A utilização do custeio ABC em pequenas empresas

Tamanho: px
Começar a partir da página:

Download "A utilização do custeio ABC em pequenas empresas"

Transcrição

1 A utilização do custeio ABC em pequenas empresas Nelio Fernando dos Reis (Anhanguera Educacional) Cristiane Betanho (Anhanguera Educacional) Resumo: Este artigo estuda a viabilidade de implantação do custeio baseado em atividades (activity based costing ABC) em pequenas empresas, tendo como objetivo geral aplicar e analisar a relevância de um modelo de custeio nessas empresas de pequeno porte. Inicialmente, realizou-se a revisão bibliográfica, abordando o sistema de custeio ABC, em seguida, desenvolveu-se o estudo empírico em uma pequena empresa de confecções de Jundiaí-SP, visando apurar o custo de produção dos produtos fabricados pela empresa. Através deste estudo foram apresentados os conceitos e concepções do modelo de custeio adotado. O estudo concluiu que empresas que não tenham custos indiretos preponderantes podem utilizar o método para identificar, de forma mais precisa, seus custos dentro de cada atividade. As empresas que têm os custos indiretos preponderantes poderão alocá-los aos produtos com maior precisão na apuração dos custos totais. Palavras-chave: Custeio ABC; Pequenas empresas; Custos indiretos. 1. Introdução As empresas começam a repensar em suas formas de produção, pois precisam atender o mercado de consumo produzindo e estabelecendo preço de venda de acordo com as necessidades do consumidor e não de acordo com as suas necessidades e conveniências. Para isso, precisam ter disponíveis informações confiáveis que devem ser buscadas na contabilidade antes de qualquer tomada de decisão. Por definição, a contabilidade tem como objetivo gerar informações úteis para a tomada de decisões, contudo, no caso do empresário familiar, em função do seu perfil, esta vem servindo para gerar informações somente a um de seus usuários que é o fisco. Assim, a contabilidade de custos vem criando novos sistemas de informações que permitem gerenciar melhor o custo. A contabilidade de custos avaliava no passado recente, somente os estoques, sendo assim, não era utilizada como instrumento de administração, mas com o crescimento das empresas essa passou a ter duas funções relevantes: auxiliar no controle e ajudar na tomada de decisões. Diante do exposto, este estudo pretende aplicar e analisar a relevância de um modelo de Custeio Baseado em Atividades (ABC) para pequenas empresas do segmento de confecções. Diante da necessidade de informações que a contabilidade deve gerar, é de vital importância o conhecimento dos custos pelo administrador da empresa, pois no momento que o preço é determinado pelo mercado, faz-se necessário decidir por sua fabricação, analisando se o custo está compatível com o preço já estabelecido e se o custo pode ser reduzido (MARTINS, 1996). Dentro dessas novas metodologias encontra-se o Custeio ABC ou o Custeio Baseado em Atividades. De acordo com Kaplan & Cooper (1998, p. 15),... os sistemas ABC permitiram que os custos indiretos e de apoio fossem direcionados primeiro a atividades e processos e depois a produtos, serviços e clientes. 1

2 2. Custeio ABC O custeio ABC, também denominado de Contabilidade por Atividades, surgiu "em meados da década de 80 com o objetivo de suprir a necessidade de informações precisas sobre o custo da necessidade de recursos de produtos, serviços, clientes e canais específicos" (Kaplan e Cooper, 1998:15) e continua obtendo sucesso porque proporciona melhor gerenciamento dos custos da empresa para manter a competitividade num mercado cada vez mais ocupado por concorrentes locais e, com a globalização, mundiais. Nakagawa (1995:17) diz que "a competitividade de uma empresa pode ser definida, em sentido amplo, como sua capacidade de desenvolver e sustentar vantagens competitivas que lhe permitam enfrentar a concorrência". Como o próprio nome sugere, o custeio ABC identifica os custos das atividades da empresa. Mas, por que conhecer os custos das atividades? Segundo Ching (1995), as atividades foram escolhidas como o nível apropriado para o gerenciamento de custos porque as funções são muito genéricas e globais para nelas se localizarem os custos e as tarefas são muito pormenorizadas e insignificantes. De acordo com Kaplan e Cooper (1998), os recursos de uma companhia são utilizados para realizar atividades e estas são efetuadas para criar produtos e servir clientes. As mudanças no número de atividades empreendidas e o modo como são realizadas fazem os custos aumentarem ou diminuírem. Mas, o que são as atividades? Nakagawa (1995) reduz as atividades a sua forma mais simples: processamento de uma transação. Várias atividades agrupadas constituem um processo e a análise do processo e das atividades que compõem o processo permite a análise dos fatores responsáveis pelo consumo dos recursos e das atividades. Os gerentes precisam de informações precisas e adequadas sobre custos para tomar decisões estratégicas e conseguir aprimoramentos operacionais (KAPLAN e COOPER, 1998). De acordo com Harrington (1993), qualquer atividade que recebe uma entrada (input), agrega-lhe valor e gera uma saída (output) para um cliente interno ou externo. Os processos fazem uso dos recursos da organização para gerar resultados concretos. O valor deve ser percebido pelo cliente para ter validade. O modelo de processo de Boisvert (1999) evidencia que os objetos de custos fazem utilização das atividades e que estas formam cadeias de atividades, processos e sub-processos. Nos métodos de custeio tradicionais, onde os custos são baseados em volume, os custos indiretos são tratados de forma imprecisa, muitas vezes mascarando ou distorcendo os resultados acerca do custo dos produtos (GONÇALVES et al, 2006). Diante disso, percebe-se que o conhecimento dos custos é de fundamental importância para o crescimento, ou até mesmo, a sobrevivência de uma empresa (REBELATTO et al, 2006). 3. Metodologia Quanto ao método clássico, a pesquisa em que se baseia este artigo pode ser classificada como um estudo de caso, tendo em vista que a falta de amplitude oriunda da análise de uma experiência isolada não permite extrapolar os dados para o universo das pequenas empresas. No entanto, Yin (2001) afirma que o objetivo do pesquisador que se utiliza do método do caso é expandir e generalizar teorias (generalização analítica), e não enumerar freqüências (generalização estatística). Trata-se de um estudo empírico-teórico que, 2

3 para Andrade (2002), tem a virtude de produzir resultados que podem ser usados para a solução, mesmo que parcial, de um problema prático de uma organização. Em relação à profundidade, o estudo é exploratório. Segundo Gil (2006), os estudos exploratórios são indicados quando se objetiva criar um panorama amplo sobre um determinado tema. Em um primeiro momento, houve a preocupação de se fazer uma revisão bibliográfica, utilizando-se de pesquisas em livros, revistas, artigos e na internet sobre o custeio ABC, pequenas empresas e gestão de empresas. A coleta de dados primários se deu através de entrevistas estruturadas com os responsáveis da empresa, complementadas com a observação dos processos formais da empresa. O plano de trabalho deste estudo foi desenvolvido com o levantamento dos recursos utilizados, desenho dos processos, definição e custeamento das atividades, chegando-se aos custos dos produtos finais. 4. Estudo de caso Com o objetivo de aplicar a metodologia de custeio ABC, apurando o custo de produção de dois produtos e analisar a sua relevância em empresas de pequeno porte do ramo de confecções. A empresa pequisada tem sede em Jundiaí-SP. Essa empresa foi fundada em 01/01/2002 com dois sócios, possuindo cada um 50% da mesma. Atualmente tem um faturamento mensal de aproximadamente R$ ,00, empregando 51 funcionários, sendo 49 pertencentes ao setor produtivo e 2 ao setor administrativo. Ocupa uma área de 800 metros quadrados e está localizada numa área de comércio, de um bairro residencial, um pouco distante da área central da cidade. A localização favorece o acesso dos funcionários. A empresa tem como ramo de atividade a indústria de artigos do vestuário e trabalha basicamente com dois tipos de produto: camisetas gola pólo e camisetas sem gola, chamada de careca. Tem uma capacidade instalada de peças/mês, mas trabalha apenas com , sendo gola pólo e gola careca, devido à falta de mão-de-obra (costureiras) disponível para completar o quadro de funcionários e trabalhar com a capacidade total, segundo a administração da empresa. 4.1 Custos diretos Sabe-se que o custo de produção é composto por três elementos: material direto consumido (MDC), mão-de-obra direta (MOD) e Custos indiretos de fabricação (CIF). Não há dificuldade em alocar os custos de material direto consumido e mão-de-obra direta aos objetos de custo que, neste caso, são os produtos fabricados pela empresa, pois estes são custos diretos e são claramente identificados aos produtos. Já os custos indiretos de fabricação são custos comuns existentes no processo de fabricação e a sua alocação aos produtos acontece de forma arbitrária, ou seja, geralmente ocorre através de rateio. Por isso, quando uma empresa tem dentre esses três elementos os custos indiretos de fabricação em maior proporção em relação aos demais e faz sua atribuição através de rateio, utilizando os 3

4 chamados sistemas tradicionais de custeio, tem-se maior dificuldade em se obter uma informação confiável do custo de seus produtos. Tabela 1: Custo de MDC Camiseta gola Pólo. Discriminação Valor Unit (R$) Quantidade Valor Total (R$) Tecido Piquet Petenatti 50/50 5,25 1 5,25 Gola personalizada Petenatti 0,81 1 0,81 Etiquetas e tags 0,03 3 0,09 Botões personalizados 0,02 3 0,06 Bordado personalizado 0,25 1 0,25 Aviamentos 0,12 1 0,12 Total do MDC 6,58 Fonte: dados coletados na empresa A tabela 1 e 2 apresentam os custos com material direto consumido na fabricação da gola pólo e careca. O custo com tecido é de R$ 5,25 por unidade nas duas camisas, onerando sobre maneira esse gasto. Já os demais materiais representam valores menores, mas contribuem para o aumento do gasto. Tabela 2: Custo de MDC Camiseta careca. Discriminação Valor Unit (R$) Quantidade Valor Total (R$) Tecido Piquet Petenatti 50/50 5,25 1 5,25 Etoqietas e tags 0,03 3 0,09 Bordado personalizado 0,25 1 0,25 Aviamentos 0,12 1 0,12 Total do MDC 5,71 Fonte: dados coletados na empresa Após o cálculo do material direto utilizado em cada tipo de camiseta, tem-se outro elemento de custo que deve ser identificado diretamente a cada produto, que é a mão-de-obra direta. Primeiro é necessário avaliar o custo anual de cada empregado, neste caso, de todos os funcionários da produção, para o empregador. Cabe ressaltar que o custo de um empregado não é apenas o valor desembolsado para o pagamento do salário contratual, mas também, todos os pagamentos referentes a prêmios, bonificações, adicionais, férias, 13º salário e os encargos sociais sobre essa remuneração. Na tabela 3 encontra-se o efetivo de pessoal do setor produtivo e na Tabela 4 o custo anual por função. Tabela 3: Efetivo de pessoal do setor produtivo Função Qtde Salário base Prêmios Remuneração Arrematadeira ,00 100,00 450,00 Costureira Maq. reta ,00 150, , 00 Costureira Maq. Overlock ,00 150, , 00 Costureira Maq. Interlock ,00 150, , 00 Costureira Maq. Galoneira ,00 150, , 00 Encarregada geral fábrica ,00 200, , 00. Como se pode ver na Tabela 3, a empresa possui, por exemplo, vinte costureiras de máquinas retas, que recebem como salário base R$ 500,00 e como prêmio R$ 150,00, perfazendo um total de remuneração por costureira de R$ 650,00. O custo da remuneração de cada funcionário em cada função estão na tabela 3 que demonstra o custo total anual por função para o empregador. 4

5 Tabela 4: Avaliação do custo total anual por função. Função Remuneração Férias 1/3 férias 13º Salário Total Arrematadeira 4.950,00 450,00 150,00 450, ,00 Costureira Maq. reta 7.150,00 650,00 216,67 650, ,67 Costureira Maq. Overlock 7.150,00 650,00 216,67 650, ,67 Costureira Maq. Interlock 7.150,00 650,00 216,67 650, ,67 Costureira Maq. Galoneira 7.150,00 650,00 216,67 650, ,67 Já a Tabela 4 mostra o custo total anual de cada funcionário destas funções para o empregador. Para melhor entendimento, na coluna remuneração tem-se a remuneração mensal do funcionário multiplicado por 11 que é o número de meses que o mesmo está à disposição da empresa, visto que por lei todo funcionário tem direito a um mês de férias durante o ano, exceto aqueles admitidos num período inferior a um ano. Esse direito está computado na coluna de férias e, conseqüentemente, na coluna onde se tem o adicional constitucional de 1/3 sobre as férias. Outro direito computado nessa tabela é o 13º salário. Tendo essas informações, pode-se obter o custo total anual da MOD, conforme demonstrado na Tabela 5, que é de R$ ,81. Tabela 5: Custo total anual da MOD para o empregador. Função Qtde Remuneração anual individual Remuneração total anual Arrematadeira , ,00 Costureira Maq. reta , ,40 Costureira Maq. Overlock , ,36 Costureira Maq. Interlock , ,69 Costureira Maq. Galoneira , ,36 Total , ,81 Além das verbas discriminadas na Tabela 5, o empregador deverá ainda recolher as contribuições sociais que, no caso das indústrias de confecções, atingem 35,3%, sendo 26,8% devidas ao INSS e 8,5% de FGTS. Logo o custo total anual de MOD para o empregador será de R$ ,81x 1,353 = R$ ,19. Com base no custo mensal de MOD, deve-se fazer a apropriação deste custo aos produtos fabricados no mês de acordo com o tempo trabalhado nestes produtos. A Tabela 6 mostra como ficou alocado o custo de MOD aos produtos camisetas gola Pólo e camisetas gola careca. Tabela 6: Alocação do custo de MOD aos produtos. Produto Produção Horas trab. MOD/ mês (R$) MOD/ unit. (R$) Camiseta gola Pólo pç h ,79 2,29 Camiseta gola careca pç h ,77 1,52 Total pç h ,56 Após o cálculo dos custos diretos, que são material direto consumido (MDC) e mãode-obra direta (MOD), tem-se que fazer a alocação dos custos indiretos de fabricação (CIF) através das metodologias propostas, ou seja, por um sistema de custeio ABC. Cabe ressaltar mais uma vez que os custos diretos não geram distorções, pois os mesmos são identificados diretamente a cada produto independentemente da metodologia adotada. 5

6 5. Custeio ABC A seguir, dentro do contexto da empresa estudada, será feita a identificação das atividades relevantes, atribuição de custos a essas atividades, e, finalmente, atribuição dos custos das atividades aos produtos. 5.1 Atividades relevantes Por se tratar de uma pequena empresa, tem-se o setor produtivo como um único processo. Este, conforme descrito anteriormente e apresentado no Quadro 1, tem seu início com o desenvolvimento e aprovação dos modelos. Após a aprovação dos modelos, há a necessidade de comprar o tecido escolhido que ao chegar recebe um descanso de 24 horas, sendo em seguida encaixado nos moldes, riscado e cortado. Depois de cortado e separado os conjuntos, seguem para as operações de costura (overlock, interlock, galoneira e máquina reta), recebendo em seguida o acabamento, que pode ser resumido em tirar pontas de linha, pregar botões, passar e embalar. Desenvolver Separar Costurar Comprar Cortar Acabar Quadro 1: fluxo de atividades do processo produtivo. Fonte: adaptação do processo produtivo da empresa estudada 5.2 Atribuição de custos às atividades Uma vez identificadas às atividades relevantes, descritas acima, dentro do processo, pode-se passar a atribuição dos custos às atividades pela identificação dos recursos consumidos nelas e pela definição dos direcionadores de custos. Vale lembrar que o custo de uma atividade compreende todos os sacrifícios de recursos necessários para desempenhá-la (MARTINS, 1996, p. 101). Cabe ressaltar que se pesquisou apenas aqueles recursos que são comuns a várias atividades, ou seja, os chamados gastos indiretos de fabricação, visto que aqueles que têm identificação direta com os objetos de custos, que são os custos diretos, deverão ser apropriados diretamente para que não ocorram distorções no resultado final. Uma vez identificados os recursos, a próxima etapa consiste em definir os direcionadores de custos que permitirão a distribuição dos custos dos recursos para cada atividade e para os processos. O Quadro 2 apresenta os direcionadores de custos dos recursos. 6

7 Recursos Salários Energia Elétrica Água Telefone/internet Depreciação Aluguel Seguros Assistência de equipamentos Direcionadores de recursos % de tempo na atividade Nº horas / máquinas Nº de empregados Percentual de utilização Nº horas máquinas Área em m^2 Nº horas trabalhadas Nº horas / máquinas Quadro 2: Direcionadores de custos de recursos Fonte: empresa estudada 5.3 Atribuição dos custos das atividades aos produtos Depois de identificadas as atividades, os recursos e os direcionadores de custos dos recursos, o próximo passo é custear os produtos. Então é necessário definir os direcionadores de atividades, ou seja, verificar como os produtos consomem as atividades, indicando a relação entre as atividades e os produtos. Os direcionadores selecionados para atribuir atividades aos produtos estão apresentados no Quadro 3. Processo Atividades Direcionadores Desenvolver modelos Apontamento de tempo Comprar matéria-prima Nº de pedidos Produtivo Cortar Tempo de corte Separar peças Tempo de separação Costurar Tempo de costura Acabar e despachar produtos Tempo de acabamento Quadro 3: Levantamento dos direcionadores de atividades. Fonte: empresa estudada 5.4 Apuração dos custos Os custos diretos serão apropriados diretamente aos produtos sem qualquer tipo de rastreamento ou rateio e os custos indiretos é que serão objetos de estudo para essa metodologia de custeio. Primeiramente, será apresentada a quantidade de direcionadores de recursos para cada atividade tendo por base a definição dos direcionadores de recursos feita na Tabela 7. Tabela 7: Direcionadores de recursos de custos. Atividades % de tempo Nº de horas/máq Área em m² Nº de empregados % de utilização Desenvolver Comprar Cortar Separar Costurar Acabar Total

8 Ao identificar os direcionadores de custos de recursos, deve-se utilizá-los visando determinar quanto desses recursos foram utilizados pelas principais atividades desempenhadas pela empresa. Recursos Valor (R$) Mão-de-obra indireta 9.055,55 Assistência de equipamentos 1200,00 Energia elétrica 425,50 Telefone 450,32 Depreciação 600,17 Aluguel 1800,00 Água 95,75 Internet 120,00 Total dos CIF ,29 Quadro 4: Custos Indiretos de Fabricação. Fonte: empresa estudada No Quadro 4 têm-se os custos indiretos de fabricação da empresa e de acordo com o que foi determinado na Tabela 6 têm-se os direcionadores de custos de cada atividade desenvolvida no processo produtivo desta empresa. De posse destas informações, é apresentado na Tabela 8 a atribuição de custos às atividades. Tabela 8: Atribuição de custos à atividade. Recursos/Atividades Desenv. Comprar Cortar Separar Costurar Acabar Total Mão-de-obra indireta 1811,11 905, ,11 905, ,66 905, ,55 Assistência de equip. 88, ,80 43, ,00 Energia elétrica 31,55 378,62 15,33 425,50 Telefone 225,16 225,16 450,32 Depreciação 44,50 534,05 21,62 600,17 Aluguel 90,00 180,00 225,00 180,00 900,00 225, ,00 Água 3,99 1,99 7,98 5,98 67,82 7,98 95,75 Internet ,00 Total dos CIF 2190, , , , , , ,29 Tendo o custo de cada atividade, é necessário atribuí-lo aos objetos de custo que são os dois produtos fabricados. Para isso devem-se definir os direcionados de custos das atividades como demonstrado na Tabela 9. Tabela 9: Direcionadores de custos das atividades. Direcionador Camiseta Pólo Camiseta Careca Total Nº de pedidos compra Tempo de desenvolver 15,80 15,80 31,60 Tempo de cortar 99,90 56,00 155,90 Tempo de separar 32,40 19,60 52,00 Tempos de costurar 2.310, , ,00 Tempo de acabar 173,10 71,40 244,50 Definido os direcionadores de custos das atividades, pode-se agora obter o custo dos dois produtos tendo, que saber o custo unitário do direcionador, obtido pela divisão do custo de cada atividade pelo número total de direcionadores. De posse do custo unitário do direcionador, chega-se ao custo da atividade atribuído ao produto pela multiplicação deste custo unitário pelo número de direcionadores do produto, conforme está demonstrado na Tabela 10. 8

9 Tabela 10: Custo das atividades aos produtos. Atividades Camiseta Pólo Camiseta Careca Total Desenvolver 1095, , ,26 Comprar 686,35 686, ,70 Cortar 1415,60 793, ,13 Separar 680,11 411, ,53 Costurar 3862, , ,95 Acabar 862,81 355, ,70 Total 8602, , ,27 Tendo atribuído o custo de cada atividade aos produtos, chega-se ao custo unitário de cada produto por atividade através da divisão do custo da atividade por produto pela quantidade produzida de cada um. O resultado está apresentado na Tabela 11. Tabela 11: Custo indireto unitário por produto. Atividades Camiseta Pólo Camiseta Careca Desenvolver 0, ,15645 Comprar 0, ,09805 Cortar 0, ,11336 Separar 0, ,05877 Costurar 0, ,25750 Acabar 0, ,05084 Total 0, ,73497 Com o custo indireto unitário de cada produto, pode-se obter o custo de produção de cada um. Os custos diretos foram obtidos através da identificação aos produtos e os indiretos foram obtidos pelo custeio ABC. A Tabela 12 demonstra o custo de produção pelo custeio ABC. Tabela 12: Custo de produção obtido pelo custeio ABC. Elementos do custo Camiseta Pólo Camiseta Careca MDC 6,58 5,71 MOD 1,40 1,17 CIF 0,96 0,73 Custo de produção 8,94 7,61 Conforme apresentado na Tabela 12, o custo indireto não é tão preponderante nesta empresa, o custo mais significativo é com matéria-prima e mão-de-obra. 6. Considerações Finais As micro e pequenas empresas são fundamentais para o desenvolvimento da economia: em 2001, representavam 2 milhões de micro e pequenas empresas de comércio e serviços em operação no País, ocupavam cerca de 7,3 milhões de pessoas, ou seja, 9,7% da População Ocupada. Essas empresas geraram R$ 168,2 bilhões em receita operacional líquida e R$ 61,8 bilhões em valor adicionado, sendo responsáveis por quase 61% dos postos de trabalho no país (IBGE, 2001). Segundo dados do SEBRAE-SP (2008), de cada 100 novas micro e pequenas empresas abertas no Estado de São Paulo, 27 não conseguem completar um ano de atividade. 9

10 Por isso a necessidade cada vez maior de se fazer uso de tecnologias de gestão e apuração de custos a fim de levar em consideração as necessidades do médio e longo prazo da organização. O setor de confecções entrou em pane depois da abertura da economia, e a concorrência com os produtos asiáticos foi a principal pedra concorrencial no sapato das empresas brasileiras. Em 2006 o setor, que é intensivo em mão-de-obra, sentiu fortemente os efeitos das assimetrias concorrenciais, decorrentes da sobrevalorização do real, da alta carga tributária, juros elevados, e da ausência de medidas compensatórias para estimular o setor produtivo. Indícios de irregularidades em importações de têxteis e de confecção, como subfaturamento, também prejudicaram o setor. Por todas essas considerações, torna-se preponderante entender a estrutura de custeio para tornar-se competitivo não somente em relação à melhor gestão de custos, mas também para direcionar investimentos para a inovação, tão importante para a indústria nacional. Para evidenciar a importância de uma apuração de custos detalhada, este trabalho averiguou o custo do produto através do sistema de custeio ABC, visando analisar a sua relevância e aplicabilidade em empresas de pequeno porte do ramo de confecções. Observa-se pelo estudo que os custos indiretos não são preponderantes na composição dos custos totais da empresa, contudo o mapeamento de todas as atividades e processos demonstram onde os recursos estão sendo empregados, servindo assim, de importante ferramenta de gestão para a tomada de decisão. A despeito de todo esforço por parte das empresas, políticas públicas devem ser canalizadas para a educação empreendedora e para a formação de ambientes desburocratizados, de forma a facilitar e agilizar os processos de acesso à tecnologia e ao crédito, aumentando a competitividade das micro e pequenas empresas e, consequentemente, a competitividade brasileira. Referências ANDRADE, M.M. Como preparar trabalhos para cursos de pós-graduação noções práticas. 5ª ed. São Paulo: Atlas, BOISVERT, Hugues. Contabilidade por atividades: contabilidade de gestão: práticas avançadas. Trad. Antônio Diomário de Queiroz. São Paulo: Atlas, CHING, Hong Yuh. Gestão baseada em custeio por atividades: ABM - Activity Based Management. São Paulo: Atlas, IBGE. Estatística. As Micro e pequenas empresas comerciais e de serviços no Brasil. Disponível em Acesso em 24 jul GIL, A.C. Métodos e técnicas de pesquisa social. 5ª ed. São Paulo: Atlas, GONÇALVES, M. A. et al. Teoria e prática na implementação do método de custeio ABC na produção: um estudo de caso em uma grande empresa metalúrgica de Minas Gerais. In: Simpósio de Engenharia de Produção (XIII SIMPEP), HARRINGTON, H. James. Aperfeiçoando processos empresariais: estratégia revolucionária para o aperfeiçoamento da qualidade, da produtividade e da competitividade. Trad. Luiz Liske; revisão Luciano Saboia Lopes Filho. São Paulo: Makron Books, KAPLAN, Robert S., COOPER, Robin. Custo & desempenho: administre seus custos para ser mais competitivo. Trad. O. P. Traduções. São Paulo: Futura, MARTINS, Eliseu. Contabilidade de custos. 5.ed. São Paulo: Atlas, NAKAGAWA, Masayuki. ABC - Custeio baseado em atividades. São Paulo: Atlas,

11 REBELATTO, D. N. et al. O custeio por absorção como ferramenta de decisão para uma empresa no setor agroindustrial: o caso da indústria de polpa de coco. In: Gestão da Produção, Operações e Sistema (GEPROS), Ano 1, nº 3, p , SEBRAE-SP. Pequenas empresas paulistas sobrevivem mais Disponível em Acesso em 01 jul YIN, R.K. Estudo de caso: planejamento e métodos. Porto Alegre: Bookman,

CUSTEIO POR ABSORÇÃO X CUSTEIO ABC

CUSTEIO POR ABSORÇÃO X CUSTEIO ABC Resumo CUSTEIO POR ABSORÇÃO X CUSTEIO ABC Ana Paula Ferreira Azevedo Faculdade de Ciências Econômicas, Administrativas e da Computação Dom Bosco Associação Educacional Dom Bosco E-mail: apfazevedo@ig.com.br

Leia mais

Profa. Ma. Divane A. Silva. Unidade II ANÁLISE DE CUSTOS

Profa. Ma. Divane A. Silva. Unidade II ANÁLISE DE CUSTOS Profa. Ma. Divane A. Silva Unidade II ANÁLISE DE CUSTOS A disciplina está dividida em 02 unidades. Unidade I 1. Custos para Controle 2. Departamentalização 3. Custo Padrão Unidade II 4. Custeio Baseado

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA

A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA 553 A IMPORTÂNCIA DA GESTÃO DE CUSTOS NA ELABORAÇÃO DO PREÇO DE VENDA Irene Caires da Silva 1, Tamires Fernanda Costa de Jesus, Tiago Pinheiro 1 Docente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. 2 Discente

Leia mais

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade?

1 - Por que a empresa precisa organizar e manter sua contabilidade? Nas atividades empresariais, a área financeira assume, a cada dia, funções mais amplas de coordenação entre o operacional e as expectativas dos acionistas na busca de resultados com os menores riscos.

Leia mais

SISTEMA DE CUSTEIO ABC ACTIVITY BASED COSTING. Jaime José Veloso

SISTEMA DE CUSTEIO ABC ACTIVITY BASED COSTING. Jaime José Veloso SISTEMA DE CUSTEIO ABC ACTIVITY BASED COSTING Métodos de Custeio Os métodos de custeio são as maneiras de alocação dos custos aos produtos e serviços. São três os métodos mais utilizados: Custeio por absorção

Leia mais

CONTABILIDADE DE CUSTOS. A necessidade da análise e do controle dos gastos empresariais acentua-se à medida que cresce a competição entre as empresas.

CONTABILIDADE DE CUSTOS. A necessidade da análise e do controle dos gastos empresariais acentua-se à medida que cresce a competição entre as empresas. CONTABILIDADE DE CUSTOS A necessidade da análise e do controle dos gastos empresariais acentua-se à medida que cresce a competição entre as empresas. A Contabilidade de Custos que atende essa necessidade

Leia mais

Resumo Aula-tema 07: Gestão de Custos

Resumo Aula-tema 07: Gestão de Custos Resumo Aula-tema 07: Gestão de Custos Vimos até então que a gestão contábil e a gestão financeira são de extrema importância para decisões gerenciais, pois possibilitam ao pequeno gestor compreender as

Leia mais

Esquema Básico da Contabilidade de Custos

Esquema Básico da Contabilidade de Custos Tema Esquema Básico da Contabilidade De Custos Projeto Curso Disciplina Tema Professor Engenharia de Produção Custos Industriais Esquema Básico da Contabilidade de Custos Luizete Aparecida Fabbris Kenedy

Leia mais

5 Análise dos resultados

5 Análise dos resultados 5 Análise dos resultados Neste capitulo será feita a análise dos resultados coletados pelos questionários que foram apresentados no Capítulo 4. Isso ocorrerá através de análises global e específica. A

Leia mais

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária

ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA. Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária ESTUDO DE CUSTOS E FORMAÇÃO DE PREÇO PARA EMPREENDIMENTOS DA ECONOMIA SOLIDÁRIA Autores: Fábio Bruno da Silva Marcos Paulo de Sá Mello Palavras-Chave: Custos, Formação de Preço, Economia Solidária INTRODUÇÃO

Leia mais

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PRIAD ADMINISTRAÇÃO DE CUSTOS. Nome: RA: Turma: Assinatura:

UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PRIAD ADMINISTRAÇÃO DE CUSTOS. Nome: RA: Turma: Assinatura: UNIVERSIDADE SÃO JUDAS TADEU PRIAD ADMINISTRAÇÃO DE CUSTOS Nome: RA: Turma: Assinatura: EXERCÍCIO 1 Classifique os itens abaixo em: Custos, Despesas ou Investimentos a) Compra de Matéria Prima b) Mão de

Leia mais

Sistema de Custos ABC. As Inadequações do Sistema Tradicional de custos ao Novo Ambiente de Produção

Sistema de Custos ABC. As Inadequações do Sistema Tradicional de custos ao Novo Ambiente de Produção Sistema de Custos ABC 85 As Inadequações do Sistema Tradicional de custos ao Novo Ambiente de Produção 86 80% 70% 60% 50% 40% As Inadequações do Sistema Tradicional de custos ao Novo Ambiente de Produção

Leia mais

CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO

CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO CUSTOS DA QUALIDADE EM METALURGICAS DO SEGMENTOS DE ELEVADORES PARA OBRAS CÍVIS - ESTUDO DE CASO José Roberto Santana Alexandre Ripamonti Resumo: Com a globalização da economia, as empresas, enfrentam

Leia mais

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios

Pequenas e Médias Empresas no Canadá. Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios Pequenas e Médias Empresas no Canadá Pequenos Negócios Conceito e Principais instituições de Apoio aos Pequenos Negócios De acordo com a nomenclatura usada pelo Ministério da Indústria do Canadá, o porte

Leia mais

Carga Horária :144h (07/04 a 05/09/2014) 1. JUSTIFICATIVA: 2. OBJETIVO(S):

Carga Horária :144h (07/04 a 05/09/2014) 1. JUSTIFICATIVA: 2. OBJETIVO(S): Carga Horária :144h (07/04 a 05/09/2014) 1. JUSTIFICATIVA: Nos últimos anos, o cenário econômico mundial vem mudando significativamente em decorrência dos avanços tecnológicos, da globalização, das mega

Leia mais

Custos Logísticos. Não basta somente realizar tarefas, é preciso ser assertivo.

Custos Logísticos. Não basta somente realizar tarefas, é preciso ser assertivo. É todo custo gerado por operações logística em uma empresa, visando atender as necessidades dos clientes de qualidade custo e principalmente prazo. Não basta somente realizar tarefas, é preciso ser assertivo.

Leia mais

"Gestão Contábil para micro e. pequenas empresas: tomada

Gestão Contábil para micro e. pequenas empresas: tomada "Gestão Contábil para micro e pequenas empresas: tomada de decisão Julio Cesar. Pergunta: - O que é importante na tomada de decisão. O que devemos saber para decidir algo?? Algumas INFORMAÇÕES acerca do

Leia mais

Gerações do ABC: evolução e sua tendência

Gerações do ABC: evolução e sua tendência Gerações do ABC: evolução e sua tendência Angela Maria Ribeiro (UNITAU) angela.mribeiro@gmail.com Álvaro Azevedo Cardoso, PhD (UNITAU) alvaro@unitau.br Carlos Alberto Chaves, Dr (UNITAU) carloschaves@yahoo.com.br

Leia mais

APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE CUSTEIO: VARIÁVEL E POR ABSORÇÃO, PARA O PROCESSO DECISÓRIO GERENCIAL DOS CUSTOS

APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE CUSTEIO: VARIÁVEL E POR ABSORÇÃO, PARA O PROCESSO DECISÓRIO GERENCIAL DOS CUSTOS APLICAÇÃO DOS MÉTODOS DE CUSTEIO: VARIÁVEL E POR ABSORÇÃO, PARA O PROCESSO DECISÓRIO GERENCIAL DOS CUSTOS ANACLETO G. 1 1. INTRODUÇÃO Este estudo tem a finalidade de apuração dos resultados aplicados pelos

Leia mais

Taxa de Aplicação de CIP (Custos Indiretos de Produção)

Taxa de Aplicação de CIP (Custos Indiretos de Produção) Projeto Curso Disciplina Tema Professor Pós-graduação MBA em Engenharia de Produção Custos Industriais Aplicação de Custos Diretos e Indiretos Luizete Fabris Introdução tema. Assista à videoaula do professor

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da

Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Universidade de Brasília Faculdade de Economia, Administração, Contabilidade e Ciência da Informação e Documentação Departamento de Ciência da Informação e Documentação Disciplina: Planejamento e Gestão

Leia mais

SETIS- III Seminário de Tecnologia Inovação e Sustentabilidade 4 e 5 de novembro de 2014.

SETIS- III Seminário de Tecnologia Inovação e Sustentabilidade 4 e 5 de novembro de 2014. A importância da comunicação no gerenciamento de projetos de softwares: reflexões teóricas Lucas Krüger lucas_kruger-@hotmail.com Resumo: Esse artigo objetiva estudar a comunicação entre cliente e desenvolvedor

Leia mais

CONTABILIDADE E GESTÃO DE CONTROLE DE ESTOQUE NA EMPRESA

CONTABILIDADE E GESTÃO DE CONTROLE DE ESTOQUE NA EMPRESA MARCIO REIS - R.A MICHELE CRISTINE RODRIGUES DE OLIVEIRA R.A 1039074 RENATA COSTA DA SILVA SIMIÃO R.A 1039444 Ciências Contábeis CONTABILIDADE E GESTÃO DE CONTROLE DE ESTOQUE NA EMPRESA Orientador: Prof.

Leia mais

O custeio ABC e sua utilização para estudar o preço de venda de produtos em uma empresa alimentícia e outra de bem durável na cidade de Uberlândia

O custeio ABC e sua utilização para estudar o preço de venda de produtos em uma empresa alimentícia e outra de bem durável na cidade de Uberlândia O custeio ABC e sua utilização para estudar o preço de venda de produtos em uma empresa alimentícia e outra de bem durável na cidade de Uberlândia Elaine Gomes Assis (UNIMINAS) elainega@uniminas.br Luciane

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 02 A função da Administração Financeira Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO A função da Administração Financeira... 3 1. A Administração Financeira... 3 2. A função

Leia mais

CUSTOS NA PEQUENA INDÚSTRIA

CUSTOS NA PEQUENA INDÚSTRIA 1 CUSTOS NA PEQUENA INDÚSTRIA O Sr. Roberval, proprietário de uma pequena indústria, sempre conseguiu manter sua empresa com um bom volume de vendas. O Sr. Roberval acredita que uma empresa, para ter sucesso,

Leia mais

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005

SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 SISTEMAS DE GESTÃO São Paulo, Janeiro de 2005 ÍNDICE Introdução...3 A Necessidade do Gerenciamento e Controle das Informações...3 Benefícios de um Sistema de Gestão da Albi Informática...4 A Ferramenta...5

Leia mais

Estudo da linha de produção de uma fábrica de ração

Estudo da linha de produção de uma fábrica de ração Estudo da linha de produção de uma fábrica de ração Laureilton José Almeida BORGES¹; Warley Alves Coutinho CHAVES¹; Júlio César Benfenatti FERREIRA 2 ; Adriana Giarolla VILAMAIOR 2 ¹ Estudante de Engenharia

Leia mais

Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional

Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional Resumo Aula-tema 04: Dinâmica Funcional O tamanho que a micro ou pequena empresa assumirá, dentro, é claro, dos limites legais de faturamento estipulados pela legislação para um ME ou EPP, dependerá do

Leia mais

Discente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. Docente do Curso de Ciências Contábeis da UNOESTE. E mail: irene@unoeste.br

Discente da Universidade do Oeste Paulista UNOESTE. Docente do Curso de Ciências Contábeis da UNOESTE. E mail: irene@unoeste.br Encontro de Ensino, Pesquisa e Extensão, Presidente Prudente, 22 a 25 de outubro, 2012 425 FORMAÇÃO DO PREÇO DE VENDA NA MICRO E PEQUENA EMPRESA Cassia de Matos Ramos 1, Dayane Cristina da Silva 1, Nathana

Leia mais

Custeio Variável e Margem de Contribuição

Custeio Variável e Margem de Contribuição Tema Custeio Variável e Margem de Contribuição Projeto Curso Disciplina Tema Professora Pós-graduação MBA em Engenharia da Produção Custos Industriais Custeio Variável e Margem de Contribuição Luizete

Leia mais

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS

PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS 1 PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE MINAS GERAIS Instituto de Ciências Econômicas e Gerencias Curso de Ciências Contábeis Controladoria em Agronegócios ANÁLISE COMPARATIVA DO CUSTEIO POR ABSORÇÃO E DO

Leia mais

4 Metodologia da Pesquisa

4 Metodologia da Pesquisa 79 4 Metodologia da Pesquisa Este capítulo se preocupa em retratar como se enquadra a pesquisa de campo e como foram desenvolvidas as entrevistas incluindo o universo pesquisado e a forma de analisá-las

Leia mais

A Análise dos Custos Logísticos: Fatores complementares na composição dos custos de uma empresa

A Análise dos Custos Logísticos: Fatores complementares na composição dos custos de uma empresa Instituto de Educação Tecnológica Pós-graduação Engenharia de Custos e Orçamentos Turma 01 10 de outubro de 2012 A Análise dos Custos Logísticos: Fatores complementares na composição dos custos de uma

Leia mais

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado

2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado 2. Função Produção/Operação/Valor Adicionado Conteúdo 1. Função Produção 3. Administração da Produção 1 Bibliografia Recomenda Livro Texto: Introdução à Administração Eunice Lacava Kwasnicka - Editora

Leia mais

Abaixo segue a demonstração dos resultados da empresa.

Abaixo segue a demonstração dos resultados da empresa. Exercício de Acompanhamento II A NAS Car produz acessórios esportivos personalizados para automóveis. Ela se especializou em manoplas de câmbio, tendo desenvolvida uma linha padronizada em alumínio polido

Leia mais

29/10/2014. Métodos de Custeio TEORIA DA DECISÃO MODELOS DE DECISÃO TEORIA DA MENSURAÇÃO MODELOS DE MENSURAÇÃO. Formas de Custeio

29/10/2014. Métodos de Custeio TEORIA DA DECISÃO MODELOS DE DECISÃO TEORIA DA MENSURAÇÃO MODELOS DE MENSURAÇÃO. Formas de Custeio Gestão de Custos TEORIA DA DECISÃO MODELOS DE DECISÃO Métodos de Custeio TEORIA DA MENSURAÇÃO MODELOS DE MENSURAÇÃO Formas de Custeio TEORIA DA INFORMAÇÃO MODELOS DE INFORMAÇÃO Sistemas de acumulação A

Leia mais

TEMA: A importância da Micro e Pequena Empresa para Goiás

TEMA: A importância da Micro e Pequena Empresa para Goiás TEMA: A importância da Micro e Pequena Empresa para Goiás O presente informe técnico tem o objetivo de mostrar a importância da micro e pequena empresa para o Estado de Goiás, em termos de geração de emprego

Leia mais

7. Viabilidade Financeira de um Negócio

7. Viabilidade Financeira de um Negócio 7. Viabilidade Financeira de um Negócio Conteúdo 1. Viabilidade de um Negócios 2. Viabilidade Financeira de um Negócio: Pesquisa Inicial 3. Plano de Viabilidade Financeira de um Negócio Bibliografia Obrigatória

Leia mais

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios

FATEC Cruzeiro José da Silva. Ferramenta CRM como estratégia de negócios FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Cruzeiro SP 2008 FATEC Cruzeiro José da Silva Ferramenta CRM como estratégia de negócios Projeto de trabalho de formatura como requisito

Leia mais

ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET

ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET AULA 05 ASSUNTO DO MATERIAL DIDÁTICO: SISTEMAS DE INFORMAÇÃO E AS DECISÕES GERENCIAIS NA ERA DA INTERNET JAMES A. O BRIEN MÓDULO 01 Páginas 26 à 30 1 AULA 05 DESAFIOS GERENCIAIS DA TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO

Leia mais

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO

TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO TRABALHOS TÉCNICOS Coordenação de Documentação e Informação INOVAÇÃO E GERENCIAMENTO DE PROCESSOS: UMA ANÁLISE BASEADA NA GESTÃO DO CONHECIMENTO INTRODUÇÃO Os processos empresariais são fluxos de valor

Leia mais

Título do Case: Desafio de obter a confiança na EJ: Análise de Custos para Grande Empresa. Categoria: Projeto Externo

Título do Case: Desafio de obter a confiança na EJ: Análise de Custos para Grande Empresa. Categoria: Projeto Externo Título do Case: Desafio de obter a confiança na EJ: Análise de Custos para Grande Empresa. Categoria: Projeto Externo Resumo: Uma detalhada análise dos custos incorridos num processo produtivo é de fundamental

Leia mais

QUANTO CUSTA MANTER UM ESTOQUE

QUANTO CUSTA MANTER UM ESTOQUE QUANTO CUSTA MANTER UM ESTOQUE! Qual o valor de um estoque?! Quanto de material vale a pena manter em estoque?! Como computar o valor da obsolescência no valor do estoque?! Qual o custo de um pedido?!

Leia mais

Gestão de custos um fator de sobrevivência para as empresas

Gestão de custos um fator de sobrevivência para as empresas Gestão de custos um fator de sobrevivência para as empresas Paula Michelle Purcidonio (UTFPR) ppurcidonio@ig.com.br Kazuo Hatakeyama (UTFPR) hatakeyama@pg.cefetpr.br Resumo Com a atual competitividade

Leia mais

Potencial Econômico dos Clientes dos Corretores de Seguros Independentes do Estado de São Paulo Francisco Galiza www.ratingdeseguros.com.

Potencial Econômico dos Clientes dos Corretores de Seguros Independentes do Estado de São Paulo Francisco Galiza www.ratingdeseguros.com. Potencial Econômico dos Clientes dos Corretores de Seguros Independentes do Estado de São Paulo Francisco Galiza www.ratingdeseguros.com.br Julho/2005 1) Introdução O objetivo deste estudo foi avaliar

Leia mais

INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA. Prof. Eric Duarte Campos

INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA. Prof. Eric Duarte Campos INTRODUÇÃO A ADMINISTRAÇÃO FINANCEIRA Prof. Eric Duarte Campos Objetivos da aula: O objetivo dessa aula é apresentar Noções de tipos básicos de tomadas de decisões; Objetivos da Administração Financeira.

Leia mais

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior

MRP II. Planejamento e Controle da Produção 3 professor Muris Lage Junior MRP II Introdução A lógica de cálculo das necessidades é conhecida há muito tempo Porém só pode ser utilizada na prática em situações mais complexas a partir dos anos 60 A partir de meados da década de

Leia mais

AUTOR(ES): IANKSAN SILVA PEREIRA, ALINE GRAZIELE CARDOSO FEITOSA, DANIELE TAMIE HAYASAKA, GABRIELA LOPES COELHO, MARIA LETICIA VIEIRA DE SOUSA

AUTOR(ES): IANKSAN SILVA PEREIRA, ALINE GRAZIELE CARDOSO FEITOSA, DANIELE TAMIE HAYASAKA, GABRIELA LOPES COELHO, MARIA LETICIA VIEIRA DE SOUSA Anais do Conic-Semesp. Volume 1, 2013 - Faculdade Anhanguera de Campinas - Unidade 3. ISSN 2357-8904 TÍTULO: TECNOLOGIA E SUA INFLUÊNCIA NA QUALIDADE DA GESTÃO CONTÁBIL. CATEGORIA: EM ANDAMENTO ÁREA: CIÊNCIAS

Leia mais

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO HOSPITALAR: ESTUDO DE CASO NO HOSPITAL SÃO LUCAS

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO HOSPITALAR: ESTUDO DE CASO NO HOSPITAL SÃO LUCAS SISTEMAS DE INFORMAÇÃO NA GESTÃO HOSPITALAR: ESTUDO DE CASO NO HOSPITAL SÃO LUCAS Renata Pinto Dutra Ferreira Especialista Administração de Sistemas de Informação Instituto Presidente Tancredo de Almeida

Leia mais

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - DVA

DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - DVA DEMONSTRAÇÃO DO VALOR ADICIONADO - DVA Sumário 1. Considerações Iniciais 2. Estrutura da Demonstração do Valor Adicionado 2.1 - Grupo de Receita Bruta - Outras Receitas 2.2 - Grupo de Insumos Adquiridos

Leia mais

CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES UMA VISÃO GERENCIAL E FINANCEIRA

CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES UMA VISÃO GERENCIAL E FINANCEIRA CUSTEIO BASEADO EM ATIVIDADES UMA VISÃO GERENCIAL E FINANCEIRA Diego Leal Silva Santos RESUMO Nos dias atuais têm surgido vários trabalhos que versam sobre custos, tais como, artigos, livros, monografias,

Leia mais

PLANEJAMENTO DE DESPESAS- CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO,DESPESAS DE VENDAS E ADMINISTRATIVAS VALDIANA SILVEIRA RAFAEL MESQUITA

PLANEJAMENTO DE DESPESAS- CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO,DESPESAS DE VENDAS E ADMINISTRATIVAS VALDIANA SILVEIRA RAFAEL MESQUITA PLANEJAMENTO DE DESPESAS- CUSTOS INDIRETOS DE PRODUÇÃO,DESPESAS DE VENDAS E ADMINISTRATIVAS VALDIANA SILVEIRA RAFAEL MESQUITA PLANEJAMENTO E DESPESAS O controle de custos deve estar associado a programas

Leia mais

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras

A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras A Importância do CRM nas Grandes Organizações Brasileiras Por Marcelo Bandeira Leite Santos 13/07/2009 Resumo: Este artigo tem como tema o Customer Relationship Management (CRM) e sua importância como

Leia mais

OS EFEITOS DOS CUSTOS NA INDÚSTRIA

OS EFEITOS DOS CUSTOS NA INDÚSTRIA 3 OS EFEITOS DOS CUSTOS NA INDÚSTRIA O Sr. Silva é proprietário de uma pequena indústria que atua no setor de confecções de roupas femininas. Já há algum tempo, o Sr. Silva vem observando a tendência de

Leia mais

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES?

PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? PLANEJAMENTO OPERACIONAL - MARKETING E PRODUÇÃO MÓDULO 3 O QUE É PLANEJAMENTO DE VENDAS E OPERAÇÕES? Índice 1. O que é planejamento de...3 1.1. Resultados do planejamento de vendas e operações (PVO)...

Leia mais

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia

Módulo 1 Questões Básicas da Economia. 1.1. Conceito de Economia Módulo 1 Questões Básicas da Economia 1.1. Conceito de Economia Todos nós temos uma série de necessidades. Precisamos comer, precisamos nos vestir, precisamos estudar, precisamos nos locomover, etc. Estas

Leia mais

1. Introdução. 1.1 Apresentação

1. Introdução. 1.1 Apresentação 1. Introdução 1.1 Apresentação Empresas que têm o objetivo de melhorar sua posição competitiva diante do mercado e, por consequência tornar-se cada vez mais rentável, necessitam ter uma preocupação contínua

Leia mais

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM

Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM Gestão de Relacionamento com o Cliente CRM Fábio Pires 1, Wyllian Fressatti 1 Universidade Paranaense (Unipar) Paranavaí PR Brasil pires_fabin@hotmail.com wyllian@unipar.br RESUMO. O projeto destaca-se

Leia mais

CUSTOS LOGÍSTICOS - UMA VISÃO GERENCIAL

CUSTOS LOGÍSTICOS - UMA VISÃO GERENCIAL CUSTOS LOGÍSTICOS - UMA VISÃO GERENCIAL Data: 10/12/1998 Maurício Lima INTRODUÇÃO Um dos principais desafios da logística moderna é conseguir gerenciar a relação entre custo e nível de serviço (trade-off).

Leia mais

Administração 5ª Série Contabilidade de Custos

Administração 5ª Série Contabilidade de Custos Administração 5ª Série Contabilidade de Custos A Atividade Prática Supervisionada (ATPS) é um procedimento metodológico de ensinoaprendizag desenvolvido por meio de etapas, acompanhadas pelo professor,

Leia mais

Engenharia de Produção Custos Industriais Fundamentação Conceitual de Custos Luizete Aparecida Fabbris

Engenharia de Produção Custos Industriais Fundamentação Conceitual de Custos Luizete Aparecida Fabbris Tema Fundamentação Conceitual de Custos Projeto Curso Disciplina Tema Professor Pós-graduação Engenharia de Produção Custos Industriais Fundamentação Conceitual de Custos Luizete Aparecida Fabbris Introdução

Leia mais

Princípios de Finanças

Princípios de Finanças Princípios de Finanças Apostila 03 O objetivo da Empresa e as Finanças Professora: Djessica Karoline Matte 1 SUMÁRIO O objetivo da Empresa e as Finanças... 3 1. A relação dos objetivos da Empresa e as

Leia mais

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS 1ª série Empreendedorismo Administração A atividade prática supervisionada (ATPS) é um método de ensino-aprendizagem desenvolvido por meio de um conjunto de atividades

Leia mais

REVISTA SCIENTIFIC MAGAZINE

REVISTA SCIENTIFIC MAGAZINE APLICAÇÃO DA CONTABILIDADE DE CUSTO NO SALÃO DE BELEZA X Virginia Tavares 1 RESUMO O presente artigo tem como objetivo analisar na prática como acontece a aplicação da contabilidade de custo numa empresa

Leia mais

Curso de Engenharia de Produção. Noções de Engenharia de Produção

Curso de Engenharia de Produção. Noções de Engenharia de Produção Curso de Engenharia de Produção Noções de Engenharia de Produção - Era mercantilista: Receita (-) Custo das mercadorias vendidas (comprada de artesãos) = Lucro Bruto (-) Despesas = Lucro Líquido - Empresas

Leia mais

DATA WAREHOUSE NO APOIO À TOMADA DE DECISÕES

DATA WAREHOUSE NO APOIO À TOMADA DE DECISÕES DATA WAREHOUSE NO APOIO À TOMADA DE DECISÕES Janaína Schwarzrock jana_100ideia@hotmail.com Prof. Leonardo W. Sommariva RESUMO: Este artigo trata da importância da informação na hora da tomada de decisão,

Leia mais

INDICADORES DE RENTABILIDADE: UMA ANÁLISE ECONOMICO FINANCEIRA SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS DA INDÚSTRIA ROMIA S/A

INDICADORES DE RENTABILIDADE: UMA ANÁLISE ECONOMICO FINANCEIRA SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS DA INDÚSTRIA ROMIA S/A INDICADORES DE RENTABILIDADE: UMA ANÁLISE ECONOMICO FINANCEIRA SOBRE AS DEMONSTRAÇÕES CONTABEIS DA INDÚSTRIA ROMIA S/A AUTOR ANTONIA TASSILA FARIAS DE ARAÚJO UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ RESUMO O presente

Leia mais

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000)

MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) MÓDULO 14 Sistema de Gestão da Qualidade (ISO 9000) Ao longo do tempo as organizações sempre buscaram, ainda que empiricamente, caminhos para sua sobrevivência, manutenção e crescimento no mercado competitivo.

Leia mais

Revista Contemporânea de Contabilidade ISSN: 1807-1821 sensslin@gmail.com Universidade Federal de Santa Catarina Brasil

Revista Contemporânea de Contabilidade ISSN: 1807-1821 sensslin@gmail.com Universidade Federal de Santa Catarina Brasil ISSN: 1807-1821 sensslin@gmail.com Universidade Federal de Santa Catarina Brasil Queiroz, Antônio Diomário de; Costa, Renato; Gomes Silva, Sônia Maria da O ABC em uma empresa de desenvolvimento de Software:

Leia mais

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11

GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 GESTÃO DAS INFORMAÇÕES DAS ORGANIZAÇÕES MÓDULO 11 Índice 1. Importância do ERP para as organizações...3 2. ERP como fonte de vantagem competitiva...4 3. Desenvolvimento e implantação de sistema de informação...5

Leia mais

APURAÇÃO DO RESULTADO (1)

APURAÇÃO DO RESULTADO (1) APURAÇÃO DO RESULTADO (1) Isnard Martins - UNESA Rodrigo de Souza Freitas http://www.juliobattisti.com.br/tutoriais/rodrigosfreitas/conhecendocontabilidade012.asp 1 Apuração do Resultado A maioria das

Leia mais

ÍNDICE. Estruturação e Organização da Matéria Prima...

ÍNDICE. Estruturação e Organização da Matéria Prima... ÍNDICE Apuração de Custos Estruturação e Organização I - Custos de Produção Custos Diretos Estruturação para a Apuração de Custo Matérias Primas, Produtos Químicos... Estruturação e Organização da Matéria

Leia mais

Superando desafios em Centros de Distribuição com Voice Picking. Rodrigo Bacelar ID Logistics Paula Saldanha Vocollect

Superando desafios em Centros de Distribuição com Voice Picking. Rodrigo Bacelar ID Logistics Paula Saldanha Vocollect Superando desafios em Centros de Distribuição com Voice Picking Rodrigo Bacelar ID Logistics Paula Saldanha Vocollect Prêmio ABRALOG Índice Informações Gerais... 3 Dificuldades Encontradas...............

Leia mais

Sistemas de Informação I

Sistemas de Informação I + Sistemas de Informação I Dimensões de análise dos SI Ricardo de Sousa Britto rbritto@ufpi.edu.br + Introdução n Os sistemas de informação são combinações das formas de trabalho, informações, pessoas

Leia mais

DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006

DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006 DESENVOLVIMENTO DAS MICRO E PEQUENAS EMPRESAS, GERAÇÃO DE EMPREGO E INCLUSÃO SOCIAL. XII Seminario del CILEA Bolívia 23 a 25/06/2006 Conteúdo 1. O Sistema SEBRAE; 2. Brasil Caracterização da MPE; 3. MPE

Leia mais

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira

Prof. Cleber Oliveira Gestão Financeira Aula 2 Gestão de Fluxo de Caixa Introdução Ao estudarmos este capítulo, teremos que nos transportar aos conceitos de contabilidade geral sobre as principais contas contábeis, tais como: contas do ativo

Leia mais

OBSERVATÓRIO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO. Palavras-chave: Gestão da Informação. Gestão do conhecimento. OGI. Google alertas. Biblioteconomia.

OBSERVATÓRIO DE GESTÃO DA INFORMAÇÃO. Palavras-chave: Gestão da Informação. Gestão do conhecimento. OGI. Google alertas. Biblioteconomia. XIV Encontro Regional dos Estudantes de Biblioteconomia, Documentação, Ciência da Informação e Gestão da Informação - Região Sul - Florianópolis - 28 de abril a 01 de maio de 2012 RESUMO OBSERVATÓRIO DE

Leia mais

08/03/2009. Como mostra a pirâmide da gestão no slide seguinte... Profª. Kelly Hannel. Fonte: adaptado de Laudon, 2002

08/03/2009. Como mostra a pirâmide da gestão no slide seguinte... Profª. Kelly Hannel. Fonte: adaptado de Laudon, 2002 Pirâmide da Gestão Profª. Kelly Hannel Fonte: adaptado de Laudon, 2002 Diferentes tipos de SIs que atendem diversos níveis organizacionais Sistemas do nível operacional: dão suporte a gerentes operacionais

Leia mais

Como funcionam as micro e pequenas empresas

Como funcionam as micro e pequenas empresas Como funcionam as micro e pequenas empresas Introdução Elas são 99,2% das empresas brasileiras. Empregam cerca de 60% das pessoas economicamente ativas do País, mas respondem por apenas 20% do Produto

Leia mais

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade

Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade Estruturando o modelo de RH: da criação da estratégia de RH ao diagnóstico de sua efetividade As empresas têm passado por grandes transformações, com isso, o RH também precisa inovar para suportar os negócios

Leia mais

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS

ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS ATIVIDADES PRÁTICAS SUPERVISIONADAS Administração 6ª Série Planejamento, Programação e Controle de Produção A atividade prática supervisionada (ATPS) é um método de ensino-aprendizagem desenvolvido por

Leia mais

A ESCOLHA DO SOFTWARE PARA INFORMATIZAÇÃO DA SUA EMPRESA

A ESCOLHA DO SOFTWARE PARA INFORMATIZAÇÃO DA SUA EMPRESA A ESCOLHA DO SOFTWARE PARA INFORMATIZAÇÃO DA SUA EMPRESA Necessidade de informatizar a empresa Uma senhora muito simpática, Dona Maria das Coxinhas, feliz proprietária de um comércio de salgadinhos, está,

Leia mais

ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração

ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração ISO/IEC 12207: Gerência de Configuração Durante o processo de desenvolvimento de um software, é produzida uma grande quantidade de itens de informação que podem ser alterados durante o processo Para que

Leia mais

Terminologias e Classificações

Terminologias e Classificações Terminologias e Classificações Ramos da Contabilidade Definições Contabilidade Financeira: ciência social aplicada que capta, registra, resume, interpreta e evidencia fenômenos que afetam a situação financeira

Leia mais

SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL

SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL SIMULAÇÃO DE GESTÃO EMPRESARIAL I INTRODUÇÃO O JOGO DE GESTÃO EMPRESARIAL é uma competição que simula a concorrência entre empresas dentro de um mercado. O jogo se baseia num modelo que abrange ao mesmo

Leia mais

Pesquisa Operacional. 4x1+3x2 <=1 0 6x1 - x2 >= 20 X1 >= 0 X2 >= 0 PESQUISA OPERACIONAL PESQUISA OPERACIONAL PESQUISA OPERACIONAL PESQUISA OPERACIONAL

Pesquisa Operacional. 4x1+3x2 <=1 0 6x1 - x2 >= 20 X1 >= 0 X2 >= 0 PESQUISA OPERACIONAL PESQUISA OPERACIONAL PESQUISA OPERACIONAL PESQUISA OPERACIONAL Modelo em Programação Linear Pesquisa Operacional A programação linear é utilizada como uma das principais técnicas na abordagem de problemas em Pesquisa Operacional. O modelo matemático de programação

Leia mais

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares

Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Universidade de Brasília Faculdade de Ciência da Informação Profa. Lillian Alvares Existem três níveis distintos de planejamento: Planejamento Estratégico Planejamento Tático Planejamento Operacional Alcance

Leia mais

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que

EDITAL SENAI SESI DE INOVAÇÃO. Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui. Complexidade das tecnologias critério de avaliação que ANEXO II Caráter inovador projeto cujo escopo ainda não possui registro em base de patentes brasileira. Também serão considerados caráter inovador para este Edital os registros de patente de domínio público

Leia mais

Núcleo de Pós Graduação Pitágoras. Sistema de Informação de Marketing: ferramenta de construção da vantagem competitiva em organizações 03/09/2008

Núcleo de Pós Graduação Pitágoras. Sistema de Informação de Marketing: ferramenta de construção da vantagem competitiva em organizações 03/09/2008 Núcleo de Pós Graduação Pitágoras Professor: Fernando Zaidan Disciplina: Arquitetura da Informática e Automação MBA Gestão em Tecnologia da Informaçao Sistema de Informação de Marketing: ferramenta de

Leia mais

DESPESAS FIXAS. O que são Despesas Fixas?

DESPESAS FIXAS. O que são Despesas Fixas? Conceitos de Gestão O intuito desse treinamento, é apresentar aos usuários do software Profit, conceitos de gestão que possam ser utilizados em conjunto com as informações disponibilizadas pelo sistema.

Leia mais

OS NEGÓCIOS LUCRO = VOLUME PRODUZIDO X PREÇO - CUSTO

OS NEGÓCIOS LUCRO = VOLUME PRODUZIDO X PREÇO - CUSTO OS NEGÓCIOS Odilio Sepulcri* INTRODUÇÃO A sobrevivência dos negócios, dentre outros fatores, se dará pela sua capacidade de gerar lucro. O lucro, para um determinado produto, independente da forma como

Leia mais

Plano de Negócio. (Projeto de Viabilidade Econômica) Escritório de Contabilidade na Cidade de Marialva

Plano de Negócio. (Projeto de Viabilidade Econômica) Escritório de Contabilidade na Cidade de Marialva Plano de Negócio (Projeto de Viabilidade Econômica) Escritório de Contabilidade na Cidade de Marialva Caracterização do Empreendimento Trata o presente de análise de viabilidade de mercado e de viabilidade

Leia mais

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL Renara Tavares da Silva* RESUMO: Trata-se de maneira ampla da vitalidade da empresa fazer referência ao Capital de Giro, pois é através deste que a mesma pode

Leia mais

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Processos Técnicos - Aulas 4 e 5 Trabalho / PEM Tema: Frameworks Públicos Grupo: equipe do TCC Entrega: versão digital, 1ª semana de Abril (de 31/03 a 04/04), no e-mail do professor (rodrigues.yuri@yahoo.com.br)

Leia mais

Gestão da Qualidade por Processos

Gestão da Qualidade por Processos Gestão da Qualidade por Processos Disciplina: Gestão da Qualidade 2º Bimestre Prof. Me. Patrício Vasconcelos adm.patricio@yahoo.com.br Gestão da Qualidade por Processos Nas empresas, as decisões devem

Leia mais

07/06/2014. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados.

07/06/2014. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados. Segunda Parte Prof. William C. Rodrigues Copyright 2014 Todos direitos reservados. 1 Conceituação, análise, estruturação, implementação e avaliação. 2 Metodologia é sempre válida: Proporcionando aos executivos

Leia mais

Proposta de melhoria de processo em uma fábrica de blocos de concreto

Proposta de melhoria de processo em uma fábrica de blocos de concreto VII Semana de Ciência e Tecnologia do IFMG campus Bambuí VII Jornada Científica 21 a 23 de outubro de 2014 Proposta de melhoria de processo em uma fábrica de blocos de concreto Warley Alves Coutinho CHAVES

Leia mais

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA

CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA CAPÍTULO 1 - CONTABILIDADE E GESTÃO EMPRESARIAL A CONTROLADORIA Constata-se que o novo arranjo da economia mundial provocado pelo processo de globalização tem afetado as empresas a fim de disponibilizar

Leia mais

Título: Gestão dos custos em Micro e Pequenas empresas

Título: Gestão dos custos em Micro e Pequenas empresas Instituto de Educação Tecnológica Pós-graduação Gestão de Projetos - Turma nº150 31/08/2015 Título: Gestão dos custos em Micro e Pequenas empresas Geanderson Geraldo Silva Oliveira geandersongg@yahoo.com.br

Leia mais