PROPOSTA PARA A FORMAÇÃO DOS ADVOGADOS

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1 PROPOSTA PARA A FORMAÇÃO DOS ADVOGADOS Entendo o Advogado como um filósofo. Um filósofo do Direito e da Justiça, atento e paciente, perspicaz e empenhado. Um cidadão a quem, pela sua Formação e pelas características pessoais da sua Individualidade, são publicamente reconhecidas pelo Estado as Competências necessárias para estudar, analisar e refletir sobre a Ciência e a Técnica jurídicas e a sua concreta realização. Ciência e Técnica que aprendeu a conhecer e a dominar através de um Ensino e de um Treino adequados a transmitir e consolidar, a par de uma especial Capacidade de Representação, a Capacidade para identificar, perceber, compreender e refletir as diferentes perspectivas, e sobre as diferentes perspectivas, dos vários interesses que em cada caso concreto e em cada solução legal se colocam, conflituam, disputam e conjugam. Um profissional a quem, por tudo isso e, também, pela crescente complexidade da vida e da regulação social, é reconhecida de facto e de direito, a Arte e a especial Capacidade de Representação e de Garantia consideradas indispensáveis, na perspectiva do Estado de Direito (necessariamente democrático e social), a assegurar a defesa dos direitos, interesses e garantias sociais e individuais dos Cidadãos, a constituir uma genuína representação da Sociedade Civil e a garantir, perante os cidadãos e a Sociedade Civil, a legitimidade do Estado e dos seus diferentes Poderes e representantes e o reconhecimento da respectiva autoridade, evidentemente indispensável à sustentabilidade do próprio Estado.

2 A plena realização do Estatuto dos Advogados, tal como o concebo, impõe também, em meu modo de ver, uma reforma drástica do Regime da Formação de Advogados. Uma reforma que cumpra, finalmente, o Regime Legal dos Graus Académicos e Diplomas do Ensino Superior, aprovado pelo Decreto-Lei nº 74/2006 e que se insere no quadro da chamada legislação pós Bolonha, segundo o qual (pelo que parece resultar dos artigos 5º e 15º desse Regime) só o grau académico de Mestre certifica legalmente aos seus titulares as competências indispensáveis ao reconhecimento dessa capacidade para o exercício da advocacia nomeadamente, as competências que lhes permitam uma aprendizagem ao longo da vida de um modo fundamentalmente auto-orientado ou autónomo (cf. alínea e), do nº 1, do artigo 15º, por contraposição ao disposto na alínea f) do artigo 5º) e também as competências a que se referem as demais alíneas dessas normas. Competências que são essenciais ao exercício da Advocacia e pressupõem as demais capacidades que justificam o Estatuto e a Função Social da nossa classe profissional. Ora, no quadro da citada Lei dos Graus Académicos e Diplomas do Ensino Superior, cujo período de adaptação terminou no final do ano passado e se deve, por isso, aplicar aos candidatos a Advogados que tenham concluído as suas licenciaturas em Direito no decurso já do corrente ano, e por imperativo constitucional de defesa da Dignidade da Advocacia, inerente ao Estado de Direito, só um específico curso de Mestrado em Advocacia permite certificar e reconhecer publicamente e oficialmente as Competências necessárias para ser Advogado. Um mestrado que, em completo da formação académica geral, transmita as Competências específicas para conhecer e dominar a Ciência e a Técnica jurídicas e que, integrando um Ensino e um Treino adequados, transmita e consolide as especiais Capacidades que se pressupõe nos Advogados para garantirem o cumprimento do seu Estatuto e da sua Função Social. Um mestrado claramente profissionalizante, integrando o estágio de Advocacia, com recuperação da importância do Patrono (em lugar dos Formadores), concebido, organizado e ministrado conjuntamente pelas Faculdades de Direito e pela Ordem dos Advogados. E abrindo caminho a uma competente e efetiva especialização dos Advogados, através da criação de Doutoramentos em Advocacia.

3 É a solução que melhor conjuga a simplificação do acesso à Advocacia, preconizada nos memorandos da Troika, com a qualidade e o rigor que se pressupõe na Formação e Avaliação dos Advogados. É, ainda, a solução que melhor se adequa às exigências de mobilidade profissional que crescentemente se farão sentir aos Advogados portugueses, no quadro previsional dos Países Europeus e dos Países e outras comunidades de Língua Portuguesa, nomeadamente na perspectiva de longo prazo a normal perspectiva de vida profissional de quem se forma, e que deve ser a equacionada quando se pensa em reformar a Formação. Permite a formação específica (como Mestre Advogado) e a formação especializada (como Doutor Advogado) de Advogados portugueses e dos demais países de língua portuguesa, e de Advogados dos demais países europeus, nos direitos destes diferentes países. Havendo vontade, pode ser definida, implementada e concretizada rapidamente, desde já, e tem todas as condições para ser auto-financiada. É, finalmente, uma solução que responde também à necessidade de Reforma da Formação dos Juízes e do Ministério Público, tão fortemente sentida e mesmo já programada pelo atual Governo. Bastaria tornar esse Mestrado em Advocacia extensível também aos Representantes do Ministério Público atualmente os Procuradores da República, Magistrados do Ministério Público, mas que, como disse antes, deveriam ser também Advogados (Mestres Advogados) e abrir (e progressivamente) limitar o ingresso na Judicatura aos Advogados com suficiente Competência para o exercício da Função Judicial (parece-me razoável a exigência de um exercício profissional adequado pelo período mínimo de 15 anos). Será o fim, é claro, pelo menos a prazo, do sindicalismo dos Juizes e dos Representantes do Ministério Público. Mas é também isso que espero desta década, pelo aperfeiçoamento do Estado de Direito.

4 CONCLUSÕES O Estatuto dos Advogados impõe uma reforma drástica da Formação de Advogados que cumpra o Regime Legal dos Graus Académicos e Diplomas do Ensino Superior, aprovado pelo Decreto-Lei nº 74/2006 segundo o qual só o grau académico de Mestre certifica legalmente aos seus titulares as competências indispensáveis ao reconhecimento dessa capacidade para o exercício da advocacia. No quadro da citada Lei, cujo período de adaptação terminou no final do ano passado e se deve, por isso, aplicar aos candidatos a Advogados que tenham concluído as suas licenciaturas em Direito no decurso já do corrente ano, e por imperativo constitucional de defesa da Dignidade da Advocacia, inerente ao Estado de Direito, só um específico curso de Mestrado em Advocacia permite certificar e reconhecer publicamente e oficialmente as Competências necessárias para ser Advogado. Um mestrado profissionalizante, integrando o estágio de Advocacia, com recuperação da importância do Patrono (em lugar dos Formadores), concebido, organizado e ministrado conjuntamente pelas Faculdades de Direito e pela Ordem dos Advogados e abrindo caminho a uma competente e efetiva especialização dos Advogados, através da criação de Doutoramentos em Advocacia. Solução que responde também à necessidade de Reforma da Formação dos Juízes e do Ministério Público, bastando para tal tornar esse Mestrado em Advocacia extensível aos atuais candidatos a Magistrados do Ministério Público e limitar o ingresso na Judicatura aos Advogados, incluindo os representantes do Ministério Público, com suficiente Competência para o exercício da Função Judicial, parecendo razoável a exigência de um exercício profissional adequado pelo período mínimo de 15 anos. O programa de Reforma da Justiça para esta Década deverá igualmente prever a extinção do sindicalismo dos Juizes e dos Representantes do Ministério Público, pela melhor realização do Estado de Direito.

5 Fortaleza, 20 de Outubro de 2011 Pedro Delille, Advogado portador da cédula nº 2354-C Largo de São Domingos, 14 1º LISBOA-PORTUGAL Tel congressoadvogados@cg.oa.pt

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