Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 6 Imputação Objetiva

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1 Direito Penal Parte VIII Teoria do Delito Item 6 Imputação Objetiva

2 1. Antecedentes Históricos Da Teoria da Imputação Objetiva (TIO)

3 Breve Histórico da TIO Aristóteles Delimitou o conceito de imputação a partir da ética e com conteúdo partilhado com o domínio do fato Atua-se voluntariamente porque o princípio do movimento dos membros instrumentais em condutas desta classe está em quem as executa e, se esse princípio está em quem as executa, também está nas mão deste o agir ou não. (Miguel Rueda Martins) O resultado de uma conduta é atribuído ao agente se ela estiver sob o domínio de sua livre determinação de atuar

4 Breve Histórico da TIO Pufendorf Conceito centrado na consciência e vontade O homem é ser dotado de razão e livre para decidir, e por isso tem potencial para conduzir sua vida e determinar suas condutas, podendo decidir o que fazer ou não Atribui responsabilidade somente às condutas causadas voluntariamente, eliminando os casos fortuitos

5 Breve Histórico da TIO Richard Martin Honig Introduziu os conceitos no Direito Penal Reconhecia a insuficiência da teoria da causalidade para considerar o resultado como consequência da conduta do sujeito, porque o real significado dessa relação somente seria constatado com fulcro em critérios jurídicos

6 Breve Histórico da TIO Richard Martin Honig O resultado típico tem por pressuposto uma vontade final, i. e., a conduta humana é manifestação da vontade, sendo imputável o resultado que pode ser concebido como disposto finalmente O conteúdo dessa finalidade é compreendido e valorado por meio de significado objetivo, ou seja, a possibilidade objetiva de pretender (perseguibilidade objetiva) O que estiver fora do alcance dessa finalidade é considerado caso fortuito

7 2. A Moderna TIO A TIO de Claus Roxin

8 A TIO de Claus Roxin Claus Roxin fundamentou sua construção em um ponto de contato com Honig, qual seja, a relação entre a conduta e o resultado não é descrita adequadamente com os conceitos de causalidade. Requer-se, adicionalmente que, a relação de causalidade comprovada também satisfaça as exigências normativas particulares que resultam do respectivo tipo de delito e da teoria geral do injusto. (Claus Roxin). Não é suficiente a redução do ilícito dos delitos de resultado à causalidade, porque esta não é a única condição para imputação de um resultado à conduta humana, mas somente uma delas. A TIO, então, representa a adoção de um parâmetro de avaliação mais restrito e um expediente válido para resolver os problemas que derivam da chamada equivalência de antecedentes próprios do causal-naturalismo (Andrea Castaldo).

9 A TIO de Claus Roxin Decisiva é, para a imputação do resultado, a relação de causalidade relevante para o direito penal (relação de causalidade típica). Para tanto, é necessária análise normativa da conduta que foi praticada e dos resultados derivados, de forma a vetar que qualquer fato causal seja considerado objetivamente típico. Análise prescinde de qualquer recurso ao tipo subjetivo, fortalecendo o tipo objetivo.

10 Conceito e Pressupostos de TIO Um resultado causado pelo agente só pode ser imputado ao tipo objetivo se a conduta do autor criou um perigo para o bem jurídico não coberto pelo risco permitido e esse perigo também foi realizado no resultado concreto. A TIO, então, pressupõe: Criação de um risco proibido; Realização desse risco no resultado concreto; Abrangência desse risco pelo tipo penal.

11 Criação do Risco Juridicamente Proibido Um resultado causado pelo agente apenas se pode imputar ao tipo objetivo se a sua conduta criou um perigo para o bem jurídico não coberto por um risco permitido. (Claus Roxin). Significa dizer que a imputação fica excluída nos casos de diminuição de risco, quando falte criação de perigo e nos casos de risco permitido.

12 Criação do Risco Juridicamente Proibido A exclusão da imputação em caso de diminuição do risco Os casos em que o comportamento do agente não agrava, e sim diminui ou atenua um risco que recai sobre o ofendido excluem a imputação. Se o agente modifica um curso causal de tal maneira que diminui o perigo já existente à vítima e, portanto, melhora a situação do objeto de ação. (Claus Roxin). Ex.: A percebe que B será atingido por um automóvel e o empurra, atirando-o ao solo, causando lesões leves. Se B fosse atropelado, com certeza as leões seriam mais graves, portanto, a conduta de A diminuiu o risco de resultado mais danoso. Situação distinta seria a substituição de um risco por outro, como o caso do empurrão de A causar lesões gravíssimas a B. Nesses casos, não se exclui a imputação ao tipo objetivo (embora se possa falar em estado de necessidade).

13 Criação do Risco Juridicamente Proibido A exclusão da imputação em caso de ausência de criação de perigo ou risco juridicamente relevante Não há imputação ao tipo objetivo se a conduta do autor não elevou de modo juridicamente considerável o risco ao bem jurídico. Ex.: Se ocorre um choque de cabeças entre A e B quando buscavam a melhor posição em campo, lesionando-se B gravemente, esse resultado não pode ser imputado ao outro atleta, pois decorre de lance normal de jogo. O mesmo ocorre se o perigo já existente não sofre incremento mensurável. Ex.: A incentiva B, experientes alpinistas, a escalar uma montanha em virtude das condições dos ventos amplamente favoráveis, vindo B a falecer, A não aumentou o risco geral da vida do alpinista B. Situação distinta seria se A incentivasse a escalada sabendo das intempéries climáticas e dos elevados índices de morte naquela montanha.

14 Prognose Póstuma Objetiva É o critério para se identificar a criação de um risco proibido

15 Prognose, porque é um juízo formulado de uma perspectiva ex ante, levando em conta apenas dados conhecidos no momento da prática da ação. Objetiva, porque a prognose parte dos dados conhecidos por um observador objetivo, por um homem prudente, cuidadoso e não apenas por um homem médio pertencente ao círculo social em que se encontra o autor. Póstuma, porque, apesar de tomar em consideração apenas os fatos conhecidos pelo homem prudente no momento da prática da ação, a prognose não deixa de ser realizada pelo juiz, ou seja, depois da prática do fato. Luis Greco

16 Criação do Risco Juridicamente Proibido A exclusão da imputação em caso de criação de risco permitido Nas hipóteses...em que o autor criou um risco juridicamente relevante, a imputação é excluída, sem embargo, quando se tratar de risco permitido. (Claus Roxin). Risco permitido deve ser entendido como uma...conduta que cria um risco juridicamente relevante, risco esse que é em geral independentemente do caso concreto permitido e, por isso, diferentemente das causas de justificação, exclui a imputação ao tipo objetivo. (Claus Roxin). Ex.: tráfego viário, funcionamento das instalações industriais, ferrovias, etc.

17 Realização do Risco não Permitido A criação de um risco não permitido é o primeiro desvalor do injusto, mas não o único, pois também deve estar presente o desvalor do resultado. Exige-se, assim, que decorra a realização do risco desaprovado. Resta excluída a imputação ao tipo objetivo quando ausente a realização do perigo, nos casos de não realização do risco proibido e nas hipóteses de resultados não compreendidos no âmbito de proteção da norma de cuidado.

18 Realização do Risco não Permitido A exclusão da imputação no caso de ausência de realização do perigo...fica excluída a imputação quando, ainda que o autor haja criado um risco para o bem jurídico tutelado, o resultado não é consequência desse perigo, senão fruto do acaso. (Claus Roxin). Ex.: os já estudados da pessoa que leva um tiro e morre em razão de incêndio no hospital ou acidente na ambulância. Embora o autor tenha criado perigo para o bem jurídico vida, esse perigo não se realizou, pois a morte decorreu do incêndio ou colisão.

19 Realização do Risco não Permitido A exclusão da imputação no caso de não realização do risco proibido...em face do risco não permitido, a imputação do resultado depende, ademais, de que nele se realize precisamente o risco não permitido (Claus Roxin). Ex.: A acerta um golpe proibido pelo regulamento do boxe em B, seu oponente, fraturando seu osso nasal. Demonstra-se, porém, que o resultado lesivo decorreria também no caso de um golpe permitido aplicado com a mesma força. Embora o golpe vedado crie um risco proibido, a violação do dever superadora do risco permitido chega a ser causa do resultado, porém o risco deste ocorrer não foi aumentado pela violação. (Claus Roxin). Se lhe imputássemos ainda o resultado, estaria sendo punido por violar um dever cujo comprimento seria inútil. (Claus Roxin).

20 Realização do Risco não Permitido A exclusão da imputação no caso de resultados não compreendidos no âmbito de proteção da norma...a realização do risco não permitido não representa um acontecimento meramente fático, porém depende do âmbito de proteção da norma de cuidado, delimitadora do risco permitido. (Claus Roxin). Ex.: A, na estrada, inicia ultrapassagem do veículo B, sendo que, no decurso da manobra, B, sem reparar na ultrapassagem, vira à esquerda e embate com o veículo que já se encontrava na outra faixa de rolamento. Da colisão, resultou a morte de C, acompanhante de B. A foi acusado da prática de homicídio culposo porque, ao realizar a ultrapassagem, seguida a 80 km/h quando a velocidade era de 50 km/h. Jorge de Figueiredo Dias esclarece que o tribunal português...considerou que o limite de velocidade se relacionava a um sinal de aproximação de travessia de pedestres e que o acidente nada teve a ver com a travessia..

21 Correspondência entre os juízos ex ante e ex post O bem jurídico agredido e a forma como ele foi desprotegido na hipótese (juízo ex post) correspondam ao bem jurídico que a norma protege em abstrato e à justificativa de sua proteção (juízo ex ante)

22 Realização do Risco não Permitido A exclusão da imputação no caso de resultados não compreendidos no âmbito de proteção da norma Ex.: A acusado do homicídio de C, passageiro do carro conduzido por B, em razão de ultrapassagem acima do limite de velocidade. O que se verifica ex post é que o bem jurídico atingindo (vida do passageiro do veículo) diverge do que a norma de cuidado visava proteger de acidentes (vida dos pedestres que realizam a travessia). Caso distinto seria se próximo a um asilo se proibisse de trafegar em velocidade excessiva e, um dia, A dirige acima do limite permitido e atropela B, jovem que entregava jornais em sua bicicleta. A circunstância de não ser idoso não afasta a proteção. O que ocorreu ex post satisfaz aquilo que ex ante justificava a proibição.

23 O Alcance do Tipo Penal Deve-se analisar, também, se o resultado está abrangido pelo tipo penal. O resultado concreto causado por uma ação deve fazer parte da norma incriminador. Se o resultado concreto não estiver no alcance do tipo penal, não há de se falar em imputação. São três os casos de exclusão de imputação pelo alcance do tipo penal: a contribuição a uma autocolocação em perigo dolosa, a heterocolocação em perigo consentida e a atribuição ao âmbito de responsabilidade alheia.

24 O Alcance do Tipo Penal A contribuição a uma autocolocação em perigo dolosa Quando o próprio agente voluntariamente se expõe aos riscos atuando individualmente, criando para si mesmo o perigo, que ele poderia evitar se assim não atuasse, não pode ser punido penalmente caso se lesione, pois o Direito Penal não pune a autolesão. Ex.: A oferece droga ao usuário B, que vem a falecer após seu consumo, responde pelo homicídio? Não se imputa a contribuição em uma autocolocação em perigo apenas se aquele que se coloca em perigo conhece o risco na mesma medida que aquele que contribuiu (BGHSt 32, 265). A vítima deve conhecer do modo suficiente os riscos.

25 E se A for pai de B? E se A for um médico que receitou a droga e B um paciente que errou a dosagem?

26 C, idoso que caminhava na praia, se lança ao mar para salvar D, experiente nadador que fingia estar se afogando. D responde pelo crime?

27 E, nadador iniciante, é levado por seu técnico até a praia, para treinar nadando contra a correnteza. Afogando-se, grita por socorro, mas seu técnico, F, não escuta por conversar com alguém. G, nadador experiente, entra no mar para salvar E, mas também morre antes de chegar até ele. F responde pelo homicídio de E e G?

28 H dispara contra I, com intenção de o matar, mas causa apenas hemorragia média. Contudo, H, por motivos religiosos, se recusa a receber transfusão de sangue, vindo a falecer. H responde pelo homicídio consumado de I?

29 O Alcance do Tipo Penal A heterocolocação em perigo consentida É necessário verificar até que ponto o tipo penal abarca situações... Em que alguém não se coloca intencionalmente em risco, porém, consciente dos riscos que corre, deixa-se pôr em perigo por ação do outro. (Claus Roxin). Ex.: A, caminheiro, transporta na caçamba aberta do caminhão alguns trabalhadores rurais, que lhe pediram carona. Em uma das curvas, um dos boiasfrias se desequilibra, cai e falece. Para exclusão da imputação é necessário: Que o dano seja consequência do risco conhecido, e não de fatores adicionais (caso o motorista estivesse acima da velocidade permitida, p. ex.); Que a vítima deva ter a mesma responsabilidade pelo fato comum que o autor, ou seja, deva conhecer suficientemente o risco.

30 A, soropositivo, é casado com B, conhecedora de sua situação. Resolve o casal manter relação sexual sem preservativo, pois desejam um filho. B descobre depois estar com HIV, falecendo de complicação da doença. A responde por homicídio?

31 O Alcance do Tipo Penal A imputação à esfera da responsabilidade alheia A imputação é excluída pelo fato de o resultado concreto não estar amparado no âmbito de proteção do tipo em razão de a responsabilidade recair em outra pessoa. Ex. 1: A dispara contra B. O médico C reanima a vítima, mas faz com que ela ingira psicotrópicos em vez do medicamento correto, pela pressa de leva-la ao hospital. B falece no hospital pela intoxicação por drogas. Ainda que a conduta de A fosse apta a gerar o resultado, a conduta médica substituiu esse risco, respondendo A pela tentativa. Ex. 2: A coloca fogo em seu imóvel por imprudência. B é bombeiro e morrer na operação para controlar o incêndio. A responde pelo homicídio?

32 Obrigado! proffelipevianna.wordpress.com

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