Resumo da intervenção Miguel Romão Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

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1 Luanda, 8 de Abril de 2014 GLOBALIZAÇÃO E COOPERAÇÃO EM MATÉRIA CIVIL E COMERCIAL ENTRE SISTEMAS DE JUSTIÇA Resumo da intervenção Miguel Romão Professor da Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa miguelromao@fd.ulisboa.pt Na cooperação entre diferentes sistemas de justiça nota-se bem muitas vezes a cisão entre planos político, jurídico, judicial e administrativo. O tempo do político é muitas vezes o já ou o nunca ; O jurídico a construção do direito por vezes paira sobre a realidade concreta; o judicial tem o seu tempo próprio, muitas vezes longo; e o administrativo, que precisaria de dar soluções imediatas, confrontado com os problemas e as pessoas concretas, muitas vezes não o consegue fazer. Ao falar de cooperação internacional em matéria civil e comercial estamos a falar muitas vezes de pessoas e de empresas concretas que têm um problema que afecta a sua vida ou os seus direitos patrimoniais, e que compõe a grande maioria aliás das entidades que recorrem a um sistema de justiça (em Portugal, por exemplo, apenas cerca de 20 a 25% dos processos em tribunal são processos-crime) Enquanto o grande investidor ou a grande empresa num contrato internacional tipicamente pode até criar o seu próprio quadro jurídico aplicável e definir os meios para solucionar eventuais litígios emergentes de uma relação plurinacional, um cidadão particular, se para mais não tiver recursos financeiros ou apenas um acesso limitado ao direito, facilmente pode sentir-se totalmente perdido e sem esperança, e muitas vezes em situações emocionalmente duras ou financeiramente insustentáveis. 1

2 Três modelos de organização da cooperação internacional em matéria civil e comercial : Conferência de Haia de Direito Internacional Privado, UNIDROIT, UNCITRAL mas poder-se-ia referir também a CIEC Comissão Internacional do Estado Civil como organização internacional cujas convenções regulam vários aspectos da cooperação internacional em matéria de registo civil e nacionalidade) Importância da Conferência de Haia e das suas convenções no contexto da CPLP, apenas Brasil e Portugal são membros da Conferência de Haia e apenas mais dois Estados para além destes, Cabo-verde e São Tomé e Príncipe, são partes de algumas convenções internacionais, mesmo não sendo membros da Conferência. Conferência de Haia de Direito Internacional Privado, organização internacional a funcionar desde o final do século XIX e uma organização internacional permanente desde 1955, procura, desde logo através das suas diversas convenções, facilitar a cooperação internacional entre diferentes sistemas de justiça em matéria civil e comercial. Entre as suas convenções mais significativas e que contam com mais Estados-parte estão as celebradas sobre as seguintes matérias: Apostila (supressão da legalização de documentos públicos estrangeiros); Notificação e citação de actos judiciais no estrangeiro (service convention); Acesso à justiça/apoio judiciário; Aspectos civis do rapto internacional de crianças; Adopção internacional; Direito aplicável em matéria de forma de testamentos; Lei aplicável e Reconhecimento e execução de decisões sobre obrigações de alimentos; Reconhecimento internacional de divórcios. A Conferência de Haia tem também um programa de formação internacional sobre as convenções e o seu funcionamento e está 2

3 disponível para prestar apoio aos países que desejem tornar-se membros da organização ou serem partes de algumas convenções. O sucesso das suas convenções e da cooperação internacional depende em boa parte da eficácia das autoridades nacionais designadas para cada convenção (autoridades judiciárias ou autoridades administrativas) e da capacidade e qualificação dos sistemas judiciais e de acesso ao direito (desde logo, a sensibilidade e a formação de juízes, procuradores, advogados) para lidar com este tipo de cooperação internacional. Exemplos de aplicação de Convenção de Haia sobre aspectos civis do rapto internacional de crianças (de 1980), hoje com 91 Estados-parte: UNIDROIT: Criada em 1926 e reorganizada em 1940; Instituto Internacional para a Unificação do Direito Privado, organização internacional com 63 Estados-membros (da CPLP, apenas Portugal e o Brasil são membros) Criação de convenções internacionais entre Estados, estabelecimento de princípios gerais para os contratos internacionais e de cláusulas modelo para inclusão em contratos internacionais e de possíveis modelos de regimes jurídicos de direito interno ( leis modelo ), numa perspectiva de uniformização do direito privado, em especial no domínio do comércio internacional, mas não só (por exemplo, lei modelo sobre testamentos internacionais) de modo a favorecer e clarificar a relação entre entidades sujeitas à partida a diferentes ordens jurídicas Tem trabalhado recentemente em colaboração com a OHADA na uniformização do direito comercial internacional na África Ocidental UNCITRAL: comissão estabelecida em 1966, pela AG da ONU; na Comissão estão presentes rotativamente 60 Estados eleitos de entre os Estados-membros das Nações Unidas, por regiões (neste momento, da CPLP apenas o Brasil é membro da Comissão) A Comissão das Nações Unidas para o Direito Comercial Internacional (UNCITRAL) é um órgão subsidiário da Assembleia Geral. Desempenha uma função de relevo no desenvolvimento do enquadramento jurídico do comércio internacional, através da preparação de textos legislativos sobre a modernização do direito 3

4 comercial internacional, para uso dos Estados e através da elaboração de textos não legislativos sobre transacções comerciais, para uso das partes. Os textos legislativos da UNCITRAL visam a venda internacional de bens, a resolução de disputas comerciais internacionais, incluindo a arbitragem e a conciliação, o comércio electrónico; a insolvência, incluindo a insolvência transfronteiriça, o transporte internacional de bens; os pagamentos internacionais, a aquisição e o desenvolvimento de infra-estruturas; e os títulos de crédito. Os textos de carácter não legislativo incluem as regras de conduta nos processos de arbitragem e de conciliação; notas sobre a organização e condução de processos arbitrais; e guias jurídicos sobre contratos de construção industrial e de trocas comerciais. Algumas das convenções UNCITRAL mais recentes: (e também existem diversas leis modelo ao dispor dos Estados) Convenção das Nações Unidas sobre o uso de comunicações electrónicas em contratos internacionais (2005) Convenção das Nações Unidas sobre contratos de transporte internacional de bens totalmente ou parcialmente por via marítima (2008) Estes são exemplos de cooperação jurídica internacional, mesmo se nem todos são exemplos de cooperação judiciária internacional; Exemplos que também pela sua complexidade técnica e pela especialização jurídica que exigem nos podem obrigar a integrar cada vez mais na formação e na qualificação dos juristas e dos agentes dos sistemas de justiça juízes, magistrados do Ministério Público, advogados, notários, conservadores de registos, funcionários dos Ministérios da Justiça e tantos outros estas matérias e estes instrumentos muitas vezes esquecidos. A Rede de Cooperação Jurídica e Judiciária dos Países de Língua Portuguesa, tal como a Conferência dos Ministros da Justiça dos Países de Língua Portuguesa, podem ser excelentes fóruns para esse trabalho em comum, no plano da construção do direito e no plano da 4

5 capacitação e da partilha de problemas e de respostas entre aqueles que o devem pôr em prática. 5

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