UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA FACULDADE DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS

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1 UNIVERSIDADE METODISTA DE PIRACICABA FACULDADE DE GESTÃO E NEGÓCIOS CURSO DE CIÊNCIAS CONTÁBEIS PROPOSTA DE SISTEMA GERENCIAL DE CUSTOS PARA PEQUENOS PRODUTORES AGRÍCOLAS JÉSSICA MARIA POSSIGNOLO Piracicaba, SP. 2012

2 JÉSSICA MARIA POSSIGNOLO PROPOSTA DE SISTEMA GERENCIAL DE CUSTOS PARA PEQUENOS PRODUTORES AGRÍCOLAS Monografia apresentada em cumprimento às exigências curriculares do Curso de Graduação em Ciências Contábeis da Faculdade de Gestão e Negócios da Universidade Metodista de Piracicaba, área de concentração em Contabilidade Gerencial. Orientadora: Maria Jose de C. Machado Piracicaba, SP. 2012

3 JESSICA MARIA POSSIGNOLO PROPOSTA DE SISTEMA GERENCIAL DE CUSTOS PARA PEQUENOS PRODUTORES AGRÍCOLAS Monografia julgada adequada para aprovação na disciplina Monografia II do Curso de Ciências Contábeis da Faculdade de Gestão e Negócios da Universidade Metodista de Piracicaba Prof (a). Ms.Miltes A. M. Martins Componentes da banca: Presidente: Prof(a). Ms. (orientador(a)) Maria J. C. Machado Prof(a). Ms. Miltes Angelita Machuca Martins Prof(a). Ms. Lucas Cerqueira Lazier Piracicaba, 12 de novembro de 2012.

4 Dedico esta obra a minha família e a meu namorado que me apoiaram até a conclusão deste estudo, à todos aqueles que colaboraram com o desenvolvimento deste.

5 AGRADECIMENTOS Em primeiro lugar agradeço à Deus que me iluminou todo meu caminho, e a Nossa Senhora Aparecida que com seu manto protetor me protegeu e me deu forças no momento mais difícil de minha vida. E mesmo com a dor, não me deixou desistir, e continuar e concluir este estudo. A minha família e meu namorado que sempre me ajudaram, dando força e coragem para não desistir. Seguir em frente, que tudo iria dar certo. Agradeço a minha orientadora Prof(a) Ms. Maria José de C. M. Machado pela atenção, compreensão, orientação e sinceridade em falar está certo ou errado, pelas recomendações e incentivo no processo de elaboração deste estudo. Aos amigos que conheci, e participaram de cada momento destes quatro anos de estudos.

6 RESUMO A Contabilidade Rural possui uma contabilização distinta de outras contabilidades, ela possui a IAS 41 especifica para ela na contabilização, e assim com suas grandes diferenças são necessários estudos profundos, para ajudar os agricultores rurais, a ter conhecimento de seu patrimônio, e de suas operações. São poucos materiais adequados para pequenos agricultores, a dificuldade encontrada é maior. Questiona-se neste trabalho qual o sistema de custo mais adequado para a atividade da cana de açúcar, proporcionando informações que atendam seus gestores. O objetivo principal a ser alcançado é o de, desenvolver um sistema de informação gerencial de custos para ajudar pequenos agricultores a ter um controle econômico no cultivo da cana-de-açúcar. A pesquisa feita foi baseada em um agricultor que possui um pequeno empreendimento, que não possui controle de custos, e opera no segmento de cana de açúcar.. Foram analisados as informações coletadas, e chegou-se ao sistema gerencial de custos, simples mas completo. Neste sistema o produtor irá controlar os custos diretos no plantio, tratos culturais e na colheita da cana de açúcar. O sistema sugerido será em fichas impressas, para que o produtor não encontre dificuldades em preencher, e chegar ao lucro operacional de sua propriedade. Com os dados em mãos o pequeno produtor poderá tomar decisões eficazes e precisas, através dos dados fornecidos pelo sistema gerencial de custos proposto.. Palavras-chave: Contabilidade Agrícola, Custos, Cana de Açúcar.

7 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Comparação entre a contabilidade Gerencial e a Contabilidade Financeira...22 Quadro 2: Exemplos de Ativos biológicos, Produtos agrícolas e Produtos resultantes do processamento após a colheita...34 Quadro 3: Métodos de mensuração dos ativos biológicos...38 Quadro 4: Integração dos três fundamentos de custos...47

8 LISTA DE TABELAS Tabela 01: Relação Imobilizado...61 Tabela 02: Custos funcionários...62 Tabela 03: Contratos Arrendamentos Tabela 04: Ficha custos plantio...66 Tabela 05: Ficha custos tratos culturais...67 Tabela 06: Ficha custos colheita...68 Tabela 07: Ficha custo total por área...69 Tabela 08: Ficha resumo produtor Rural...70

9 SUMÁRIO 1 INTRODUÇÃO CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL Características da contabilidade financeira Características da contabilidade gerencial Comparações entre financeira e gerencial CARACTEÍSTICAS DA CONTABILIDADE RURAL Empresa rural Características peculiares do setor agrícola Controle gerencial Importância da contabilidade rural Exaustão Norma Internacional de Contabilidade IAS Ativos biológicos Reconhecimento e Evidenciação Mensuração Fair Value CONTABILIDADE DE CUSTOS Terminologias Painel básico da contabilidade de custos A métodos de custeamento Formas de custeio Sistema de Acumulação Esquema geral da contabilidade de custos A Contabilidade de custos dentro da empresa Abrangência da contabilidade de custos CUSTOS NA PRODUÇÃO DE CANA-DE-AÇUCAR Época de plantio Custo de preparo do solo Custo de análise do solo e aplicação de corretivos

10 5.4 Custo do plantio Custo do corte carregamento e transporte Custo de tratos culturais da soqueira da cana-de-açúcar ESTUDO DE CASO CONSIDERAÇÕES FINAIS...73 REFERÊNCIAS...75 ANEXO...80

11 10 1. INTRODUÇÃO Contabilidade é a ciência que estuda e controla o patrimônio, ela pode demonstrar as variações, mostrar formas de interpretação, análise e auditagem. Pode servir como instrumento básico para tomada de decisões de todos os setores direta ou indiretamente envolvidos com a empresa. Assim a contabilidade tem por função registrar, organizar, demonstrar, analisar e acompanhar as modificações do patrimônio em virtude da atividade econômica ou social que a empresa exerce no contexto econômico (MARION, 2009). Dentro da Contabilidade como um todo existe a Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial. Estas duas contabilidades foram criadas para usuários e finalidades distintas. (PADOVEZE, 2007, p.36) Os usuários da contabilidade financeira são externos e internos, pois esta visa facilitar a análise financeira para as necessidades dos usuários externos, já na contabilidade gerencial os usuários são apenas internos utilizando as informações fornecidas pela contabilidade gerencial para análises de planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão internamente. Padoveze (2007, p.31) tem como definição sobre a contabilidade Gerencial: Para Crepaldi (2005): A contabilidade pode ser definida como o processo de identificação, mensuração, acumulação, analise preparação, interpretação, e comunicação de informação (tanto financeira como operacional) utilizada pela administração para planejamento, avaliação e controle dentro da organização e para assegurar o uso e a responsabilidade sobre seus recursos. Para obter esses dados referentes ao movimento econômico-financeiro diário da propriedade, é preciso que o seu administrador conheça a realidade do empreendimento, por meio da classificação e organização dos dados referentes ao movimento diário das operações da propriedade, a rentabilidade da atividade produtiva e aos resultados, considerando como estes podem ser otimizados. A Agricultura é um setor muito importante, pois representa toda atividade de exploração da terra, ela tem um grande papel no desenvolvimento do país. No processo de desenvolvimento ela desempenha as funções de produzir alimentos baratos e de boa qualidade, produzir matéria prima para a indústria, pela exportação, trazer dinheiro para o país e dar condições dignas de vida para o trabalhador rural. Mas existe ainda uma questão a ser melhorada na atividade rural: o controle econômico e financeiro. Os

12 11 agricultores muitas vezes por falta de conhecimento, entendimento não possuem uma forma clara na contabilização de seus bens e do movimento que possuem. Não conseguem informar adequadamente seus contadores as alterações no seu patrimônio. Para que o agricultor possa ter resultados satisfatórios através de análises dos relatórios que a contabilidade gerencial pode fornecer é preciso que o agricultor tenha total conhecimento da sua propriedade. É necessário que o agricultor tenha dados organizados e conhecimento da realidade de sua atividade, assim a contabilidade gerencial pode fornecer relatórios que gerem informações eficientes para tomada de decisão. O agricultor precisa saber qual a quantidade e qual é o valor de seus bens que compõem o capital de sua propriedade. Cada propriedade possui bens diferentes: máquinas, implementos, animais e plantações, estes permanecem na empresa em diferentes anos. Os insumos quando utilizados desaparecem da empresa, sendo estes utilizados dentro do ano agrícola. Saber o capital da empresa e a utilização dos insumos é essencial para que o agricultor possua um cuidado com a conservação daqueles capitais que permanecem por vários anos na empresa. (CREPALDI 2009, p.04). Através da contabilidade gerencial a agricultura pode ter um controle do seu patrimônio, podendo analisar toda a sua atividade. Com os relatórios que a contabilidade gerencial pode gerar ao agricultor, ele pode analisar e responder a várias questões: Quanto e como produzir, quais gastos e as vantagens de certas atividades e muitas outras questões. Construir uma nova base de informações gerenciais para dar suporte a excelência competitiva global não é tarefa fácil ou rápida. Afirma Crepaldi (2009, p.45). A tarefa de gerar informações gerenciais que permitam a tomada de decisão com base em dados consistentes e reais é uma dificuldade constante para os produtores rurais. O administrador de um empreendimento tem a necessidade de saber onde e de que forma está aplicando seus recursos e qual está sendo o retorno financeiro obtido. A informação gerencial é o resultante do que na realidade ocorre no empreendimento. Por meio da classificação e organização dos dados referentes ao movimento econômico-financeiro diário da propriedade, é possível gerar essas informações. Elas vão indicar o volume de receitas por atividade, os níveis do investimento por setor e as quantias desembolsadas por tipo de despesas. Assim é de extrema importância suprir as dificuldades que os agricultores têm em controlar economicamente suas atividades.

13 Problemática O Agronegócio é um dos negócios mais complexos da economia moderna. Com o passar dos anos surge a industrialização que gerou um considerável impacto na rentabilidade dos produtores rurais, pois cada vez mais estes estão comprometidos com a queda nas margens de lucro, aumentos constantes nos custos de insumos, flutuações nas cotações, além do custo do dinheiro e dos investimentos necessários para sustentar o negócio. Neste sentido é de extrema importância que desde os pequenos até os grandes agricultores tenham controle das suas operações. A Contabilidade é uma solução para poder ter um controle dos gastos, custos, despesas e receitas que uma atividade rural pode gerar. Fazer contas, é uma tarefa tão necessária no meio rural quanto conhecer a terra e a tecnologia de produção. É preciso uma gestão eficiente de seus negócios e uma disposição contínua em aprender sempre mais em contabilidade, administração e planejamento. Os escritórios de contabilidade possuem muitas dificuldades na contabilidade rural, a falta de documentos é um grande problema, pois os agricultores em sua maioria misturam pagamentos e recebimentos de pessoa física e jurídica, e muitas vezes os agricultores não levam aos escritórios os documentos necessários para ser feita a contabilidade. A contabilização dos estoques é muito complicada, assim como existe uma legislação especifica para atividade agrícola. A folha de pagamento tem alíquotas e formas diferentes de ser calculada. Outro fator que gera muito questionamento é quanto ao termino do exercício social, já que a atividade rural tem concentração da receita normalmente durante ou logo após a colheita. Devido a sua produção sazonal, concentrada em determinado período, muitas vezes em alguns dias do ano, nada mais justo que após seu término, proceder em seguida à apuração do resultado, tão importante para a tomada de decisão, assim como saber o que fazer no novo ano agrícola. (CREPALDI, 2009, P.15) Devido ás grandes peculiaridades que a contabilidade rural possui, ela deve ter um tratamento distinto. A contabilidade de custos é o segmento da ciência contábil especializado na gestão econômica do custo e dos preços de venda dos produtos e serviços oferecidos pelas empresas. Como afirma Padoveze (2006, p.05), a contabilidade de custos se torna uma grande aliada do produtor rural. Com a distância que existe entre o administrador e as informações para tomada de decisões, utilizando a

14 13 contabilidade gerencial com as informações fornecidas pela contabilidade de custos o produtor rural pode ter controle e fazer planejamentos para as próximas safras. A contabilidade de custos tem duas funções relevantes: auxílio ao controle e ajuda às tomadas de decisões fornecendo informações para a contabilidade gerencial. Para avaliar as consequências de curto e longo prazo sobre medidas de corte de produtos, fixação de preços de venda, opção de compra ou fabricação, ponto de equilíbrio e obtenção de resultados. Assim a contabilidade de custos é uma grande ferramenta de controle e decisão gerencial (MENSURAÇÃO..., 2012). O campo de atividades das empresas rurais pode ser dividido em três grupos: atividade agrícola que tem a produção vegetal, atividade zootécnica que terá produção animal e atividade agroindustrial que são as indústrias agrícolas (MARION, 2009, p.02). A cana de açúcar está caracterizada como Atividade Agrícola, este tipo de atividade tem suas diferenciações que dificultam a administração e controle das atividades para o produtor. A cana-de-açúcar como outras atividades agrícolas necessitam de rotatividade de anos para o plantio, cada variedade de cana deve ser plantada em determinado mês e solo adequado para seu crescimento, deve ser seguido os estágios de plantio, cultivo e colheita. A cana-de-açúcar está caracterizada como cultura permanente, pois ela está vinculada ao solo e fornece mais de uma colheita (MARION, 2009, p.16). Após a completa formação será amortizada de acordo com sua vida util. (CREPALDI, 2009, P.133). De acordo com Crepaldi (2009, p.137) a amortização é a recuperação contábil do capital aplicado na aquisição de direitos cuja existência ou exercício tenha duração limitada, ou de bens cuja utilização pela entidade tenha prazo limitado por lei ou contrato. Marion (2009, p.51) afirma que a amortização acontece na aquisição de direitos de extração ou exploração em prazo determinado a um preço único e fixado. Sendo feita a colheita manual a cana-de-açúcar pode ter até sete cortes dependendo do solo. Mas com a colheita mecanizada são apenas quatro cortes. Neste período é feito a amortização dos custos e despesas do plantio e tratos culturais. A maioria dos pequenos agricultores não faz controle dos custos do plantio, tratos culturais e da colheita, por não saberem como alocar estes custos e despesas, que a atividade gera. Como consequência não possuem dados reais para tomar decisões.

15 14 Diante do exposto, questiona-se: Qual o sistema de custos mais adequado para este tipo de atividade, que proporcione informações que atendam os gestores? 1.2 Objetivo O objetivo deste trabalho é desenvolver um sistema de informação gerencial de custos para ajudar pequenos agricultores a ter um controle econômico no cultivo da cana-de-açúcar Objetivos específicos Fazer uma comparação entre contabilidade financeira e gerencial; Estudar a contabilidade Rural voltada para agricultura; Pesquisar sobre a cana de açúcar e suas peculiaridades; Propor um sistema de custos para o controle na atividade de cana de açúcar. 1.3 Justificativas Os agricultores têm muitas dificuldades para ter controle econômico e financeiro de seu patrimônio. A falta de informação e instrução com as grandes peculiaridades que a contabilidade rural possui agrava esta situação. Dentro da literatura não existe muitas pesquisas, trabalhos gerenciais voltados para a Agricultura, com essa dificuldade de encontrar informações para consultar, é de extrema importância pesquisas gerenciais aplicadas na agricultura. Segundo Hofer (2006) a contabilidade rural ainda é uma ferramenta administrativa, pouco utilizada pelos produtores rurais que, quando a utilizam, ela destina-se, praticamente para fins tributários apenas. Pelo fato da contabilidade ser pouco utilizada não existe muitas pesquisas na área.

16 15 Com o passar dos anos a agricultura em específico o setor sucroalcooleiro se tornou muito importante para Economia brasileira. O agronegócio sucroalcooleiro brasileiro tem um faturamento anual em torno de R$ 40 bilhões, isso representa cerca de 2,35% do PIB nacional. Dieese (2007, p.2 apud CADELCA et al 2011, p.38). E com essa representação devem-se ter pesquisas para melhoria na gestão das pequenas e grandes empresas rurais. O futuro da cadeia sucroalcooleira aponta para as empresas que continuam crescendo, investindo em tecnologia, processos, redução de custos e aumento de produtividade. A capitalização se fortalecerá em processos de fusão, parceria, participações acionárias; blocos de comercialização e sinergia no desenvolvimento de outros negócios (MENSURAÇÃO..., 2012). O conhecimento da área gerencial voltada para pequenos agricultores que possuem como atividade principal a cana-de-açúcar é importante para conhecimento pessoal, pois a família da autora se enquadra neste perfil. Assim o conhecimento de um sistema adequado para controle vai ajudar no crescimento da rentabilidade da propriedade. Carvalho (2010) explica que o segredo do sucesso de todos os agricultores está na gestão eficiente de seus negócios e na disposição contínua em aprender sempre mais em contabilidade, administração e planejamento. pesquisa: 1.4 Metodologia De acordo com o objetivo do trabalho, serão utilizados os seguintes métodos de A pesquisa bibliográfica Estudo de caso Para Fachin (2011, p.125) a pesquisa bibliográfica tem como alicerce principal, conduzir o leitor a determinado assunto e a produção, coleção, armazenamento, reprodução, utilização e comunicação das informações coletadas para o desempenho da pesquisa. Segundo Gil (1989, p.63) desde que se tenha decidido que a solução de determinado problema deverá ser procurada a partir de material já elaborado, procede-se à pesquisa bibliográfica.

17 16 Publicações avulsas, revistas, jornais, boletins, livros, dissertações, teses, monografias são materiais consultadas na pesquisa bibliografia. É através destas publicações que se reúnem informações e conhecimento para elaboração da monografia (BEUREN 2009, p.135). O estudo de caso tem como principal característica a concentração em um único caso. Para Beuren (2009, p.84) estudo de caso tem como importância a reunião de informações numerosas e detalhadas tendo como foco aprender uma situação. Yin (2002, p. 21 apud BEUREN, 2009,p.84) observa que: O estudo de caso permite uma investigação para se preservar as características holísticas e significativas dos eventos da vida real tais como ciclos de vida individuais, processos organizacionais, administrativos, mudanças ocorridas em regiões urbanas, relações internacionais e a maturação de alguns setores. Para realização do estudo de caso é necessário coletar informações através da entrevista, observação direta e análise de documentos da empresa. Na entrevista, o pesquisador recolhe dados que não estão documentados. Devese levar em consideração que a entrevista tem suas barreiras; dependendo da técnica a ser utilizada, os entrevistados podem não dar as informações de modo preciso, ou o entrevistador pode avaliar/julgar/interpretar de forma distorcida as informações obtidas. (PÁDUA 2000, p.66). Para Cervo (2002, p.47) deve-se utilizar a entrevista quando não há fontes mais seguras para as informações almejadas ou quando se quiser completar dados extraídos de outras fontes. Através das entrevistas são coletados dados importantes para a análise qualitativa, que pode ser realizada com as técnicas de análise de discurso. (PADUA 2000, p.68). Para Martins (2000, p.54) o trabalho de coleta por meio de entrevista é demorado. Para se fazer uma entrevista deve-se cumprir algumas etapas. A entrevista deve ser planejada para se obter o objetivo desejado. Ter conhecimento do local de entrevista para não haver transtornos, e verificar a possibilidade de entrevistas individuais para se obter respostas mais completas do entrevistado. O objetivo da entrevista deve ser informado para o entrevistado antecipadamente. Deve-se formular perguntas que tenham respostas descritivas e analíticas, para poder ter uma análise mais ampla. A

18 17 entrevista pode ser feita: pessoal, formal, estruturada, semi-estruturada, livre narrativa, orientada, em grupo e informal. Para o estudo de caso deste trabalho será utilizado à entrevista semi-estruturada. A entrevista semi-estruturada admite maior interação e conhecimento das realidades dos informantes. (BEUREN 2009, p.132) Beuren (2009) ainda define a entrevista semi-estruturada sendo a entrevista que começa de questionamentos básicos, sendo amparados em teorias e hipóteses, que possam contribuir para a pesquisa. Nestes questionamentos surgem novas perguntas que surgem no decorrer da entrevista. Assim o informante segue sua linha de pensamento sendo espontâneo influenciando a elaboração do trabalho. A entrevista semi-estruturada, ao mesmo tempo em que valoriza a presença do entrevistador, possibilita que o informante use toda sua criatividade e espontaneidade, valorizando mais a investigação. (BEUREN, 2009, p.133) A observação direta é outra técnica utilizada para a realização do estudo de caso. A principal vantagem da observação é a percepção direta e sem intermediação dos fatos, que reduzem sensivelmente a subjetividade que permeia o processo de investigação. (BEUREN 2009, p.129). O observador-pesquisador precisará ter permissão dos responsáveis para realizar sua pesquisa e não ser confundido com elementos que avaliam, inspecionam e supervisionam atividades. (LINTZ, 2000, p.55) Para Lakatos e Marconi (1998, p.79) a observação é uma técnica de coleta de dados para conseguir informações e utiliza os sentidos na obtenção de determinados aspectos da realidade. O objetivo da observação facilmente pressupõe poder capturar com precisão os aspectos essenciais e acidentais de um fenômeno do contexto empírico. (BEUREN, 2009, p. 129). Para concretização do estudo de caso é necessário análises de documentos da empresa em estudo. Beuren (2009, p. 136) explica que analisar dados significa trabalhar com todo o material obtido durante o processo de investigação, ou seja, com os relatos de observação, as transcrições de entrevistas, as informações dos documentos. De acordo com Ludke e André (1986, apud BEUREN, 2009, p. 140): Como técnica exploratória, a análise documental busca identificar as informações factuais nos documentos com base nas questões ou hipóteses de interesse. O primeiro passo para a analise documental é a caracterização dos

19 18 documentos que serão usados ou selecionados e o seguinte passo é analise propriamente dita. A análise documental tem como característica em especifico os documentos, e essencialmente a temática; e busca a determinação fiel dos fenômenos sociais. Richardson (1999), apud BEUREN,( 2009, p. 140). Segundo Fachin (2001, p.152) a análise documental é um aglomerado de informação de forma oral, escrita ou visualizada. A análise documental incide na coleta, classificação, seleção difusa e no emprego de toda espécie de informações, incluindo também as técnicas e métodos que facilitam a sua busca e a sua identificação. O trabalho está estruturado da seguinte forma: Capítulo 1 está composto pela introdução, que é formada pela problemática, objetivo e objetivo específico, justificativas e metodologia; Capítulo 2 vai abordar os conceitos da Contabilidade Financeira e Contabilidade Gerencial, fazendo uma comparação entre ambas; Capítulo 3 vai apresentar as principais características da Contabilidade Rural. Explicando o que é empresa Rural, quais as características peculiares, qual a importância da Contabilidade Rural e do planejamento Contábil na Empresa Rural, mostrando as características da IAS 41 e CPC 29; Capítulo 4 vai discorrer sobre a Contabilidade de Custos. Mostrando o painel básico da Contabilidade de Custos, quais os métodos de custeamento, formas de custeio, sistemas de acumulação, vai mostrar o esquema geral da contabilidade de custos e a contabilidade de custos dentro da empresa com sua abrangência. Capítulo 5 explica os custos na produção de Cana de Açúcar desde o preparo da terra para o plantio, ate a colheita. Capitulo 6 apresenta o estudo de caso em uma empresa que possui como atividade principal Cana de açúcar e não controla seus custos e despesas; Capitulo 7 apresenta as considerações finais do trabalho.

20 19 2 CONTABILIDADE FINANCEIRA E GERENCIAL Este capítulo visa apresentar as características da contabilidade financeira e contabilidade gerencial, apontando suas principais particularidades e consequentemente uma comparação entre suas distinções. 2.1 Características da contabilidade financeira Contabilidade Financeira é o procedimento mais adotado para evidenciar a aplicação da Contabilidade às contas do sistema financeiro do patrimônio. Os relatórios financeiros são apoios essenciais para a tomada de decisão do gestor, mas para isso é imprescindível de uma Contabilidade real, consciente e correta. A contabilidade financeira é a área da Contabilidade mais crescida, suas principais características são clareza das informações e o ajustamento das normas contábeis com a realidade prática. Ela é voltada principalmente para os usuários externos, no caso do empresário rural seriam para bancos, fornecedores. (DALMOLIN et al, 2011,p.03) A contabilidade financeira refere-se á informação contábil desenvolvida para o uso de pessoas e entidades fora da organização, tais como acionistas, investidores, bancos, governo, clientes e fornecedores e a sociedade (CHING, 2010, p.05). É o processo de produzir relatórios financeiros para constituintes externos, delimitado por padrões, convenções, autoridades fiscais e exigências dos auditores independentes. (ATKINSON et al, 2000, p.37) Na contabilidade financeira é abordada a elaboração e comunicação de informações econômicas de uma empresa dirigida a pessoas externas: credores (bancos, debenturistas e fornecedores), acionistas, entidades reguladoras e governamentais tributarias. A contabilidade financeira está presente em todas as rotinas empresariais e deve obedecer a legislação vigente. (HOFER et al, 2011, p.30) A contabilidade financeira, muitas vezes, não consegue atender as necessidades que os administradores têm de informações, pois está presa às rotinas contábeis por exigências da Legislação. (HOFER et al, 2011, p.30) Horngren (1989, p.22) declara que a contabilidade financeira tem por fins apenas as necessidades legais ou se limita a compilar relatórios para fins externos, serve

21 20 basicamente as finalidades financeiras, e sua maior utilidade para a administração desaparece. 2.2 Características da Contabilidade gerencial A Contabilidade gerencial visa gerar informações para os usuários internos ou o empresário, aqueles que estão dentro da organização e que são responsáveis pela direção e controle de suas operações (PADOVEZE, 2007, p. 36). Segundo Ching (2010, p.04) o objetivo básico da informação contábil é ajudar as pessoas. Dentro e fora das organizações, a tomar decisões. Atkinson et al. (2000,p.36) constataram que: A informação gerencial contábil é umas das fontes de informação primárias para a tomada de decisão e controle nas empresas. Sistemas gerenciais contábeis produzem informações que ajudam funcionários, gerentes e executivos a tomar melhores decisões e a aperfeiçoar os processos e desempenhos de suas empresas. Com a Contabilidade Gerencial é possível tomar decisões mais seguras, baseadas em demonstrativos da realidade da empresa. Assim os administradores, gestores, têm mais garantia nas atitudes a serem tomadas. O IFAC (parágrafo, 29) apud PADOVEZE, (2007, p.33) explica que: a contabilidade gerencial, como uma parte integral do processo de gestão, adiciona valor distintivamente pela investigação continua sobre a efetividade da utilização dos recursos pelas organizações- na criação de valor para os acionistas, clientes e outros credores. Têm-se a Contabilidade, se há a informação contábil, mas se não é usada no processo administrativo, no processo gerencial, então não existe gerenciamento contábil, não existe Contabilidade Gerencial (PADOVEZE, 2007, p. 38). Para que exista a contabilidade gerencial é necessário pessoas que tenham conhecimento para colocar em prática na empresa. Contabilidade gerencial significa gerenciamento da informação contábil. A contabilidade gerencial significa o uso da contabilidade como instrumento da administração (PADOVEZE, 2007, p. 38) Atkinson et al. (2000,p.36) explica que:

22 21 A informação gerencial contábil tem sido financeira, isto é, denominada em moedas tais como dólares ou francos. Entretanto, a informação gerencial contábil foi ampliando-se para incluir informações operacionais ou físicas (não financeiras), tais como qualidade e tempo de processamento, tanto quanto informações mais subjetivas como mensurar o nível de satisfação dos clientes, capacitação dos funcionários e desempenho do novo produto. A contabilidade gerencial deve suprir todas as áreas da companhia, completando as informações que cada área da empresa necessita. Assim as informações vão ser oferecidas de forma sintética, em grandes agregados, com a finalidade de controlar e planejar a empresa dentro de uma visão de conjunto (PADOVEZE, 2007, p. 39) 2.3 Comparações entre financeira e gerencial A contabilidade gerencial vem da mesma origem da Contabilidade financeira, porém a principal diferença ocorre por atenderem a usuários diferentes. Enquanto a Contabilidade Financeira é voltada para usuários externos a contabilidade Gerencial é voltada a atender ao usuário interno ou o empresário. (HOFER et al, 2011, p.31) No quadro 1, segue comparação entre Contabilidade Gerencial e Contabilidade Financeira feita:

23 22 Quadro 1: Comparação entre a contabilidade Gerencial e a Contabilidade Financeira Comparação entre a contabilidade Gerencial e a Contabilidade Financeira FATOR CONTABILIDADE FINANCEIRA CONTABILIDADE GERENCIAL Usuários dos relatórios Externos e internos Internos Objetivo dos relatórios Forma de relatórios facilitar a análise financeira para as necessidades dos usuários externos Balanço Patrimonial, Demonstração dos Resultados, Demonstração das origens e Aplicações de Recursos e Demonstração das Mutações do Patrimônio liquido Objetivo especial de facilitar o planejamento, controle, avaliação de desempenho e tomada de decisão internamente. Orçamentos, contabilidade por responsabilidade, relatórios de desempenho, relatórios de custo, relatórios especiais não rotineiros para facilitar a tomada de decisão. Frequência dos relatórios Anual, trimestral e ocasionalmmente mensal Quando necessário pela administração Custos ou valores autilizados Primariamente históricos (passados) Históricos e esperados (previstos) Bases de mensuração usadas para quantificar os dados Restrições nas informações fornecidas Arcabouço teórico e técnico Características da informação fornecida Perspectiva dos reatórios Moeda corrente Principios Contábeis Geralmente Aceitos Ciência contábil Deve ser objetiva (sem viés), verificavel, relevante e a tempo Orientação histórica Várias bases (moeda corrente, moeda estrangeiramoeda forte, medidas fisicas, indices) Nenhuma restrição, exceto as determinadas pela administração Utilização pesada de outras disciplinas, como economia, finanças, estatistica, pesquisa operacional e comportamento organizacional. deve ser relevante e a tempo, podendo ser subjetiva, possuindo menos verificabilidade e menos precisão. Orientada para o futuro para facilitar o planejamento, controle e avaliação de desempenho antes do fato (para impor metas), acoplada com uma orientação historica para avaliar os resultados reais (para o controle posterior do fato). Fonte: Padoveze (2007, p.36) Conforme o quadro 1 pode-se verificar que a Contabilidade Financeira e a gerencial possuem diversas diferenças. A principal delas está em considerar os usuários que na Contabilidade financeira são usuários externos e na Contabilidade Gerencial são os usuários internos. Estes usuários utilizam os relatórios gerados pelas duas contabilidades com finalidades diferentes: A contabilidade financeira utiliza os relatórios para facilitar a análise financeira dos usuários externos (bancos e fornecedores). Diferentemente da Contabilidade gerencial que utiliza os relatórios fornecidos pela Contabilidade Gerencial para tomada de decisões, para planejamento e avaliação de desempenho. Os relatórios fornecidos pelas duas Contabilidades possuem frequências diferentes: A contabilidade Financeira gera relatórios anualmente, trimestralmente e ocasionalmente mensais. Diferentemente da Contabilidade Gerencial que vai gerar relatórios quando a administração da empresa precisar.

24 23 3. CARACTERÍSTICAS DA CONTABILIDADE RURAL 3.1 Empresa rural Empresa rural está definida como as empresas que tem a habilidade de explorar a disponibilidade produtiva do solo, por meio do cultivo da terra, criação de animais e da alteração de determinados produtos agrícolas tendo a finalidade de renda (MARION, 2009, p.02). Segundo Pires (2008, p. 129) empresa rural Integra todas as operações que tenham como suporte as atividades agrícolas nos mais diferentes domínios e, ainda, as atividades pecuárias e silvícolas enquanto atividades integradas em exploração agrícolas e que, para efeito de catalogação das atividades econômicas, sejam consideradas na divisão que integra as atividades agrícolas, pecuárias e silvícolas. A Empresa Rural possui em sua constituição três recursos fundamentais que são denominados fatores de produção: Terra, Capital e o trabalho (CREPALDI, 2009, p.03). Para a empresa rural o fator de produção mais valioso é a terra. É através dela que se aplicam os capitais, e se trabalha para se obter produção. Não importa a quantidade de capital e de trabalho que se disponha, se a terra for ruim ou pequena não haverá colheitas abundantes. Assim o agricultor deve conservar a capacidade produtiva da terra. (CREPALDI, 2009, p.04) O capital da empresa é tudo aquilo que se coloca em cima da terra, visando sua produtividade e melhoria da qualidade do trabalho humano. Segundo Crepaldi (2009, p.04) o capital da empresa agropecuária está composto por: As máquinas e implementos agrícolas; As benfeitorias (aramados, galpões, galinheiros, pocilgas, terraços); Os insumos agropecuários (adubos, sementes, inseticidas, fungicidas, sais minerais, vacinas). Os animais de produção (bovinos de cria, bovinos de leite, suínos, aves) e os animais de serviço (bois de serviço, cavalos, e asininos);

25 24 O empresário rural deve ter total conhecimento dos bens que possui o valor e quantidade. Deve-se analisar que os insumos utilizados uma vez desaparecem sendo utilizados dentro do ano agrícola. As benfeitorias, animais, máquinas e implementos permanecem em uso na empresa por vários anos, sendo estes necessitando de extremos cuidados com a conservação para poder ser usados pela Maximo de anos (CREPALDI, 2009, p.04). Os capitais que permanecem mais de um ano na empresa são chamados de capitais fixos, e os capitais que são utilizados dentro do ano agrícola são chamados de capital circulante. Esta separação é feita para o calculo do resultado econômico da empresa. Este resultado é calculado anualmente. O capital que vai ser utilizado por mais de um ano na empresa, não deve ter seu valor incluso como gasto de um único ano, pois este vai ser utilizado por vários anos (CREPALDI, 2009, p.04). Para uma melhor avaliação do resultado econômico da empresa Rural, deve ser feito o encerramento do exercício logo após a colheita. Pois a receita da empresa está logo após a colheita, assim nada mais justo que depois da colheita encerrar o exercício, para analisar os resultados e tomar novas decisões para o próximo ano agrícola. Segundo Crepaldi (2005, p. 05): A apuração de resultado, quando realizada logo após a colheita e a comercialização, contribui de forma mais adequada na avaliação do desempenho da safra agrícola; não há por que esperar meses para se conhecer o resultado que é tão importante para a tomada de decisões, sobretudo a respeito do que fazer no novo ano agrícola. O trabalho é o último fator de produção. O trabalho é o conjunto de atividades desempenhadas pelo homem. A tarefa de administrar é também considerada trabalho, assim como lavrar a terra, cuidar de animais, construir cercas. (CREPALDI, 2009, p.05) 3.2 Características peculiares do setor agrícola O setor agrícola possui algumas características peculiares que o diferenciam dos demais setores da economia. Estas características são princípios gerais de

26 25 administração, utilizados no setor urbano, para o setor rural. Estas características podem ser utilizadas em todos os países. Pires (2008, p. 129) ressalta que: A principal característica distintiva, relativamente a outras atividades é obtenção de produtos decorrentes do crescimento vegetativo, que consiste na capacidade que as plantas e os animais tem para autogerarem a sua produção e crescimento através de sucessivos ciclos produtivos, caracterizados por uma sequencia de fenômenos biológicos ate a obtenção do produto final e cuja duração e desenvolvimento surgem condicionados pela informação genética das diferentes plantas e animais. O setor agrícola pode ter como características peculiares: Dependência do clima, correlação tempo de produção versus tempo de trabalho, dependência de condições biológicas, terra como participante de produção, estacionalidade da produção, incidência de riscos, sistema de competição econômica, produtos não uniformes e alto custo de saída e ou entrada. (CREPALDI, 2009, p.09) Crepaldi (2009, p.10) explica cada característica peculiar do setor agrícola: Dependência do clima: o clima é uma das características mais importantes da atividade agrícola. É ele quem determina o plantio, tratos culturais, colheitas, escolha de variedade e espécies, vegetais e animais. O clima condiciona a maioria das explorações agropecuárias. Correlação tempo de produção versus tempo de trabalho: o processo produtivo agropecuário desenvolve-se, em determinadas fases, involuntariamente da existência do trabalho físico imediato. Dependência de condições biológicas: as condições biológicas estão ligadas ao ciclo de produção da agropecuária. Não se pode alterar a sequencia do crescimento seja em animais ou plantações. Interromper determinada lavoura para se obter outra não é possível. Na agropecuária não existe a possibilidade de aceleração da cultura, como existem em fabricas, por exemplo, colocando mais pessoas para trabalhar. A pesquisa agropecuária pode obter espécies animais e multiplicidades vegetais mais precoces e produtivas, mas ainda assim sujeitas ás condições biológicas. Terra como participante da produção: A terra participa diretamente do ciclo produtivo da cultura, diferente de outras atividades que ela é

27 26 apenas um suporte para o estabelecimento. É importante conhecê-la e analisá-la em suas condições químicas, físicas, biológicas e topográficas. Estacionalidade da produção: No setor agrícola, normalmente, não existe um fluxo contínuo de produção, como na indústria e uma tarefa pode também não depender de outra. Assim as diversas situações que podem acontecer simultaneamente na empresa agrícola devem ter um rigoroso planejamento e controle pelo empresário. Outra característica que tem alta relevância na produtividade do trabalhador rural é o fato de trabalhar ao ar livre. Este estará sujeito ao frio, calor e ás chuvas. Incidência de riscos: Toda atividade econômica está sujeito a riscos. Na atividade agrícola não é diferente e este assume maiores dimensões. As culturas podem ser afetadas por problemas causados pelo clima (seca, geada, granizo, muitas chuvas), pelo ataque de pragas e moléstias e pelas flutuações dos preços de seus produtos. Sistema de competição econômica: O empresário Rural não consegue controlar o preço de seus produtos, que é ditado pelo mercado, podendo ser ate inferior aos custos de produção. Este fato ocorre devido à existência de um grande número de produtores e consumidores, produtos que apresentam geralmente pouca diferenciação entre si, e a entrada no negócio e a saída dele pouco alteram a oferta total. Produtos não uniformes: Na agropecuária existe uma grande dificuldade de se obter produtos uniformes em se tratando de tamanho, forma e qualidade. Esse fato ocorre devido às condições biológicas e ocasiona, para o empresário rural, custos adicionais com classificação e padronização, além de receitas mais baixas, em virtude do menor valor dos produtos que apresentarem padrão de qualidade inferior. Alto custo de saída e/ou entrada: No negócio agrícola, algumas explorações exigem altos investimentos em benfeitorias e máquinas e, consequentemente, condições adversas de preço e mercado devem ser suportadas em curto prazo, pois o prejuízo, ao abandonar a exploração, poderá ser maior.

28 27 Pires (2008, p.129) explica que: As atividades agrícolas não são influenciadas pela data de encerramento do exercício econômico e da correspondente prestação de contas e atividades. A data de encerramento do exercício, podem ser diversos os estágios do desenvolvimento (nível de crescimento e/ou desenvolvimento) dos ativos agrícolas (sensu lato). Assim com estas características peculiares que a atividade agrícola possui, ela deve tomar o máximo de cuidado, assumindo decisões eficazes, para atenuar e modificar os efeitos prejudiciais de cada característica apresentada. (CREPALDI, 2009, p.11). 3.3 Controle Gerencial Os produtores rurais possuem grande dificuldade na geração de informações gerenciais, para a tomada de decisão. O administrador de um empreendimento tem a necessidade de saber onde e de que forma estão aplicando seus recursos e qual está sendo o retorno financeiro obtido. (CREPALDI, 2009, p.55) Para Hofer et al (2006, p.07 apud MARION, 1996, p. 19) administrar uma atividade agropecuária requer ampla abrangência de informações em termos de desempenho físico e financeiro. Crepaldi (2009, p.55) afirma que: A informação gerencial é a resultante do que na realidade ocorre no empreendimento. Por meio da classificação e organização dos dados referentes ao movimento econômico-financeiro diário da propriedade, é possível gerar essas informações. Elas vão indicar o volume de receitas por atividade, os níveis do investimento por setor e as quantias desembolsadas por tipo de despesas. O administrador precisa saber em síntese como está a rentabilidade de sua atividade produtiva. Quais os resultados obtidos e como estes resultados podem ser otimizados por meio da avaliação dos resultados, fontes de receitas e tipos de despesas. Como reduzir despesas e melhorar receitas. Para estas questões poder ter uma resposta precisa, é necessário saber onde esta se gastando os recursos e onde esta gerando receitas (CREPALI, 2009, p.55). Segundo Oliveira e Nerger (2004) apud CALLADO (2007, p. 2)

29 28 Dentro da agricultura brasileira impera a necessidade do agricultor produzir em condições cada vez mais competitivas, o que passa necessariamente pela racionalização dos custos, uma vez que, na ausência de interferências governamentais, a competição interna e externa passa a ser dada pelo uso mais eficiente dos recursos disponíveis, como a análise econômica e financeira de uma propriedade rural. Portanto, o conhecimento e domínio dessas variáveis passam a desempenhar um papel crucial para o sucesso da atividade agrícola. Ao administrar a propriedade, o produtor deve ter consciência de que ele tem em mãos a maioria dos dados necessários para definir a situação econômico-financeira de sua empresa. Entretanto é necessário saber como trabalhar com tais informações, saber como obter resultados indispensáveis para um gerenciamento profissional de seu empreendimento (CREPALDI, 2009, p.57). Sabendo traçar o modelo ideal de controle e ao mesmo tempo aproveitando os recursos tecnológicos atuais, o produtor abandonará a geração de informações gerenciais como um problema e passará a ter nelas o suporte indispensável para solucionar suas dificuldades de tomada de decisões administrativas (CREPALDI, 2009, p. 58). Crepaldi (2009, p.59) ressalta que: A contabilidade pode desempenhar um importante papel como ferramenta gerencial, através de informações que permitam o planejamento, o controle e a tomada de decisão, transformando as propriedades rurais em empresas com a capacidade para acompanhar a evolução o setor, principalmente no que tange aos objetivos e atribuições da administração financeira, controle dos custos, diversificação de culturas e comparação de resultados. utilizá-los. O controle gerencial de uma empresa é dividido em: Quando, Como e Por que Segundo Crepaldi (2009, p. 63): Quando. Para que haja uma administração atualizada e eficiente, deverá existir também um controle gerencial de resultado, formado de acordo com o tamanho e as atividades do empreendimento, com suas reais necessidades. Como. Para o êxito e o bom aproveitamento de controle é preciso, antes de tudo, um estudo e uma clara definição do que se espera do empreendimento, ou seja, as atividades e metas devem estar bem definidas.

30 29 Por que: O controle gerencial de resultado é importante em qualquer empresa e, em uma empresa agropecuária, não seria diferente. Investimentos são feitos da mesma forma, portanto, o tratamento deve ser o mesmo, permitindo ao proprietário checar as metas e o retorno esperado dentro de um prazo preestabelecido. 3.4 Importância da contabilidade rural Pela carência que as empresas rurais possuem em se tratando de administração eficiente torna-se prejudicial a todo o processo de modernização da agropecuária. O desenvolvimento da administração rural no Brasil ainda é um processo lento, desenvolve-se em padrões tradicionais. Esta característica não é apenas de pequenas empresas, ela está presente nas médias e grandes empresas. (CREPALDI, 2009, p.73) A Contabilidade Rural é vista como uma técnica complexa, com baixo retorno na prática. Assim é pouco utilizada pelas empresas rurais. Na maioria dos casos é conhecida apenas para fins fiscais, e não para o gerenciamento da empresa. (CREPALDI, 2009, p. 73). Para Santos (1991), ainda que o sistema contábil sirva de base para apuração do imposto de renda, é como instrumento gerencial que ele proporciona ao empresário o lastro das informações necessárias a uma administração mais segura. Antonialli (1997) apud Abrantes (1998, p.24) considera que: A Contabilidade Rural como um ponto fundamental no controle financeiro da propriedade, podendo atender a dois objetivos: fiscais e gerenciais. Os objetivos fiscais estão voltados para a emissão de notas fiscais, controle para declaração do imposto de renda, guias para transportes de animais, declarações para obter o cartão de produtor rural, entre outros, sendo que os objetivos gerenciais envolvem os controles internos que auxiliam o produtor na hora de tomar decisões. Esta característica da não utilização da Contabilidade Rural, vem mudando aos poucos devido a crises e retiradas de subsídios e incentivos fiscais ao setor, junto com o aumento na tributação da renda agrícola. Assim muitos agricultores sentem a necessidade de conhecimento na administração, sente a necessidade de gerenciar a

31 30 produtividade obtida para se alcançar o resultado almejado, ou seja, a contínua maximização do lucro (CREPALDI, 2009, p. 74). Crepaldi (2009, p.74) afirma que Essa conscientização tem favorecido interesse e procura crescentes por tecnologias gerenciais que permitam uma administração verdadeiramente eficiente e competitiva. Nesse contexto, a Contabilidade Rural destaca-se como o principal instrumento de apoio às tomadas de decisões durante a execução e o controle das operações da Empresa Rural. Se a empresa Rural possui um Sistema contábil competente e um administrador com bom senso, pode-se ter um diagnostico da realidade da empresa. Sabendo quais os pontos fortes e fracos que a empresa possui. Tendo estas informações, poderão ser tiradas inúmeras conclusões para diversas finalidades. (CREPALDI, 2009, p.74) Para Crepaldi (2009, p.75) o conhecimento técnico, a sensibilidade e a competência dos profissionais responsáveis pelo diagnóstico da empresa e pela implantação do sistema contábil determinam, com certeza, grande parte do sucesso. finalidades: Segundo Crepaldi (2009, p.77) a Contabilidade Rural tem as seguintes Orientar as operações agrícolas e pecuárias; Medir o desempenho econômico-financeiro da empresa e de cada atividade produtiva individualmente; Controlar as transações financeiras; Apoiar as tomadas de decisões no planejamento da produção, das vendas e dos investimentos; Auxiliar as projeções de fluxo de caixa e necessidades de crédito; Permitir a comparação do desempenho da empresa no tempo e desta com outras empresas; Conduzir as despesas pessoais do proprietário e de sua família; Justificar a liquidez e a capacidade de pagamento da empresa junto aos agentes financeiros e outros credores; Servir de base para seguros, arrendamentos e outros contratos; Gerar informações para a declaração do Imposto de Renda. A Contabilidade Rural, dentro do sistema de informações da Empresa Rural, ampara sobremaneira na geração de informações para o planejamento e o controle das

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