da música popular de Castela apimentada com uns ritmos de origem Árabe. Normalmente as suas letras são baseadas em histórias de Amor, falam do campo e da vida na cidade. É um tipo de dança muito graciosa, cheia de vivacidade e dinamismo, uma vez que, as cores e padrões dos vestidos lhe dão muita alegria. É uma dança muito sensual onde há jogo de olhares, sorrisos e em que os movimentos subtis tranformam-na numa dança com bastante linguagem corporal. Nas aulas de sevilhanas embarcaremos nos momentos iconográficos do país vizinho. O povo andaluz sempre celebrou com cantes e bailes de sevilhanas, eventos como as feiras de gado, as cruzes de Maio e todas as outras festas que os fazem um dos destinos turísticos do Mundo e que inspiraram obras de outras artes como a mítica ópera Cármen. Retrocederemos na história para ver as sevilhanas como um baile de origem folclórico (século XIX), primeiro na forma de seguidilla, seguindo como bolero até à divisão em quatro coreografias que existem nos dias de hoje. Abordaremos o tema das Sevilhanas e as várias formas de abordagem da dança. No fim teremos um intricado e misterioso jogo de mãos, a contorção dos corpos em harmoniosas voltas, jogos de pés e das saias. 3
4 2. Identificação de necessidades: Com a implementação do Musiberia - Centro Internacional de Musicas e Danças do Mundo Ibérico, Serpa passou a ser um ponto forte de encontro cultural, o que ao longo dos anos já se vinha ambicionando com as várias actividades relacionadas com a música. Em Portugal existem varias escolas de dança flamenca com grande afluência e aqui em Serpa seria aliciante a implementação de aulas de sevilhanas. Com a implantação do Musiberia, as sevilhanas seriam um dos pontos fortes para a escola uma vez que, Serpa pela sua localização, perto da fronteira com Espanha poderia atrair vários indivíduos de todas as idades. As sevilhanas pela sua graciosidade dinamismo fomentam o gosto desde os mais pequenos até os mais graúdos. 3. Fundamentação da acção: Com as aulas de sevilhanas o aluno vai adquirir uma formação aprofunda o que lhe vai permitir dançar e qualquer evento que assim lho permita, como também criar um grupo de flamenco, para posteriormente participar em espectáculos. Para além disso, dançar apresenta um conjunto de benefícios que proporcionam bemestar físico e psicológico. Funciona como uma terapia de relaxamento para libertar a mente dos problemas que afectam o ser humano diariamente. Ajuda a eliminar as tensões e ansiedades do quotidiano e a melhorar o aspecto pessoal, pois exercita os músculos do corpo de forma suave e sem causar danos. Melhora a postura, torna os gestos mais elegantes e permite perder calorias sem grande esforço e de forma divertida. 4
5 Principais benefícios: -Regula a frequência respiratória; -Corrige a postura; -Aumenta a flexibilidade; -Reduz a fadiga; -Aumenta os estímulos sensoriais melhorando a consciência corporal, a atenção e a concentração; -Melhora a capacidade de comunicação; -Fortalece a identidade pessoal e a auto-estima; -Aumenta a resistência ao stress e à ansiedade; -Facilita a integração. 4. Objectivo geral: Aprender os conceitos e técnicas básicas de iniciação á dança de sevilhanas. 4.1 Objectivo específico: Aprendizagem das quatro coreografias tradicionais de sevilhanas divididas pelas três coplas; Aprendizagem de trabalho a solo, a pares e em grupo; Trabalho de postura, técnica de mãos e braços; Expressão corporal e consciencialização corporal; Desenvolvimento da consciência rítmica; Domínio do tempo musical com palmas; Desenvolvimento da memória corporal. 5
6 5. Caracterização do publico alvo: 5.1 Número de pessoas: As turmas serão formadas por 20 alunos. 5.2 Perfil de entrada: Indivíduos que queiram desenvolver competências a nível da dança na vertente de musicas espanholas, com idades compreendidas entre os 7 e os 55 anos 5.3 Perfil de saída: No fim desta acção os indivíduos devem promover comportamentos seguros na aplicação das quatro coreografias tradicionais de sevilhanas divididas pelas três coplas, domínio da postura, controle da técnica de mãos e braços, consciencialização corporal e do tempo musical. 6. Estrutura modular: Serão aulas trimestrais, sem interrupção e no final de cada trimestre será atribuído um nível de aprendizagem, com o qual os alunos conseguirão utilizar os conceitos que aprenderam nesse nível sem obrigatoriedade de frequência no próximo nível. 6
7 6.1 Níveis de qualificação: Nível 1-Aprendizagem 1ª sevilhana, dividida por três coplas. Este nível decorrerá no 1º trimestre composto por 13 aulas. Nível 2- Aprendizagem 2ª sevilhana, dividida por três coplas. Este nível decorrerá no 2º trimestre composto por 13 aulas. Nível 3- Aprendizagem 3ª sevilhana, dividida por três coplas. Este nível decorrerá no 3º trimestre composto por 13 aulas. Nível 3- Aprendizagem 4ª sevilhana, dividida por três coplas. Este nível decorrerá no 4º trimestre composto por 13 aulas. 7
8 6.2 Conteúdos programáticos: Duração Nível Objetivo Conteúdos programáticos 1º Trimestre 1 -Dominar o passeilho; -Aplicar o passeilho na técnica do triangulo; -Compreender o movimento corporal para a passada; -Aplicar o passo da ancora; -Controlar o movimento do corpo para as quatro passadas -Realizar o movimento das mãos com a técnica das árvores; -Executar todos os movimentos num todo com harmonia; -Compreender as várias formas de termino da sevilhana; -História das sevilhanas -Conceitos relativos á sua estrutura; -Compasso musical; -Introdução da 1ª sevilhana e as suas três coplas; -Introdução ao movimento das saias. Instrumentos Pedagógicos -Utilização de formas geométricas feitas de papel autocolante; -Figuras imaginaria da natureza; -Utilização da saia de baile. 2º Trimestre 2 -Dominar o passe cruzado; -Executar os movimentos equilibrados da volta; -Executar com rapidez o passe picado; -Realizar o movimento das mãos e braços; -Aplicar as duas formas de passadas do final da ultima copla; - Compreender as várias formas de término da sevilhana; -Introdução a 2ª sevilhana as suas três coplas; -Conceitos relativos á sua estrutura; Desenvolviment o dos conhecimentos relativos s saia; -Utilização da saia de baile. 3º Trimestre 3 -Realizar as voltas com harmonia; -Coordenar o movimento dos pés para o sapateado; -Realizar o movimento das mãos e braços como impulsionadoras do movimento corporal; - Compreender as várias formas de término da sevilhana; -Introdução a 3ª sevilhana e as suas três coplas; -Conceitos relativos á sua estrutura; -Saias e a sua utilização para o sapateado. -Utilização da saia de baile. 4º Trimestre 4 -Aprender os movimentos dos remolinos; -Utilizar as quatro sevilhanas em movimentos coordenados; -Realizar o movimento das mãos e -Introdução a 4ª sevilhana e as suas três coplas; Conceitos relativos á sua -Utilização da saia de baile. 8
9 braços; -Executar as quatro sevilhanas em quadrado e círculo; estrutura; 7. Metodologias: Ao início daremos relevância particularmente as necessidades de cada aluno tentando encontrar a orientação necessária para tentar oferecer as condições óptimas aos alunos que apresentem mais dificuldades. Em cada caso traçaremos objectivos mais particulares com cada aluno, não afectando o resto da turma uma vez que, é um curso flexível que adoptaremos as melhores medidas para aproveitamento de todos os alunos, inclusive as pessoas de idade mais avançada e os mais pequenos. As aulas constarão de 60 minutos e em cada serão introduzidas palavras-chave do uso quotidiano, alguns instrumentos pedagógicos e áudio visuais de forma a facilitar a aprendizagem. Cada aula é constituída por três partes: Uma primeira parte com exercício de aquecimento, concentração e consciencialização corporal; Exercícios, de técnica de braços, mãos e pés; Aprendizagem das coreografias. 9
10 8. Competências a desenvolver: Com o nível um, o aluno estará apto para dançar a 1ª sevilhana e utilizar os mesmos passos nas restantes. No nível dois, o aluno utilizara a 1ª e 2ª sevilhana. No nível três, dançara até a 3ª sevilhana, mas já com um grau bastante desenvolvido já que há uma maior consciencialização de passos, ritmos e movimento corporal. No nível quatro e último, o aluno saberá aplicar todas as quatro etapas numa junção harmoniosa onde os movimentos são mais coordenados, onde existirá jogo de cintura e de olhares, em que o domínio das saias será bastante visível e onde o aluno conseguirá facilmente entrar em novas coreografias dentro das sevilhanas. 10
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