ISQC1 Norma Internacional sobre Controlo de Qualidade 1. Encontro na Ordem
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- Raphaella Borges Pinho
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1 Norma Internacional sobre Controlo de Qualidade 1 Encontro na Ordem 1
2 Aspectos a Abordar 1. Entrada em Vigor 2. Objectivos do ISQC1 3. Elementos do Sistema de Controlo de Qualidade 4. Aspectos Práticos Requisitos de Documentação 5. A Implementação do ISQC1 nas SROC's de Média Dimensão e ROC's Individuais 6. Considerações Finais 2
3 Entrada em Vigor Entrada em vigor 15 de Junho de 2006 Visa definir os aspectos essenciais do sistema de controlo da garantia da qualidade das firmas de auditoria Conceito de firma - Um profissional executor único, uma parceria, sociedade ou outra entidade de contabilistas profissionais. Tradução adoptada pela OROC na sua tradução da Norma Internacional sobre Controlo de Qualidade 1 3
4 Firma de Auditoria Conceito de Firma ROC em nome individual; SROC's. 4
5 A Implementação do ISQC1 nas Firmas de Pequena e Média Dimensão Guide to Quality Control for Small-and-Medium-Sized Practices Implementation Guide March 2009 Small and Medium Practices Committee IFAC 5
6 A Qualidade no Âmbito do ISQC1 Conceito Tradicional do Sistema de Controlo da Qualidade Sistema que visa a identificação de melhorias da qualidade Conceito do Sistema de Controlo da Qualidade ISQC1 Sistema que visa assegurar a garantia da qualidade do trabalho 6
7 Enquadramento do ISQC COSO Report 2001 Enron 2004 ERM Versão Actual ISA's ERM Enterprise Risk Management EMR Enfoque na Avaliação do Risco e no Sistema de Controlo Interno Enfoque nos Testes Substantivos 7
8 Enquadramento do ISQC1 Gestão do Risco Empresarial - ERM Enfoque na Identificação dos Riscos, sua Avaliação, Respostas aos Riscos e Técnicas de Controlo Tal implica Adicionar um Nível ao "Cubo" Tradicional do Controlo Interno do COSO, sendo esse novo Nível a componente Estratégica 8
9 Enquadramento do ISQC1 Objectivos E l e m e n t o s D i m e n s õ e s 9
10 Enquadramento do ISQC1 ERM / Impactos nas Normas do IFAC: ISQC1 Orientado para a Garantia do Controlo de Qualidade das firmas (com impacto ao nível do Controlo Horizontal). Novas ISA's do Planeamento: Orientadas para a avaliação do risco, resposta aos riscos, identificação das técnicas de controlo e avaliação da adequação do seu desenho e da sua eficácia operacional (com impacto na realização dos trabalhos Controlo Vertical); e 10
11 Elementos do ISQC1 Elementos do Sistema de Controlo da Qualidade 1) Responsabilidade pelo sistema de controlo da qualidade no seio da firma; 2) Requisitos éticos; 3) Políticas relacionadas com a aceitação e renovação de contratos com os clientes; 4) Recursos humanos; 5) Desempenho de trabalho; e 6) Monitorização. 11
12 Objectivos do ISQC1 As firmas de auditoria devem estabelecer um sistema de controlo de qualidade concebido para que o mesmo proporcione segurança razoável de que a firma e o seu pessoal cumpram as normas profissionais e requisitos regulamentares e legais em vigor, e que os relatórios emitidos pela firma ou por sócios responsáveis pelo trabalho são os apropriados nas circunstâncias. ( 3 ISQC1) 12
13 Liderança A firma deve estabelecer as políticas e os procedimentos concebidos para promover uma cultura interna com fundamento no reconhecimento de que a qualidade é essencial na execução dos trabalhos. Tais políticas e procedimentos devem exigir que o(s) responsável(eis) pela gestão da firma assuma(m) a responsabilidade final pelo sistema de controlo de qualidade da firma. ( 9 ISQC1) 13
14 Liderança A adopção do ISQC1 requer que a estratégia empresarial adoptada esteja sujeita ao requisito primordial de garantir a qualidade em todos os trabalhos que executa, pelo que: as decisões de gestão devem subordinar qualquer decisão de natureza comercial à garantia da qualidade dos trabalhos; as políticas e procedimentos da firma relativos às questões relacionadas com a avaliação do desempenho, remunerações e evolução na carreira, sejam concebidos de forma a evidenciar o compromisso da firma perante a qualidade; e sejam dedicados os recursos suficientes ao desenvolvimento, documentação e apoio na definição, concepção, implementação e documentação das suas políticas e procedimentos de controlo da qualidade. 14
15 Princípios Éticos A firma deve estabelecer políticas e procedimentos concebidos que lhe proporcionem segurança razoável de que a firma e o seu pessoal cumprem requisitos éticos relevantes. ( 14 ISQC1) Revisor Individual Sistema de menor complexidade; SROC integrada numa rede internacional Sistemas que podem ter um nível de complexidade elevado 15
16 Princípios Éticos A firma deve estabelecer políticas e procedimentos concebidos para lhe proporcionar segurança razoável de que a firma, o seu pessoal e, quando aplicável, outros sujeitos aos requisitos de independência (incluindo peritos contratados pela firma e pessoal da firma da rede), mantêm independência sempre que exigido pelo Código de Ética do IFAC e requisitos éticos nacionais. ( 18 ISQC1) 16
17 Aceitação e Retenção de Clientes A ISQC1 define um conjunto de objectivos em termos de salvaguarda da reputação das firmas de auditoria e garantia da qualidade do trabalho realizado que passam por: avaliar a integridade do potencial, ou no caso de renegociação, do actual, cliente; avaliação da existência das competências e recursos necessários à realização do trabalho, anteriormente à sua aceitação; e garantia do cumprimento dos requisitos éticos, designadamente no plano da independência. 17
18 Recursos Humanos A firma deve estabelecer políticas e procedimentos concebidos para lhe proporcionar garantia razoável de fiabilidade de que tem pessoal suficiente, com a capacidade, competência e compromisso com princípios éticos necessários para executar os seus trabalhos de acordo com normas profissionais e requisitos regulamentares e legais e que possibilitem à firma ou aos sócios responsáveis pelo trabalho a emissão de relatórios que sejam apropriados nas circunstâncias. ( 36 ISQC1) 18
19 Recursos Humanos Aspectos Relevantes RH Recrutamento; Avaliação do desempenho; Capacidades; Desenvolvimento profissional; Promoções; e Remunerações. 19
20 Desempenho do Trabalho A firma deve estabelecer políticas e procedimentos concebidos que lhe proporcionem garantias razoáveis de fiabilidade de que os trabalhos são executados de acordo com normas profissionais e requisitos regulamentares e legais e que os relatórios emitidos são adequados nas circunstâncias. ( 46 ISQC1) 20
21 Desempenho do Trabalho Os membros das equipas de trabalho são devidamente informados sobre os objectivos do trabalho e possuem uma adequada compreensão dos objectivos pretendidos; A correcta implementação das normas de auditoria aplicáveis nas circunstâncias; A apropriada supervisão do trabalho realizado, bem como a realização de acções de formação que permitam aos sócios e colaboradores o seu desenvolvimento profissional; A adequada revisão do trabalho realizado e conclusões extraídas, assim como a adequada profundidade, extensão e documentação do trabalho. 21
22 Desempenho do Trabalho Realização de Consultas Resolução de Conflitos no Seio da Equipa de Auditoria Revisão por parte de um Sócio Independente (Segundo Sócio / Reviewer) Todos os trabalhos que possuam um maior grau de risco devem ser sujeitos a revisão por parte de um Segundo Sócio: Entidades de Interesse Público; Entidades de maior complexidade ou novos clientes onde não exista experiência, ou sujeitas a elevada exposição. 22
23 Desempenho do Trabalho A firma deve estabelecer políticas e procedimentos que exijam, para trabalhos apropriados, uma verificação do controlo de qualidade do trabalho que proporcione uma avaliação objectiva dos julgamentos significativos feitos pela equipa de trabalho e da opinião expressa. ( 60 ISQC1) 23
24 Monitorização - Objectivos A firma deve estabelecer políticas e procedimentos concebidos para proporcionar uma garantia razoável de fiabilidade de que as políticas e procedimentos relacionados com o sistema de controlo de qualidade são relevantes, adequados, operam eficazmente e se conforma com a prática. Tais políticas e procedimentos devem incluir uma avaliação contínua do sistema de controlo de qualidade da firma, incluindo uma inspecção periódica de uma selecção de trabalhos seleccionados. ( 74 ISQC1) 24
25 Monitorização Um Processo de Verificação Permanente Objectivos do Sistema Monitorização Definição das Políticas Implementação Definição dos Procedimentos 25
26 Monitorização Objectivos Específicos A monitorização deverá assegurar: A análise da legislação e regulamentos que afectam a profissão, de modo a promover a adaptação contínua do sistema capaz de responder às mudanças verificadas; A realização de verificações que comprovem o adequado funcionamento do sistema e o adequado cumprimento dos objectivos definidos no ISQC1; A realização de verificações que comprovem o adequado cumprimento das normas de auditoria em vigor, ou seja, das normas técnicas da Ordem, das Directrizes de Revisão / Auditoria e, supletivamente, das normas internacionais de auditoria do IFAC. 26
27 Monitorização Aspectos ao Nível do Controlo Horizontal Tarefas a Desenvolver no Âmbito da Monitorização: Verificação ao nível do Controlo Horizontal: Obter evidência da adequada implementação dos diferentes elementos do ISQC1, em particular: Declarações de independência dos sócios e colaboradores; Formulários de aceitação / retenção dos clientes; Formulários relativos ao recrutamento de colaboradores; Cumprimentos do Plano de Formação e respectivos comprovativos; Formulários relativos à avaliação do desempenho dos colaboradores; etc. 27
28 Monitorização Aspectos ao Nível do Controlo Vertical Tarefas a Desenvolver no Âmbito da Monitorização: Verificação ao nível do Controlo Vertical: Selecção dos Dossiers objecto de verificação: Deve, no mínimo, ser seleccionado para revisão um Dossier de cada Sócio, sem prejuízo de tornar-se necessário adicionar Dossiers de modo a garantir que todas as entidades de Interesse Público, ou eventualmente as mais relevantes, sejam seleccionadas, bem como outras entidades de maior complexidade, notoriedade ou com riscos específicos, nomeadamente ao nível da continuidade das operações, imparidade de activos ou outros. 28
29 Monitorização Aspectos ao Nível do Controlo Vertical Tarefas a Desenvolver no Âmbito da Monitorização: Verificação ao nível do Controlo Vertical: Verificação do adequado planeamento do trabalho; Verificação da adequação dos recursos afectos à realização do trabalho; Verificação do trabalho realizado nas áreas críticas; Verificação da adequação da supervisão e revisão efectuadas; Verificação da revisão por parte do Segundo Sócio, desde o inicio do trabalho, ou seja obtenção da evidência da sua participação na revisão do planeamento, revisão e emissão do relatório; Verificação da adequação do Relatório emitidos. 29
30 Monitorização Divulgação dos Resultados Pelos menos anualmente, a firma deve comunicar os resultados da monitorização do seu sistema de controlo interno aos sócios responsáveis pelos trabalhos e a outros indivíduos apropriados no seio da firma. Tal comunicação deve fazer com que a firma e estes indivíduos tomem acção pronta e apropriada quando necessário de acordo com os seus papéis e responsabilidades definidas. ( 85 ISQC1) 30
31 Documentação - Objectivo A firma deve estabelecer políticas e procedimentos que exijam documentação apropriada para proporcionar evidência do funcionamento de cada elemento do seu sistema de controlo de qualidade. ( 94 ISQC1) 31
32 Requisitos de Documentação - Aspectos Práticos Concepção, elaboração, aprovação e divulgação de um Manual Interno de Controlo da Qualidade que documente, para cada um dos elementos do sistema de controlo da qualidade, quais os objectivos definidos e procedimentos adoptados; Concepção e implementação de um conjunto de formulários que permitam documentar de forma padronizada o adequado funcionamento dos diferentes elementos do sistema de controlo da qualidade. 32
33 Requisitos de Documentação Aspectos Práticos Exemplos de Formulários Padronizados Declarações de cumprimento de requisitos éticos e deontológicos por parte dos sócios e colaboradores; Declarações que comprovem a inexistência de ameaças à independência, ou a sua apropriada mitigação; Cumprimento dos princípios definidos quanto à aceitação ou retenção de clientes; Cumprimento dos requisitos definidos ao nível do recrutamento de colaboradores; 33
34 Requisitos de Documentação Aspectos Práticos Exemplos de Formulários Padronizados Participação em acções de formação; Avaliação do desempenho dos sócios e colaboradores; Afectação de colaboradores aos diferentes trabalhos; Realização de consultas; Resolução de eventuais situações em que ocorram diferenças de opinião no seio da equipa de trabalho; 34
35 Requisitos de Documentação Aspectos Práticos Exemplos de Formulários Padronizados Trabalho de verificação de qualidade realizado pelo segundo sócio independente; Evidência do trabalho e conclusões das verificações realizadas no âmbito da monitorização, quer ao nível do controlo horizontal, quer do controlo vertical. 35
36 Requisitos de Documentação Aspectos Práticos Modelos de Formulários Guide to Quality Control for Small-and Medium-Sized Practices 36
37 Requisitos de Documentação A firma deve estabelecer políticas e procedimentos que exijam documentação apropriada para proporcionar evidência do funcionamento de cada elemento do seu sistema de controlo de qualidade. ( 94 ISQC1) 37
38 Implementação do ISQC1 Independentemente da dimensão da firma os objectivos preconizados no ISQC1 deverão ser salvaguardados, contudo, os procedimentos e grau de formalização devem ser adaptados à dimensão da entidade. 38
39 Etapas da Implementação do ISQC1 1) Diagnóstico da situação actual, nomeadamente grau de formalização dos procedimentos adoptados e seu alinhamento com os objectivos do ISQC1; 2) Preparação de um Manual Interno de Políticas e Procedimentos de Controlo de Qualidade (MIPPCQ), adaptado à dimensão da entidade e seus objectivos; 3) Implementação das Políticas e Procedimentos preconizados no MIPPCQ; 4) Monitorização. 39
40 A Implementação do ISQC1 nas Firmas de Pequena e Média Dimensão Guide to Quality Control for Small-and-Medium-Sized Practices Implementation Guide March 2009 Small and Medium Practices Committee IFAC 40
41 Formas de Exercício da Actividade Revisores SROC's ROC's Individuais Total ROC's Sociedades Sócios 1 ou % Sócios 3 a % Sócios 6 a % Mais de 9 sócios ROC's Individuais Total % Menos de 6 Sócios % % % % % % %
42 A Implementação do ISQC1 nas Firmas de Pequena e Média Dimensão Estrutura do Documento Texto base Abordagem das Componentes do ISQC1; Anexos: Proposta de Formulários que devem ser Adoptados de Modo a Evidenciar a aplicação do ISQC1; Proposta de Manual Interno para: Auditores / Revisores em Nome Individual; Firmas até cinco Sócios. 42
43 Grau de Formalização / Dimensão Componentes Firmas que integram o "Forum of Firms" Outras Redes Firmas que integram até cinco Sócios Auditor / Revisor Individual Salvaguarda da Independência e Ética Sistemas de Gestão de Conflitos e Salvaguarda da Independência Complexos Depende do Grau de Integração da Rede Deve existir um sistema formalizado que evidencie a adequada mitigação dos riscos Alguma formalização ao nível das Políticas Formalização de Políticas e Procedimentos Manuais alinhados com o ISQC1 Manuais alinhados com o ISQC1 Deverão ser concebidos de acordo com a proposta do IFAC Deverão ser concebidos de acordo com a proposta do IFAC Procedimentos e Formulários Os procedimentos encontram-se formalizados de modo a garantir o cumprimento das políticas definidas Depende do Grau de Integração da Rede Deverão ser concebidos de acordo com a proposta do IFAC Deverão ser concebidos de acordo com a proposta do IFAC 43
44 Níveis de Monitorização / Dimensão Componentes Firmas que integram o "Forum of Firms" Outras Redes Firmas que integram até cinco Sócios Auditor / Revisor Individual Desempenho do Trabalho Revisão e Supervisão do Trabalho Revisão do Segundo Sócio, quando aplicável Revisão e Supervisão do Trabalho Revisão do Segundo Sócio, quando aplicável Devem ser definidos procedimentos que garantam a supervisão e revisão, assim como revisão do Segundo Sócio, quando aplicável Devem ser definidos procedimentos que garantam a supervisão e revisão, assim como revisão por um Profissional Independente, quando aplicável Monitorização Interna Anualmente são realizadas acções de monitorização interna Anualmente são realizadas acções de monitorização interna Anualmente devem ser realizadas acções de monitorização interna Anualmente devem ser realizadas acções de monitorização interna 44
45 Considerações Finais ISQC1 e o seu impacto: Nos custos associados à sua adequada implementação e consequentemente na formação dos preços dos trabalhos de auditoria; Nas condições de concorrência entre firmas; No sistema de Controlo de Qualidade existente, em particular na reformulação dos Guias de Controlo Horizontal, os quais deverão "alinharse" com o ISQC1. 45
46 António Gonçalves - ROC 46
Controlo da Qualidade. Controlo da Qualidade
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