ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO E APOIO À FAMÍLIA NOS JI PRÉ-ESCOLAR
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- Maria Antonieta Brunelli Festas
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1 PRÉ-ESCOLAR PRINCÍPIOS ORIENTADORES DA ORGANIZAÇÃO E GESTÃO DAS ACTIVIDADES DE ANIMAÇÃO E APOIO À FAMÍLIA NOS JI Ano lectivo 2009/2010 1
2 Princípios Orientadores de acordo com o Projecto Educativo A Lei Quadro da Educação Pré-Escolar (Lei nº 5/97) preconiza três funções para a Educação de Infância: educativa, social e preventiva. Reforça assim a sua função educativa, ao considerar este nível de educação como a primeira etapa da educação básica no processo de educação ao longo da vida, e reconhece a sua função social, ao estabelecer que as instituições de educação pré-escolar proporcionem actividades educativas e de apoio à família. Igualmente, ao determinar como uma das finalidades da educação pré-escolar, contribuir para a igualdade de oportunidades no acesso à escola e para o sucesso das aprendizagens, salienta a função preventiva. Tendo em conta o atrás referido, e como todo o tempo de permanência das crianças no Jardim de Infância (JI) tem de ser educativo, há que distinguir as actividades educativas de carácter curricular das actividades de animação e apoio à família. Para isso, concentremo-nos no porquê e para quê de cada um destes momentos. Por um lado, o tempo curricular implica uma educação estruturada; por outro, o tempo de animação e apoio à família, será marcado por um processo educativo informal, já que a criança tem inteira liberdade de escolha quanto ao que deseja fazer. Embora o contexto e as actividades escolhidas pelas crianças devam proporcionar aprendizagens, não há a mesma preocupação com a sua necessidade e pertinência, ao contrário do que acontece no tempo curricular. As actividades de animação e apoio à família têm como objectivo primordial a brincadeira espontânea da criança, o prazer de estar e conviver, assim como a sua segurança, bem-estar e, também, a necessidade de quebrar a rotina das actividades curriculares. Para tal deverá existir uma sala própria com materiais e equipamentos específicos. Dever-se-á facilitar visitas ao meio envolvente, incentivando o contacto com diferentes saberes e a cooperação com a comunidade local. A mudança do espaço físico e dos materiais é extremamente importante e necessária, pois permite aos profissionais e às crianças estarem mais aptos a recriar uma dinâmica diferente. Possibilita-se deste modo o desenvolvimento de experiências não contempladas no currículo, mas igualmente estimulantes, experiências essas sem carácter de obrigatoriedade, mas que permitem à criança envolver-se em actividades livremente escolhidas e de maior satisfação imediata: brincadeiras autónomas na sala e/ou recreio, 2
3 construções, jogos, leituras, conversa com os amigos ou apenas um tempo para estar consigo própria. O recurso a outros equipamentos e materiais, assim como a mudança do espaço físico, permitem aos profissionais e às crianças recriar, com maior facilidade, uma dinâmica algo diferente. Ao espaço da sala própria associa-se o do recreio que, com triciclos, bolas e outros materiais, se torna um espaço privilegiado do tempo das actividades de animação. De acordo com as orientações e calendarização definidas pelo Departamento e de acordo com os princípios enunciados, as actividades devem concretizar-se em: Projectos simples tais como: preparar uma sessão de cinema, receber um convidado especial, preparar um lanche, organizar um Karaoke, fazer a leitura de um conto. Actividades de culinária, jardinagem, dança/cantares, dramatizações, jogos em pequeno ou grande grupo, actividades livres nas áreas dentro da sala, actividades livres de recreio. Actividades noutros espaços da comunidade local como, visitas ao meio local, actividades nos centros culturais, associações recreativas e culturais do concelho. Rotinas: As actividades de animação e apoio à família destinam-se às crianças inscritas nos Jardins de Infância e integram todos os períodos para além das 25 horas lectivas/curriculares, ou seja, a entrada das crianças antes do horário lectivo, o período de almoço, os tempos após as actividades curriculares e os períodos das interrupções lectivas. Das 8h20 às 9h: As crianças permanecem com as Assistentes Operacionais dos Jardins-de-infância em actividades livres: acolhimento, conversas informais e jogos. No período de almoço: As crianças permanecem com as Assistentes Operacionais do prolongamento e das salas dos Jardins-de-infância, na cantina e, de seguida, no recreio, em actividades livres. 3
4 Durante os períodos lectivos: As actividades de animação e apoio à família funcionam das 15h30m às 19h. As crianças permanecem nas salas, sob a responsabilidade das Assistentes Operacionais do Prolongamento, lancham e brincam em actividades livres ou jogos/actividades propostos. O lanche é fornecido pelo Prolongamento. No mês de Setembro, antes do início do ano lectivo, nas interrupções lectivas (Natal, Carnaval e Páscoa) e no mês de Julho, as actividades de animação e apoio à família funcionam das 8h30m às 19h. As crianças, nestes períodos, permanecem nas salas sob a responsabilidade das Assistentes Operacionais do Prolongamento e das salas dos Jardins-de-infância, de acordo com uma distribuição de serviço específica. Nestes períodos, as actividades são desenvolvidas segundo uma planificação própria actividades nas salas e recreio das escolas, visitas a locais da freguesia e/ou outros. Supervisão Pedagógica: As actividades de animação e apoio à família vertente prolongamento de horário estão organizadas numa co-responsabilização e cooperação entre a Direcção do Agrupamento, a autarquia e as famílias. Estas actividades são dinamizadas por Assistentes Operacionais da Câmara Municipal, tendo em cada pólo uma Assistente responsável pelas crianças inscritas e por todo o seu funcionamento. Assim, as decisões relativas à componente de apoio à família, implicam todos os educadores, a autarquia e o Agrupamento, não dizendo apenas respeito a cada educador e/ou ao seu grupo. É função de todos os educadores de infância a supervisão das actividades de animação e apoio à família, no que diz respeito à articulação entre o Jardim e o prolongamento, e ao desenvolvimento e bem-estar das crianças. Em cada Jardim existe um educador responsável que deverá ouvir e ter em conta as opiniões dos outros educadores e do pessoal auxiliar que trabalha no prolongamento. Em articulação com a Direcção, cabe-lhe decidir sobre as formas de organização do grupo, sobre os espaços a utilizar, propor a aquisição dos materiais necessários e, ainda, dar orientações e sugestões sobre as actividades a realizar. A supervisão 4
5 pedagógica efectua-se do seguinte modo: mensalmente, nas horas de supervisão (30m), o corpo docente do Jardim reúne com a Assistente Operacional responsável pelo prolongamento. Estas reuniões, numa perspectiva de enriquecimento mútuo, propõemse adequar as actividades às características específicas das crianças e famílias a que se destinam e incentivar o aperfeiçoamento da integração entre as actividades de animação e as actividades curriculares. Serão ainda elaboradas, uma planificação mensal de actividades e uma avaliação das dinâmicas implementadas (definição de espaços, rotinas, aquisição de materiais, etc ). Periodicamente, a educadora responsável e a Assistente Operacional responsável do Prolongamento avaliam informalmente, a implementação das decisões tomadas pelo grupo de educadoras de cada Jardim, em sintonia com as orientações do Departamento Curricular da Educação Pré-escolar. No Agrupamento existem quatro Pólos de Prolongamento: JI de Susão: Responsável Educadora Helena Guedes Assistente Operacional responsável Elsa JI do Calvário: Responsável Educadora Erminda Magalhães Assistente Operacional responsável Lúcia JI da Ilha: Responsável : Educadora Fátima Oliveira - Assistente Operacional responsável- Sónia JI Nova de Valongo: Responsável Educadora Maria dos Anjos - Assistente Operacional responsável - Sidónia Monitorização: No processo de monitorização das actividades de animação e apoio à família são fixados, para este ano lectivo, vários momentos com objectivos diversos: 1º Periodo: Definição, no Departamento Curricular, das orientações gerais e envio ao Conselho Pedagógico; Divulgação das orientações gerais aos Pais/Encarregados de Educação. 5
6 Mensalmente deverá ser feita a aferição, por parte das educadoras e da Assistente Operacional responsável, da implementação das orientações e desenvolvimento das actividades. No final de cada período lectivo, far-se-á: - Um registo escrito, avaliativo da dinâmica desenvolvida em cada pólo de prolongamento, que estará a cargo da Educadora responsável em articulação com a Assistente operacional respectiva. Também é importante haver uma partilha desses registos avaliativos, periódicos, no Departamento Curricular. Em Maio Em cada Pólo será distribuído, um questionário aos pais, elaborado no Departamento Curricular, de modo a aferir opiniões quanto à qualidade do serviço prestado. Em Julho A avaliação das actividades de animação e apoio à família, no Departamento Curricular e um relatório de síntese anual. Nota: A autarquia, de acordo com as suas responsabilidades, monitoriza, também, as actividades de animação e apoio à família, em momentos que considere oportunos, comunicando as visitas, antecipadamente, à Direcção do Agrupamento, devendo o responsável de cada Jardim ser informado. O Departamento Curricular da Educação Pré-Escolar 6
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