TRIBUNAL DE JUSTIÇA SEÇÃOA CRIMINAL AÇÃO PENAL nº ACUSADO: JOAQUIM JOSE DOS SANTOS ALEXANDRE

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1 TRIBUNAL DE JUSTIÇA SEÇÃOA CRIMINAL AÇÃO PENAL nº ACUSADO: JOAQUIM JOSE DOS SANTOS ALEXANDRE EMENTA: AÇÃO PENAL PORTE DE ARMA POLICIAL MILITAR INCREMENTO DO RISCO ATIPICIDADE INFRAÇÃO ADMINISTRATIVA CARÁTER SUBSIDIÁRIO DO DIREITO PENAL FALTA DE PROVA ABSOLVIÇÃO DECLARAÇÃO DE VOTO Apesar de concordar com a absolvição em razão da precariedade da prova, penso que a conduta do policial militar de portar arma de fogo fora de serviço não configura qualquer ilícito penal, tratando-se de infração administrativa militar. O policial militar, inclusive o reformado, possui o chamado porte funcional, estando autorizado a andar armado inclusive fora do serviço. A violação de regulamento militar que somente autoriza o porte de arma de fogo registrada no Batalhão em nome do policial constitui mero ilícito administrativo a ser resolvido no campo disciplinar militar, entendimento que se

2 2 coaduna com o caráter subsidiário do direito penal. Estando o policial militar portando arma registrada em nome de terceiro, não constando qualquer anotação com relação à mesma, considerando o bem jurídico incolumidade pública protegida pela norma, o fato dela não estar registrada nos assentamentos do órgão respectivo da polícia militar em nome do acusado, por si só, não acarreta o incremento do risco permitido, circunstância suficiente para afastar a imputação objetiva, com o conseqüente reconhecimento da atipicidade comportamental, sendo irrelevante para o bem jurídico que o agente esteja com uma arma própria ou alheia, desde que de origem lícita. DECLARAÇÃO DE VOTO Apesar de concordar com a absolvição em razão da precariedade da prova, estou fazendo a presente declaração de voto tão somente para deixar consignada minha posição doutrinária no sentido de que o policial militar, mesmo o reformado, possui porte funcional e não configura crime a conduta do mesmo portar arma de fogo lícita sem o devido registro no Batalhão próprio.

3 3 A conduta imputada é atípica, tratando-se de mera infração administrativa a ser resolvida na via administrativa disciplinar própria, isto em razão de ser o agente policial militar, possuindo o denominado porte funcional. Dispõe o artigo 6º do referido diploma legal que, além das hipóteses previstas em lei própria (como nos casos dos membros da magistratura e do Ministério Público), podem portar arma de fogo os policiais civis e militares em conseqüência da função exercida, não se exigindo o preenchimento de qualquer outro requisito (artigo 33 do Decreto 5.123/04). O fato é que a lei autoriza o policial militar a andar armado ainda que fora do serviço. O acusado era na ocasião policial militar, questão incontroversa, possuindo, assim, o porte funcional.

4 4 Tem autorização legal para portar arma, o que impede a sua condenação no tipo do artigo 16 da lei /03. Poderia se argumentar, em uma interpretação literal, que o regulamento militar somente autoriza o porte pelo policial de arma registrada no Batalhão. É verdade. O policial somente está autorizado a portar a arma previamente registrada na PM em seu nome, pois, aquele órgão administrativo tem interesse em saber qual arma o seu policial está portando. O acusado falhou ao não comunicar tal fato ao órgão militar próprio a que se encontrava subordinado. A violação a esta regra regulamentar, a meu sentir, configura mero ilícito administrativo, a ser resolvido no campo disciplinar militar próprio e adequado. O direito penal tem caráter subsidiário, somente devendo intervir quando outros ramos do direito não se mostram suficientes.

5 5 Modernamente faz-se diferença da simples tipicidade formal com a chamada tipicidade penal ou material. Para que esta se configure, exige-se não só a adequação da conduta ao modelo legal (tipicidade formal), mas, ainda, a produção de um resultado naturalístico (lesão ou ameaça de lesão ao bem jurídico) que seja relevante (princípio da insignificância) e intolerável (princípio da adequação social), além de outros requisitos (antinormatividade e tipicidade conglobante, imputação objetiva e elemento subjetivo). No caso concreto inquestionável a tipicidade formal, o que não é suficiente para o reconhecimento da tipicidade da conduta como acima destacado. Também não há dúvida de que uma pessoa armada sem a devida autorização legal coloca em risco o bem jurídico protegido, in casu, a incolumidade pública. Não há crime sem resultado jurídico (lesão ou ameaça de lesão a bem jurídico princípio da lesividade ou ofensividade).

6 6 A lei, a princípio, ao permitir o porte funcional, dispõe de forma indireta que o policial armado não coloca em risco a segurança coletiva (na verdade trata-se de risco permitido), isto porque ele possui capacidade técnica e psicológica para andar armado. O regulamento militar, por outros motivos, exige que a arma portada esteja registrada no Batalhão. A arma encontrada com o acusado, apesar de registrada em nome de terceira pessoa, não constava em seu nome na Polícia Militar. Surge a pergunta: o fato de a arma não estar registrada em nome do acusado e sim em nome de terceira pessoa, incrementou o risco do resultado? Com outras palavras: seria diferente para o bem jurídico protegido, se a arma estivesse registrada no batalhão em nome do acusado? O bem jurídico protegido (incolumidade pública) ficou em risco maior porque a arma encontrada com o acusado era de terceira pessoa e não sua? Seria diferente se a arma encontrada com o acusado fosse raspada ou não registrada?

7 7 Inicio respondendo a última pergunta. A solução seria outra se a arma não fosse registrada, porque o Estatuto do Desarmamento também tem como objeto de proteção o controle da propriedade das armas de fogo, querendo saber quem é proprietário de arma, até mesmo para ter um controle do respectivo número circulante. Estando a arma sem registro, o bem jurídico estaria violado. negativa. As demais indagações reclamam resposta A teoria da imputação objetiva somente admite a responsabilidade se o resultado típico tiver sido provocado por situação de risco não permitida juridicamente. Como diz Roxin, (Problemas fundamentais de direito penal p. 152) a imputação do resultado lesivo se exclui se a conduta do agente não estabelece situação que ultrapasse o âmbito do risco permitido.

8 8 Na hipótese, estando o acusado com uma arma registrada em nome de terceiro não incrementa o risco permitido, configurando mero ilícito administrativo tal comportamento, pois, possuindo autorização para andar com arma própria, o simples fato de portar arma de outrem não representaria modificação significativa do quadro fático de forma a agravar a sua conduta. Apesar das lições da imputação objetiva ter aplicação preponderante nos crimes negligentes, também podem ser aplicadas nos crimes dolosos. conduta imputada. Por tudo que foi exposto, penso ser atípica a Rio de Janeiro, 09 de abril de DESEMBARGADOR MARCUS BASILIO Vogal

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