Ficha de Unidade Curricular

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1 Ficha de Unidade Curricular Unidade Curricular Designação Artes Sonoras II Área Científica SI Som e Imagem Ciclo de Estudos 1º Ciclo - Licenciatura Carácter: Obrigatória e opcional Ano Lectivo 2008/2009 Semestre 4º ECTS 6 Tempo de Trabalho: Horas de Contacto: 30 = T10+TP10+PL5+OT5 Ensino Teórico (T) 10 Ensino Teórico-Prático (TP) 10 Ensino Prático e Laboratorial (PL) 5 Orientação Tutorial (OT) 5 Horas de Trabalho Autónomo: 30 Total: 60 Pré-Requisitos: Deverá preferencialmente ter completado, com aproveitamento, as disciplinas de INTRODUÇÃO AO SOM e CAPTAÇÃO DE SOM PARA IMAGEM, ambas unidades curriculares obrigatórias do primeiro e segundo semestre respectivamente. 1

2 Objectivos de Aprendizagem: Gerais: No contexto actual do ensino artístico, uma escola pioneira como a ESAD não pode dispensar uma cadeira que aborde os problemas artísticos da música, e que promova, no espaço universitário, a discussão ou a praxis plena das questões mais evoluídas dessa arte, pois muitas das suas ideias e processos têm sido enormemente fecundos em várias correntes das artes e actividades performativas actuais. O nome desta disciplina, tem origem numa outra cadeira, que foi criada, em 2001, como opção para os cursos de Artes Plásticas e Design. A designação transitou para esta cadeira obrigatória e opcional do Curso de Som e Imagem e está dividida em dois semestres: Artes Sonoras I e Artes Sonoras II. A anterior cadeira de Artes Plásticas e Design passou a designar-se de Artes Musicais e Sonoras. Com Bolonha, parte deste legado transitou também para as cadeiras de Introdução às Artes Musicais e Artes Musicais do Curso de Teatro. A disciplina pretende familiarizar os alunos em conceitos e práticas fundamentais da arte dos sons, entendidos como bagagem e estímulo para complementar trabalhos noutras cadeiras ou para concepção de projectos: da organologia experimental à escultura sonora, dos projectos de sonorização às instalações de som, da composição à improvisação, dos concertos aos espectáculos, do audiovisual ao multimedia e ao cinema, da performance art ao teatro/música e até à ópera (o protótipo clássico da obra de arte total). Específicos: Em anos anteriores, foram desenvolvidos nesta cadeira: Práticas laboratoriais de espectáculo e de concerto (como a ópera Sr. Dr. Fausto (2001), o concerto Obras de Vanguarda do Século Passado (2002), os mini festivais: Encontros Esad de Música Contemporânea (2003), Festa da Música (2004) e Edifício da Música (2005)), com reportório existente ou criado pelo professor ou pelos alunos; 2

3 Aulas teórico-práticas sob a forma de Seminários de História da Música e/ou outras problemáticas musicais, como por exemplo: Different Trains ( O Comboio na História da Música, 2005, 2007), Cozido à Portuguesa ( A História da Música Portuguesa, de D. Dinis à actualidade, 2006), Docs & Biopics ( As Representações da Música e dos Músicos no Cinema, 2004/2008), e Harmonia Clássica e Moderna (2008). Neste semestre de Artes Sonoras II, o professor propõe um seminário dedicado ao estudo do saxophone, sob o título: O Saxophone na Cultura Contemporânea. Transversais: Estimular a pesquisa, consulta e visionamento de documentos das diferentes áreas ligadas á cultura musical/sonora e audiovisual. Desenvolver capacidades de analisar e criticar práticas de outras áreas que apresentem um relacionamento com as matérias acima indicadas. Conteúdo Programático: Conteúdos Programáticos Gerais (Artes Sonoras JER 2001) Bases teóricas Dos quatro elementos do solfejo tradicional (altura, duração, timbre e intensidade) ao Solfejo do Objecto Sonoro (escuta reduzida, captação e acusmática). Acústica e organologia experimental Estudo dos sons, acústica dos espaços, sonorização, análise e construção de instrumentos. Composição experimental técnicas de notação, composição abstracta (com sons) e composição concreta (com ruídos). História da música Abordagem documentada por todos os meios de aspectos da evolução da música, das ciências musicais e da etnomusicologia. 3

4 Conteúdos Programáticos Específicos: 2º Semestre (Artes Sonoras JER 2009) Adolph Sax foi uma espécie de Júlio Verne da Organologia. Enquanto os instrumentos tradicionais de sopro e corda parecem derivados da marcenaria, ou até da charcuteria, os instrumentos de Sax parecem já anunciar as formas aerodinâmicas do século XX, como os aviões ou as lambretas. O seu autor se calhar nunca imaginou que inventou o instrumento do futuro. Se o estatuto do canto preside a todas as formas de dignificação musical, seja o Chantre Josquin, o Kantor Bach, o Cantor do piano Chopin, as conotações vocais do violoncelo, o cantabile das orquestras, ou o canto ancestral dos pássaros, então podemos dizer que o saxophone é o instrumento mais próximo da voz humana. Nesse sentido o saxophone simboliza a voz do nosso tempo, e hoje mais que nunca, ocupa o lugar de um poderoso mediador entre todas as músicas. [José Eduardo Rocha, Sexta-feira 13 de Fevereiro de 2009] Metodologia de Aprendizagem: As aulas girarão em torno de quatro eixos principais (ver conteúdos), sobre os quais se orientarão pequenos ou grandes seminários teóricos (este ano serão dedicados ao Saxophone). As aulas são preparadas e dirigidas a contar com a participação activa dos alunos, razão pela qual haverá exigência de pontualidade e frequência regular. Presencial: 1) Aula teórica Metodologia expositiva e análise em grupo dos textos e documentos áudio ou audiovisuais fundamentais para enquadrar o conteúdo programático em cima enunciado. 2) Teórico /prática Apresentação de trabalhos de pesquisa efectuados pelos alunos em matérias que se relacionem directamente com o trabalho prático desenvolvido na cadeira. Estes terão sempre uma vertente expositiva na sala de aula, para além da entrega 4

5 de um documento escrito (com material áudio, fotográfico ou audiovisual anexo sempre que necessário). 3) Orientação Tutorial Acompanhamento e orientação de trabalho individual junto do aluno. Autónoma: Será fomentada a capacidade do aluno em realizar autonomamente pesquisas relacionadas com as matérias e os trabalhos práticos propostos, de modo a qualificá-lo no desenvolvimento de metodologias próprias de assistência ao trabalho criativo. Avaliação de Competências: A avaliação será contínua, periódica e final. Os critérios de avaliação serão de ordem quantitativa e qualitativa. A assiduidade e participação nas aulas, o desempenho na execução de trabalhos e provas, bem como a capacidade na aquisição geral de competências relativas à disciplina em questão, serão os factores centrais de avaliação. Bibliografia Recomendada: INGHAM, Richard (Editor): The Cambridge Companion to the Saxophone, Cambridge University Press, 2008 ( 1998). [Ingham] Bibliografia Complementar: PISTON, Walter: Orchestration, W.W.Norton & Company, [Piston] HENRIQUE, Luís: Instrumentos Musicais, Fundação Calouste Gulbenkian, [Henrique] Recursos Físicos: Sala para aulas teóricas e teórico práticas: projector de vídeo, leitor de DVD e CD, sistema de som, quadro branco e quadro com pentagramas Sala para aulas práticas: Espaço amplo com cadeiras e algumas mesas e um piano. Distribuição de horas totais de trabalho em 20 semanas por conteúdos programáticos e por métodos pedagógicos (adaptado ao curso) 5