O desafio da regulação econômico-financeira dos operadores públicos de serviços de saneamento básico no Brasil: primeiras experiências
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- Gabriel José Barata Igrejas
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1 O desafi da regulaçã ecnômic-financeira ds peradres públics de serviçs de saneament básic n Brasil: primeiras experiências Karla Bertcc Trindade VI Fr Iber American de Regulación 11/11/ Mntevide, Uruguay
2 AGENDA 1. A regulaçã de serviçs de saneament made in Brazil A realidade em 2013 Principais características e bjetivs da regulaçã A Lei federal /07 e seu balanç de 6 ans 2. A breve experiência de Sã Paul A ARSESP e a Sabesp A 1ª. Revisã Tarifária 3. Desafis na regulaçã de peradres públics de serviçs de saneament n Brasil
3 1. A REGULAÇÃO MADE IN BRAZIL Realidade em 2013: País necessita de investiments em infraestrutura (Brasil gasta em média 1.5% d PIB em infraestrutura cntra uma média glbal de 3.8%) Ausência de cndições d Pder Públic frente as desafis existentes Os grandes events (Cpa e Olímpiadas) A participaçã d setr privad nã alcançu s níveis prevists (falta de apetite diante das mudanças institucinais recentes) N ritm atual Brasil só alcançará a universalizaçã ds serviçs de saneament básic em 2050.
4 1. A REGULAÇÃO MADE IN BRAZIL Realidade em 2013: Após ajustes para aerprts, ferrvias e rdvias, gvern mudará regras para cncessã de prts O GLOBO /RJ Sem esgt, mas cm internet Crrei Braziliense - DF O 11 de setembr d setr elétric Flha de Sã Paul/SP
5 Objetivs da regulaçã: A regulaçã na Lei /07 Estabelecer padrões e nrmas para a prestaçã ds serviçs; Garantir cumpriment das cndições e metas pactuadas; Prevenir e reprimir abus de pder ecnômic; Definir tarifas que assegurem equilíbri ecnômic-financeir e a mdicidade tarifária e induzam à eficiência e à eficácia ds serviçs Segregar as funções de peraçã, planejament e regulaçã Princípis 1. A REGULAÇÃO MADE IN BRAZIL Independência decisória e autnmia administrativa, rçamentária e financeira da entidade; Transparência, agilidade e bjetividade nas decisões Tarifas que demnstrem s custs, receitas e investiments pr tip de serviç, em cada municípi Operadr privad nã pde dispr de recurss públics d Tesur Necessidade de cntrats entre pder cncedente e peradr d serviç, cm reguladr definid
6 1. A REGULAÇÃO MADE IN BRAZIL Nv cenári institucinal: Lei Federal /07 para s peradres públics Planasa (70 ) Atual (2000/2010 ) Cncessã-cnvêni ; Cntrat de prgrama u cncessã; Cncentraçã de pder,e aut-regulaçã (liberdade para planejar e atuar cm regras próprias); Financiament a custs subsidiads; Regulaçã independente e segregaçã de funções; Financiament de mercad e crise n mdel de subsídi Ausência de cntrle e participaçã ppular u municipal; Ausência de participaçã privada Planejament, peraçã e regulaçã estadual Cntrle scial Participaçã privada crescente Planejament e regulaçã cmpartilhada entre Estad/Municípis
7 1. A REGULAÇÃO MADE IN BRAZIL : balanç de 6 ans da Lei federal /07
8 Balanç da regulaçã: 6 ans de regulaçã d setr de saneament básic 50 agências cm cmpetência para regular saneament (47 em 2012) 55% sã multissetriais 24 estaduais, 22 municipais, 3 cnsrciadas e 1 distrital 145 prestadres de serviçs regulads (15 estaduais, 107 municipais respndem pr 80% da ppulaçã e 23 privads) Cust da regulaçã Média de R$0,18/ecnmia/an (estaduais R$ 0,17/ municipais R$0,64) Númer de delegações para regulaçã Cresceu 19% de 2011/2012 e 16% de 2012/2013 (2716) 92,5% sã reguladas pr agências estaduais
9 2. A experiência d estad de Sã Paul: ARSESP - Criaçã e áreas de atuaçã Lei Cmplementar Estadual nº 1.025/07 Transfrmaçã da CSPE (Cmissã de Serviçs Públics de Energia). Experiência de 10 ans ns setres de energia elétrica e gás canalizad. Racinalidade administrativa, ecnmia de escala e escp Entidade cumpre s requisits de independência e autnmia da Lei /07 Cmpetências próprias e delegadas Áreas de Atuaçã Gás canalizad Energia Elétrica Saneament Básic Cnvêni cm ANEEL 267 Cnvênis cm Municípis
10 2. A Sabesp: Perfil d peradr públic paulista Empresa de ecnmia mista, criada em 1973, cm 51,7% das ações detidas pel Gvern d Estad de Sã Paul, e restante negciad na BOVESPA e na NYSE. Atua em 363 ds 645 municípis paulistas 27,7 milhões de pessas atendidas (64% da ppulaçã d estad) Pssui 214 estações de tratament de água, 493 instalações de tratament de esgt, 67 mil quilômetrs de rede de água e 45 mil quilômetrs de rede de esgt. Receita líquida em 2012:R$ 10,7 bilhões (EBITDA R$ 3,6 bilhões) Plan de investiments : R$ 9,9 bilhões Níveis de atendiment: Água: 100% Cleta de esgt: 83% Tratament de esgt: 77%
11 2. Regulaçã ecnômica: 1ª. Revisã tarifária Reajuste tarifári anual cm base em índice de preçs e despesas apresentadas (ex. glsa de despesas cm publicidade e pagament de PLR) Revisã tarifária da Sabesp: Previsã inicial de implantaçã da revisã: Agst/2012 Necessidade de desenvlver a metdlgia, submetê-la às cnsultas e audiências públicas, e bter s dads necessáris para sua implantaçã. Resultads prvisóris estabelecids na Deliberaçã 406, de 22/03/2013 Ratificu WACC de 10,71%, cálcul d P0 e d Fatr X já estabelecids Fixu em 2,35% Índice de Repsicinament Tarifári prvisóri Deliberaçã 427, de 01/08/13 manteve a suspensã da revisã tarifária: Falta de quórum da diretria clegiada Prblemas nas infrmações prestadas pela Sabesp (base de ativs) Deliberaçã 434, de 1/11/2013, retmu crngrama de revisã tarifária, prevend sua cnclusã para 10/03/2014.
12 2. Regulaçã ecnômica: 1ª. Revisã tarifária Revisões tarifárias em curs: CAESB (DF) e SABESP (SP) 1ª. Revisã da CAESB em 2009, inspirada n setr elétric e cm base na criaçã de uma empresa de referência, mas ainda cm definições parciais. 1ª. Revisã da Sabesp, nv crngrama: Etapa D1: Apresentaçã pela Sabesp da Base de Ativs crrigida (05/12/2013); Etapa D2: Divulgaçã pela ARSESP das prpstas para Preç Máxim Inicial (P0) e Fatr de Eficiência (Fatr X) definitivs e abertura de cnsulta pública cm cnvcaçã de audiência pública (10/01/2014); Etapa D3: Realizaçã de Audiência Pública e encerrament da Cnsulta Pública (05/02/2014); Etapa D4 - Publicaçã ds resultads relativs a Preç Máxim Inicial (P0) Fatr de Eficiência (Fatr X) definitivs, d relatóri cnsubstanciad sbre as cntribuições da cnsulta pública (10/03/2014). Etapa D5 Publicaçã d crngrama para definiçã e implantaçã da nva Estrutura Tarifária da SABESP (10/03/2014).
13 3. Desafis na regulaçã ecnômic-financeira de peradres públics n Brasil 1. Cmplexidade d prcess e necessidade de credibilidade técnica: Referência ds setres de Energia Elétrica e Gás canalizad Necessidade de validar a metdlgia esclhida Falta de previsã de medidas de transiçã Necessidade de aprimrar pessal técnic (reguladres vieram de utrs setres e nã tem a experiência/cnheciment técnic necessári) 2. Impacts das limitações ds regimes jurídics que pssuem s peradres públics Dificuldade na cntrataçã de estuds e pareceres técnics (Lei de licitações e cnflits de interesse) Dificuldade n frneciment das infrmações necessárias Prazs cntratuais das revisões fram descumprids: CAESB e SABESP - 4 ans, CORSAN - 5 ans Existência de cnselhs superires cm representantes muit diferentes
14 3. Desafis na regulaçã ecnômic-financeira de peradres públics n Brasil: a experiência de Sã Paul 3. Cnfusã de papéis cm s peradres públics: Falta de clareza das plíticas públicas e das respnsabilidades de cada ente públic (empresa, reguladr, planejadr, entidades fiscalizadras) Atividade ecnômica regulada versus plítica pública, ex. prgrama de subsídis e tarifas ppulares e impact de decisões gvernamentais sbre investiments Fim d subsídi cruzad entre municipalidades e necessidade de implantaçã da tarifa pel cust Necessidade de avaliaçã d impact das decisões regulatórias 4. Dificuldade na implantaçã de ferramentas de regulaçã pr cmparaçã dada a grande diferença entre as empresas e s indicadres de saneament n país 5. Institucinal: elevad pder plític ds peradres públics e necessidade de mair transparência na gestã pde ameaçar as decisões regulatórias
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