Metodologia do Treinamento Desportivo

Transcrição

1 Metodologia do Treinamento Desportivo PRINCÍPIOS DO TREINAMENTO ESPORTIVO

2 Princípios do treinamento [5] Individualidade biológica Adaptação Sobrecarga Interdependência volume / intensidade Continuidade Especificidade treinabilidade

3 Individualidade Biológica Genótipo: herança Fenótipo: aquisição

4

5 DIVERSIDADE

6 Proporção das fibras musculares Predomínio do tipo I Predomínio do tipo II

7

8 Fibra branca Sarcolema Membrana basal Miofibrilas Miofilamentos Actina e miosina Bandas H, M, I e A Linhas Z Sarcómero Célula satélite Prof. Ms. Victor A. F. Tarini 8

9 Fibra vermelha Miofibrilas Mitocôndrias Depósitos de lípidos Retículo sarcoplasmático Túbulos T Cisternas terminais Capilares Prof. Ms. Victor A. F. Tarini 9

10 ph 4.3 ph 4.6 ph 10.3 Tipo I Tipo IIa Tipo IIb Coloração da Miosina ATPase com pré-incubação a ph=4.3 (A) e 4.6 (B) Prof. Ms. Victor A. F. Tarini 10

11 Histoquímica ATPase Tipo IIa Tipo IIb Tipo I Prof. Ms. Victor A. F. Tarini 11

12 Pense: Nos jogos olímpicos de Beijing 2008, observamos a quebra de muitos recordes. Os que mais chamaram a atenção foram durante as provas de velocidade. Tanto na água quanto na pista. Qual característica Genética se relaciona com o alto rendimento em provas de velocidade?

13 Atividade: Pesquisar sobre os avanços das pesquisas em genética aplicada ao esporte de alto rendimento.

14 Adaptação Quebra da Homeostase Desorganizar as estruturas por intermédio de estímulos físicos para que o organismo, ao restaurar estas estruturas, promova uma compensação na tentativa de prevenir danos futuros.

15 SAG Reação de Alarme Assemelha-se a Reação de Emergência de Cannon. Caracteriza-se por aumento da freqüência cardíaca, respiratória e pressão arterial, pelo aumento da concentração de glóbulos vermelhos, brancos e de glicose no sangue, dilatação dos brônquios e das pupilas e ansiedade. Fase de Resistência Caso a agente estressor mantenha sua ação, há um aumento da córtex da supra-renal, atrofia de algumas estruturas relacionadas à produção de células do sangue, ulcerações do aparelho digestivo, irritabilidade, insônia, mudanças de humor. Fase de Exaustão A terceira fase representa muitas vezes a falha dos mecanismos de adaptação; há um retorno à fase de Alarme, parcial e breve, e posteriormente entra-se em esgotamento por sobrecarga fisiológica podendo levar até a morte do organismo.

16

17

18

19 Sobrecarga Para que haja progresso, o estímulo seguinte não deve ser inferior ao estímulo anterior Relação volume/ intensidade

20

21

22 Interdependência volume / intensidade O que é volume? O que é intensidade?

23 Interdependência Volume / intensidade com exercícios resistidos Volume Nº de exercícios; Nº de séries; Nº de repetições; intensidade Velocidade de execussão; Peso; Intervalo de recuperação;

24 Interdependência Volume / intensidade com corrida Volume Distância Intensidade Tempo; Velocidade;

25 Continuidade (frequência) Para que as adaptações adquiridas com o treinamento se perpetuem, é necessário que uma seqüência de estímulos seja mantida. Os períodos de recuperação entre sessões de treinamento não devem ultrapassar 48 hs.

26

27 Especificidade Os gestos treinados devem se aproximar ao máximo daqueles que desejamos aprimorar. Transferência positiva e negativa

28 ???? Pense: Será que a hiprtrofia pode atrapalhar O desempenho em atividades aeróbias como Correr, nadar ou andar de bicicleta?

29 Unidade motora

30 Engrama Para se criar um padrão de movimento automatizado, é necessário que se repita o movimento desejado alguns milhões de vezes!

31 Aptidão Física Estrutura complexa de capacidades que difere de indivíduo para indivíduo ambas em magnitude e direção. A aptidão é diferenciada em aptidão geral, específica e especial. Ela é vista pela maioria como predominantemente genética, mas as influências ambientais são responsáveis pelo nível e qualidade de aptidão de um indivíduo [3]

32 Metodologia do Treinamento Desportivo Capacidades biomotoras

33 CAPACIDADES BIOMOTORAS FORÇA VELOCIDADE RESISTÊNCIA EQUILÍBRIO FLEXIBILIDADE

34 CAPACIDADES BIOMOTORAS A capacidade de um indivíduo executar um exercício é a causa e o movimento em si, é apenas o efeito. -O que o atleta requer, portanto, é a capacidade de controlar a causa para conseguir um efeito bem sucedido.

35 CAPACIDADES BIOMOTORAS Interdependência das capacidades motoras FORÇA RESISTÊNCIA VELOCIDADE COORDENAÇÃO FLEXIBILIDADE RESISTÊNCIA MUSCULAR RESITÊNCIA DE VELOCIDADE AGILIDADE MOBILIDADE POTÊNCIA FORÇA MÁXIMA RESITÊNCIA ANAERÓBIA RESISTÊNCIA AERÓBIA VELOCIDADE MÁXIMA COORDENAÇÃO PERFIETA AMPLITUDE TOTAL DE MOVIMENTO

36 Cada exercício possui uma capacidade dominante, quando o atleta maximiza a carga, trata-se de um exercício de força.

37 Quando maximiza a rapidez e freqüência de um exercício, trata-se de um exercício de velocidade.

38 Quando se maximiza a distância, a duração, ou o nº de repetições, realiza-se um exercício de resistência.

39 Quando um exercício requer um alto grau de complexidade, trata-se de um exercício de coordenação

40 A coordenação se faz presente também em exercícios de equilíbrio

41 ESPECIFICIDADE NO DESENVOLVIMENTO DAS CAPACIDADES BIOMOTORAS O desenvolvimento de uma capacidade biomotora específica pode se transferir positiva ou negativamente para as demais capacidades

42 TRANSFERÊNCIA NEGATIVA *Quando se treina força máxima pode ocorrer queda de rendimento aeróbio!

43 TRANSFERÊNCIA POSITIVA * O treino de potência melhora indiretamente a velocidade máxima bem como a agilidade!

44 COMPOSIÇÃO DOMINANTE ENTRE AS CAPACIDADES BIOMOTORAS PARA ALGUNS DESPORTOS F F F LP V L LUTA R V M MARATONA R V LEVANTAMENTO DE PESO R Relacionamento entre as principais capacidades biomotoras, No qual força (F), velocidade (V) e resistência ; Florescu et al; 1969

45 FORÇA -CURVA DE VELOCIDADE FORÇA (adaptado por Ralston e colaboradores, 1949) LEVANTAMENTO DE PESO ARREMESSO DE PESO LANÇAMENTO NO BEISEBOL MOVIMENTOS LIVRES DE BRAÇOS VELOCIDADE

46 FORÇA É a capacidade de se opor ou mesmo vencer uma dada resistência

47 Como aprimorar a força?

48 Período pré-treinamento [2] Aprendizado dos gestos Após 1 mês, determinação de 1-RM por método indireto Elaboração do programa de exercícios com base em valores percentuais de 1-RM

49

50 Influência sobre o aumento da massa muscular nº de repetições Influência do número de repetições sobre o desenvolvimento da massa muscular (Modificado de Cometti, 1988)

51 RAMPLIKE RECRUITMENT OF FIBERS

52 TYPES OF MUSCLE ACTION

53 DeLorme e Watkins (1951) introduziram o conceito da repetition maximum, conhecida por 1RM. Vários autores sugerem que somente com estímulos de uma certa duração (8 a 12), com intensidade média (40-60%) de 1RM em pessoas não treinadas; e de 60-80% de 1RM em pessoas treinadas é que ocorre um aumento da secção transversal do músculo. O treinamento de força promove um aumento significativo nas fibras do tipo II, o mesmo não acontecendo com as fibras do tipo I (MacDougall et al., 1979; Hakkinen et al., 1985; Staron et al., 1991; Staron & Hikida, 1992; Tan, 1999).

54 Fisiologicamente... A lesão muscular é estímulo necessário para promover a hipertrofia muscular. Como ocorre este fenômeno???

55 Os exercícios de alta intensidade podem Micro-lesões nas fibras musculares ao nível das linhas Z ; Ruptura no sarcolema e nos retículos sarcoplasmáticos; Influxo e Ca+ nas mitocôndrias; Apoptose Extravasamento dos constituintes celulares; Processo inflamatório gerar...

56 Regeneração Muscular Esquelética Células satélites macrófago necrose Múltipla ativação De células satélites Ativação de células satélites Alinhamento e diferenciação Em mioblástos Síntese protéica Retorno ao estado quiecente

57 De que forma atingimos maior recrutamento motor? Utilizando cargas elevadas Explorando a fase excêntrica do movimento

58 MUSCLE LENGTH vs FORCE PRODUCTION

59 Esteróides Força Hipertrofia Tempo Ajustes neuromusculares ao treinamento de força. (Sale, 1988)

60 Métodos para mensuração da área de secção transversa in vivo Ultra-sonografia Tomografia computadorizada Ressonância magnética de imagem No passado as informações sobre a arquitetura muscular eram derivadas de estudos feitos com cadáveres.

61

62 Potencial risco deste tipo de trabalho : DMIT- Dor muscular de início tardio [12]

63 Etiologia da dor muscular de início tardio A tensão elevada resulta em lesão estrutural da membrana; Influxo de ions cálcio do interstício para dentro da fibra muscular; A mitocôndria acumula ions Ca ++ em seu interior, que inibem a respiração celular e a produção de energia;

64 Etiologia da dor muscular de início tardio Sem energia, a célula é incapaz de se livrar do Ca++ ativamente; A ação das proteases e fosfolipases resulta na degradação das miofibrilas; A difusão destes conteúdos para o plasma deflagraria a ação de macrófagos

65

66 Resposta inflamatória

67 DMIT Dano Muscular de Início Tardio Tomiya et al. Myofibers Express IL-6 After Eccentric Exercise. The American Journal of Sports Medicine Vol. 32, No. 2, 2004.

68 Já estão craques em exercício?

69 sono?

70 FIM