MPU. Revisão Final. Analista e Técnico do Ministério Público da União. Com base no Edital n º 01/2018 DOE de Revisão ponto a ponto

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1 Revisão Final MPU Com base no Edital n º 01/2018 DOE de Revisão ponto a ponto Analista e Técnico do Ministério Público da União COORDENAÇÃO Henrique Correia 2018

2 Direito Administrativo CONTEÚDO PREVISTO NO EDITAL PARA ANALISTA DO MPU 1 Estado, governo e administração pública: conceitos, elementos, poderes, natureza, fins e princípios. TÓPICO CORRESPONDENTE DO LIVRO 1, 2 e 3 2 Direito administrativo: conceito, fontes e princípios. 1 e 2 3 Ato administrativo. 3.1 Conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies. 3.2 Invalidação, anulação e revogação. 3.3 Prescrição. 4 Lei nº 8.112/1990 e suas alterações 5 5 Poderes da administração: vinculado, discricionário, hierárquico, disciplinar e regulamentar. 6 Serviços públicos: conceito, classificação, regulamentação, formas e competência de prestação. 7 Organização administrativa. 7.1 Administração direta e indireta, centralizada e descentralizada. 8 Controle e responsabilização da administração. 8.1 Controle administrativo. 8.2 Controle judicial. 8.3 Controle legislativo. 8.4 Responsabilidade civil do Estado. 9 Lei nº 8.666/1993 e suas alterações Lei nº /2002 e suas alterações e Decreto 5.450/2005 e suas alterações Decreto nº 7.892/2013 e suas alterações e 11 CONTEÚDO PREVISTO NO EDITAL PARA TÉCNICO DO MPU TÓPICO CORRESPONDENTE DO LIVRO 1. Noções de organização administrativa Administração direta e indireta, centralizada e descentralizada Ato administrativo: conceito, requisitos, atributos, classificação e espécies Processo administrativo Agentes públicos. 5.1 Espécies e classificação. 5.2 Cargo, emprego e função públicos Poderes administrativos. 6.1 Hierárquico, disciplinar, regulamentar e de polícia. 6.2 Uso e abuso do poder. 7. Lei nº 8.666/1993 e suas alterações Lei nº /2002 e suas alterações e Decreto nº 5.450/2005 e suas alterações Decreto nº 7.892/2013 e suas alterações Controle e responsabilização da administração Controles administrativo, judicial e legislativo Responsabilidade civil do Estado. 11 Lei nº 8.112/1990 e suas alterações e 11

3 1. Direito Administrativo: Noções Gerais Sumário: 1.1. Natureza jurídica Conceito do Direito Administrativo Objeto Fontes Sistemas Administrativos O presente tema consta, apenas, no conteúdo programático (Direito Administrativo) que será cobrado para o cargo de Analista do MPU NATUREZA JURÍDICA O Direito Administrativo é ramo do Direito Público, pois tem por objetivo reger a organização e o exercício de atividades do Estado, voltadas para a satisfação do interesse público. O Direito Administrativo regular as relações jurídicas entre as pessoas e os órgãos do Estado e entre este e a coletividade. Considerando que o Direito Administrativo é ramo do Direito Público, traz, essencialmente, em seu conteúdo, normas de Direito Público. Um cuidado importante: nem toda norma de ordem pública é norma de ordem pública. Isso porque normas de ordem pública são aquelas que não podem ser modificadas pela vontade das partes e que também podem existir em ramos do Direito Privado, a exemplo dos impedimentos do casamento, no âmbito do Direito Civil. O Estado possui três elementos: Povo + Território + Governo Soberano. Soberania = independência no âmbito internacional + supremacia no âmbito nacional. O Estado possui personalidade jurídica de Direito Público o fato do Estado atuar tanto no âmbito do Direito Público como no âmbito do Direito Privado não desfaz a personalidade jurídica de Direito Público do Estado. Por esta razão, não se adota a Teoria da Dupla Personalidade CONCEITO DO DIREITO ADMINISTRATIVO A doutrina apresenta alguns critérios para conceituar Direito Administrativo. Embora um dos critérios seja o mais completo, é importante que o candidato que se sujeitará ao presente concurso público conheça os outros critérios e as razões para que não sejam utilizados. 1) Critério da Escola do Serviço Público: Direito Administrativo é a disciplina jurídica que regula a instituição, organização e o funcionamento dos serviços públicos e o seu oferecimento aos administrados. É considerada insuficiente, pois existem outras funções administrativas (além do serviço público, a atividade de fomento, a intervenção do Estado no domínio econômico e o poder de polícia), que também constituem objeto do Direito Administrativo.

4 316 Revisão Final MPU 2) Critério do Poder Executivo: Direito Administrativo é o conjunto de regras jurídicas que disciplinam os atos do Poder Executivo. Também é considerada insuficiente, pois existe Administração Pública no âmbito dos três Poderes e não apenas no Poder Executivo. 3) Critério das relações jurídicas: Direito Administrativo é o conjunto de normas que regem as relações entre a Administração e os administrados. É insuficiente, pois outros ramos do Direito, a exemplo do Direito Tributário, também têm por objeto essa relação. Além disso, esse critério não abrange a organização interna da Administração Pública, a atividade que ela exerce e os bens de que se utiliza. 4) Critério teleológico: Direito Administrativo é o sistema dos princípios jurídicos que regulam a atividade do Estado para o cumprimento de seus fins. Embora não esteja incorreto, é insuficiente, pois, sendo muito genérico, elementos essenciais que fazem parte do estudo deste ramo do Direito. 5) Critério da Administração Pública: este é o critério que melhor conceitua o Direito Administrativo. Segundo Hely Lopes Meirelles, o Direito Administrativo é caracterizado como o conjunto harmônico de princípios jurídicos, que regem os órgãos, os agentes e as atividades públicas tendentes a realizar de forma concreta, direta e imediata os fins desejados pelo Estado. Deste conceito, extraem-se as características da função administrativa: ela é concreta (para diferenciar da atividade legislativa que é, em regra, abstrata); direta (para diferenciar da atividade jurisdicional que é, em regra, indireta); e imediata (para diferenciar da atividade mediata, que constitui a ação social do Estado). Em relação à conceituação e compreensão do Direito Administrativo, duas escolas são apresentadas: 1) Escola legalista, exegética, empírica ou caótica: o Direito Administrativo tinha por objeto apenas a INTER- PRETAÇÃO das leis administrativas e atos complementares o Direito Administrativo era compreendido como sinônimo de direito positivo. 2) Critério Técnico-Científico: atribui instituições jurídicas próprias ao Direito Administrativo, concedendo um caráter científico ao trabalho OBJETO O objeto central do Direito Administrativo são as funções administrativas. Isso porque, todos os temas que fazem parte do estudo do Direito Administrativo estão relacionados, de algum modo, com as atividades que são desenvolvidas pela Administração Pública (funções administrativas), no âmbito dos três poderes. Podemos conceituar as funções administrativas como todas as funções exercidas pelas autoridades administrativas, sejam do Poder Executivo, do Poder Legislativo e do Poder Judiciário (pois, de acordo com o art. 37 da CF, existe Administração Pública no âmbito dos três Poderes). Por esta razão, o Poder Executivo, o Poder Legislativo e o Poder Judiciário podem exercer função administrativa, ou seja, editar atos administrativos. Quando o Poder Legislativo ou o Poder Judiciário, por exemplo, concede férias aos seus servidores, por exemplo, tais Poderes estão editando atos administrativos e não editando uma lei (função legislativa) ou aplicando o Direito (função jurisdicional).

5 Direito Administrativo 317 Embora os três poderes possam exercer função administrativa, importante ressaltar que o Poder Executivo exerce função administrativa de forma típica, enquanto os demais poderes exercem função administrativa de forma atípica. CUIDADO A coisa julgada administrativa não possui o mesmo significado da coisa julgada na seara judicial. No âmbito do Direito Administrativo, a coisa julgada administrativa, não possui o poder de decisão final (imutabilidade). Ao contrário, significa, apenas, que o assunto foi decidido definitivamente na seara administrativa, embora o tema ainda possa ser discutido na via judicial. NÃO CONFUNDA Estado (pessoa jurídica de direito público composta por três elementos: povo, território e governo soberano) X Governo (Poderes e órgãos constitucionais responsáveis pela função política do Estado): Regime de Governo (Democrático x Autoritário); Forma de Governo (República x Monarquia); Sistema de Governo (Presidencialismo x Parlamentarismo); e Forma de Estado (Federação x Estado Unitário) o nosso federalismo é centrífugo (segregação o Estado era unitário). Nos EUA, o federalismo é centrípeto (agregação formação de uma unidade com o federalismo). Uma das perguntas relacionadas às funções administrativas que, corriqueiramente, é encontrada nas provas de concursos, especialmente da área fim do Direito, diz respeito às bases ideológicas do Direito Administrativo. Considerando que este ramos do Direito teve origem didática (como ramo autônomo dotado de princípios próprios) a partir do Estado de Direito, que teve como marco histórico as Revoluções Francesas, as bases ideológicas do Direito Administrativo são as mesmas bases ideológicas do Estado de Direito, ou seja, legalidade + igualdade + separação dos poderes. Por fim, cumpre saber quais são as principais funções administrativas. A doutrina apresenta, basicamente, quatro espécies: serviço público, poder de polícia, intervenção do Estado no domínio econômico e atividade de fomento FONTES As fontes do Direito Administrativo são divididas em primária e secundárias: a) Fonte primária: Lei. b) Fontes secundárias: doutrina, costume e jurisprudência. Se a prova questionar sobre jurisprudência, marcar que se trata de uma fonte secundária. Se, no entanto, a prova questionar sobre jurisprudência com caráter vinculante (a exemplo das súmulas vinculantes), marcar que se trata de uma fonte primária SISTEMAS ADMINISTRATIVOS Os sistemas administrativos correspondem aos regimes adotados pelo Estado para o controle dos atos administrativos. Existem duas espécies: a) Sistema do Contencioso Administrativo OU Sistema da Jurisdição Administrativa OU Sistema da Dualidade de Jurisdição OU Sistema Francês: nesse sistema,

6 318 Revisão Final MPU há uma justiça administrativa (que trata das causas envolvendo a Administração Pública) e uma justiça comum (que processará e julgará as demais causas). b) Sistema Judiciário OU Sistema Inglês OU Sistema da Jurisdição Una: há, apenas, uma justiça, que será responsável por processar e julgar todas as causas, envolvendo ou não a Administração Pública. E no Brasil? Tendo em vista que o art. 5º, inc. XXXV, da CF, prevê o Princípio da Inafastabilidade de Jurisdição, conclui-se que o Brasil adota o sistema judiciário, também conhecido como sistema inglês. ATENÇÃO 1! Justiça desportiva (art. 217, 1º, da CF) e Habeas Data (art. 8º, parágrafo único, da Lei nº 9.507/97: não constituem ofensa ao princípio da inafastabilidade de jurisdição. Ao contrário, o requisito correspondente ao esgotamento das vias administrativas tem a natureza de interesse de agir ATENÇÃO 2! É inconstitucional a exigência de depósito prévio ou arrolamento de bens como condição de admissibilidade de recurso na esfera administrativa.

7 2. Administração Pública: Princípios Básicos Sumário: 2.1. Considerações Gerais Pedras de toque do Direito Administrativo Princípios constitucionais explícitos Princípio da legalidade Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficiência Princípios constitucionais implícitos Finalidade Especialidade Autotutela Motivação Continuidade do serviço público Proporcionalidade/razoabilidade Segurança Jurídica CONSIDERAÇÕES GERAIS O regime jurídico administrativo pode ser definido como um conjunto sistematizado de normas jurídicas (regras e princípios) que dão identidade ao Direito Administrativo. A ideia de autonomia do Direito Administrativo está atrelada à existência de princípios que lhe são peculiares e que guardam entre si uma relação lógica de coerência e unidade, compondo, assim, um sistema. Por que razão os temas agentes públicos, atos administrativos e organização administrativa, por exemplo, são estudados em Direito Administrativo e não em Direito Civil? Diante da existência de normas que são próprias do Direito Administrativo e que compõem um regime jurídico administrativo. Desta forma, os princípios que integram o regime jurídico administrativo, podem ser objetivamente conceituados como postulados fundamentais que inspiram o modo de agir da Administração Pública. Importante ressaltar que hoje, para a sua prova de concurso público, o princípio, ao contrário do que dispõe a Lei de Introdução às Normas do Direito Brasileiro, muito mais do que um caráter interpretativo e supletivo, possui a natureza jurídica de norma jurídica. E o que isso representa? Significa dizer que os princípios possuem uma força cogente/força normativa, capazes de determinar um comportamento da Administração Pública. Guardem essa frase! Alguns exemplos reforçam essa assertiva: 1) Por que a Administração Pública não pode nomear qualquer pessoa para ocupar um cargo público de provimento em comissão? Porque existem princípios, a exemplo do princípio da moralidade, que fundamenta a edição da Súmula Vinculante nº 13 (como será analisado mais adiante, ainda neste tópico); 2) Por que a Administração Pública realiza concursos públicos para o provimento de cargos públicos de provimento efetivo? Por que existem princípios, a exemplo do princípio da impessoalidade. Todos os princípios da Administração Pública são PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS, pois possuem um fundamento na Constituição Federal.

8 320 Revisão Final MPU Existem, no entanto, princípios constitucionais explícitos, que estão escritos na Constituição Federal e princípios constitucionais implícitos (também denominados de reconhecidos ou decorrentes, já que a sua existência ocorre a partir do trabalho dos estudiosos doutrina e tribunais jurisprudência). Importante ressaltar que, embora o princípio constitucional implícito que não esteja escrito na CF, como acabamos de apontar, a Administração Pública deve obediência da mesma forma. Assim, cuidado com uma pegadinha muito comum de encontrarmos em provas de concursos públicos: em caso de choque (antinomia) entre um princípio constitucional explícito e um princípio constitucional implícito, o primeiro deve prevalecer, pois está escrito na CF? A resposta é NÃO!!! Isso porque, não existe hierarquia entre princípio constitucional explícito e princípio constitucional implícito. Nesta situação, deve ser analisado o caso concreto e, a partir da adoção da técnica da ponderação, verificado qual o princípio que deverá prevalecer. CUIDADO Alguns princípios são implícitos na Constituição Federal, mas, tendo em vista todo ordenamento jurídico, são considerados explícitos. Ex: proporcionalidade/ razoabilidade, segurança jurídica (Lei nº 9.784/99) e continuidade do serviço público (Lei nº 8.987/95). Esses princípios, embora implícitos na CF, estão escritos/expressos em leis (normas infraconstitucionais) que integram o ordenamento jurídico brasileiro. Neste momento, de forma objetiva e resumida, podemos apresentar o seguinte panorama, para facilitar a nossa compreensão: Regras Explícitos (LIMPE) Legalidade Impessoalidade Moralidade Publicidade Eficiência Normas Jurídicas Princípios (Constitucionais) Implícitos (Reconhecidos) Finalidade Especialidade Autotutela Motivação Proporcionalidade/razoabil. Continuidade do serviço públ. Segurança jurídica PEDRAS DE TOQUE O sistema administrativo é constituído a partir de dois grandes princípios, que são denominados de PEDRAS DE TOQUE DO DIREITO ADMINISTRATIVO. Isso porque todos os princípios que integram o regime jurídico administrativo possuem fundamento nesses dois grandes princípios: SUPREMACIA do interesse público sobre o privado e INDISPONIBI- LIDADE do interesse público pela Administração Pública. O interesse público presente nas duas pedras de toque, compreende a dimensão pública dos interesses pessoais, resultando do conjunto dos interesses que os indivíduos,

9 Direito Administrativo 321 pessoalmente, têm quando considerados em sua qualidade de membros da sociedade e pelo simples fato de o serem. CUIDADO O interesse público que integra o conteúdo das pedras de toque do Direito Administrativo é o interesse público primário ou interesse público que compreende os fins que cabe ao Estado proteger, como justiça, segurança pública, e bem-estar social. Não se confunde com o interesse público secundário, que corresponde ao interesse da pessoa jurídica de direito público de zelas pelos cofres públicos, maximizando-se a arrecadação e minimizando-se as despesas. SUPREMACIA DO INTERESSE PÚBLICO SOBRE O PRIVADO (BENEFÍCIOS): informa que os interesses públicos devem prevalecer sobre os interesses privados, sendo pressuposto de uma ordem social estável. O princípio da supremacia compreende dois aspectos: a) Prerrogativas: benefícios que a Administração Pública possui. Exs: prazos processuais ampliados e prazos prescricionais especiais. b) Supremacia propriamente dita: fundamenta a posição de autoridade (poder de império) que tem o Poder Público frente ao particular. Exs: requisição administrativa; cláusulas exorbitantes nos contratos administrativos. INDISPONIBILIDADE, PELA ADMINISTRAÇÃO, DOS INTERESSES PÚBLICOS (RESTRI- ÇÕES): se, por um lado, a Administração Pública possuem algumas prerrogativas que decorrem da supremacia do interesse público sobre o interesse privado, por outro lado, a mesma Administração Pública está sujeita a sujeições/restrições/limitações que são impostas pelo ordenamento jurídico. Isso porque, o administrador público não pode tratar o interesse público como se fosse sua propriedade. Conclui- -se, portanto, que o princípio da supremacia é mitigado pelo princípio da indisponibilidade, de modo que não pode ser considerado absoluto. Podem ser citados como exemplos que decorrem desta segunda pedra de toque: a) Continuidade do serviço público; b) Controle administrativo de seus atos; c) Um determinado servidor público do MPU não pode renunciar uma receita sem previsão legal. Por não estarem escritos na Constituição Federal, os princípios da supremacia do interesse público sobre o interesse privado e o da indisponibilidade do interesse público pela Administração Pública são considerados princípios constitucionais implícitos PRINCÍPIOS CONSTITUCIONAIS EXPLÍCITOS: Como citamos acima, tais princípios são aqueles que estão escritos/expressos na Constituição Federal. De acordo com o art. 37, caput, da CF, são os seguintes: Legalidade, Impessoalidade, Moralidade, Publicidade e Eficiência Princípio da legalidade: Inicialmente, é importante ressaltar que existe um significado do princípio da legalidade para o particular e para a Administração Pública. Para o particular, a legalidade (geral)

10 322 Revisão Final MPU representa a ideia de vinculação negativa à lei (não contradição à lei), de modo que o particular pode fazer tudo que não está proibido pela lei. Já para a Administração Pública, a legalidade (administrativa), representa a ideia de vinculação positiva à lei (subordinação à lei), impondo que a Administração Pública só pode fazer o que estiver prescrito em lei. Com a evolução do modelo de Estado, a legalidade administrativa também passar por uma transformação, de modo que a Administração Pública, além de estar obrigada a cumprir um determinado dispositivo legal (princípio da legalidade em sentido estrito), deve obediência a todo Direito, incluindo os demais princípios constitucionais (princípio da legalidade em sentido amplo ou princípio da juridicidade). Assim, se um servidor do TRT pratica um ato contrário ao princípio da eficiência, poderá ser anulado pela Administração Pública ou pelo Poder Judiciário, por ofensa ao princípio da legalidade (em sentido amplo). CUIDADO para não confundir: 1) Princípio da legalidade X Princípio da reserva legal: este significa que algumas matérias somente podem ser reguladas por uma espécie normativa específica denominada lei. Ex: Criação de cargos públicos dentro do Poder Executivo. 2) Princípio da Reserva Legal X Princípio da Reserva da Administração: para este princípio, algumas matérias somente podem ser reguladas pela própria Administração Pública, por meio de ato específico do chefe do Poder Executivo, denominado decreto autônomo. Tais matérias estão previstas no art. 84, inc. VI, da CF: a) Organização e funcionamento da Administração Pública, quando não implicar em aumento de despesa nem criação ou extinção de órgãos públicos; b) Extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos. 3) Circunstâncias de legalidade extraordinária: medida provisória, lei delegada, Estado de Sítio e Estado de Defesa Princípio da impessoalidade Impessoal é aquilo que não pertence a uma pessoa em especial, impondo que a Administração Pública atue com uma ausência de subjetividade, tratando os administrados sem discriminações, boas ou ruins. Para a nossa prova de concurso público, deve-se entender que o princípio da impessoalidade possui um conteúdo jurídico próprio, tendo uma relação direta com dois outros princípios: finalidade (alcance do interesse público) e isonomia. PEGADINHA DE PROVA! O princípio da impessoalidade não veda qualquer tratamento diferenciado na Administração Pública, mas apenas aqueles que não possuem respaldo no Direito. Assim, é possível que a Administração Pública publique um edital de concursos públicos apenas para mulheres, sem que tal restrição ofenda o princípio da impessoalidade. Basta que essa restrição seja compatível com as atribuições que são próprias do cargo público a serem ocupados. Exemplo: concurso público destinado ao provimento de cargos públicos, cujas atribuições compreendem a revista das presidiárias nos presídios femininos. Por fim, ressalta-se que o princípio da impessoalidade também deve ser analisado sob a ótica do agente, de modo que o ato por ele praticado pertence à pessoa jurídica da qual

11 Direito Administrativo 323 ele faz parte. É o que fundamenta a responsabilidade civil objetiva do Estado, prevista no art. 37, 6º, da CF Princípio da moralidade A moralidade administrativa deve ser compreendida como um conjunto de regras de conduta (inspiradas nos valores morais sociais) que são retiradas da rotina e da disciplina existente internamente na Administração Pública, refletindo o seu modo de atuar e condicionando todo agir administrativo. A moral que é protegida pelo princípio da moralidade não é a moral comum ou social (normas sociais de conduta), mas, sim, a moral administrativa ou jurídica, que é definida a partir da adoção de critérios objetivos extraídos das normas de conduta do agente público previstas no nosso ordenamento jurídico. CUIDADO 1 Nem todo ato imoral é ilegal. Ex: atual prefeito que, desejando inviabilizar o orçamento para a Administração seguinte, concede aumento excessivo aos servidores públicos antes dos 180 dias do término do mandato (prazo previsto na lei para que haja o referido aumento). CUIDADO 2 Moralidade = probidade? Resp.: SIM (como princípios). Imoralidade = improbidade? Resp = NÃO (como infrações). Considerando que a Lei nº 8.429/92 prevê três espécies de atos de improbidade administrativa (enriquecimento ilícito, prejuízo ao erário e ofensa a princípios da Administração Pública), tem-se que a ofensa ao princípio da moralidade (imoralidade) constitui uma espécie de improbidade (art. 11 da Lei nº 8.429/92). CUIDADO 3 Súmula Vinculante nº 13 (vedação à prática do nepotismo): A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal. Observações importantes sobre a SV nº 13: a) A vedação à prática do nepotismo independe de lei em sentido formal, pois os princípios constitucionais da Administração Pública, especialmente os princípios da moralidade, impessoalidade e eficiência, por si só, vedam tal prática. b) De acordo com a orientação do STF, os agentes políticos, a exemplo dos Secretários de Estado, quando estes são os destinatários da nomeação, não são atingidos pela SV nº 13. Assim, o Governador do Estado pode nomear a sua esposa para o cargo de Secretária de Estado da Ação Social, sem que essa nomeação constitua nepotismo. c) Também de acordo com a orientação do STF, os membros do Tribunal de Contas, não obstante a forma de investidura, não são considerados agentes políticos, mas, ao contrário, agentes administrativos, de modo que, a sua nomeação é atingida pelo teor da Súmula Vinculante nº 13.

12 324 Revisão Final MPU d) Para o STF, o Tribunal de Contas tem competência para analisar a existência de nepotismo nas nomeações. e) Em recente julgado, o STF entendeu que pode ser afastada a aplicação da SV nº 13 se não houver subordinação funcional ou hierárquica, direta ou indireta, entre os nomeados e se não for demonstrada a influência na nomeação. No caso concreto, o sobrinho do chefe de gabinete de um dos conselheiros foi nomeado para ocupar outro cargo em comissão. O STF entendeu que a presunção de ofensa aos princípios da Administração Pública é relativa, de modo que, se não for demonstrada a influência na nomeação, não deve incidir a SV nº Princípio da publicidade: O princípio da publicidade determina que as informações sejam, como regra, divulgadas, a fim de que haja a transparência do ato administrativo e facilite o controle do próprio ato. Estas são as duas finalidades que se destacam do princípio da publicidade e que você, concurseiro, precisa guardar: transparência + controle. Para a nossa prova de concurso, devemos entender que o princípio da publicidade é relativo, pois algumas informações são protegidas pelo sigilo (informações relacionadas à intimidade das pessoas; à segurança da sociedade e do Estado). A publicidade é condição para a eficácia do ato administrativo (aptidão para produzir efeitos e, como regra, ocorre com a publicação no Diário Oficial. Como regra porque eventualmente a informação é publicada em outro meio, como, por exemplo, jornal diário de grande circulação, quando não há imprensa oficial Princípio da eficiência: O princípio da eficiência exige que a Administração atue com economicidade (fazer mais com o menos), de modo que sejam eliminados processos considerados burocráticos. Este princípio foi explicitado na Constituição Federal pela Emenda Constitucional nº 19/98, que teve por objetivo implantar na Administração Pública brasileira a figura do Estado Gerencial. Algumas decorrências do princípio da eficiência são comuns de serem cobradas em provas de concursos públicos: a) Estabelecimento de metas; b) Aferição de resultados; c) Ampliação de autonomia dos entes administrativos; d) Redução dos controles de atividades-meio; e) Contrato de gestão; f) Avaliação especial de desempenho; g) Avaliação periódica de desempenho; h) Gestão participativa dos usuários no serviço público (art. 37, 3º, CF). Importante ressaltar que o princípio da eficiência incide tanto no âmbito interno, quanto no âmbito externo, nos seguintes termos: Eficiência Serviços Externos (usuários do SP) Serviços Internos (agentes públicos) Direitos dos usuários Responsabilidade dos prestadores Economicidade Boa-qualidade

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