RELATÓRIO DE PROSPEÇÃO, MONITORIZAÇÃO E CONTROLO DE AGENTES BIÓTICOS NOCIVOS DE NÃO QUARENTENA
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1 DATA: 14 / 08 / 2018 TÍTULO DE PROSPEÇÃO, MONITORIZAÇÃO E CONTROLO DE AGENTES BIÓTICOS NOCIVOS NÃO DE QUARENTENA 2017 DE PROSPEÇÃO, MONITORIZAÇÃO E CONTROLO DE AGENTES BIÓTICOS NOCIVOS DE NÃO QUARENTENA 2017 Departamento de Gestão de Áreas Públicas e de Proteção Florestal Divisão de Fitossanidade Florestal e Arvoredo Protegido
2 DATA: 14 / 08 / 2018 Execução de Programas de prospeção, monitorização e controlo de agentes bióticos nocivos de não quarentena relato sumário, 2017 Elaborado pela Divisão de Fitossanidade Florestal e de Arvoredo Protegido Rita Fernandes Dina Ribeiro Fontes de Informação: ICNF, I.P., Planos de Controlo, Planos de Contingência, Relatórios e Sistema de Gestão de Informação e Sanidade Florestal
3 DATA: 14 / 08 / 2018 ÍNDICE 1. Introdução Prospeção, Monitorização e Controlo de Organismos Bióticos nocivos de não Quarentena Chalara fraxinea Dryocosmus kuriphilus Gonipterus platensis Thaumastocoris peregrinus Operacionalização da Prospeção Resultados Chalara fraxinea Dryocosmus kuriphilus Gonipterus platensis Thaumastocoris peregrinus Conclusão... 15
4 1. INTRODUÇÃO Os ecossistemas florestais permitem aceder a um conjunto de bens e serviços de valor incalculável, tanto de cariz ambiental e cultural como de cariz económico, fornecendo não só bens palpáveis como madeira, combustíveis, fibras, recursos alimentares e químicos, mas também proporcionando serviços vitais como o combate à desertificação, proteção das linhas de água, manutenção da biodiversidade, regulação climática, entre outros. As florestas estão constantemente sujeitas a diversos fatores que podem pôr em causa a manutenção do fornecimento dos bens e serviços acima referidos, sendo disso exemplo a ocorrência de fogos florestais, o abandono das terras e a existência de problemas fitossanitários. Os problemas fitossanitários têm apresentado uma tendência de crescimento, aumentando não só a sua prevalência como também a diversidade de problemas fitossanitários que vão sendo detetados, em resultado do aumento do comércio intracomunitário e internacional, de espécimes e de produtos e subprodutos florestais, e do aumento da própria circulação de pessoas. Estes problemas constituem uma séria ameaça à sanidade florestal e acarretam consequências potencialmente nefastas para a sustentabilidade das fileiras florestais e para a sua gestão. Além das pragas de quarentena, objeto de planos e relatórios próprios disponíveis em existem outros organismos que, apesar de não serem classificados como sendo de quarentena, apresentam potencial para provocar prejuízos económicos e ambientais significativos, como o fungo Chalara fraxínea ou os insetos Dryocosmus kuriphilus, Gonipterus platensis e Thaumastocoris peregrinus, devendo poor isso ser sujeitos a ações de monitorização que permitam identificar novas introduções ou acompanhar a evolução das pragas já instaladas. Apresentam-se pois, neste relatório, os principais resultados obtidos durante o ano de 2017, relacionados com as ações de prospeção e monitorização direcionadas para os organismos que não são de quarentena nem são objeto de cofinanciamento comunitário. Página 1 de 15
5 2. PROSPEÇÃO, MONITORIZAÇÃO E CONTROLO DE ORGANISMOS BIÓTICOS NOCIVOS DE NÃO QUARENTENA Para além das pragas classificadas como sendo de quarentena e cofinanciadas pela Comissão Europeia (CE), existem outras pragas que, pelo seu potencial para induzir danos e acarretar a ocorrência de prejuízos económicos e ambientais ainda assim consideráveis, devem ser sujeitas a ações de prospeção e monitorização. A escolha das pragas a prospetar e acompanhar considerou: a importância das espécies hospedeiras para a floresta portuguesa e para a economia nacional e/ou regional; a presença de hospedeiros; a situação em Portugal no que se refere à presença das pragas. Os ABN não financiados prospetados em 2017 foram os seguintes: Chalara fraxinea; Dryocosmus kuriphilus; Gonipterus platensis e Thaumastocoris peregrinus Chalara fraxinea O fungo Chalara fraxinea, mais recentemente denominado Hymenoscyphus fraxineus, é um fungo que se pensa ser originário do continente asiático e que está presente na Europa desde a década de 90, tendo sido inicialmente detetado no norte e centro do continente. Atualmente pode ser encontrado em diversos países da UE, nomeadamente Alemanha, Áustria, Dinamarca, Eslovénia, França, Hungria, Itália, Noruega, Polónia, Reino Unido, República Checa, Suécia e Suíça, não estando presente no território nacional. Este fungo é considerado uma praga nas florestas de espécies do género Fraxinus, afetando sobretudo tecidos vegetais de indivíduos das espécies Fraxinus excelsior e Fraxinus angustifolia com idade entre os 5 e os 30 anos, podendo demorar quatro anos entre o momento em que ocorre a inoculação e o surgimento das apotecas. Considerando o seu potencial para provocar mortalidade significativa de indivíduos do género Fraxinus, o fungo foi incluído na Lista de Alerta da Organização Europeia e do Mediterrâneo para a Proteção das Plantas (EPPO) em Contudo, considerando que durante um período superior a 3 anos não foi necessário executar Página 2 de 15
6 nenhuma ação internacional especial pelos países-membros da EPPO relativamente ao fungo, este foi removido da Lista de Alerta em Apesar do fungo não se encontrar em Portugal tem um plano de contingência elaborado, em vigor até 2020, pelo que se considera fundamental e adequado proceder à implementação de medidas preventivas com vista a minimizar o risco da sua entrada no território nacional e que, no caso da sua deteção precoce, permitam a execução de ações de erradicação atempadas e eficazes, uma vez que as várias espécies de freixo existentes em Portugal desempenham um importante papel ao nível paisagístico e ambiental, pela vasta distribuição que apresentam, sobretudo ao longo das zonas ripícolas. O principal veículo de entrada deste fungo no espaço europeu, e principal fator conducente à sua disseminação, poderá ser o comércio de madeiras e de plantas comercializadas a partir de viveiros onde o fungo esteja presente. A nível local os ascósporos poderão também ser disseminados pela ação do vento e da chuva, sob condições atmosféricas de humidade. Os sintomas mais comummente associados a esta praga são a presença de frutificações, a descoloração interna da madeira, a presença de necroses no tronco sem exsudações e com forma alongada e angular, possivelmente em forma de diamante, pecíolos com coloração castanho-clara, morte dos folíolos, começando geralmente pela ponta, ramos secos, murchidão das folhas, que poderão permanecer agarradas aos ramos mesmo após estarem secas e pequenas necroses circulares nas folhas, que não afetam todos os folíolos Dryocosmus kuriphilus O inseto Dryocosmus kuriphilus é uma espécie originária da Ásia (China) e vulgarmente conhecido por vespa-das-galhas-do-castanheiro. Este inseto ataca vegetais do género Castanea, sendo as espécies Castanea dentata, Castanea crenata, Castanea mollissima, Castanea sativa e os seus híbridos particularmente sensíveis a esta praga, podendo esta diminuir drasticamente a produção e a qualidade da castanha e conduzir ao declínio dos castanheiros. A dispersão deste inseto ocorreu inicialmente a outros países asiáticos, designadamente Japão, Coreia e Nepal, e posteriormente à América do Norte (Estados Unidos da América) e à Europa, onde foi pela primeira vez detetado em Itália, no ano de Posteriormente foi já detetado em França, Eslovénia, República Checa, Hungria, Croácia, Espanha e mais recentemente em Portugal Continental e ilha da Madeira (2014) e na Alemanha. Este inseto faz parte da Lista A2 da OEPP e embora não constasse dos anexos da Diretiva (CE) 2000/29/CE, do Conselho, de 8 de maio aquando da sua 1ª deteção na União Europeia, uma Página 3 de 15
7 avaliação de risco da praga (ARP), realizada em 2003, demonstrou tratar-se de um dos organismos nocivos mais perigosos para as espécies do género Castanea, sendo atualmente considerado uma das pragas mais prejudiciais para os castanheiros em todo o mundo e, particularmente, na região mediterrânica. O principal sintoma aliado à presença deste inseto é a presença de galhas de cor verde-clara nos gomos e folhas de indivíduos do género Castanea que aparecem a partir de meados de abril. Posteriormente a coloração das galhas passa a rosada, podendo atingir dimensões entre 5 e 20 mm. A formação de galhas prejudica o normal desenvolvimento vegetativo pelo que a diminuição do crescimento dos ramos e da formação dos frutos são também sintomas associados. A dispersão desta praga ocorre através do voo das fêmeas adultas, a partir de meados de maio, por ação do vento ou pela circulação de material infetado, possibilidade agravada pelo facto de não ser possível detetar nenhum sintoma por simples observação visual entre a altura da postura e o desenvolvimento larvar Gonipterus platensis O inseto Gonipterus platensis, também designado por gorgulho-do-eucalipto, é uma praga que ataca hospedeiros pertencentes ao género Eucalyptus e é originário da Oceânia mas encontrase atualmente disseminado à escala global, podendo ser encontrado nos 5 continentes. No que concerne o continente europeu, este inseto está presente em Espanha, França, Itália e Portugal, existindo em território nacional desde 2003, acompanhando a distribuição do eucalipto e incidindo sobretudo em zonas montanhosas localizadas a altitudes superiores a 500 m. Este inseto é responsável por danos em povoamentos de eucaliptos, sobretudo em povoamentos com idade compreendida entre 2 e 4 anos, visto que este inseto desfolhador se alimenta preferencialmente de folhas adultas recém-formadas. Embora o gorgulho-doeucalipto não seja um organismo de quarentena, e como tal não esteja sujeito aos requisitos impostos pelo regime fitossanitário (Decreto-lei n.º 154/2005, de 6 de setembro, alterado e republicado pelo Decreto-lei n.º 243/2009, de 17 de setembro, com a última redação dada pelo Decreto-lei n.º 170/2014, de 7 de novembro), pode ter impactes económicos bastante negativos no setor. Os principais sintomas da presença do inseto são folhas com margens dentadas, trilhos de alimentação nas folhas, presença de posturas negras nas folhas e a desfolha da copa, sendo particularmente evidentes no terço superior da copa, onde se encontram os novos rebentos. Página 4 de 15
8 Em caso de desfolhas intensas e sucessivas as árvores apresentam redução considerável no seu crescimento, podendo ocorrer perda total da madeira utilizável e a morte da árvore Thaumastocoris peregrinus O inseto Thaumastocoris peregrinus alimenta-se do conteúdo das células de folhas de árvores pertencentes ao género Eucalyptus e do género Corymbia, sendo contudo vulgarmente considerado um sugador de seiva. Esta praga é proveniente da Austrália mas pode também ser encontrada em muitos outros locais de África (2003), América do Sul (2005), Europa (2011), na Nova Zelândia (2012) e em Israel (2015), onde é responsável pela diminuição drástica da produtividade dos povoamentos afetados, acarretando consequências negativas para a economia do setor florestal. O inseto foi por isso incluído na Lista de Alerta da OEPP em 2012, após a 1ª deteção na Europa, em Itália em 2011, mas foi posteriormente removido da lista em Pensa-se que as principais vias de dispersão deste inseto são o vento e a ação humana dado que as primeiras deteções têm ocorridos em árvores pertencentes às espécies hospedeiras localizadas nas imediações das principais vias de comunicação. O facto do inseto se movimentar de forma rápida para objetos colocados no seu caminho sugere que este também se poderá dispersar através de outros vetores, especialmente aves. O principal sintoma associado à presença de Thaumastocoris peregrinus traduz-se no aparecimento de tonalidades amareladas, acinzentadas, bronzeadas ou avermelhadas nas copas das árvores infestadas, variando em função da árvore hospedeira, razão pela qual este inseto é vulgarmente conhecido por Percevejo-do-bronzeamento. Adicionalmente a presença desta praga pode causar a seca e queda das folhas. Dado que estes insetos apresentam comportamento gregário, pode também observar-se grande quantidade de adultos e/ou ninfas nas folhas, que ao sentirem qualquer perturbação se deslocam rapidamente e de forma aparentemente errática ao longo dos ramos. Página 5 de 15
9 3. OPERACIONALIZAÇÃO DA PROSPEÇÃO Tal como sucede na preparação da operacionalização da prospeção das pragas de quarentena, também estas pragas foram consideradas nas ações de formação destinadas aos inspetores fitossanitários, técnicos e vigilantes da natureza e onde são focados aspetos relacionados com o ciclo de vida, potenciais hospedeiros, sinais e sintomas a observar e procedimentos a seguir na prospeção de cada um dos insetos. A informação base disponibilizada durante as referidas ações pode ser consultada em Durante o ano de 2017 foram realizadas 3 ações de formação subordinadas ao tema Prospeção de agentes bióticos nocivos 2017, que decorreram em Coimbra, Vila Real e Setúbal e que contaram com a presença de 43 inspetores fitossanitários, técnicos e vigilantes da natureza. A realização das ações de prospeção direcionadas para os agentes bióticos nocivos contemplados no presente relatório contou com a participação de 50 inspetores fitossanitários, técnicos e vigilantes da natureza, conforme consta no quadro 1. Quadro 1 - Recursos humanos envolvidos na prospeção dos agentes bióticos nocivos previstos neste relatório, em NÚMERO Região Inspetores fitossanitários Vigilantes da Natureza Norte 5 2 Centro 4 28 LVT 3 2 Alentejo 5 0 Algarve 1 0 TOTAL A coordenação das ações previstas no âmbito da prospeção e o registo e síntese da informação reunida pelos serviços regionais do ICNF, I.P. contou com o envolvimento de 3 técnicos dos serviços centrais (DFFAP). Página 6 de 15
10 4. RESULTADOS O presente relatório reporta a informação resultante do apuramento dos dados obtidos em resultado da realização das ações de prospeção previstas para o ano de 2017, aplicáveis ao conjunto dos organismos que não sendo de quarentena nem objeto de qualquer cofinanciamento merecem atenção em função dos danos e prejuízos que a sua presença poderá originar. As ações de prospeção assentaram na observação visual de sinais e sintomas em locais escolhidos pelos inspetores fitossanitários e vigilantes da natureza, em função do conhecimento relativo à real ocupação do solo e das espécies hospedeiras aplicáveis a cada organismo. Para os fornecedores de MFR, a prospeção foi feita em função da existência de espécies hospedeiras no momento das visitas de inspeção efetuadas. A realização assimétrica da prospeção dos organismos em causa pelo território continental está relacionada com a distribuição das espécies hospedeiras, a existência de locais de maior risco (fornecedores de MFR e pontos de entrada ou de destino) Chalara fraxinea A prospeção direcionada para este organismo desenvolveu-se em povoamentos de árvores do género Fraxinus, visto ser este o único género de hospedeiro afetado por esta praga. Foram ainda desenvolvidas ações de prospeção em fornecedores de MFR que continham plantas deste género nas suas instalações aquando das visitas. Considerando a informação disponível, os hospedeiros preferenciais desta espécie e a sua presença em Portugal, a prospeção incidiu nas 5 regiões que compõem Portugal, sendo contudo de notar que incidiu sobretudo na região Centro, onde foram realizadas cerca de 43% do total das ações de prospeção realizadas. Este facto ficará a dever-se à presença de mais espécies hospedeiras nesta região, tanto em fornecedores de MFR como em árvores adultas. (figura 1). O número de locais prospetados suplantou largamente os 40 locais inicialmente definidos, com a região Centro a impulsionar fortemente o número de locais observados (figura 2). Das observações realizadas não se registou a ocorrência de sintomas ou sinais que indicassem a presença do fungo. Página 7 de 15
11 Figura 1 Concelhos onde foi realizada prospeção de Chalara fraxinea entre 2015 e 2017 Página 8 de 15
12 Chalara fraxinea N.º Observações Norte Centro 14 9 LVT Alentejo Algarve Total P 2017 E 2016 E 2017 Figura 2 Prospeção prevista (P) e executada (E) para deteção de Chalara fraxinea em Dryocosmus kuriphilus As ações de prospeção efetuadas com o objetivo de acompanhar a população de Dryocosmus kuriphilus incidiram sobre áreas arborizadas com indivíduos do género Castanea e sobre os fornecedores de MFR que produzem ou comercializam plantas de espécies deste género, visto ser a espécie hospedeira do organismo em causa. Tal como se pode observar na figura 3, a prospeção incidiu em quatro das 5 regiões nacionais, tendo a execução global ficado aquém da meta inicialmente prevista, tal como se pode observar na figura 4. Durante 2017 foram abrangidos pela prospeção desta praga 32 concelhos, mais do dobro dos concelhos prospetados no ano anterior. Página 9 de 15
13 Figura 3- Concelhos onde foi realizada prospeção prospeção de Agrilus planipennis em 2015 e Página 10 de 15
14 Dryocosmus kuriphilus N.º Observações P 2017 E 2016 E Norte Centro LVT Alentejo Algarve Total Figura 4- Prospeção prevista (P) e executada (E) para deteção de Dryocosmus kuriphilus em Gonipterus platensis As ações previstas e executadas, durante o ano de 2017, com o objetivo de monitorizar a população do inseto Gonipterus platensis no território continental português foram realizadas em povoamentos de plantas pertencentes ao género Eucalyptus spp., já que constituem o universo dos potenciais hospedeiros desta praga. Apesar de ter sido previsto prospetar 284 locais, apenas foram realizadas ações de prospeção em 185 locais, estando a maioria localizados nas regiões Norte e Centro. Considerando a dispersão generalizada de árvores destas espécies em Portugal foram também prospetados locais nas restantes regiões (figura 5). Como referido, verificou-se que, apesar da vasta dispersão de espécies hospedeiras, se registou um número de locais prospetados consideravelmente inferior aos 284 inicialmente programados (figura 6). Esta situação deverse-á ao facto duma parte considerável dos povoamentos de eucaliptos ser acompanhada de perto pelas empresas do setor florestal que desenvolvem a sua atividade com base nesta matéria-prima, fazendo com que não seja o ICNF a única entidade em campo. Também a escassez de recursos humanos do ICNF contribui para a alocação dos recursos para a prospeção de outras pragas que não disponham de outros agentes do setor interessados e ativos nas ações de prospeção. Página 11 de 15
15 Figura 5 - Concelhos onde foi realizada prospeção de Gonipterus platensis, em Gonipterus platensis 284 N.º Observações Norte Centro LVT Alentejo 4 7 Algarve 185 Total P 2017 E 2017 Figura 6 - Prospeção prevista (P) e executada (E) para deteção de Gonipterus platensis, em Página 12 de 15
16 4.4. Thaumastocoris peregrinus A prospeção direcionada para esta praga incidiu em povoamentos de eucaliptos e em fornecedores de MFR que produziam e/ou comercializam plantas destas espécies. As ações de prospeção consistiram em observações visuais com o intuito de detetar sinais e sintomas que pudessem indicar a presença desta praga na nossa floresta. A prospeção desenvolveu-se na generalidade do território continental devido à disseminação generalizada de povoamentos de eucaliptos em Portugal continental (figura 7). Apesar de ter aumentado o número de locais visitados e de ter sido também prospetado um maior número de concelhos, face a 2016, o número de locais sujeitos a ações de prospeção ficou aquém do valor inicialmente definido (figura 8). Este facto será devido à conjunção do factor escassez de recursos humanos disponíveis para realizar estas ações associado ao facto da população de eucaliptos ser também seguida de perto por empresas do sector florestal, que sustentam a sua atividade na utilização da madeira de eucaliptos. Figura 7 - Concelhos onde foi realizada prospeção de Thaumastocoris peregrinus, entre 2015 e Página 13 de 15
17 Thaumastocoris peregrinus N.º Observações Norte Centro LVT Alentejo Algarve Total P 2017 E 2016 E 2017 Figura 8 - Prospeção prevista (P) e executada (E) em povoamentos para deteção de Thaumastocoris peregrinus em Página 14 de 15
18 5. CONCLUSÃO Uma constante e correta aplicação de atividades de prospeção e monitorização de pragas, ainda que aplicado a pragas que tipicamente acarretem consequências menos expressivas para a vitalidade dos povoamentos florestais, representa um importante e imprescindível instrumento aplicável no âmbito da fitossanidade florestal, na medida em que permite manter as populações dentro de limites que permitem minimizar a extensão dos danos e/ou prejuízos que induzem. No decorrer da implementação das ações de prospeção e monitorização previstas para 2017, foram detetados alguns constrangimentos que influenciaram a possibilidade de atingir algumas das metas inicialmente preconizadas (figura 9). Contudo destacam-se aspetos positivos que em muito contribuíram para a correta implementação dos procedimentos adequados e para os bons resultados obtidos. Aspetos positivos -Empenho e esforço dos inspetores fitossanitários, técnicos e vigilantes da natureza; -Colaboração e articulação entre serviços centrais e. Aspetos negativos -Restrições de circulação (escassez de viaturas); -Multiplicidade de tarefas atribuídas aos inspetores fitossanitários e vigilantes da natureza; -No caso dos MFR, ausência de hospedeiros no momento da visita. Figura 9 - Aspetos positivos e aspetos negativos encontrados durante a prospeção realizada em É desejável continuar o bom trabalho desenvolvido até ao momento, associando esforços acrescidos para continuar a progredir e a ultrapassar dificuldades, designadamente através duma afetação mais integral dos inspetores fitossanitários a estas atividades de inspeção e prospeção e uma melhoria no desenvolvimento dos procedimentos administrativos. Página 15 de 15
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