2ª edição Ampliada e Revisada. Capítulo 4 Demonstrações Financeiras
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- Rayssa Júlia Maranhão Penha
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1 2ª edição Ampliada e Revisada Capítulo Demonstrações Financeiras
2 Tópicos do Estudo Demonstrações Financeiras ou Relatórios Contábeis Demonstrações Financeiras e a Lei das Sociedades Anônimas Objetivos da Contabilidade. Função do contador. Notas Explicativas. Exercício Social Empresas Ltdas. Usuários das Demonstrações Financeiras Como confiar nas Demonstrações Financeiras Outras informações 2
3 Demonstrações Financeiras Demonstrações Financeiras ou Relatório Contábil é a exposição resumida e ordenada de dados colhidos pela Contabilidade. Ele objetiva relatar às pessoas que utilizam a Contabilidade (Usuários da Contabilidade) os principais fatos registrados em um determinado período. Os Relatórios Contábeis, também, são conhecidos como Informes Contábeis. Entre os Relatórios Contábeis, os mais importantes são as Demonstrações Financeiras (terminologia utilizada pela Lei das S.A) ou Demonstrações Contábeis (terminologia preferida pelos contadores mais conservadores). 3
4 Demonstrações Financeiras e a Lei das S/A É importante entender as Demonstrações Financeiras ou Relatórios Contábeis para administrar uma empresa e saber como ela opera. As Demonstrações Financeiras oferecem uma rápida visão econômico-financeira em determinada data, é um ponto de partida para analisar as tendências futuras. Serve como base para planejar os futuros negócios, orçamentos internos, arrecadação de impostos, informação para os acionistas e outras. Demonstrações Financeiras: são relatórios com exposição resumida de dados extraídos pela Contabilidade. Tem como objetivo fornecer dados contábeis dos fatos registrados de uma entidade.
5 Demonstrações Financeiras e a Lei das S/A Uma das principais finalidades da Contabilidade é fornecer informações econômicas e financeiras sobre a situação do patrimônio das entidades, objetivando subsidiar os gestores na tomada de decisões, como por exemplo: pessoas interessadas, proprietários (sócios ou acionistas, titulares), administradores, sindicatos, investidores, fornecedores, bancos, concorrentes, governo e outros. As informações econômico-financeiras são demonstradas em forma de relatórios contábeis, o quais, distingue-se em relatórios contábeis obrigatórios e não obrigatórios. 5
6 Demonstrações Financeiras e a Lei das S/A A Lei das Sociedades Anônimas estabelece que, ao fim de cada Exercício Social (ano), a diretoria elaborará, com base na escrituração contábil, as seguintes Demonstrações Financeiras (ou Demonstrações Contábeis): Balanço Patrimonial (BP) Demonstração do Resultado de Exercício (DRE) Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados (DLPAc) Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) 6
7 Demonstrações Financeiras e a Lei das S/A Nos Estados Unidos, a Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC) substituiu a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos (DOAR) desde Há perspectiva de que esta obrigatoriedade da Demonstração do Fluxo de Caixa (DFC), em substituição a DOAR, acontecerá no Brasil a partir de As Sociedades Anônimas deverão publicar as Demonstrações Financeiras em dois jornais: Diário Oficial e um Jornal de Grande circulação na região. 7
8 Objetivos da Contabilidade Conceito aprovado pela Comissão de Valores Mobiliários CVM, Ibracon e Fipecafi. A estrutura conceitual básica da Contabilidade, 1 entre outros tópicos, trata dos objetivos, cenários e princípios da Contabilidade. Contabilidade pode ser considerada como sistema de informação destinado a prover seus usuários de dados para ajudá-los a tomar decisões. 1 Estrutura Conceitual Básica da Contabilidade aprovada pela CVM, Ibracon e Fipecafi 8
9 Função do contador A função básica do contador é produzir informações úteis aos usuários da Contabilidade para tomada de decisões. Administração Investidores Bancos Governo Outros interessados Coleta de Dados Registro de Dados e Processamento Relatórios Usuários (tomada de decisão) 9
10 Notas Explicativas Para complementar dados das Demonstrações acima relacionadas, encontramos as Notas Explicativas, que na verdade não são Demonstrações Financeiras, mas complementam as mesmas. Também, são conhecidas como notas de rodapé por aparecerem na parte inferior das Demonstrações Financeiras. 10
11 Exercício Social Pelo menos a cada 12 meses, as empresas elaborarão os seus demonstrativos financeiros. A este período denominamos de Exercício Social. O Exercício Social terá duração de um ano, não havendo necessidade de coincidir com o ano civil (01/01 a 31/12), embora, na maioria das vezes, assim aconteça. Os proprietários da empresa definirão a data de término do Exercício Social. Esta data não deve ser alterada, a não ser em condições supervenientes. 11
12 Empresas Ltdas. Pela legislação do Imposto de Renda, as Sociedades por Quotas de Responsabilidade Limitadas deverão seguir parte dos dispositivos da Lei das Sociedades por Ações. Embora, não seja necessária a publicação das Demonstrações Financeiras por parte das empresas Ltdas, deverão estas empresas estruturar suas demonstrações nos moldes da Lei das S.A; para melhor atender às exigências do Imposto de Renda. Somente a Demonstração de Origens e Aplicações de Recursos é exigência específica para as Sociedades Anônimas. 12
13 Empresas Ltdas. Estudaremos as Demonstrações Financeiras mais relevantes para o nosso objetivo, a saber: Balanço Patrimonial Demonstração do Resultado do Exercício Demonstração de Lucros ou Prejuízos Acumulados Demonstração do Fluxo de Caixa método direto e indireto 13
14 Usuários das Demonstrações Financeiras Usuárias podem ser consideradas como qualquer pessoa (física ou jurídica) que tenha interesse em conhecer dados (normalmente fornecidos pela contabilidade) de uma entidade. As pessoas que usam as demonstrações elaboradas pela Contabilidade para tomada de decisões são denominadas de usuárias. Usuários Internos (de dentro da empresa) Os gerentes, diretores, administradores são os principais usuários. Não dá para pensar em um administrador moderno sem um amplo banco de dados para tomada de decisões. 1
15 Usuários das Demonstrações Financeiras Além dos relatórios produzidos pelas Contabilidades Tradicionais, conhecidas como Contabilidade Financeira, os administradores buscam informações mais detalhadas e diversificadas numa outra fonte, para fins didáticos, uma segunda contabilidade, denominada de Contabilidade de Custos. Ambas as contabilidades (financeira e de custos) se prendem à legislação do país e a uma série de regras conhecidas como Princípios Fundamentais da Contabilidade. Em função disto, de acordo com a necessidade de dados mais específicos e especiais, os administradores podem reivindicar ainda uma terceira contabilidade chamada de Contabilidade Gerencial. 15
16 Usuários das Demonstrações Financeiras Esta é uma contabilidade para fins internos (não divulgada para outros usuários) feita sob medida para fins gerenciais, sem ser tolhida por legislações e princípios contábeis. Outro usuário interno é o funcionário da empresa. Pelas Demonstrações Financeiras, ele fica sabendo se a empresa tem potencial para pagar seu salário, para alavancar sua carreira, para lhe dar participação no lucro, etc. Aliás, todo empregado deveria saber como maximizar o lucro de sua empresa, pois a participação do lucro por parte dos empregados é constitucional. Assim, torna-se indispensável a sua interpretação das Demonstrações Financeiras. 16
17 Usuários das Demonstrações Financeiras Usuários Externos (de fora da empresa) Talvez, o leitor ache estranho colocar os proprietários, os donos da empresa (sócio ou acionista) como Usuários Externos e não Internos. A figura dos donos (investidores, capitalistas) do dinheiro não se confunde com o administrador profissional. Principalmente, na pequena empresa brasileira, os donos do capital, ainda que na maioria dos casos não estejam preparados para gerenciar seus negócios (nunca estudaram Administração), acabam se aventurando nesta área, parecendo não gostar muito do seu dinheiro. Daí, a razão principal de empresas debilitadas e falências. Seja o proprietário usuário externo ou interno, ele precisa conhecer o retorno do seu capital aplicado (o rendimento do capital empregado é maior que outros investimentos sem riscos no mercado?). 17
18 Usuários das Demonstrações Financeiras Ele precisa saber a saúde da empresa, quanto ele vai receber de dividendos (remuneração ao capital), etc. Os bancos (instituições financeiras) e os fornecedores de bens e serviços a prazo são usuários que querem conhecer, principalmente, a saúde financeira da empresa para estabelecerem limites de créditos e saber se a empresa terá condições de honrar os compromissos. O governo é um usuário externo muito interessado em conhecer as Demonstrações Financeiras da empresa para arrecadar tributos. O Instituto de Geografia e Estatística (IBGE), por exemplo, quer dados para fins estatísticos e assim sucessivamente. Os sindicatos querem analisar as Demonstrações Financeiras das empresas onde seus afiliados trabalham. 18
19 Usuários das Demonstrações Financeiras Os clientes precisam estar seguros de que a empresa tem potencial para entregar os bens ou serviços adquiridos para não comprometer suas atividades. Examinar as Demonstrações Financeiras é fundamental. O aplicador em previdência privada quer examinar as demonstrações da instituição que garantirá sua aposentadoria daqui a vinte anos. O comprador de um apartamento na planta quer conhecer as demonstrações da construtora. Antes de entrar num consórcio, o interessado deverá analisar as demonstrações da empresa. Assim os investidores em ações, em gado, em bancos, etc., serão usuários certos das Demonstrações Financeiras. 19
20 Como confiar nas Dem. Financeiras Além da assinatura da diretoria e do Contabilista, o ideal seria o endosso do Auditor Externo ou Independente. O Auditor Independente não tem vínculos econômicos com a empresa após examinar as Demonstrações Financeiras, ele dá a sua opinião: Parecer de Auditoria. Neste parecer deduz se as demonstrações são confiáveis ou não. Quando não houver parecer do auditor, mas as demonstrações forem publicadas nos jornais, de maneira geral pode se dar credibilidade. O cuidado maior deverá ter com casos de empresas que não publicam nos jornais e não tem Parecer de Auditoria. Nesses, quando houver indícios de má fé, o ideal é averiguar os dados In Loco. 20
21 Outras Informações Há outros dados importantes que acrescentam às Demonstrações Financeiras que trataremos no capítulo 6 deste livro, inclusive uma abordagem mais ampla do Parecer do Auditor. 21
22 Exercícios 22
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