O ADVOGADO E OS MEIOS ALTERNATIVOS Este assunto, que pertence a um vasto leque de opções alternativas ao que se pode designar por Justiça

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1 O ADVOGADO E OS MEIOS ALTERNATIVOS Este assunto, que pertence a um vasto leque de opções alternativas ao que se pode designar por Justiça Convencional, conhecido internacionalmente por ADR (alternative dispute resolutions). consiste essencialmente na procura de uma solução amigável (acordo) que possa por termos a um litígio determinado. Os principais meios alternativos de resolução de litígios, como se sabe, são na prática essencialmente os seguintes: a) A Arbitragem. b) Os Acordos prévios do divórcio. c) A Conciliação Pontual. d) A Resolução para um conflito determinado (redução dimensional de um litígio). e) A Resolução prévia ou final para uma disputa modelada em vários conflitos (para todos ou para apenas parte deles). f) A Mediação. g) A Negociação. Muito se fala em Portugal sobre este tema e toda a gente sabe que se procura com tal procedimento encontrar um caminho para que os litígios possam ter uma solução mais rápida. Pretende-se que as pessoas possam ter uma ajuda ou um caminho para resolver problemas de natureza legal antes de decidirem vir a tribunal para obter uma decisão. Tem-se demonstrado que existe mais eficiência, maior satisfação na resolução face aos custos efetivos que se despendem. Reconheça-se que em Portugal o conservadorismo cultural excessivo e radical de ver apenas nas mãos do juiz a possibilidade de obter soluções para os litígios entre as pessoas é inviável no futuro,

2 porque é demasiado caro, porque demora uma eternidade e, sobretudo, porque não satisfaz as necessidades básicas e imediatas do cidadão, tanto nas suas componentes meramente civis como em assuntos de qualquer outra natureza, sobretudo comerciais, laborais e contratuais em geral. Para não ir mais longe, é facto notório a paralisação completa em que se encontram os tribunais do comércio com todos os inevitáveis prejuízos que tal acarreta para a vida económica do País. Toda a gente sabe isso, mas ninguém faz nada para tentar corrigir os erros e as insuficiências com que temos de viver e confrontarmo-nos todos os dias nós próprios e os clientes. Existem dados estatísticos comprovativos de que no Estado do Minnesota (EUA), por exemplo, os próprios tribunais reconhecem a eficácia dos ADR para por termo a litígios e eles próprios fornecem informação acerca dos meios alternativos disponíveis. No Estado da Califórnia (EUA) o uso de meios alternativos é aconselhado pelos tribunais como forma de low-cost para o acesso ao direito e à Justiça, como uma espécie de via intermédia sem ter de haver recurso ao apoio judiciário ( legal aid ) - O próprio Supremo Tribunal da Califórnia fornece aos cidadãos contactos e indicações sobre os ADR - Na verdade, esta forma simplificada de acudir a necessidades básicas de soluções mais rápidas do que aquelas que os tribunais podem fornecer pode ser desenvolvida em Portugal e a Ordem dos Advogados neste domínio pode ter um papel muito importante. Isto, já que não parece que tenha até hoje ocorrido a análise do uso de meios alternativos sob os seguintes dois prismas fundamentais: 1. Tendo em conta as dificuldades crescentes do acesso à profissão, deve ser estudado um modelo específico de formação especializada, que a OA pode amplamente patrocinar, organizar e gerir, que consistirá em preparar advogados ab initio para colaborar no uso de meios alternativos de disputa de litígios. Isto, porque será para o efeito em vista mais exigível a qualidade da gravação, a análise e a ponderação das potencialidades das

3 várias provas testemunhais de cada parte envolvida no confronto, do que propriamente o conhecimento jurídico em que a matéria de facto deverá depois vir a ser enquadrada. Ou seja, após alguma formação determinada, pode vir a ser criado um Centro de Mediação na OA, em que numa primeira fase seja possível a cada parte em litígio ter uma ideia concreta das capacidades probatórias da parte ou das partes contrárias com quem se encontra pendente o litígio. Tem-se demonstrado em várias países e em várias experiências, sobretudo na Austrália e nos EUA, que a avaliação concreta das provas testemunhais de que cada parte dispõe, após a sua gravação e revisão, se for necessário, tal como estaria pronta ser feita perante um juiz, leva à convicção da necessidade de chegar desde logo a um acordo, sem mais tempo e sem mais gastos. 2. Deverá a OA também patrocinar e organizar uma logo fase logo posterior, de conciliação em centros de mediação / negociação, em que a necessária intervenção de um árbitro / advogado com mais experiência e conhecimento será então exigível, para tratamento do aspecto jurídico. Tal como há voluntários para o Apoio Judiciário, assim poderá também haver também voluntários para procederem à composição que for devida face à aplicação necessária do Direito. As vantagens são visíveis, porque os custos podem ser com frequência inferiores aos das despesas que as partes têm de enfrentar com as custas judiciais que estão em vigor e podem também, por outro lado, obter uma solução equitativa em poucos meses, em vez de ter de esperar por vários anos. A OA tem mesmo capacidades humanas e técnicas para poder proporcionar resoluções alternativas de disputa on line. Se não forem encontrados meios suficientes, pode sempre ser solicitada colaboração material e técnica ao MJ, para reforço dos meios electrónicos disponíveis. Acontece que o assunto tem neste momento a sua oportunidade e a sua atualidade própria, vindo ao encontro de três realidades que cronicamente subsistem na Justiça Portuguesa: a) Número elevado de advogados disponíveis, que não conseguem ter acesso normal à profissão; b) Morosidade dos processos judiciais em geral e ultrapassagem de decisões judiciais para além de prazos razoáveis; c) Custos exagerados e desproporcionados de acesso aos tribunais e à Justiça.

4 Finalmente, acresce que não pode deixar de ser sempre obrigatória a representação de qualquer das partes por advogado e em qualquer uma das duas fases de uso de meios alternativos. Concluindo, recomenda-se que a Ordem dos Advogados desde já organize e patrocine: 1. Um estudo económico, financeiro e técnico sobre a viabilidade de construção de um projeto de funcionamento de meios alternativos de resolução de litígios, com aproveitamento das suas próprias instalações e dos seus próprios recursos, exigindo da parte do Ministério da Justiça a complementaridade orçamental que for necessária, atento o interesse público manifesto de melhoria na prestação do serviço de Justiça ao cidadão que envolve concretamente o projeto. 2. Formação especializada e adequada a dar a advogados com inscrição não superior a 5 (cinco) anos, tendo em vista virem devidamente remunerados a integrar centros de mediação patrocinados pela OA, com meios próprios digitalizados e áudio-visuais, destinados às gravações, ponderações e análises dos depoimentos testemunhais relativos a factos essenciais que integrem litígios pendentes, com a elaboração de relatórios sumários de avaliação final. 3. O funcionamento, sob esse mesmo âmbito, de mediações feitas por advogados / árbitros, mas que possuam já algum currículo e experiência profissional, para identificar os assuntos sob a égide da Lei e colocar as partes perante uma solução jurídica necessariamente adveniente do anterior trabalho de recolha e de gravação da prova testemunhal, já conjugada com a prova documental ou qualquer outra com que as partes pretendam complementar a já realizada. 4. Para assegurar qualidade na produção e na gravação das provas, nomeadamente de natureza testemunhal e para garantir sempre o princípio do contraditório para proteção cabal dos interessados, será em qualquer circunstância obrigatória a representação de qualquer das partes por advogado, em qualquer uma das duas fases de uso dos meios alternativos indicados.

5 Lisboa, 19 de Outubro de 2011 SUBSCRITORES: José António de Albuquerque Dias cédula 3793L Rui Santos cédula 4460L Vasco Marques Correia cédula 9017L Gonçalo Capitão cédula 8984L Clementina Paiva cédula 5504L Filipe Pimenta cédula 9334L Florentino Marabuto cédula 8887L Vasco Pais Brandão cédula 17586L. Largo de São Domingos, 14 1º LISBOA-PORTUGAL Tel congressoadvogados@cg.oa.pt

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