ENQUADRAMENTO E DISPOSIÇÕES COMUNS AOS JARDINS-DE-INFANCIA DO AGRUPAMENTO JOSÉ MARIA DOS SANTOS EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR
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- Davi Botelho Casado
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1 ENQUADRAMENTO E DISPOSIÇÕES COMUNS AOS JARDINS-DE-INFANCIA DO AGRUPAMENTO JOSÉ MARIA DOS SANTOS EDUCAÇÃO PRÉ-ESCOLAR A educação pré-escolar destina-se às crianças com idades compreendidas entre os três anos e a idade de ingresso no ensino básico. A educação pré-escolar é a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida, sendo complementar da ação educativa da família, com a qual deve estabelecer estreita cooperação, favorecendo a formação e o desenvolvimento equilibrado da criança, tendo em vista a sua plena inserção na sociedade como ser autónomo, livre e solidário. Lei Quadro da Educação Pré-Escolar OBJETIVOS São objetivos da educação pré-escolar: a) Promover o desenvolvimento pessoal e social da criança, com base em experiências de vida democrática, numa perspetiva de educação para a cidadania; b) Fomentar a inserção da criança em grupos sociais diversos, no respeito pela pluralidade das culturas, favorecendo uma progressiva consciência do seu papel como membro da sociedade; c) Contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso da aprendizagem; d) Estimular o desenvolvimento global de cada criança, no respeito pelas suas caraterísticas individuais, incutindo comportamentos que favoreçam aprendizagens significativas e diversificadas; e) Desenvolver a expressão e a comunicação, através da utilização de linguagens múltiplas como meios de relação, de informação, de sensibilização estética e de compreensão do mundo; f) Despertar a curiosidade e o pensamento crítico; g) Proporcionar a cada criança condições de bem-estar e de segurança, designadamente no âmbito da saúde individual e coletiva; h) Proceder à despistagem de inadaptações, deficiências e precocidades, promovendo a melhor orientação e encaminhamento da criança; i) Incentivar a participação das famílias no processo educativo e estabelecer relações de efetiva colaboração com a comunidade. CURRÍCULO O desenvolvimento do currículo na educação pré-escolar tem como referência as Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar (Despacho n.º 5220/97, de 4 de agosto), que se constituem como um conjunto de princípios gerais pedagógicos e organizativos de apoio ao educador de infância na condução do processo educativo a desenvolver com as crianças. 1
2 Sendo uma referência comum para todos os educadores de infância, este documento não pretende ser um programa, porque sendo geral e abrangente inclui a possibilidade de o educador fundamentar diversas opções educativas. As Orientações Curriculares para a Educação Pré-escolar (OCEPE) identificam três áreas de conteúdo Área de Formação Pessoal e Social, Área de Expressão e de Comunicação e Área de Conhecimento do Mundo: Formação Pessoal e Social Área transversal, integradora que enquadra e dá suporte a todas as outras, implica um processo facilitador do desenvolvimento de atitudes e de aquisição de valores e promove a capacidade de resolução de problemas do quotidiano. Conhecimento do Mundo Área de articulação de conhecimentos envolve todo o conhecimento e a relação com as pessoas, os objetos e o mundo natural e construído. Expressão e Comunicação Área básica de conteúdos que incide sobre aspetos essenciais do desenvolvimento e da aprendizagem englobando as aprendizagens relacionadas com a atividade simbólica e o progressivo Domínios domínio de diferentes formas de linguagem. A gestão do currículo é realizada pelo educador de infância, que define estratégias de concretização e de operacionalização das orientações curriculares, adequando-as ao contexto, tendo em conta os interesses e necessidades das crianças. Expressões Motora Dramática Plástica Musical Linguagem Oral e Abordagem à Escrita Matemática Tecnologias de Informação e Comunicação O seu filho irá desenvolver competências que irão promover a sua formação global. Procuramos que o que o seu filho faz no jardim de infância lhe agrade e vá ao encontro dos seus interesses e necessidades. Este trabalho supõe a realização de experiências de aprendizagem significativas, pois sabemos que a criança aprende a partir da exploração do mundo que a rodeia. Não se pretende que a educação pré-escolar se centre na preparação da escolaridade obrigatória; o trabalho desenvolvido no jardim de infância pretende despertar nas crianças a curiosidade e o desejo de aprender. METAS DE APRENDIZAGEM Ao definir metas de aprendizagem para as diferentes áreas e disciplinas dos três ciclos do ensino básico, considerou-se necessário enunciar também as aprendizagens que as crianças deverão ter realizado no final da educação pré-escolar, reconhecida como primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida. As metas de aprendizagem para a educação pré-escolar podem ser consultadas aqui. 2
3 AVALIAÇÃO A avaliação é um elemento integrante e regulador da prática educativa, que implica procedimentos adequados à especificidade da atividade educativa no jardim de infância, tendo em conta a eficácia das respostas educativas. A avaliação na educação pré-escolar é, então, formativa e assume um caráter contínuo e sistemático. É baseada na observação e utiliza os instrumentos definidos no departamento curricular de educação pré-escolar. A avaliação formativa pressupõe uma avaliação diagnóstica, a realizar com as crianças no início do ano letivo, e que servirá de base à elaboração do Projeto Curricular de Grupo. A avaliação tem como objeto as diferentes áreas de conteúdo. De acordo com o estabelecido nas OCEPE, a avaliação far-se-á a partir do registo de observação/reflexão do educador de infância, com base no progresso das aprendizagens definidas no Projeto Curricular de Grupo. Para uma efetiva articulação com o 1.º Ciclo do Ensino Básico, a avaliação final no último ano da frequência do pré-escolar, integra o processo pedagógico da criança. Os critérios de avaliação definidos no Agrupamento para a educação pré-escolar podem ser consultados aqui. COOPERAÇÃO COM A FAMILIA Os pais ou encarregados de educação são os responsáveis pela criança e também os seus primeiros e principais educadores. Estando hoje, de certo modo, ultrapassada a tónica colocada numa função compensatória, pensa-se que os efeitos da educação pré-escolar estão intimamente relacionados com a articulação com as famílias. Já não se procura compensar o meio familiar, mas partir dele e ter em conta a(s) cultura(s) de que as crianças são oriundas, para que a educação pré-escolar se possa tornar mediadora entre as culturas de origem das crianças e a cultura de que terão de se apropriar para terem uma aprendizagem com sucesso. (OCEPE) O jardim de infância é um espaço educativo pensado para o seu/sua filho(a). Mas é, também, um espaço seu, aberto e recetivo à família e à restante comunidade educativa. Trabalhamos para que o seu educando faça aprendizagens significativas e diversificadas. Todas as experiências de aprendizagem são pensadas para o ajudar a: - Desenvolver a segurança e o equilíbrio afetivo; - Desenvolver capacidades motoras; - Conhecer o seu corpo; - Adquirir progressivamente uma maior autonomia; - Relacionar-se com os outros e respeitá-los; - Expressar-se através de diferentes linguagens; - Desenvolver a imaginação e a criatividade; - Observar e compreender o meio onde vive; - Aprender, fazendo e experimentando Num clima de relação aberta, pais e educadores constroem um espaço de confiança, condição essencial para uma ação educativa participada. É importante que os pais entrem nas salas e vejam os trabalhos que as crianças realizam. Temos o maior gosto em falar consigo dos êxitos 3
4 e conquistas do seu filho (poderá ser feito informalmente, sempre que o venha buscar, no horário de atendimento estabelecido ou poderemos ainda combinar ocasiões para que isso possa acontecer). Esperamos pela sua participação nas reuniões, festas e convívios que viermos a organizar, assim como na cooperação em algumas atividades do jardim de infância e na participação nos seus órgãos representativos e associativos. Contamos convosco, com a vossa colaboração, com as vossas sugestões e críticas, no sentido de tornar a permanência do seu filho no jardim de infância num projeto significativo no seu processo educativo. ESPECIFICIDADE DOS JARDINS DE INFÂNCIA Dada a especificidade da educação pré-escolar, para além do disposto no Regulamento Interno para a generalidade dos estabelecimentos que integram o Agrupamento, são consignadas para os jardins de infância as disposições gerais de funcionamento que se seguem: Horário de funcionamento O horário de funcionamento do jardim de infância contempla períodos de atividades educativas/pedagógicas (componente letiva) e o período da componente de animação e apoio à família (AAAF), tendo em conta as necessidades manifestadas pelos pais/encarregados de educação. A componente letiva compreende cinco horas diárias distribuídas por dois períodos: Período da manhã: 09h 12h; período da tarde: 13h 15h. A entrada das crianças no jardim de infância deverá fazer-se até às nove horas e quinze minutos, salvo exceções devidamente justificadas e mediante aviso prévio, de modo a que não sejam prejudicadas as atividades em curso. O horário de funcionamento dos jardins de infância, incluindo o serviço de complemento de horário, não deverá ter início antes da 7.30h nem prolongar-se para além das 19.00h, salvaguardando o bem-estar das crianças. A componente de animação e apoio à família (AAAF) obedece a regulamento próprio, conforme a entidade promotora deste serviço. Acompanhamento das crianças Os encarregados de educação são responsáveis pelo acompanhamento do seu educando no percurso de casa para o jardim de infância e de regresso a casa. Os encarregados de educação deverão entregar a criança pessoalmente ao educador ou à assistente operacional, nunca a deixando à porta ou sozinha no recreio do estabelecimento de educação/ensino. A criança é entregue apenas aos pais/encarregado de educação ou a outras pessoas que tenham sido indicadas no espaço próprio do documento de matrícula. Só se entregam crianças a menores de idade mediante termo de responsabilidade assinado pelo encarregado de educação. Dever de pontualidade 4
5 Os pais/encarregados de educação devem cumprir rigorosamente o horário de funcionamento do jardim de infância, para não prejudicar o normal desenvolvimento das atividades e assim como a boa integração das crianças nas mesmas. Sempre que, por qualquer razão, a criança chegue atrasada, os pais/encarregados de educação deverão informar o educador até às 9h.30m., para que possa beneficiar do serviço de refeição. Os pais e encarregados de educação deverão assegurar que a criança não permaneça no jardim de infância para além do horário respetivo. Sempre que isso aconteça, a educador entrará em contacto telefónico com a família e, caso não consiga, contactará a entidade responsável para o efeito. Dever de assiduidade Sempre que a falta da criança ao jardim de infância seja prevista, o encarregado de educação tem o dever de comunicar este facto ao educador titular de sala, de forma atempada. Nas faltas por doença, por um período igual ou superior a cinco dias, devem os pais/encarregados de educação apresentar atestado ou declaração médica com a indicação dos motivos de ausência, bem como a data em que a criança pode retomar a frequência do jardim de infância. Em caso de ausência por quinze dias consecutivos e sem justificação, os pais/encarregados de educação serão informados por carta registada com aviso de receção, solicitando a sua comparência, junto do educador, para análise da situação. Aspetos de saúde Caso se verifique febre, doença súbita ou acidente, os pais serão contactados de imediato. Se a criança tiver necessidade de tomar um medicamento no horário de frequência do jardim de infância, o encarregado de educação deverá comunicar ao educador, por escrito em impresso próprio, a dose e o horário da administração do mesmo. Em situações de doença assim como de parasitoses (como piolhos, por exemplo), as crianças deverão permanecer em casa até ao fim do tratamento. O regresso da criança ao jardim de infância, na sequência de doença contagiosa, só poderá realizar-se desde que seja portadora de declaração médica atestando que já se encontra apta para o convívio com os colegas. Atualização de dados pessoais Sempre que houver alteração nos dados referidos aquando da inscrição, os mesmos devem ser comunicados ao educador e atualizados nos serviços administrativos do Agrupamento. Material Todos os artigos pessoais pertencentes à criança devem estar devidamente identificados. A criança deverá ter uma muda de roupa, no estabelecimento de educação, adaptada à estação do ano, para eventuais necessidades. É recomendável que a criança traga, para o jardim de infância, o material solicitado pelo educador. 5
6 O jardim de infância não se responsabiliza pelo desaparecimento ou por danos provocados em brinquedos ou outros objetos trazidos de casa pela criança, independentemente da sua natureza ou valor. Componente de Animação e Apoio à Família O funcionamento da Componente de Animação e Apoio à Família, nos jardins-de-infância integrantes da unidade educativa, encontra-se devidamente regulamentado, em documento próprio: Despacho n.º 9265-B/2013. D.R. n.º 134, Suplemento, Série II de
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