NEMÁTODO DA MADEIRA DO PINHEIRO Atividades realizadas no âmbito do seu controlo
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- Catarina Carreira Aquino
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1 NEMÁTODO DA MADEIRA DO PINHEIRO Atividades realizadas no âmbito do seu controlo Ações de Prospeção, Amostragem Erradicação e Sensibilização, realizadas no âmbito do Plano de Ação para Controlo do Nemátodo da Madeira do Pinheiro AUTORIDADE FLORESTAL NACIONAL 2012/Abril
2 Prospeção e Amostragem de NMP em Portugal Continental São anualmente conduzidas ações de prospeção de árvores coníferas hospedeiras do Nemátodo da Madeira do Pinheiro (NMP) com sintomas de declínio e amostragem através do estabelecimento de um plano específico de monitorização, com o objectivo de pesquisar a dispersão do NMP no território continental. Estas ações têm por base a metodologia de definição de parcelas estabelecida no âmbito do Inventário Florestal Nacional (IFN5) e são direcionadas para parcelas com ocupação florestal de resinosas. Para além desta monitorização, realizada de forma sistemática, encontram-se também definidos planos específicos de prospeção e amostragem para outros locais onde sejam detetados sintomas de declínio, para delimitação de áreas afetadas e também ao longo da fronteira terrestre com Espanha. A monitorização das parcelas de amostragem, realizada de acordo com metodologia definida pela União Europeia, recai, regra geral, em cerca de parcelas anuais, tendo vindo a ser intensificada na Zona Tampão dada a elevada sensibilidade que esta área representa. Na campanha de prospeção de 2011 foram monitorizadas parcelas, tendo sido recolhidas amostras compostas (máximo de 5 árvores por amostra), das quais 109 positivas para a presença de NMP, resultado provisório uma vez que estão ainda pendentes alguns resultados laboratoriais (Tabela I). Tabela I - Resumo dos dados de Prospeção Nacional de NMP por DRF - Campanha 2011 Direção Regional Florestas Prospetadas * Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve Total * Faltam ainda resultados relativos a cerca de 25% das amostras recolhidas Na Tabela II desagregam-se dos dados relativos às ações de prospeção e amostragem por tipo de zona, sendo que os valores relativos às análises laboratoriais das amostras recolhidas na Zona Tampão já se encontram totalmente concluídas, o que nos permite afirmar que nesta zona não existe qualquer amostra positiva de NMP. 1
3 Tabela II - Resumo dos dados de Prospeção Nacional de NMP por Zona - Campanha 2011 Tipo de Zona Prospetadas Zona Tampão Locais de Intervenção Restante Zona Total Na Tabela III são compilados dados relativos à monitorização nacional da presença de NMP desde 2008 a 2011, dados que se apresentam desagregados por ano em anexo. Tabela III - Compilação dos dados de Prospeção Nacional de NMP - Campanhas Direção Regional Florestas Prospetadas (%) Norte ,04% Centro ,67% Lisboa e Vale do Tejo ,02% Alentejo ,01% Algarve ,00% Total ,52% A localização das parcelas de monitorização de 2011 bem como os casos positivos (confirmados e em confirmação) até à presente data são apresentados na Figura 1. Os resultados das ações de prospeção de árvores com sintomas de declínio e amostragem que têm vindo a ser desenvolvidas no território continental, desde 1999 a 2011, permitiram classificar 337 freguesias como Locais de Intervenção (LI) - freguesias onde é conhecida a presença do NMP ou em que é reconhecido, pela AFN, o risco do seu estabelecimento e dispersão. Concretamente são 256 as freguesias onde foram detetados casos positivos, nove das quais identificadas como LI em 2011 e 81 as freguesias assim classificadas em 2011 por motivos precaucionários, tratando-se, designadamente, de freguesias da Zona Tampão da antiga Zona de Restrição de Setúbal e Faixa de Contenção Fitossanitária, onde a incidência de amostragem, desde 2008, não tem sido relevante dado o imperativo redireccionamento do esforço de amostragem para a zona centro. 2
4 Figura 1- Distribuição das parcelas de prospeção e amostragem de NMP, com indicação dos resultados positivos observados desde 2008 até 2011 (preliminares). 3
5 Uma análise retrospetiva da evolução do número de LI pode ser observada na Figura 2, onde é possível verificar que, pese embora o número total de freguesias classificadas como LI tenha vindo a aumentar ao longo dos anos, dado o efeito cumulativo do número de freguesias que tem vindo a ser detetado com casos positivos de NMP, nem todas são reincidentes quanto à presença de NMP. Existem aliás, casos, como o da Freguesia de Boticas, na região Norte, que apenas em 2008 foi positiva quanto à presença do NMP, permanecendo negativa nos restantes anos, sem contudo ter sido desclassificada como LI a LI sem alteração LI sem amostras Positivas Novas LI Em apuramento Figura 2- Evolução do número de Locais de Intervenção ao longo dos anos. No mapa da Figura 3, podemos observar a distribuição geográfica dos LI, tendo em conta a sua recorrência ao longo dos anos. 4
6 Figura 3 Distribuição geográfica dos LI ao longo dos anos. Note-se que as 81 freguesias da Zona Tampão da antiga Zona de Restrição de Setúbal e Faixa de Contenção Fitossanitária classificadas como LI em 2011 aparecem mapeadas em conjunto com as da anterior Zona Afetada de Setúbal, sob a designação ZR Setúbal. 5
7 Erradicação de Árvores com Declínio A identificação e eliminação de árvores com sintomas de declínio durante o ano 2011 de até à presente data está a decorrer quer pela ação do Estado (essencialmente em áreas públicas sob gestão direta da AFN e pela atuação de Organizações de Produtores Florestais (OPF) parceiras de Federações com as quais a AFN e o IFAP celebrou protocolo), quer pela atuação de privados, alguns dos quais recorrendo a apoio consagrado no âmbito do Programa de Desenvolvimento Rural do Continente. As ações desenvolvidas no âmbito do referido protocolo, celebrado entre a AFN, o IFAP e cinco Federações de Organizações de Produtores Florestais, a saber, FENAFLORESTA Federação Nacional das Cooperativas de Produtores Florestais, FNAPF - Federação Nacional das Associações de Proprietários Florestais, FORESTIS - Associação Florestal de Portugal, FÓRUM FLORESTAL Estrutura Federativa da Floresta Portuguesa e UNAC - União da Floresta Mediterrânica, contam com o envolvimento de 57 parceiros (Organizações de Produtores Florestais) de um total de 61 previstos, tendo para o efeito sido alocado (com IVA incluído). Para efeitos de operacionalização do referido protocolo foram definidas quadrículas operacionais (QO), correspondendo cada QO a 100ha onde se executam ações de identificação e eliminação de árvores com declínio com subsequente entrega do material lenhoso em destinos autorizados. Foram identificadas eliminadas cerca de 900 mil árvores, cerca de 55% das quais localizadas na Zona Tampão ( árvores), onde as ações são consideradas, pela Comissão Europeia, prioritárias (Tabela IV). Tabela IV - Resumo dos dados de identificação e eliminação de árvores com declínio - Campanha 2011/2012 6
8 Têm assim, vindo a ser realizadas ações de controlo do NMP, cuja estratégia de atuação se centra essencialmente na realização de ações de identificação e eliminação de árvores que apresentem sintomas de declínio, não só em áreas onde o NMP se encontra presente (Local de Intervenção), mas também nas áreas circunvizinhas, de modo a controlar o declínio evitar a dispersão deste organismo nocivo. Particular atenção é também direcionada para a Zona Tampão (20 km ao longo da fronteira com Espanha), dadas as orientações comunitárias, com o objectivo de monitorizar com maior intensidade e garantir a eliminação de todas as árvores com sintomas de declínio, de forma a evitar a instalação do NMP nesta região do país e evitar a dispersão para os restantes Estados-Membros (ver mapa da Figura 4.). Figura 4- Localização das áreas de intervenção onde decorrem / decorreram ações de gestão de declínio - campanha 2011/
9 Sensibilização Têm vindo a ser realizadas ações de sensibilização direcionadas para os operadores económicos, na sequência das medidas de proteção fitossanitária relacionadas com a exploração de coníferas hospedeiras e que se encontram plasmadas no Decreto Lei n.º 95/2011, de 8 de Agosto, rectificado pela Declaração de Rectificação n.º 30-A-2011, de 7 de Outubro, ações estas que contam com a participação de várias entidades públicas e privadas, designadamente a AFN, a DGAV (que sucede à DGADR nas competências de natureza fitossanitária), o INRB, a ANEFA o Centro Pinus e a AIMMP. Neste âmbito, desde Novembro de 2011 e até à presente data, foram realizadas 9 sessões de sensibilização/esclarecimento, essencialmente direcionadas para os operadores económicos que abatem, transportam e processam ou tratam material lenhoso relacionado com coníferas hospedeiras do NMP. Trata-se de um processo contínuo, que se perspectiva manter ao longo do ano 2012, designadamente ao nível da sensibilização e informação das regras e condicionalismos existentes para o transporte do material lenhoso, tendo em conta os diferentes períodos do ano, no sentido de salvaguardar a minimização do risco de dispersão do NMP, mas ainda assim permitindo a atividade de exploração florestal. 8
10 ANEXO I Prospeção e Amostragem Nacional de NMP - Resultados desagregados por ano - 9
11 Tabela Anexa - Resumo dos dados de Prospeção Nacional de NMP Campanhas desagregados por ano Direcção Regional Florestas 2008 Prospectadas Prospectadas Prospectadas Prospectadas Norte Centro Lisboa e Vale do Tejo Alentejo Algarve Total (Tabela III) - Compilação dos dados de Prospeção Nacional de NMP Campanhas Direção Regional Florestas Prospetadas (%) Norte ,04% Centro ,67% Lisboa e Vale do Tejo ,02% Alentejo ,01% Algarve ,00% Total ,52%
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