CONFERÊNCIA DE HOMENAGEM À PROFESSORA ANA MARIA RODRIGUES. O Contributo da Auditoria Interna para o Governo das Sociedades
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1 CONFERÊNCIA DE HOMENAGEM À PROFESSORA ANA MARIA RODRIGUES O Contributo da Auditoria Interna para o Governo das Sociedades 28 de abril de 2018
2 Nos EUA Enron WorldCom Tyco Escândalos financeiros Na Europa Royal Ahold Skandia Insurance of Sweden Parmalat Regulação e Autorregulação Em Portugal BPN BPP
3 Investidor Governo da sociedade Controlo? Teoria de agência Assunção de responsabilidades? Auditoria Interna Direção Geral consultores Direção A Direção B Direção C
4 Objetivos gerais A adoção dos Códigos de governo das sociedades melhoram as suas prática Atrai investidores com expectativas de valor acrescentado A atividade de auditoria interna está mais desenvolvida e há mais tempo nas sociedades cotadas na bolsa A auditoria interna, devidamente articulada com a comissão de auditoria reduz a oportunidade da gestão manipular resultados Collier, et al., 2005 Mckinsey e BM, 2002 Sinhg, et al., 2003 Campbell, et al., 2012 KPMG/IPAI, 2009; Castanheira, et al., 2010; Sarens, et al., 2006b; Sarens, et al., 2010; Sarens, et al., 2011b; Donnelly, et al., 2008; D Silva, et al., 2007 García et al., 2012
5 Teoria da agência Berle e Means (1932) Jensen (1976, 1983) Holmstrom (1991) Kakabadse (2001) Koladkiewicz 2002) Parada (2003) Morales (2003) Salas (2003) Esperança (2011) Alves (2012) Governo das sociedades Auditoria Interna
6 Governo das sociedades O Governo das sociedades é a forma como o Conselho de Administração organiza, dirige e supervisiona a entidade a fim de garantir que os princípios de integridade, transparência e responsabilidade são assegurados nos negócios. Últimos desenvolvimentos EUA Lei de SOX (2002) Europa Relatório Cadbury (1992); Viénot (1995); Olivencia (1998); Preda (1999); Recomendações CMVM (1999),revistas bianalmente Relatório Winter, UE (2002) Livro verde (2011) Portugal IPCG 2013
7 Auditoria Auditoria - Reguladores da atividade: IFAC, SEC, OROC. Organismos de Supervisão IOSCO, PCAOB, CESR; CNSA Livro Verde da UE (2010) desaparecimento Arthur Anderson Audit Committee Institute (1999) EUA; Portugal (2007) Comissões de Auditoria (Silva 2007), KPMG (2009), Zang (2009)
8 Auditoria interna A auditoria interna é uma atividade independente, de garantia e de consultoria, destinada a acrescentar valor e a melhorar as operações de uma organização. Ajuda a organização a alcançar os seus objetivos, através de uma abordagem sistemática e disciplinada, na avaliação e melhoria da eficácia dos processos de gestão de risco, de controlo e de governação. IPAI (2009) IIA; IPAI Lavoie (2011) Marks (2012) Certificação da profissão
9 Auditoria interna e o governo das sociedades
10 Auditoria interna e o governo das sociedades
11 Auditoria interna e o governo das sociedades Garantia: governo, risco, controlo Visão interna: cataliza, análisa, avalia Objetividade: integridade, responsabilidade, independência
12 Governo das sociedades População: 47 sociedades cotadas na Euronext Lisbon (foram excluídas 3 SAD) Auditoria Interna 2010 IIA Global Internal Audit Survey (CBOK2010) relatórios de governo das sociedades cotadas relativos ao exercício findo em 31 de dezembro de respostas válidas, repartidas por 107 países, com inquéritos realizados em 22 idiomas, incluindo o português
13 Perceção da contribuição da auditoria interna a relação entre as características organizacionais e a contribuição percebida de uma atividade de auditoria interna; como é que as de características de uma atividade de auditoria interna afetam contribuição percebida; a forma de medir a desempenho da atividade de auditoria interna afeta a sua contribuição percebida; e existe uma relação entre os serviços prestados por uma atividade de auditoria interna e sua contribuição percebida.
14
15 Modelo de governo adotado Anglo-saxónico Dualista Latino Tipologia dos Administradores N.º Empresas 70% 60% 50% 40% 30% 20% 10% 0% 34% 48% Administradores Executivos 66% Administradores Não Executivos 52% Anglo-saxónico Latino
16 Independência dos Administradores 60% 50% 40% 30% 20% 36% 24% 54% 30% 32 unidade orgânica de auditoria interna 38 - sistema de controlo interno 6 não possuem sci são não financeiras 10% 0% Independentes no CA Independentes Não Executivos Número de empresas por auditor Anglo-saxónico Comissões especializadas Latino BDO; 3 Outros; 5 PWC; 11 auditoria matérias financeiras governo societário estratégica e investimentos nomeações E&Y; 4 KPMG; 4 Deloitte; 17
17 Idade (em %) % de profissionais Ensino básico / Secundário menos de 25 anos 26 a 30 anos 35 a 44 anos 45 a 54 anos 55 a 64 anos mais de 65 anos Bacharelato / Diploma profissional na área de negócios Bacharelato / Diploma noutras áreas de negócio Mestrado / Licenciatura / Diploma na área negócios Mestrado / Licenciatura / Diploma noutras áreas de negócios Doutoramento (PhD ou mais) Género (em%) Masculino Feminino 60,00% 50,00% 40,00% 30,00% 20,00% 10,00% 0,00% % auditores Área de formação
18 Certificações Profissionais
19 Reporte hierárquico com (em %) Comissão executiva/presidente do CA Comissão de auditoria ou equivalente Diretor financeiro Outros Emissão de relatório formal sobre controlo interno (em %) Comissão de Auditoria ou alta administração Não emite relatório escrito
20 Responsabilidade pela monitorização das ações coretivas (em %) Não existe um acompanhamento formal Auditoria interna e auditado Auditor interno Auditado Outros Coação sobre auditor para alterar relatório Sim Não Não aplicável 10% 22% 68%
21 Relatório de controlo interno como parte do relato anual % Sim, é um relatório detalhado baseado na estrutura de controlos geralmente aceites (ex. COSO, CoCo, UK Combined Code, AMF Code) 25,2% Sim, o relatório é baseado na responsabilidade da administração para identificar e lidar com os riscos organizacionais 19,7% Sim, o relatório é baseado principalmente na responsabilidade da gestão pela integridade e fiabilidade da informação financeira 17,5% Não é elaborado qualquer relatório de controlo interno 29,6% Não aplicável não é emitido qualquer relatório anual 8,0% TOTAL 100%
22 Avaliação do desempenho do CAE Avaliador % Comissão executiva/presidente do conselho de administração 56,2% Comissão de auditoria/presidente da comissão de auditoria 45,0% Conselho de administração 32,5% Conselho de administração/comissão de supervisão 17,2% Auditado 15,0% Próprio 15,0% Presidente do conselho deadministração/comissão de supervisão 14,2% Supervisor 13,0% Pares (colegas auditores internos) 7,7% Subordinados 6,1%
23 Perceção da Contribuição da Auditoria interna É uma atividade de garantia, independente, objetiva e de consultoria (A1, com 93,1%); Acrescenta valor à organização (A2, com 92,2%); Faz uma abordagem sistemática para avaliar a eficácia dos controlos internos (A4, com 91,2%); e Examina proactivamente questões financeiras, risco e de controlo interno (A6, com 81,6%). a independência (A10, com 92,3%) e a objetividade (A11, com 96,1%) são fatores chave para acrescentar.
24 Relação entre as caraterísticas de Auditoria interna e a concordância com a definição Os fatores mais importantes: o acesso adequado à comissão de auditoria; e a não coação para alterar a avaliação de uma classificação ou retirar uma. A emissão de um relatório escrito sobre o controlo interno para uso da comissão de auditoria ou o conselho de administração não parece importar os respondentes na perceção do valor acrescentado pela atividade de auditoria interna. Consideram-no importante aquando da abordagem sistemática para o governo, gestão de riscos e controlo dos processos
25 Relação entre métodos de avaliação de desempenho e a contribuição percebida Maior correlação com percentagem do plano completado Seguido recomendações aceites/implementadas e questionário / reação do conselho, comissão de auditoria e, ou conselho. Apresentação Revisão da Literatura Metodologia Resultados da Investigação Conclusões
26 Relação entre as atividades de auditoria interna e a perceção de contribuição A correlação é mais elevada para o processo de Governo e para a gestão de risco; A correlação é mais baixa para as atividades de controlo interno e governo das sociedades. Serviços auditoria de Acrescenta Gestão de risco Controlo Interno Processo de realizados valor (A2) (A3) (A4) Governo (A5) 1 - Controlo Interno 0,150 0,206 0,204 0, Gestão de Risco 0,123 0,254 0,212 0, Governo da Sociedade 0,103 0,188 0,114 0,286
27 Relativamente ao governo societário as empresas cumprem genericamente o regulamentado A auditoria externa encontra-se concentrada em 4 consultoras globais problema da independência e objetividade Das 44 empresas, 38 referem possuir um sistema de controlo de riscos e 23 possuem a função / atividade de auditoria interna confirmando Sarens et al., 2011 existe maioritariamente nessas empresas. Conclusões
28 Uma das principais missões da auditoria interna é ajudar os órgãos de governo na assunção das suas responsabilidades, ao proporcionarem-lhes, de forma atempada e útil, informação credível acerca do controlo interno, gestão de riscos e processo de governo confirmando Shen, 2012; Sarens, et al. 2011b; Castanheira, et al., Os membros dos órgãos de gestão podem, de forma consciente, assinar as declarações de responsabilidade perante os órgãos reguladores, fiscais, acionistas e outros interessados. De outra forma, o órgão de gestão não poderá conhecer o que se passa ao longo da hierarquia, nem tão-pouco os riscos que correm, atuais e potenciais. Conclusões
29
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