Aula Execução Fiscal. 1. Legitimidade Ativa. a) Regra

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1 Turma e Ano: Processo Judicial Tributário (2015) Matéria / Aula: Execução Fiscal (Parte I) 03 Professor: Mauro Lopes Monitora: Laryssa Marques Aula 03 1 Execução Fiscal 1. Legitimidade Ativa a) Regra Art. 1º, lei 6.830/80 (Lei de Execuções Fiscais - LEF). A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e respectivas autarquias será regida por esta Lei e, subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil. O art. 1º preconiza quem são os legitimados para ajuizar a EF para cobrança de seus créditos. Quais sejam: as entidades que compõe a federação brasileira - União, Estados, DF e Municípios - e suas entidades autárquicas - as autarquias e as fundações instituídas e mantidas pelo Poder Público. A EF é a execução da dívida ativa. Somente a autoridade fazendária possui o privilégio/prerrogativa de inscrever créditos em Dívida Ativa. Como se sabe, esta inscrição representa uma constituição unilateral de um Título Executivo Extrajudicial (CDA). b) OAB A OAB não pode propor EF, pois não é entidade fazendária. O STF decidiu que a OAB não é entidade autárquica e nem arrecada receita pública (ao contrário dos demais Conselhos Profissionais, a OAB não arrecada tributo). A OAB seria, então, uma exceção à regra de que somente entidade fazendária pode constituir unilateralmente seus títulos executivos. Porque, apesar de não ter um registro de 1 Vide: apostila Execução Fiscal (Parte I)

2 dívida ativa, possui um registro de débitos de seus advogados. E, uma vez inscrito o débito neste registro, gera um título, que pode ser levado a juízo para promoção direta de sua execução, promovida conforme o CPC, na Justiça Federal 2. c) Tribunal de Contas Art. 71, 3º, CRFB/88. As decisões do Tribunal de que resulte imputação de débito ou multa terão eficácia de título executivo. Decisões do Tribunal de Contas que imponham condenação patrimonial são títulos executivos extrajudiciais, já que o TCU não é órgão do Poder Judiciário. Quando o TCU impõe multa ao administrador ou dever de ressarcimento ao particular ou ao próprio administrador, e esta decisão se torna definitiva, a entidade beneficiada pela condenação (e.g.: TCU -> União ou autarquia ou fundação federal), poderá propor diretamente a Execução, valendo-se do acórdão do Tribunal de Contas. Mas, cuidado: não é EF. O rito é o do CPC. É um título anômalo previsto na CRFB e que torna desnecessária a inscrição em DA. Quem promove esta execução é a Procuradoria da entidade beneficiada (e.g.: se for a União, a PFN). Segundo o STJ, neste caso, a Procuradoria da entidade pode optar pela inscrição em dívida ativa. Há discricionariedade. Assim, feita a inscrição em DA, a cobrança será feita por EF. 2 O STF não definiu a natureza da OAB, apenas afirmou que não é uma autarquia, mas é pacífico o entendimento de que litiga na Justiça Federal.

3 d) FGTS O Fundo de Garantia por Tempo de Serviço é um fundo do trabalhador gerido pelo Poder Público. A execução de verbas devidas ao FGTS não é feita na Justiça do Trabalho, mas sim na Justiça Federal. A lei 8.844/94 atribui à PFN a cobrança das verbas devidas ao FGTS. Não é receita pública, porque é receita do trabalhador, sendo o Poder Público mero gestor. Apesar disto, a lei atribui a sua cobrança ao órgão público. Importante manter em mente que qualquer valor cuja cobrança seja atribuída, por lei, à Fazenda Pública é Dívida Ativa, independente de a Fazenda Pública ser ou não a titular do crédito. Por conta disso, a cobrança é feita por EF. A lei art. 2º, caput - também permite que a PFN se faça representar em juízo pela CEF, caso haja convênio entre estes órgãos, que é o que acontece no Rio de Janeiro. Por isso, é comum encontrarmos execuções de FGTS promovidas pela Caixa Econômica Federal. e) Simples Nacional É um modelo simplificado de arrecadação de tributos, garantido a microempresas e empresas de pequeno porte (ME/EPP). Simplificação da tributação. O pequeno empresário recolhe todos os seus tributos em uma única guia (um DARF), inclusive ICMS, ISS. A administração do Simples Nacional é feita pela União Federal, através da RFB. O que ocorre quando há necessidade de cobrança? Vide LC 123/06: Art. 41. Os processos relativos a impostos e contribuições abrangidos pelo Simples Nacional serão ajuizados em face da União, que será representada em juízo pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto no 5º deste artigo. (...) 2º Os créditos tributários oriundos da aplicação desta Lei Complementar serão apurados, inscritos em Dívida Ativa da União e cobrados judicialmente pela Procuradoria- Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto no inciso V do 5º deste artigo.

4 3º Mediante convênio, a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional poderá delegar aos Estados e Municípios a inscrição em dívida ativa estadual e municipal e a cobrança judicial dos tributos estaduais e municipais a que se refere esta Lei Complementar. A LC 123 3, no art. 41, pp. 2º e 3º estabelece que, embora sejam créditos estaduais e municipais, cabe a PFN, via-de-regra, a sua cobrança. Sendo os valores arrecadados repassados para o ente titular da verba. O credor originário é a União, que faz os repasses. Porém, mediante convênio, a PFN pode delegar a cobrança para estados e municípios. 3 Importante para concursos da PFN.

5 f) Multa imposta em Processo Criminal Não é o MP que executa, embora seja o titular da Execução Penal, mas sim a Procuradoria, porque passa a ser dívida de valor. g) Execução proposta por Fazenda Pública contra Fazenda Pública Nada impede que uma Fazenda Pública seja executa da por outra Fazenda Pública, quer por débitos tributários, quer por débitos não tributários. Contudo, não terá nenhum sentido que o seja através de uma Execução Fiscal. Pois, em EF, o executado é citado garantir o juízo ou nomear bens à penhora. No caso de Fazenda Pública devedora, ela não poderá garantir o juízo, por força do art. 100 da CRFB/88 (respeito ao regime de precatório e RPV). Nem tampouco, nomear bens à penhora, porque, como se sabe, os bens públicos são impenhoráveis, conforme art. 100, CC c/c art. 649, I, do CPC. Por conta disso, no caso de execução proposta por Fazenda Pública contra Fazenda Pública, aplica-se o disposto no art. 730 do CPC/73, ou seja, o rito do CPC e não o da LEF 4. 4 Art. 910 do NCPC

6 2. Aplicação subsidiária do CPC A aplicação do CPC aos processos de EF é subsidiária. A Lei aplicada primariamente é a LEF (Lei 6830/80) lei especial. Art. 1º, LEF - A execução judicial para cobrança da Dívida Ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e respectivas autarquias será regida por esta Lei e, subsidiariamente, pelo Código de Processo Civil. A LEF trata das formas de citação em Execução Fiscal, mas não trata de citação por hora certa. Cabe aplicar o CPC subsidiariamente neste aspecto? Não. O legislador especial tratou da matéria citação, identificou os caminhos possíveis e não fez previsão da citação por hora certa. Sinal que houve um silêncio eloquente. Sendo assim, no caso de o sujeito estar se esquivando para evitar a sua citação, proceder-se-á à citação por edital. Porém, há casos em que se aplica subsidiariamente o CPC, como: Normas sobre leilão -> a LEF não trata da arrematação. Neste caso, aplica-se a regra geral do CPC. Casos suspeição ou impedimento do juiz. Então, em cada caso, deve se ponderar se estamos diante de um silêncio eloquente ou se o silêncio presume a aplicação de uma lei geral. A intervenção do MP em EF é desnecessária, conforme súmula 189, STJ. Isto porque o interesse público patrimonial ou secundário já foi tutelado na própria LEF, que traz várias prerrogativas à Fazenda, tais como: a intimação pessoal dos procurados; prazos em dobro para recorrer e em quádruplo para contestar. Já a intervenção do MP depende de um interesse primário, como por exemplo, caso que envolva interesses de um menor não emancipado ou se o executado for uma massa falida. Assim, ele não intervém por se tratar de uma EF, mas sim pela qualidade da parte.

7 3. Dívida Ativa a) Tributária e Não Tributária Art. 2º, LEF. Constitui Dívida Ativa da Fazenda Pública aquela definida como tributária ou não tributária na Lei nº 4.320, de 17 de março de 1964, com as alterações posteriores, que estatui normas gerais de direito financeiro para elaboração e controle dos orçamentos e balanços da União, dos Estados, dos Municípios e do Distrito Federal. 1º Qualquer valor, cuja cobrança seja atribuída por lei às entidades de que trata o artigo 1º, será considerado Dívida Ativa da Fazenda Pública. Dívida Ativa - art. 2º da LEF Tributária Não Tributária Proveniente de um crédito de natureza tributária Conceito residual: tudo que não for tributo Dívidas contratuais podem ser objeto de inscrição em DA? Sim. É um valor cuja cobrança é atribuída, em lei, a própria Fazenda Pública, sendo esta, inclusive, a credora. Qual a natureza jurídica da renda de aluguel? Dívida ativa não tributária. É uma receita pública originária, que tem natureza contratual, facultativa 5. E patrimonial (já que decorre da exploração do próprio patrimônio do Estado). 5 A receita pública derivada é imposta, como a multa.

8 b) Ilícito extracontratual A Fazenda Pública deve promover uma ação de conhecimento, para obter o título executivo judicial. Neste caso, a execução é feita por meio de cumprimento de sentença, com base no CPC. Exemplo: Benefício previdenciário recebidos de forma fraudulenta. Imagine que o INSS inscreva estes valores em dívida ativa e ajuíze EF. Cabe esta EF? Segundo o STJ, não. Deve ser feito por ação de conhecimento, porque é ilícito extracontratual. Agora imagine que o DNIT (autarquia federal) inscreva em DA o valor de reparo de uma mureta destruída em acidente por particular, cobrando deste o referido valor em EF.

9 Neste caso, também estamos diante de um ilícito extracontratual, logo, não cabe EF. Deve ser feita a cobrança através de uma ação de conhecimento. O mesmo vale para honorários advocatícios em ações em que a Fazenda Pública figure como ré e sagra-se vencedora. Neste caso, não há inscrição em DA, a execução é feita através do cumprimento de sentença. Já no caso de servidor público, regido pela lei 8112/90, o art. 47 prevê que: O servidor em débito com o erário, que for demitido, exonerado ou que tiver sua aposentadoria ou disponibilidade cassada, terá o prazo de sessenta dias para quitar o débito. P. único: A não quitação do débito no prazo previsto implicará sua inscrição em dívida ativa. c) Inscrição em Dívida Ativa Art. 2º, p. 3º. A inscrição, que se constitui no ato de controle administrativo da legalidade, será feita pelo órgão competente para apurar a liquidez e certeza do crédito e suspenderá a prescrição, para todos os efeitos de direito, por 180 dias, ou até a distribuição da execução fiscal, se esta ocorrer antes de findo aquele prazo. 4º - A Dívida Ativa da União será apurada e inscrita na Procuradoria da Fazenda Nacional. Cabe a PFN a apuração e inscrição de DA tributária e também não tributária. Muitos confundem por conta da previsão do art. 131, p. 3º da CRFB/88: Art. 131, p. 3º, CRFB/88. Na execução da dívida ativa de natureza tributária, a representação da União cabe à Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional, observado o disposto em lei.

10 Inscrição é ato unilateral, de controle administrativo da legalidade. Por conta disso, a inscrição em DA presume-se certa e líquida. A presunção de certeza e liquidez é relativa, mas traz uma grande vantagem: transfere o ônus da prova ao devedor; é ele quem deve provar que não deve ou que deve menos. Efeitos da inscrição do crédito em Dívida Ativa Tornar o crédito exequível Tornar o crédito presumidamente certo e líquido Estabelecer o marco a partir do qual qualquer alienação de bens que reduza o devedor à insolvência é considerado fraude à EF Suspensão do prazo prescricional Possibilidade de ser cobrado em juízo Presunção relativa Apenas no caso de Dívida Ativa tributária - Vide: Art. 185, CTN. Somente para DA não tributária - art. 2o, p. 3o, LEF Requisitos de validade de inscrição em DA: Dívida Ativa tributária art. 202, CTN; Dívida Ativa Não Tributária art. 2º, p. 5º, LEF. 5º - O Termo de Inscrição de Dívida Ativa deverá conter: I - o nome do devedor, dos corresponsáveis e, sempre que conhecido, o domicílio ou residência de um e de outros; II - o valor originário da dívida, bem como o termo inicial e a forma de calcular os juros de mora e demais encargos previstos em lei ou contrato; III - a origem, a natureza e o fundamento legal ou contratual da dívida; IV - a indicação, se for o caso, de estar a dívida sujeita à atualização monetária, bem como o respectivo fundamento legal e o termo inicial para o cálculo; V - a data e o número da inscrição, no Registro de Dívida Ativa; e

11 VI - o número do processo administrativo ou do auto de infração, se neles estiver apurado o valor da dívida. São estes elementos que permitem que o devedor-executado se defenda. Defeito no Termo e na CDA correspondente Art. 2º, 8º, LEF - Até a decisão de primeira instância, a Certidão de Dívida Ativa poderá ser emendada ou substituída, assegurada ao executado a devolução do prazo para embargos. Irregularidades que não trazem prejuízo -> irrelevantes; Irregularidades que trazem prejuízo -> a Fazenda pode substituir a CDA: Súmula 392, STJ: A Fazenda Pública pode substituir a certidão de dívida ativa (CDA) até a prolação da sentença de embargos, quando se tratar de correção de erro material ou formal, vedada a modificação do sujeito passivo da execução. No caso de inscrição em DA de empresa que já tinha tido sua falência decretada antes da EF e após esta inscrição, a Fazenda pode substituir a CDA neste caso. O sujeito passivo é o mesmo, porém, na sua versão massa falida. É mera irregularidade que o STJ admite que seja sanada desta maneira, nos termos do art. 284, CPC c/c art. 2º, p. 8º, LEF. Se houver emenda ou substituição da CDA e o sujeito já houver oposto embargos, o prazo para defesa será devolvido. O CTN determina que a nova defesa só pode versar sobre a parte modificada, mas a LEF não realiza esta distinção. Por conta disso, há quem sustente que se estivermos diante de DA tributária, a defesa poderá tratar somente dos aspectos novos (aplicação do CNT), mas, se diante de DA não tributária, a defesa poderá versar sobre tudo (aplicação da LEF, que não faz restrição). Outros entendem que esta é uma disposição de cunho processual, e o professor está entre eles. Sendo assim, é uma norma do CTN, mas que nunca foi reservada a LC, porque

12 não é norma geral de direito tributário, mas sim, norma de direito processual. Neste sentido, a LEF derrogou este dispositivo do CTN 6. Sanções políticas São mecanismos para compelir o contribuinte a recolher tributo, de maneira indireta. Constituem violação ao devido processo legal. Súmula 70, STF. É inadmissível a interdição de estabelecimento como meio coercitivo para cobrança de tributo. Súmula 323, STF. É inadmissível a apreensão de mercadorias como meio coercitivo para pagamento de tributos. Súmula 547, STF. Não é lícito à autoridade proibir que o contribuinte em débito adquira estampilhas, despache mercadorias nas alfândegas e exerça suas atividades profissionais. 6 Caso esta questão surja em uma prova de PFN: não adotar este entendimento e pedir a aplicação do CTN. Já numa prova de Magistratura, Ministério Público: apresente as duas correntes e se posicione.

13 Protesto da CDA lei. Já era autorizado pela PFN, através da portaria 321/06. Hoje, tem previsão expressa em Art. 1º, p. único, lei Incluem-se entre os títulos sujeitos a protesto as certidões de dívida ativa da União, dos Estados, do Distrito Federal, dos Municípios e das respectivas autarquias e fundações públicas. O protesto é o ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência ou descumprimento de uma obrigação originada em determinado título. Funciona também como uma forma de coerção para que o devedor cumpra sua obrigação, sem que seja necessária uma ação judicial. É, portanto, forma alternativa para cobrança de dívida. Presunção de certeza e liquidez da DA regularmente inscrita Art. 3º, LEF. A Dívida Ativa regularmente inscrita goza da presunção de certeza e liquidez. Parágrafo Único - A presunção a que se refere este artigo é relativa e pode ser ilidida por prova inequívoca, a cargo do executado ou de terceiro, a quem aproveite. Presume-se: Que exista a relação de crédito e débito; Que o devedor seja aquele que consta na CDA. Atualização dos juros mês a mês não viola a liquidez do crédito, desde que conste do termo de inscrição em DA a maneira de calcular. Ex.: SELIC. Do mesmo modo, quando uma parcela já foi paga, o contribuinte apresenta exceção de preexecutividade, comprovando que a mesma é indevida, é realizada apenas a subtração do valor já pago. E a execução continua pela diferença. Agora, uma situação em que não se admite a simples subtração, porque há a efetiva perda de liquidez é aquela de cobrança de pagamento de contribuições sociais e CIDES sobre receitas de exportação, a empresas imunes, conforme estabelece a CRFB/88, art. 149, p. 2º, I.

14 Art. 149, CRFB/88. (...) 2º As contribuições sociais e de intervenção no domínio econômico de que trata o caput deste artigo: I - não incidirão sobre as receitas decorrentes de exportação. (...). Esta imunidade foi criada pela EC 33/01. Imagine uma empresa que tenha que pagar PIS/COFINS de sua receita. E parte de sua receita é fruto de exportação. Imagine que esta empresa não tenha recolhido PIS/COFINS, é autuada e o Fisco promova a inscrição em DA e, posteriormente, a EF. Em juízo, a empresa alega que parte do que é cobrado pelo Fisco é imune, porque decorre de receita proveniente de exportação e comprova o alegado. Não há como ser feita uma simples subtração. Deverá ser feita uma perícia para identificar qual o efetivo percentual de receitas daquela empresa que corresponde a receita de exportação naquele determinado ano. Não há como garantir a liquidez do crédito aqui. Neste caso, o crédito é ilíquido e o montante deve ser apurado novamente. 4. Legitimidade Passiva Art. 4º, LEF. execução fiscal poderá ser promovida contra: I - o devedor; II - o fiador; III - o espólio; IV - a massa; V - o responsável, nos termos da lei, por dívidas, tributárias ou não, de pessoas físicas ou pessoas jurídicas de direito privado; e VI - os sucessores a qualquer título. Este rol não é taxativo. Quando a LEF trata dos requisitos de validade do termo de inscrição em DA, afirma que na CDA deverá constar o nome do devedor e dos corresponsáveis. Porém, não raro uma EF é redirecionada para um corresponsável cujo o nome não consta do título. E a jurisprudência tem validado esta providência.

15 O STJ não admite o redirecionamento de EF em que a CDA foi constituída contra devedor falecido. Contudo, no caso de falecimento do devedor no curso da EF, é admitido o redirecionamento da cobrança para o espólio, que responde pelo crédito tributário, na forma do art. 131, III, CTN. Quando uma EF for redirecionada a um suposto responsável, não significa que este redirecionamento será feito com penhora de bens. Este suposto responsável tem direito ao devido processo legal. Deverá ser citado para pagar o débito no prazo de cinco dias ou para indicar bens à penhora.

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