Poder de Polícia Poder da Polícia

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Vitória Lemos Carlos
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Poder de Polícia Poder da Polícia Limita os direitos individuais Faz surgir a chamada POLÍCIA Busca a paz pública Faz surgir a chamada POLÍCIA JUDICIÁRIA ADMINISTRATIVA Incide sobre bens, direitos,

1 Poder de Polícia Poder da Polícia Limita os direitos individuais Faz surgir a chamada POLÍCIA Busca a paz pública Faz surgir a chamada POLÍCIA JUDICIÁRIA ADMINISTRATIVA Incide sobre bens, direitos, atividades e liberdades Sua atu ação esgota-se se na esfera administrativa É exercido por órgãos ou Entidades Administrativas (DETRAN/ / Vigilância Sanitária) Incide sobre pessoas É preparatório para a função penal do Estado É exercido por órgãos de segurança pública (polícia civil; polícia federal) OBS I: Apesar de divergências, a maioria da doutrina entende que a PM é polícia Judiciária. OBS II: Não confundir poder de polícia com poder punitivo do Estado; este decorre da justiça penal significando o poder do Estado de aplicar sanções penais. 6. PODER HIERÁRQUICO É a prerrogativa do superior de ordenar, coordenar, controlar, corrigir e revisar a atuação de seus subordinados. Só haverá poder hierárquico onde houver subordinação. Também significa a prerrogativa de delegar ou avocar competências. 1

2 OBS I: Não há poder hierárquico entre administração direta e indireta. OBS II: Não há poder hierárquico entre o presidente e o vice. OBS III: Existe poder hierárquico no âmbito do Legislativo e do Judiciário desde que em sua função administrativa (não na função típica). OBS IV: O poder hierárquico decorre da desconcentração administrativa. 7. PODER DISCIPLINAR Decorre do poder hierárquico significando a prerrogativa do superior de aplicar punições aos seus subordinados, como por exemplo, suspensão. OBS: É possível aplicar o poder disciplinar aos particulares que são vinculados ao estado por meio de um contrato sendo punidos pelo descumprimento da avença (acordo/contrato). Ex: Multa a um contratado que atrasa a entrega de uma obra. RESPONSABILIDADE DO SERVIDOR No exercício irregular de suas funções, o servidor poderá responder nas seguintes esferas: Civil: É a responsabilidade do servidor perante a sociedade. Administrativa: É a responsabilidade do servidor perante o próprio Estado (decorre da 8.112/90). Penal: Abrange os crimes e as contravenções. 2

3 OBS: Além dessas esferas o servidor também poderá responder por improbidade administrativa (é uma 4ª esfera). CARACTERÍSTICAS DAS ESFERAS: São distintas, pois possuem origens diversas; São cumulativas, pois de um mesmo fato o servidor poderá responder em todas as esferas; São independentes (logo são relativas), pois o resultado de uma não influencia na outra. Porém, a absolvição PENAL por negativa de autoria ou inexistência do fato vincula as demais esferas. OBS I: A absolvição penal por insuficiência de provas não vincula as demais esferas. OBS II: A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores do causador do dano, até o valor da herança recebida. OBS III: A ação de reparação de danos causados ao Estado é IMPRESCRITÍVEL. OBS IV: O servidor responde por ação ou omissão, agindo com dolo ou culpa. SERVIDOR SUBJETIVA Depende de DOLO Intenção ou CULPA Negligência / Imperícia / Imprudência ESTADO OBJETIVA Independe de DOLO ou CULPA 3

4 PARTICULAR (dano) ESTADO (se condenado) AGENTE DO ESTADO Teorias sobre a responsabilidade Estadual: 1. Teoria da Irresponsabilidade O Estado não responderá pelos danos causados pelos seus agentes. 2. Teoria da Responsabilidade Subjetiva (surge na Revolução Francesa, igualdade, fraternidade...) O Estado responde pelos danos causados pelos seus agentes desde que fique provado o dolo ou a culpa. 3. Teoria do risco Administrativo ou da Responsabilidade Objetiva (início século XX) O Estado responde pelos danos causados por seus agentes independente de dolo ou culpa; porém, em certos casos tal responsabilidade poderá ser excluída ou atenuada. AÇÃO NEXO DE CAUSALIDADE DANO 4

5 4. Teoria do risco Integral ( ) O Estado sempre responderá objetivamente por todos os danos causados, não sendo possível excluir ou atenuar tal responsabilidade. OBS: O Brasil adota as teorias 1, 2, 3. Para os constitucionalistas o Brasil adota o risco integral para acidentes nucleares; Porém o CESPE entende que só adotamos a 1, 2, 3. DA RESPONSABILIDADE POR ATOS LEGISLATIVOS (LEI EM SENTIDO ESTRITO). No Brasil o Estado não responde pelos danos causados pelas suas leis, adotando-se assim a Teoria da Irresponsabilidade. Exceções: 1. Lei declarada inconstitucional 2. Lei de efeito concreto (aquela que possui destinatários determinados) DA RESPONSABILIDADE POR ATOS JURISDICIONAIS (Ato do Poder Judiciário em sua função típica, sentenças, despachos...). No Brasil o Estado não responde pelos danos causados pelo poder Judiciário agindo em sua função típica, adotando-se a teoria da Irresponsabilidade. Exceções: 1. Ao condenado penal por erro judiciário; 2. Ao preso além do tempo permitido. 5

6 OBS: O código de processo civil determina que o juiz responderá pessoalmente quando causar dano às partes agindo com dolo. DA RESPONSABILIDADE POR ATOS ADMINISTRATIVOS. A) Por ação : quando o Estado agir como administração pública a teoria a ser aplicada é a do risco administrativo que possui base constitucional e é a regra em nosso direito administrativo. Segundo tal teoria o Estado responde independentemente de dolo ou culpa; Porém, em certos casos tal responsabilidade poderá ser: - Excluída nas hipóteses de culpa exclusiva da vítima e de força maior. - Atenuada nas hipóteses de culpa concorrente da vítima. OBS: O CESPE e a doutrina até o ano de 2003 entendiam que caso fortuito era um evento da natureza enquanto força maior era um evento humano. Porém, a moderna doutrina entende que força maior é um evento da natureza ou humano, como por exemplo: terremoto, greve, guerra etc. Já o caso fortuito é um evento interno; todas as condições de segurança são cumpridas, mas mesmo assim o resultado é diverso do esperado. Ex: mesmo seguindo o projeto e usando o melhor material, a ponte desaba; viatura nova que perde o freio e mata terceiro. Assim apenas a Força Maior é capaz de excluir a responsabilidade do Estado. OBS: O Estado é responsável objetivamente pela guarda de pessoas. B) Por Omissão: Quando o Estado deixar de atuar, a teoria a ser aplicada será a da responsabilidade subjetiva. 6

7 RESPONSABILIDADE POR ATOS ADMINISTRATIVOS OBJETIVA AÇÃO NEXO DE CAUSALIDADE DANO SUBJETIVA OMISSÃO CULPA OU DOLO NEXO DE CAUSALIDADE DANO IMPORTANTE: Segundo a Constituição responderão de forma objetiva: - Todas as pessoas de direito público; - Qualquer pessoa que preste serviço público. OBS I: A EP e a SEM que prestar serviço público responde de forma objetiva; Se explorar atividade econômica (BB, Caixa) responde de forma subjetiva. OBS II: Segundo o STF as empresas privadas que prestam serviços públicos só respondem de forma objetiva em relação aos usuários diretos, com relação ao não usuário a responsabilidade será subjetiva. BENS PÚBLICOS São públicos aqueles bens pertencentes às pessoas de direito público. Todos os demais são privados. Os bens públicos sofrem uma proteção especial, pois pertencem a pessoas de direito público. Os bens privados vinculados à prestação de um serviço público também sofrem uma proteção em face do princípio da continuidade na prestação dos serviços públicos. 7

8 CLASSIFICAÇÃO: 1. QUANTO À SUA UTILIZAÇÃO: 1.1 Bem de uso comum do povo Podem ser utilizados por qualquer pessoa. Em regra são gratuitos. Ex: praças, parques (pode cobrar desde que seja o preço da manutenção zoológico). 1.2 Bens de uso especial São utilizados para o desempenho das atividades administrativas. Ex: prédio da delegacia, ambulância, terra dos índios. 1.3 Bens dominicais ou dominiais Pertencem ao Estado, mas não são utilizados para nenhuma atividade administrativa. Ex: lote vago, bem móvel inservível. 2 QUANTO À DISPONIBILIDADE (POSSIBILIDADE DE VENDA) 2.1 Indisponíveis por natureza São aqueles que não possuem natureza patrimonial e por isso não podem ser vendidos. Ex: Mares, rios. 2.2 Patrimonialmente Indisponíveis Possuem valor patrimonial, mas não podem ser vendidos, pois, estão vinculados a uma finalidade pública. Ex: Prédio da delegacia, ambulância. 2.3 Patrimonialmente Disponíveis Possuem valor patrimonial e podem ser vendidos, pois não estão vinculados a uma finalidade pública. Ex: Bens dominicais em geral (lote vago...) 8

9 CARACTERÍSTICAS: 1. INALIENABILIDADE Não podem ser vendidos enquanto vinculados a uma finalidade pública. Bem afetado: é aquele vinculado a uma finalidade pública; Bem desafetado: é aquele que não está vinculado a uma finalidade pública. OBS: Os bens móveis são desafetados naturalmente (ex: computador ultrapassado, carro que não corre mais...) Já os imóveis dependem de lei para sua desafetação. 2. IMPRESCRITIBILIDADE Os bens públicos não podem ser objeto de usucapião (aquisição da propriedade pelo decurso da posse). 3. NÃO-ONERABILIDADE Os bens públicos não podem ser oferecidos em garantia. 4. IMPENHORABILIDADE Não podem sofrer penhora judicial. As dívidas judiciais serão pagas por precatórios ou requisição de pequeno valor (até 60 salários mínimos pagos em 60 dias). OBS: A Constituição permite que o poder judiciário seqüestre parte do orçamento para restabelecer a ordem de pagamento dos precatórios. 9

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